Quantcast
Channel: Gnosis Online – O seu portal do esoterismo
Viewing all 2372 articles
Browse latest View live

Introdução aos estudos gnósticos

$
0
0

“A Gnose é um ensinamento cósmico que aspira restituir dentro de cada um de nós a capacidade de viver consciente e inteligentemente.” Samael Aun Weor

Gnose: Conceito e Origem

“Os princípios básicos da Grande Sabedoria Universal são sempre idênticos. Tanto Buda quanto Hermes Trismegisto, Quetzalcóatl ou Jesus de Nazaré, o Grande Cabir etc., entregam uma mensagem; cada uma destas mensagens do Alto, em si mesma, contém os mesmos princípios cósmicos de tipo completamente impessoal e universal. O corpo de doutrina que estamos entregando agora é revolucionário no sentido mais completo da palavra, mas contém os mesmos princípios que o Buda ensinou em segredo a seus discípulos ou os que o Grande Cabir Jesus entregou, também em segredo, a seus discípulos. É o mesmo corpo de doutrina, só que agora está sendo entregue de forma revolucionária de acordo com a nova Era de Aquário.” (Samael Aun Weor: Diálogo entre Mestre e discípulos)

Saber quem se é, de onde se vem e para onde se vai tem sido sempre uma aspiração fundamental do homem. A Gnose responde a esta necessidade primordial.

Cinzelado na pedra viva, no frontispício do Templo de Delfos, reza um antigo adágio: Gnothi Seauton (Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses).

Desde os tempos mais remotos, o homem sempre buscou desenvolver suas possibilidades, conhecer-se a si mesmo e conhecer seu destino material e espiritual.

Está escrito que “A glória de Deus consiste em esconder seus mistérios e a do homem em descobri-los”.

Encontrar por si mesmo a solução exata para todos os arcanos da Natureza não pode ser nunca, portanto, uma heresia ou um desatino, sendo sim este o mais digno e exaltado direito que possui toda criatura humana.

Chegou a hora de autoexplorar-nos para conhecer-nos realmente. Viver por viver, sem saber nada sobre nós mesmos, sem saber quem somos nem de onde viemos, nem para que existimos, realmente não vale a pena.

Necessitamos encontrar a resposta para todas essas interrogações e para isso, amigo investigador, nasceram os estudos gnósticos.

Gnose é o Conhecimento dos Mundos Divinos trazido por todos os autênticos Mestres da Fraternidade Sagrada, que visa ao ser humano relembrar e retornar à sua origem

É bom saber que, etimologicamente, o vocábulo Gnosis provém do grego e significa CONHECIMENTO; contudo, é evidente que não se trata de um conhecimento comum. GNOSE se refere a uma Sabedoria superior, transcendental para o ser humano.

Esse saber universal e atemporal do qual emanou a enorme similitude teológica, filosófica, artística e simbólica das grandes civilizações do passado, é testemunho de haverem bebido todas na mesma fonte original.

A “Jana”, “Yana”, “Gnana” ou “Gnosis” é a ciência de Jano, ou seja, a ciência do Conhecimento Iniciático, a ciência de Enoichion, ou do Vidente.

A palavra “jina”, da qual vem o termo “Gnosis”, não é senão a castelhanização [ou aportuguesamento] de tal palavra; sua verdadeira escrita deriva do parsi e do árabe, e não é “jina” mas “djin” ou “djinn”, e assim a vemos empregada por muitos autores.

Assim, é evidente que nenhuma pessoa culta cairia hoje, como antigamente, no erro simplista de fazer surgir as correntes gnósticas de alguma latitude espiritual exclusiva.

Se é certo que devemos ter em conta em qualquer sistema gnóstico seus elementos helenísticos e orientais, incluindo Pérsia, Mesopotâmia, Síria, Índia, Tibete, Palestina, Egito, etc., nunca deveríamos esquecer os princípios gnósticos perceptíveis nos sublimes cultos dos nahuas, toltecas, astecas, zapotecas, maias, incas, chibchas, quechuas etc., da América índia.

Portanto, resulta caduco pensar na Gnose como uma simples corrente metafísica introduzida no seio do Cristianismo. A Gnose constitui uma ATITUDE EXISTENCIAL com características próprias, enraizada na mais antiga, elevada e refinada aspiração esotérica de todos os povos, cuja história, lamentavelmente, não é bem conhecida pelos antropólogos modernos.

Falando muito francamente e sem rodeios, diremos: “A Gnose é uma atividade muito natural da consciência; uma PHILOSOPHIA PERENNIS ET UNIVERSALIS”.

Inquestionavelmente, Gnose é o conhecimento iluminado dos Mistérios Divinos, reservado a uma elite.

A palavra “Gnosticismo” encerra, em sua estrutura gramatical, a ideia de sistemas ou correntes dedicadas ao estudo da Gnose.

Este Gnosticismo implica em uma série coerente, clara, precisa, de elementos fundamentais, verificáveis mediante a experiência mística direta:

A Maldição desde um ponto de vista científico e filosófico
O Adão e Eva da Gênese Hebraica
O Pecado Original e a saída do Paraíso
O Mistério de Lúcifer-Nahuatl
A Morte do Mim Mesmo
Os Poderes Criadores
A Essência do Salvator Salvandus
Os Mistérios Sexuais
O Cristo Íntimo
A Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes
A Descida aos Infernos
O Regresso ao Éden
O Dom de Lúcifer.

Só as doutrinas gnósticas que impliquem os fundamentos ontológicos, teológicos e antropológicos acima citados formam parte do Gnosticismo autêntico.

Pré-Gnóstico é aquilo que, de forma concreta, evidente e específica, apresenta alguma característica de certa maneira detectável nos sistemas Gnósticos, mas sendo esse aspecto integrado em uma concepção in totum alheia ao Gnosticismo revolucionário – um pensamento que certamente não é e entretanto é Gnóstico.

Protognóstico é todo sistema gnóstico em estado incipiente e germinal; movimentos dirigidos por uma atitude muito similar à que caracteriza as correntes gnósticas definidas.

O adjetivo “gnóstico” pode e até deve ser aplicado inteligentemente tanto a concepções que de uma ou outra forma se relacionem com a Gnose como ao Gnosticismo.

O termo “gnostizante”, inquestionavelmente, se encontra muito próximo a “pré-gnóstico” em sua significação, já que o vocábulo, em realidade, stricto sensu,  se relaciona com aspectos intrínsecos que possuem certa similaridade com o Gnosticismo Universal, mas integrados em uma corrente não definida como Gnose.

Estando firmemente estabelecidos esses esclarecimentos semânticos, passemos agora a definir com inteira claridade meridiana o Gnosticismo.

Não é demais esclarecer de forma enfática neste tratado que o Gnosticismo é um processo religioso muito íntimo, natural e profundo. Esoterismo autêntico de fundo, desenvolvendo-se de instante em instante, com vivências místicas muito particulares… Doutrina extraordinária que adota fundamentalmente a forma mítica e às vezes a mitológica. Liturgia mágica inefável com viva ilustração para a Consciência Superlativa do Ser…

O Movimento Gnóstico

“A Ciência Secreta dos sufis e dervixes dançantes está na Gnose; a Doutrina Secreta do budismo e do taoismo está na Gnose; a Magia Sagrada dos nórdicos está na Gnose; a Sabedoria de Hermes, Buda, Confúcio, Maomé, Quetzalcóatl etc. está na Gnose; a Doutrina do Cristo é a mesma Gnose. Na Gnose está toda a sabedoria antiga, já totalmente “mastigada” e “digerida”. (Samael Aun Weor: Grande Manifesto Gnóstico)

Seja-nos permitido informar que o MOVIMENTO GNÓSTICO INTERNACIONAL não é uma escola a mais, mas sim o veículo através do qual se manifesta a Gnose de ontem, de hoje e de sempre.

A eterna Gnose, como Sabedoria de todas as idades, se reveste, em cada época e lugar, de uma forma e um simbolismo particular, para transmitir, em cada momento, a mesma Verdade impessoal e atemporal.

O Movimento Gnóstico é, em pleno século 20, a forma ou o veículo de expressão desse conhecimento ancestral.

O Cristo Íntimo é nosso autêntico e único SALVADOR QUE SALVA

As instituições gnósticas são, hoje em dia, instituições esotéricas, científicas e culturais de âmbito internacional, integrada por pessoas das mais diferentes atividades profissionais, todas interessadas em investigar e trazer para a atualidade os grandes ensinamentos gnósticos do passado.

O Movimento Gnóstico e suas Escolas proporcionam, gratuitamente, métodos ou sistemas especiais para que cada um de nós verifique esses ensinamentos universais que prometem conduzir o homem até limites insuspeitados.

A Instituição Gnóstica, portanto, não tem fins lucrativos, a fim de que todas as pessoas, sem distinção de nível social ou econômico, possam beneficiar-se do resultado de suas investigações.

Ainda que a Associação Gnóstica estude, entre muitos outros aspectos da cultura humana, as diferentes religiões que existiram no mundo, a Gnose não é evidentemente uma religião nem uma seita. A Associação Gnóstica respeita as crenças individuais de seus filiados e a seus cursos comparecem pessoas dos mais diversos credos e filosofias.

Concluiremos afirmando, solenemente e em honra à verdade, que a Associação Gnóstica tem um único e exclusivo propósito: entregar e compartir com nosso irmão, o homem, com seriedade e rigor científico, a Gnose de todos os tempos, esse conhecimento que permite ao homem moderno formar uma visão de sua existência mais humana, mais consciente e, em consequência, mais transcendente.

Gnosticismo Prático e as Teorias

“O estudante procura aqui e ali, lê e relê todo livro de ocultismo e magia que cai em suas mãos, mas o que consegue o pobre aspirante é só encher-se de terríveis dúvidas e confusões intelectuais. Existem milhões de teorias e milhares de autores. Uns repetem ideias de outros, aqueles refutam a estes, todos contra um, um contra todos. Os colegas se ironizam e se combatem mutuamente, uns contra outros e todos realmente contra todos. Alguns autores aconselham o devoto a ser vegetariano, outros lhe dizem que não seja.

Uns aconselham a praticar exercícios respiratórios, outros dizem para não praticá-los. O resultado é espantoso para o pobre buscador. Não sabe o que fazer. Quer luz, suplica, clama, e nada, absolutamente nada.” (Samael Aun Weor: O Matrimônio Perfeito)

No terreno da vida prática cada pessoa tem seu critério, sua forma mais ou menos rançosa de pensar.

Inquestionavelmente, cada cabeça é um mundo, e em todos e em cada um de nós existe uma espécie de dogmatismo pontifício e ditatorial que quer fazer-nos crer que nossos conceitos são iguais à realidade.

Em todo caso, as pessoas nunca se sentem equivocadas, cada um de nós pensa que seu critério é o melhor.

O mais grave de toda esta questão é que milhões de critérios equivalem a milhões de normas putrefatas e absurdas.

Os “ignorantes ilustrados” são os mais difíceis, pois, em realidade, falando desta vez em estilo socrático, diremos: “não só não sabem como também ignoram que não sabem”.

Essas pobres pessoas são autossuficientes, presunçosas com seu vão intelectualismo, pensam que vão pelo caminho reto e nem remotamente suspeitam que se encontram em um beco sem saída.

A brilhante procissão de ideias ofusca o velhaco do intelecto e lhe dá certa autossuficiência tão absurda a ponto de rechaçar tudo o que não cheire a pó de biblioteca e tinta de universidade.

O delirium tremens dos bêbados alcoólicos tem sintomas inconfundíveis, mas o dos ébrios de teorias se confunde facilmente com a genialidade.

Essas pobres pessoas intelectuais querem colocar o oceano dentro de um copo de vidro, supõem que a universidade pode controlar toda a sabedoria do universo e que todas as leis do cosmos estão obrigadas a se submeter às suas velhas normas acadêmicas.

Pretendem, os amantes da razão, esquadrinhar os arcanos da Natureza com a pobre faculdade do intelecto. Não poderíamos negar que a mente e a razão são úteis, no terreno da vida prática, para realizar certas tarefas cotidianas, mas pretender, com o intelecto, analisar e resolver os grandes mistérios da vida e da morte é como pretender observar as estrelas com o microscópio ou as bactérias com o telescópio.

Em esoterismo gnóstico se diz que “bom” é o que está em seu lugar e “mau” é o que está fora de lugar. Poderíamos afirmar que o intelecto, dentro de sua órbita, é bom; mas, fora dela, nos prejudica terrivelmente.

Infelizmente, os “ignorantes ilustrados”, metidos nos subterfúgios de suas difíceis erudições, não conhecem essas coisas e nem sequer têm tempo para se ocupar de nossos estudos seriamente.

Hoje em dia os sabichões riem dos conhecimentos esotéricos, não os aceitam, ainda que no fundo nem remotamente tenham alcançado a felicidade.

Está escrito que “aquele que ri do que não conhece está a caminho de ser idiota”.

Depois de haver envelhecido no meio do pó de sua biblioteca, Fausto exclamou: “Estudei tudo com viva ansiedade, e hoje sou só um pobre louco com uma psique infeliz. O que é que sei? A mesma coisa que já sabia. A única coisa que aprendi é que não sei nada”.

As teorias encheram o mundo de confusão e problemas. O caos em que se encontra a humanidade é fruto do intelecto.

Francamente, devo dizer-lhes que a erudição sem experimentação só nos leva ao conflito e à luta das antíteses.

Não podemos negar que hoje, precisamente, existem duas tendências no mundo que lutam mortalmente pela supremacia. Em primeiro lugar, temos a corrente espiritualista, formada por todas as religiões, escolas e crenças. De outra parte, temos a corrente materialista, com sua dialética etc.

A corrente espiritualista pensa que ela, absolutamente ela, tem a verdade. A corrente materialista, ateísta, também supõe possuir a verdade. A corrente espiritualista rende culto ao Deus-Espírito, não importa que nome se lhe dê: Alá, Brahma, Deus etc. A corrente materialista rende culto ao Deus-Matéria, não importa também o nome que lhe dermos.

São duas correntes. A espiritualista se fundamenta em suas teorias; a materialista nas suas. Quem tem razão? Os da direita ou os da esquerda? Sem querer ferir delicadas suscetibilidades, diremos que nem uns nem outros conhecem realmente isso que é a Verdade.

Os fanáticos do espiritualismo e do materialismo encheram o mundo de teorias, hipóteses e suposições que jamais foram experimentadas.

“O homem que não põe em prática sua metafísica é como um asno carregado de livros”, dizia Maomé.

As teorias já se tornaram cansativas, e até se vendem e revendem no mercado… E então, como ficamos?

Os autores se contradizem a si mesmos em suas obras. O pobre leitor tem que beber da taça amarga da dúvida. As teorias só servem para ocasionar-nos preocupações e amargurar-nos a vida.

Realmente, informação intelectual não é vivência. Erudição não é experiência. O ensaio, a prova, a demonstração exclusivamente tridimensional não é unitotal, não é íntegra.

Existem, latentes em nosso interior, faculdades superiores à mente, independentes do intelecto, capazes de dar-nos conhecimento e experiência direta sobre qualquer fenômeno.

Devemos compreender que as opiniões, conceitos, teorias, hipóteses, não significam verificação, experimentação, consciência plena sobre tal ou qual fenômeno.

Sem orgulho de nenhuma espécie, devemos asseverar que os estudos gnósticos constituem um bálsamo para o insaciável buscador da luz entre tantas trevas.

Amigo leitor, a Gnose oferece as chaves e os procedimentos para que você experimente, por si mesmo e de forma científica, cada um dos elementos que integram essa Sabedoria Universal.

As teorias não servem para nada. Necessitamos ser práticos e conhecer por vivência própria o objetivo de nossa existência.

Com justa razão disse Goethe: “Toda teoria é cinza, e só é verde a árvore de frutos dourados que é a vida”.

As Quatro Grandes Colunas do Conhecimento Gnóstico

“Investigamos nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos manuscritos tibetanos… Nos preocupamos pelo estudo das peças arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisamos a sabedoria das antigas civilizações, realizamos estudos comparativos entre o México, Egito, Índia, Tibete, Grécia etc., e chegamos à conclusão de que a Sabedoria Universal é sempre a mesma, só mudam seus aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas.” (Samael Aun Weor, na conferência: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?)

A sabedoria gnóstica é provinda dos Mundos Superiores, da Inteligência Divina, e é entregue periodicamente à Humanidade, de acordo com suas características idiossincráticas, de acordo com seu processo “evolutivo”. Os grandes Instrutores da Fraternidade Branca guiam os seres humanos, ensinando-o de forma didática e precisa, por meio de uma das seguintes expressões:

A humanidade nunca está desamparada, nós só precisamos estar “abertos” para as influências divinas

A Filosofia

Realmente a Gnose, como filosofia, implica sempre uma mensagem, uma orientação, um ensinamento dirigido sempre para a Consciência do ser humano, que convida o homem à reflexão consciente. A filosofia gnóstica busca sempre, mediante uma reflexão serena, elevar o homem às alturas do Real Ser (o divino que existe em cada criatura humana).

O gnóstico filósofo ama a sabedoria e busca sem descanso a verdade que existe em suas profundezas mais íntimas.

Quando se fala de filosofia, é um grave erro referir-se apenas à filosofia dos antigos gregos, à filosofia de um Platão, um Sócrates ou um Sólon.

Realmente, como filosofia, a Gnose é uma atividade muito natural da Consciência e brota, como já afirmamos, de diversas latitudes. Aqueles que pensam que sua origem está unicamente na Grécia, na Pérsia, no Iraque ou na Palestina, ou na Europa medieval, estão equivocados; a Gnose, como “Philosophia Perennis et Universalis”, se encontra em qualquer obra hindu, em qualquer pedra arqueológica, etc.

Chegou a hora de compreender que em todos os países do mundo palpita a sabedoria oculta. Chegou a hora de entender que sob as pirâmides do Egito floresceu a sabedoria dos hierofantes. Chegou o momento de saber que nas pirâmides de Teotihuacan ainda se escuta o Verbo que ressoa dos antigos mestres de Anahuac…

Em nome da verdade, temos que dizer que a sabedoria cósmica vibra e palpita em tudo o que foi, é e será.

Através do tempo, distintos hierofantes do saber resplandeceram na noite profunda de todas as idades; ora Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande Deus Íbis de Toth, gravando sua sapiência na Tábua Esmeraldina; ora os grandes sábios da antiga Grécia, ensinando às multidões nos Mistérios de Elêusis; ora os sacerdotes Incas, que brilharam como sóis resplandecentes no Alto Cusco do Peru; ora a sapiência soberana dos grandes iniciados de Anahuac.

Sim, por aqui, lá e acolá resplandece a sabedoria de todas as idades, a sabedoria oculta.

Este é um momento de confusão; a humanidade se encontra em estado caótico, há crise mundial e bancarrota de todos os princípios éticos e morais. As pessoas se lançaram à guerra, uns contra outros e todos contra todos.

Nestes momentos, não nos resta mais remédio que aprofundar-nos na sabedoria do passado, extrair dos códices a orientação precisa para guiar-nos no momento presente, beber na fonte tradicional da augusta sabedoria da natureza, buscar as vertentes originais da sapiência cósmica.

Este, amigo leitor, é o propósito da Antropologia Gnóstica. Mediante um estudo amplo, a Antropologia Gnóstica busca redefinir aqueles PRINCÍPIOS ÉTICOS que constituem a pedra fundamental das grandes culturas do passado.

A Antropologia Gnóstica é uma Antropologia Psicanalítica. Podemos, por meio da psicanálise, extrair de cada peça (nicho, pirâmide, tumba etc.), os princípios psicológicos contidos em tais peças.

Através da Antropologia Gnóstica, conhecemos os distintos cenários do mundo, esquadrinhando neles os arcanos ou segredos que, de forma transcendente, lancem luz sobre os controvertidos enigmas da existência.

Chegou o momento em que devemos voltar a estudar os ensinamentos do passado, mas com a visão correta, sabendo extrair, da letra morta, o espírito que dá vida.

É evidente, contudo, que sem uma prévia informação sobre Antropologia Gnóstica, será mais que impossível o estudo rigoroso das diversas peças antropológicas das culturas asteca, tolteca, maia, egípcia etc.

Em questões de “antropologia profana” (desculpem-me a similitude), se se quer conhecer resultados, deixe-se um macaco, símio ou mico em plena liberdade dentro de um laboratório e observe-se o que acontece.

Os códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, pergaminhos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, templos antiquíssimos, monólitos sagrados, velhos hieróglifos, pirâmides, sepulcros milenares, etc., oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido gnóstico que, definitivamente, escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual.

O racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em vez de enriquecer a linguagem, a empobrece terrivelmente, já que os relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística, orientam-se sempre para o SER.

E é nesta interessantíssima linguagem da Gnose, semifilosófica e semimitológica, onde se apresentam uma série de invariantes extraordinárias, símbolos com um fundo esotérico que falam à Consciência em silêncio. Bem sabem os Divinos e os humanos que “o silêncio é a eloquência da Sabedoria”.

A Arte

Existem dois tipos de arte: primeiro, a arte subjetiva que a nada conduz; segundo, a Arte Régia da Natureza, a arte objetiva, real, transcendental.

Obviamente, esta última arte contém em si mesma preciosas verdades cósmicas… Esta, amigos, é a arte gnóstica, a arte que encontramos em todas as peças antigas, nas pirâmides e nos velhos obeliscos, nos hieróglifos e nos baixos-relevos do Egito dos Faraós, em todas as obras do México antigo, nas relíquias arqueológicas dos maias, astecas, zapotecas, toltecas etc.; nos velhos pergaminhos da Idade Média, nas pinturas e esculturas de Michelangelo; na música de Beethoven, Mozart, Lizst, Richard Wagner, nas obras da literatura universal, a Ilíada de Homero, a Divina Comédia de Dante etc.

Indubitavelmente, a arte gnóstica baseia-se na “Lei do Sete”, na “Lei do Eterno Heptaparaparshinock” (a lei que põe em ordem todo o criado: os sete dias da semana, as sete cores do prisma, as sete notas musicais etc.).

Quando se descobre qualquer relíquia, qualquer peça arqueológica, normalmente se pode observar certas inexatidões intencionais, pequenas rupturas que quase sempre são atribuídas à picareta dos trabalhadores. Em todo caso, qualquer inexatidão dentro da “Lei do Sete” foi colocada intencionalmente, como para indicar-nos que ali, naquela peça, se transmite à posteridade um ensinamento, uma doutrina, uma verdade cósmica.

Com as pinturas acontece a mesma coisa; a “Lei do Sete” domina todas essas pinturas antigas. Todas as gravuras e desenhos dos astecas, maias, egípcios, fenícios etc., transmitem preciosos ensinamentos. Também encontramos belas representações de grandes ensinamentos em todos esses velhos quadros medievais, nas catedrais góticas etc.

Recordemos a “Gioconda”, por exemplo. Nessa magna obra podemos ver a Divina Mãe, “Stella Maris”, como diziam os alquimistas medievais, a Virgem do Mar, que guia sabiamente os trabalhadores da Grande Obra. Entre os astecas ela é Tonantzin, entre os gregos é a casta Diana, entre os egípcios é Ísis, a Mãe Divina, a quem nenhum mortal levantou o véu… Não é demais aclarar de forma enfática que cada um de nós tem sua própria Mãe Divina particular, individual.

Realmente devemos afirmar que a Arte Régia da Natureza é um meio transmissor dos ensinamentos cósmicos.

As danças sagradas, por exemplo, eram verdadeiros livros informativos que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais.

Os dervixes dançantes não ignoravam as “sete tentações” mutuamente equilibradas dos organismos vivos.

Os dançarinos antigos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.

Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e Egito não ignoravam que tudo isto cristalizava no átomo dançarino e no planeta gigantesco que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.

Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas de nosso sistema solar ao redor do sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitam, com perfeição, todos os movimentos dos planetas ao redor do sol.

As danças sagradas dos templos do Egito, Babilônia, Grécia, etc., vão ainda mais longe, transmitindo tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc.

O sábado, o dia do teatro, o dia dos Mistérios, foi muito popular nos antigos tempos. Então se apresentavam dramas cósmicos maravilhosos.

O drama serviu para transmitir aos iniciados valiosos conhecimentos. Por meio do drama, transmitiu-se aos iniciados diversas formas de experiência do Ser e manifestações do Ser.

Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve converter-se no Cristo de tal drama, se é que de verdade aspiramos o Reino do Super-Homem.

Os dramas cósmicos se baseiam na “Lei do Sete”. Certos desvios inteligentes de tal lei, como dissemos, foram sempre utilizados para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.

Em música, é bem sabido que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, outras podem produzir tristeza no centro sensível e, por último, outras podem produzir religiosidade no centro motor.

Realmente, os velhos Hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento íntegro somente pode ser adquirido com os três cérebros; um só cérebro não pode dar informação completa.

A dança sagrada e o drama cósmico, sabiamente combinados com a música, serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, físico-químico, metafísico etc.

Cabe aqui mencionar também a escultura. Esta foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura pedra revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a “Lei do Sete”.

Recordemos a Esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.

Contudo, conforme o ser humano se precipitou pelo caminho da involução e da degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais e mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando, e o amor pela verdadeira sabedoria, como é lógico, foi desaparecendo.

Depois da Segunda Guerra Mundial nasceram a filosofia e a arte existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros doentes, maníacos e perversos.

Os artistas de cada nova geração se converteram em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo alento de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.

Está comprovado pela observação e experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.

Os artistas modernos já nada sabem sobre a “Lei do Sete”, nada sabem de Dramas Cósmicos, nada sabem sobre as Danças Sagradas dos antigos Mistérios.

A pintura atual, a música, a escultura, o drama etc., não são senão o produto da degeneração.

Já não aparecem no cenário os iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes tempos. Agora só aparecem nos palcos autômatos doentes, cantores degenerados, rebeldes sem causa.

Os teatros ultramodernos são a antítese dos teatros sagrados dos grandes mistérios do Egito, Grécia, Índia etc.

A arte atual é tenebrosa, é a antítese da Luz, e os artistas modernos são tenebrosos.

A pintura surrealista e marxista, a escultura ultramoderna, a música afro-cubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.

Os rapazes e moças das novas gerações recebem, por meio de seus três cérebros degenerados, dados suficientes para converterem-se em estelionatários, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas etc.

Ninguém faz nada para acabar com a arte ruim e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética…

A Ciência

Quando falamos em ciência, pensamos na Ciência Pura, não nessa podridão de teorias que hoje abundam por toda parte; ciência pura como a da Grande Obra, a ciência dos alquimistas medievais; ciência pura como a de um Paracelso ou a de um Paulo de Tarso; ciência pura como a que utilizaram Jesus ou Moisés para realizar prodígios.

A ciência pura é experiência direta, vívida e real. A ciência pura é ética superior, análise posta a serviço do SER.

A ciência destes tempos é uma ciência falsa, uma ciência cheia de interesses personalistas; uma ciência que não respeita os interesses espirituais do ser humano; uma ciência onde o fim justifica os meios, ainda que estes incluam o sofrimento físico e psicológico de qualquer criatura vivente; uma ciência para a qual a palavra “progresso” serve para justificar as mais terríveis atrocidades.

Além disso, a ciência de hoje em dia é uma ciência que afirma dogmaticamente uma tese e amanhã, com essa soberba que a caracteriza, afirma totalmente o contrário. Uma ciência cheia de contradições, que paradoxalmente diz acreditar só no que vê e, não obstante, sustenta com firmeza hipóteses absurdas que nunca foram comprovadas. Esta é a ciência moderna…

Atualmente, estão sendo feitos certos comentários muito simpáticos. A ciência materialista inventa todos os dias novas hipóteses. Estabeleceu-se uma cadeia curiosa e ridícula por excelência com relação aos nossos possíveis antepassados. Como rei dessa cadeia aparece o tubarão, do qual descendem, segundo dizem os antropólogos, os lagartos. Teoria que chega a ser ridícula, não?

Depois, prosseguem com o famoso oposum, criatura similar ao crocodilo, um pouquinho mais evoluída segundo enfatizam. Daí passam, seguindo o curso da grande cadeia de maravilhas, para certo animalzinho ao qual se tem dado muita importância. Refiro-me de forma enfática aos lêmures. Atribuem-lhes uma placenta discoidal, questão que é refutada pelos zoólogos.

Contradições gigantescas são encontradas nos labirintos da falsa ciência, que prossegue dizendo que dos lêmures, que podem ter existido há uns 150 milhões de anos, descende por sua vez o macaco e, por fim, o gorila. Nessa fantástica cadeia, o gorila é o nosso antecessor imediato, o predecessor do homem.

Alguns antropólogos não deixam de encaixar nestas questões o pobre rato, e até querem inclui-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Procuram semelhanças, querem fazer crer que a forma da cabeça e da boca do tubarão dá origem a outros mamíferos, entre eles o irmão rato.

Isso de que certos traços do rosto se parecem não pode servir de base para a hipótese de uma possível descendência. Isso é no fundo tão empírico como supor que o homem foi feito de barro, no sentido literal, sem perceber que a frase tem um sentido simbólico.

Onde estão os elos? Como é possível que do esqualo, sem mais nem menos, da noite para o dia ou através de uns quantos séculos, apareça o lagarto? Milhões de anos se passaram e os tubarões continuam tranquilos. Nunca se viu nascerem novos lagartos de uma espécie de tubarão, seja no Atlântico ou no Pacífico.

Contudo, não são eles por acaso os senhores da ciência materialista, que dizem que não acreditam senão no que veem, que não aceitam nada que não hajam visto? Que terrível contradição! Acreditam em suas hipóteses e nunca as viram.

São esses mesmos cientistas modernos os que se opõem a essa questão das dimensões superiores da natureza e do cosmos. A que se deve isso? Simplesmente a que suas mentes estão decrépitas, degeneradas, não conseguem ver além de seus narizes, isso é óbvio.

Que existe uma quarta coordenada, uma quarta vertical, é inegável, mas isso incomoda os materialistas. No entanto, Einstein aceitou a quarta dimensão.

Em matemática, ninguém pode negar a quarta vertical. Mas os materialistas desta época nem sequer consideram que possa existir outra dimensão ou dimensões superiores na natureza. Querem, à força, que nos encerremos ou nos autoencerremos todos no mundo tridimensional de Euclides. E, devido a essa falsa posição absurda, o avanço da física está completamente paralisado.

A estas horas, já deveriam existir naves cósmicas capazes de viajar através do infinito, mas tal aspiração não seria possível enquanto a física continue engarrafada no dogma tridimensional de Euclides.

Não está longe o dia em que estas dimensões da Natureza poderão ser vistas através de sofisticados aparelhos de ótica. Mas até esse dia chegar, seguramente nós, os antropólogos gnósticos, teremos que suportar a mesma zombaria que Pasteur suportou quando falava de seus micróbios.

Mas um dia essas dimensões serão perceptíveis por meio da ótica e então a zombaria acabará. Já estão sendo feitas experiências para transformar as ondas sonoras em imagens e, quando isto for feito, poderemos ver todos os processos evolutivos e involutivos da Natureza. Então o Anticristo da falsa ciência será desnudado diante do veredicto solene da consciência pública.

Assim, existem dois tipos de ciência: a ciência profana e a ciência pura. Na ciência pura não existem teorias, mas fatos. Se eu dissesse a vocês que o Conde Saint-Germain viveu durante os séculos 15, 16, 17, 18, 19 e que ainda vive, vocês me achariam louco. Conheço o Conde Saint-Germain, e dou testemunho disso. Vive sim, sustentado por uma ciência que vocês não conhecem, a ciência pura, a ciência do Super-Homem, a ciência que conhecem os extraterrestres que viajam através do espaço infinito, a ciência dos senhores da vida e da morte, a ciência daqueles que abriram a Mente Interior…

Aqueles que ainda não abriram sua Mente Interior se baseiam somente em teorias, em hipóteses que não comprovaram. Por que teríamos que aceitar todas as utopias materialistas? Por que teríamos que aceitar o dogma da evolução, o dogma tridimensional? Por que teríamos nós que viver dentro do mundo das hipóteses?

O cientista gnóstico tem sistemas diferentes para a investigação; temos disciplinas especiais que permitem ao ser humano pôr em atividade certas faculdades latentes no cérebro, certos sentidos de percepção completamente desconhecidos para a ciência materialista e que permitem verificar diretamente todas estas interrogações…

A Religião/Mística

Se fizermos um estudo comparativo das grandes religiões, descobriremos que todas elas descansam sobre os mesmos pilares.

RELIGIÃO provém do termo “RELIGARE”, ou seja, o objetivo fundamental de todo princípio religioso é “re-ligar-se”, voltar a se unir com sua própria Divindade, regressar ao ponto de partida original, ao SER da filosofia experimental.

Realmente, de fato, somente existe UMA só RELIGIÃO, ÚNICA E CÓSMICA. Esta religião assume diferentes formas religiosas segundo os tempos e as necessidades da humanidade.

Portanto, as lutas religiosas são absurdas, porque no fundo todas são unicamente modificações da RELIGIÃO CÓSMICA UNIVERSAL.

Isso que estamos afirmando tem seu máximo expoente na enorme semelhança simbólica e teológica de todas as religiões.

É evidente o amor que todas as instituições místicas do mundo inteiro sentem pelo Divino: Alá, Brahma, Tao, Zen, I.A.O., Inri, Mônada, Ser, Deus etc.

Os Mártires, Santos, Virgens, Anjos e Querubins são os mesmos Deuses, Semideuses, Titãs, Sílfides, Cíclopes e Mensageiros da mitologia pagã.

A trimurti cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, tem seu expoente em todas as trimurtis religiosas: Osíris, Ísis e Hórus, no Egito; Brama, Vishnu e Shiva, na Índia; Kether, Chokmah e Binah, na Cabala etc.

Todos os cultos têm seus Céus (dimensões superiores, Aeons da Cabala hebraica) e sua contraparte, os Infernos, conhecidos também como Averno (romano), Tártaro (grego), Patala (indiano), Mixtlán (asteca), Xibalbá (maia) etc.

Entre os Persas, Cristo é Ormuzd, Ahura-Mazda, o terrível inimigo de Arimã (o Satã que levamos dentro de nós). Entre os hindus, Krishna é o Cristo. O evangelho de Krishna é muito semelhante ao de Jesus de Nazaré. Entre os Egípcios, Cristo é Osíris, e todo aquele que O encarnava era, de fato, um Osirificado. Entre os Chineses é Fu-Hi, o Cristo Cósmico, que compôs o I-Ching, O Livro das Leis, e nomeou ministros dragões. Entre os gregos, o Cristo chamava-se Zeus, Júpiter, O Pai dos Deuses. Entre os astecas é Quetzalcoatl, o Cristo mexicano. Nos Eddas germânicos é Balder, o Cristo que foi assassinado por Hoder, Deus da Guerra, com uma flecha de agárico. Assim, poderíamos citar o Cristo Cósmico em milhares de livros arcaicos e velhas tradições que vêm de milhões de anos antes de Jesus.

Maria, a Mãe de Jesus, é a mesma Ísis, Juno, Deméter, Ceres, Maya, Tonantzin etc., que recebem seu filho em uma imaculada concepção. Fo-Hi, Quetzalcóatl, Buda e muitos outros são o resultado de imaculadas concepções, que são realmente abundantes em todos os cultos antigos.

Maria Madalena é, fora de qualquer dúvida, a mesma Salambô, Matra, Ishtar, Astarte, Afrodite e Vênus de todas as religiões. Maria Madalena, a pecadora arrependida, é a mesma Gundrígia, a Kundri do drama wagneriano.

Todos os cultos antigos tentaram conduzir o homem à ÚNICA GRANDE VERDADE, e por isto é assombrosa a grande semelhança entre todas as formas religiosas, a repetição de símbolos, ideias etc.

Frases como: “Eu estou com a verdade” ou “minha religião é a única que serve” denotam soberba e uma supina ignorância.

Contudo, seguindo esta ordem de ideias, temos que levar em conta uma coisa extremamente importante: todos os preceitos, ensinamentos ou indicações dos cultos religiosos de nada servem, se não os experimentamos em nós mesmos…

Por isso, em questões de religião, estudamos a religiosidade em sua forma mais profunda. A Gnose estuda a Ciência das Religiões.

A religiosidade que possuímos é altamente científica. A Gnose não se conforma com aceitar a existência de um Deus sentado em um trono, julgando os vivos e os mortos. O gnóstico cria a fé a partir da experiência, da vivência, da comprovação, não de teorias.

Nos tempos atuais, a religião se divorciou da ciência e a ciência da religião. Uns lutam contra outros e outros contra uns. Todos se sentem de posse da verdade, ninguém se sente equivocado.

Contudo, a religião que despreza a ciência é uma religião oca, cem por cento fanática e dogmática. A ciência que rejeita a religião é uma ciência materialista, ateísta, carente totalmente de valores e princípios.

O bálsamo procurado por quem quer a verdade não está nos opostos. Tese e antítese devem tender à síntese; devemos entrar em um espiritualismo científico e uma ciência espiritual. É necessário deixar de lado o dualismo conceitual, é urgente e inadiável filiar-nos a um monismo transcendental, é necessária uma ciência religiosa e uma religião científica.

Samael Aun Weor, o Pai da Antropologia Gnóstica

“A palavra AVATARA significa mensageiro, ou seja, aquele que entrega uma mensagem. Como me correspondeu a tarefa de entregar esta mensagem por ordem da Loja Branca, sou chamado de MENSAGEIRO, ou, em sânscrito, Avatara. Um mensageiro ou Avatara é, em síntese, um recadeiro, é o homem que entrega um recado, um servidor ou servo da Grande Obra do Pai. Que esta palavra não se preste a equívocos, pois está especificada com inteira clareza.

Assim, meus caros leitores, a palavra Avatara não deve conduzir-nos jamais ao orgulho, pois significa apenas isso, nada mais que isso: recadeiro, criado ou mensageiro, simplesmente um servidor que entrega uma mensagem, isso é tudo. Sou então um criado, servidor ou mensageiro, e estou entregando uma mensagem. Uma vez, disse que sou o cargueiro de uma carga cósmica, pois estou entregando o conteúdo de uma carga cósmica.” (Samael Aun Weor: Perguntas e Respostas)

Existem três princípios fundamentais que definem o Conhecimento Gnóstico e que também o diferenciam de outras doutrinas; princípios que, se vividos integramente pelo ser humano, lhe permitem despertar sua Consciência íntima e unir-se com seu Real Ser (o divino e verdadeiro que existe nele).

Samael Aun Weor, o Grande Mensageiro da Era de Aquárius

Estes três princípios, ou Fatores, são:

– A autoaniquilação psicológica disso que não é Real em nós, isto é, todo o conjunto de elementos mentais indesejáveis que constituem o Ego, o Mim Mesmo, a viva personificação de todos os nossos erros, defeitos, bloqueios, traumas, medos, complexos, vícios etc.

– O desenvolvimento harmonioso das faculdades superiores que estão adormecidas em nós e a criação de certas estruturas corpóreas com as quais podem ser percebidas as grandes realidades desta e das outras dimensões.

– O exercício desinteressado e constante em favor da humanidade, sacrificando os interesses particulares em prol de nosso irmão, o homem.

É necessário saber que não foram muitos os personagens que, ao longo de toda a história, tiveram a ousadia de viver cada dia, com o esforço e a vontade que isso implica, estes três grandes fatores da liberação do homem.

Jesus, o Cristo, Buda, Quetzalcóatl, Saint Germain, Cagliostro, Fulcanelli etc., são o exemplo de alguns destes grandes homens e o testemunho vivo da transformação transcendente que pode acontecer na natureza humana.

Em pleno século 20, Samael Aun Weor, insigne escritor, filósofo, sociólogo e esoterista, com a ousadia que leva a eliminar da psique todos os fatores da discórdia, juntou-se a esta lista de “Iluminados”, escapando da relatividade ilusória na qual todos vivemos para estabelecer-se definitivamente no reino do Absoluto e Verdadeiro.

O desenvolvimento de uma faculdade chamada, em termos metafísicos, de “Intuição Prajna Paramita”, permitiu a este grande sábio converter-se no guia de muitos que, como nós, buscam incansavelmente dar uma resposta ao porquê da existência.

Samael Aun Weor é, nesta época conhecida como “Era de Aquário”, e por vontade de todas aquelas esclarecidas inteligências divinas, origem de todo o criado, o Mensageiro ou Avatara encarregado de entregar o mapa preciso para que ninguém possa extraviar-se na confusão de tantas teorias.

Com este único fim, Samael Aun Weor cria, com grande acerto, o veículo que têm hoje em dia os Princípios Gnósticos para manifestarem-se a esta humanidade; nos referimos, evidentemente, aos grupos gnósticos, espalhados por todos os rincões do planeta Terra, com diversas denominações institucionais…

Todos os estudos que esta instituição hoje oferece se baseiam no singular desvelamento que este grande humanista faz dos enormes e enriquecedores Mistérios, através de suas mais de sessenta obras, às quais deve-se acrescentar centenas de conferências, manifestos, epístolas e diálogos com seus discípulos.

Assim, sem cair em fanatismo de nenhuma espécie, diremos ao ávido leitor que, a partir destes momentos, terá a excepcional oportunidade de aproximar-se do legítimo esoterismo que nutriu todas essas notáveis inteligências do Saber Oculto e que foi resgatado do pó dos séculos, sintetizado em forma prática, sem complicações intelectuais de nenhuma espécie e entregue pública e desinteressadamente à humanidade por este humilde e transcendental Homem: Samael Aun Weor.

O post Introdução aos estudos gnósticos apareceu primeiro em GnosisOnline.


Magia do palo santo ou pau-santo

$
0
0

Bulnesia sarmientoi

O palo santo é uma das madeiras e resinas mais conhecidas nas Américas para a prática de magia elemental e para trabalhos de limpeza por meio dos incensos. Praticamente virou moda queimar pedaços da madeira do palo santo no Brasil, graças ao seu agradável odor e sensação de alto-astral que advêm após sua queima.

O elemental do palo santo (ou pau-santo) pertence à categoria dos elementais que vibram na energia do planeta Mercúrio, portanto, sendo do “Raio de Mercúrio”.

Sendo mercuriano, o palo santo é propício para todos os trabalhos ligados ao nosso Corpo Mental: inteligência, memória, purificação e cura dos neurônios, equilíbrio de conflitos mentais. Também serve para acalmar-equilibrar as pessoas com demências, Alzheimer, diversos desequilíbrios mentais, autismos, neuroses etc.

Vejamos o que o VM Samael Aun Weor ensina acerca do elemental do palo santo:

Se quisermos nos reconciliar com um inimigo, trabalhamos com o elemental do pau-santo.

Colhe-se essa planta durante o dia. Faz-se o círculo por cima da planta com um galho e pronuncia-se a letra S de forma alongada: SSSSSSS

Faz-se a queixa ao elemental da árvore e depois ordena-se a ele que se dirija para onde nosso inimigo está, a fim de aplacar-lhe a ira.

palo-santo

 

O resultado é sempre assombroso.

Se ordenarmos ao elemental ir a um local onde vive algum demente e permanecer junto a ele para curá-lo, o elemental obedecerá e o demente ficará bom.

 

QUER SABER MAIS SOBRE O PALO SANTO? CLIQUE AQUI!

O post Magia do palo santo ou pau-santo apareceu primeiro em GnosisOnline.

Samael e a Maçonaria

$
0
0

Sabemos que grandes mestres, Iniciados, e até formadores de opinião, como escritores, jornalistas, políticos e líderes sociais se iniciaram no mundo maçônico. A Maçonaria, imbuída de anelos libertários, trabalhou intensamente por rumos mais democráticos ao longo dos séculos. Desde a Idade Média até a Idade Moderna, maçons foram responsáveis por manter a chama da liberdade e dos direitos humanos, e foram os movimentos maçônicos que auxiliaram a Grande Fraternidade Branca (GFB) a estabelecer as sub-raças desta 5ª Raça-Raiz, chamada de Ariana ou Ária.

Simón Bolívar e outros grandes Libertadores das Américas foram Maçons

Tomemos alguns exemplos da influência da Maçonaria na política mundial: derrubada de monarquias na Europa; derrubada da Bastilha na França; independência de todos os países americanos, em destaque EUA (pelos maçons George Washington e Thomas Jefferson) e Brasil (Tiradentes, dom Pedro I, José Bonifácio e outros); independência dos países sul-americanos (pelos maçons San Martín, Sucre, Simón Bolívar, O’Higgins, Túpac Amaru) etc.

A Maçonaria tem cumprido, ao longo desses últimos séculos, um grande serviço para o bem da humanidade, e isso merece nossos aplausos, apesar de alguns tropeços quanto a não seguir certos desideratos da GFB. Nos séculos 19 e 20, esta Ordem teve em seu berço diversos mestres, reconhecidos por sua sabedoria e força interior, que entregaram ao mundo obras inestimáveis e ensinamentos profundos. Alguns exemplos desses grandes mestres espirituais: Eliphas Lévi, Leadbeater, Arnold Krumm-Heller, Jorge Adoum, e, o mais destacado de todos, dada a profundidade de sua literatura: Samael Aun Weor.

Jorge Adoum, grande Mestre Maçom e autêntico Mestre da Fraternidade Branca

Este grande líder, Victor Manuel Gómez Rodríguez (cujo nome eterno, esotérico, é Samael Aun Weor), fundador de diversas instituições, foi em sua juventude iniciado em uma ordem maçônica (REAA) na Colômbia, chegando a ser consagrado no grau de “mestre maçom”.

Depois, em suas viagens – juntamente com sua família – pela América Central (como Panamá, El Salvador, Honduras, Guatemala), acabou chegando, finalmente, ao México, residindo até seus últimos dias na capital.

Segundo historiadores gnósticos, a Maçonaria mexicana deu as boas-vindas a esse mestre maçom, dando acolhida não somente à sua família, mas recebendo em suas lojas a Samael Aun Weor como um autêntico Mestre.

Samael esteve trabalhando intensamente dentro da Maçonaria, tentando ensinar o aspecto iniciático, mágico e teúrgico da Obra Maçônica, esquecido já muito tempo, pois sabemos que a grande maioria de seus membros se concentrou unicamente em questões políticas, filantrópicas, sociais.

Samael Aun Weor, grande mestre maçom e autêntico Iluminado e membro da Grande Fraternidade Branca. Kalki Avatar da Era de Aquárius

Dentro das fileiras maçônicas, Samael Aun Weor tentou resgatar os princípios iniciáticos da Maçonaria original, assim como outro personagem misterioso também o tentou, porém sem muito sucesso, o Conde Cagliostro. Esse mestre, Cagliostro, foi discípulo do poderoso Conde de Saint-Germain, autêntico mestre da Santa Loja Branca.

A história de Cagliostro na Europa tem conexão íntima com a Maçonaria. Na França, esse mestre fundou a Ordem Maçônica de Rito Egípcio, onde se aceitavam mulheres (de preferência, eram aceitos homens e mulheres casados) em suas fileiras. O altar dessa ordem maçônica fundada pelo Grande Copta (Cagliostro) era triangular e tinha o nome de Shekinah. Ensinamentos secretos de tantrismo eram ensinados de lábios a ouvido pelo próprio Cagliostro a todos os membros dessa Ordem.

Segundo o Grande Copta, a Maçonaria em si tinha origens atlantes, e depois foi refinada no Antigo Egito, sendo posteriormente influenciada pela cabala rabínica e diversas tradições medievais europeias. Mas que a finalidade de Cagliostro, no campo místico, era resgatar as tradições egípcias da Maçonaria.

Infelizmente, os próprios maçons – além das circunstâncias políticas daquele momento, pré-queda da Bastilha e da realeza francesa – não compreenderam a grandiosidade da obra do Conde Cagliostro e esta foi praticamente destruída, não restando mais do que resquícios hoje em dia.

Grande Mestre Maçom e Ressurrecto. Conseguiu o Elixir da Longevidade

Repito: Samael Aun Weor tentou a todo custo resgatar o lado iniciático e mágico da Augusta Ordem, porém, com o passar do tempo, Ele percebeu que estavam ocorrendo divergências e conflitos, dado que muitos irmãos maçons aceitaram os ensinamentos de Samael e outros não, pois estes queriam que a Maçonaria continuasse a ser tão somente uma ordem de cunho social e político.

Samael na Ordem Maçônica do México

A Maçonaria é muito influente no México, mesmo nos dias atuais. A gigantesca maioria de seus presidentes, governadores e altas autoridade dos poderes constituídos é de maçons. O que poucos sabem é que um dos ritos mais proeminentes do Grande Oriente mexicano é o chamado Rito de Quetzalcóatl, que tenta resgatar as tradições espirituais dos antigos astecas, principal raiz do México moderno. É nas lojas maçônicas que praticam o Rito de Quetzalcóatl que Samael é recepcionado nesse país.

Anos depois, após sentir que cumpriu uma grande missão nas lojas quetzalcoatlianas, Samael se retira e se dedica à construção das instituições gnósticas conhecidas até hoje.

Portanto, exortamos os irmãos maçons a pesquisarem profundamente os ensinamentos, práticas esotéricas, rituais que Samael Aun Weor trouxe ao mundo e que resgatam todos os valores espirituais inerentes à alma humana. Devemos lembrar aos irmãos das diversas ordens maçônicas que todos os ensinamentos da Maçonaria possuem uma origem antiga, muitíssimo anterior à última “reforma maçônica” instituída na Inglaterra em 24 de junho de 1717.

Irmãos Maçons (Grande Oriente do México, Rito de Quetzalcóatl) deram todo apoio ao VM Samael Aun Weor em sua difusão dos ensinamentos sagrados

Temos outro grande mestre, o venerável mestre Jorge Elias Adoum (Mago Jefa), iniciado na Maçonaria equatoriana e depois brasileira, e autor de diversas obras que versam sobre arabismo, tantra, magia, autoconhecimento e iniciação maçônica. Alguns títulos que recomendamos: Adonai, O Povo das 1001 Noites e Coleção Esta É a Maçonaria, entre outros.

O dr. Adoum ensinava que a Maçonaria não é uma salada russa, como detratores divulgam contra a Ordem Sublime. Na realidade, a Maçonaria, assim como a Gnose moderna, bebeu de diversas fontes esotéricas, cujas origens remontam não só ao Egito, mas, quiçá, da Atlântida e mesmo da mítica Lemúria.

O mestre Adoum ainda explica em seus livros que a Maçonaria é tão antiga quanto as estrelas do céu. Cabe aos irmãos da augusta ordem resgatarem esse lado autenticamente iniciático, para que que eles possam conduzir a humanidade rumo a uma verdadeira Idade de Ouro.

O famoso ator mexicano Mario Moreno, o Cantinflas (2º a partir da esquerda) era maçom e grande simpatizante da Gnose e amigo de Samael Aun Weor

Samael Tece Comentários Sobre Alguns Aspectos da Maçonaria

Eu também sou um Mestre Maçom, oficialmente, digamos, reconhecido, ok? Porém, em nome da verdade, digo a vocês que eu não voltei mais a essas oficinas maçônicas.

Porque quando eu chegava a trabalhar, eles se dividiam… eles se dividiam, terminavam divididos em dois bandos, e, por último, as Lojas se acabavam, terminavam, tinham de ser fechadas.

Formavam-se grandes borrascas: alguns ficavam comigo e outros contra mim, e isso terminava dividido em dois bandos. Ou seja, a coisa ficava até perigosa. Conclusão: melhor não voltar. Ponto final e que aí morra.

É lamentável, pois, que os Irmãos Maçons não saibam mais de nada. Até a letra “G” está posta aí, da Gnosis. No triângulo está o “G” de Gnosis, significa Gnosis, porém, eles não sabem.

A Iniciação é magnífica, a Iniciação do grau de Mestre é formidável: metem-no em um ataúde simbólico, significando que para chegar a ser Mestre tem de morrer em si mesmo.

Aí o têm num ataúde de madeira, toda a Loja vestida de negro e tudo o mais… e logo o sacam de lá e a cerimônia… Bem, ocorre que, tudo isso é simbólico, diz tudo!

Porém, vejamos quem é que sabe disso tudo… Ninguém, ninguém… Nada! O que é que se fala em Loja? De política cansativa, aborrecedora, coisas que não têm nenhum valor… Não sabem nada. Eles não têm, digamos, o conhecimento das Iniciações.

As Saudações: Há saudações que pertencem a Tradições Esotéricas, e há outras que nem eles mesmos as entendem.

Eu, sobre Maçonaria, conheço tudo isso, e posso lhes dizer, em nome da Verdade, que eles já perderam a Tradição Esotérica.

A verdadeira Maçonaria foi a que existiu no Egito, a que existiu em Jerusalém… aí, sim, houve Maçonaria, a Maçonaria dos Grandes Mistérios…

Dentro das fileiras maçônicas, Samael fez amizade com homens poderosos e famosos, como José López Portillo (foto acima), ex-presidente do México, autor do livro Quetzalcóatl

A Iniciação Maçônica é, pois, muito boa, eu não digo que não, ela é formidável, não? Quando entra quem tem de entrar, pois recebe a Iniciação Maçônica.

Depois de tão tremenda Iniciação, então depois se aguarda algo grandioso, não é?

Uma Iniciação dessa grandiosidade, pois, é como para se pensar que o que se vai receber depois são puros grãos de ouro de pura Sabedoria.

E a pessoa então vê que depois de tão tremenda Iniciação, o único que recebe é… que se encontra com política local, coisas assim, com comunismo…

Ficha de Inscrição de Mario Moreno, Cantinflas, no Grau de Aprendiz, na Resp.’. Loja Chilam Balam, Gran Logia del Valle de México, em 1942

Samael e Sua Iniciação Maçônica no Antigo Egito

(Samael Aun Weor – Diálogos com um Discípulo) No velho Egito, existiu uma tremenda Sabedoria netuniano-amentina, que veio do continente da Atlântida. Eu tive corpo no Egito, corpo que ainda conservo. Se dissessem a mim: “Tu morreste no Egito”, eu diria: “No Egito eu nasci, mas no Egito não morri”, eu conservo meu corpo físico ainda.

De forma que conheço perfeitamente todos os Grandes Mistérios Egípcios. Quando cheguei ao Egito, ou seja, quando fui tomar corpo por lá, eu estava ainda… eu vinha de “capa caída”…

Eu estive reencarnado na terra sagrada dos faraós durante a dinastia do faraó Quéfren*. Conheci a fundo os antigos Mistérios do Egito secreto, e em verdade vos digo que jamais pude esquecê-los.

(*Nota do Editor: O faraó Quéfren, ou Khafra, era filho do faraó Quéops e quarto rei da IV dinastia. Reinou entre 2520 e 2494 a.C.)

O mandil sempre foi usado, até mesmo entre os maçons do Antigo Egito

Nestes precisos instantes vêm à minha memória acontecimentos maravilhosos. Uma tarde qualquer, não importa qual, caminhando lentamente pelas areias do deserto, sob os ardentes raios do sol tropical, atravessei como um sonâmbulo uma rua misteriosa de esfinges milenares, ante a mirada exótica de uma tribo nômade que, de suas tendas, me observavam.

À sombra veneranda de uma antiquíssima pirâmide, tive de me recostar em um momento para descansar e arrumar, com paciência, as correias de uma de minhas sandálias. Depois, diligente, busquei com ânsia a augusta entrada; anelava retornar ao Caminho Reto.

O Guardião, como sempre, estava no Umbral do Mistério. Impossível esquecer aquela figura hierática de rosto de bronze e salientes pômulos.

Esse homem era um colosso… Em sua destra empunhava com heroísmo a terrível espada, seu continente era todo formidável e não há dúvida de que usava com pleno direito o Mandil Maçônico.

Querendo voltar ao Caminho… Cheguei a uma rua de esfinges (por certo eu já falava dessa rua das esfinges, e faz pouco tempo que a descobriram). Esfinges brancas e negras, assim, formando uma avenida.

Na parte alta havia, assim, uma subida de areia, um montículo de areia, e por ali havia algumas tribos nômades. Passei diante dessas tribos, atravessei a avenida das esfinges milenares e cheguei ante a pirâmide de Quéfren.

À sombra dessa pirâmide… e ante a grande porta encontrei esse Guardião armado com a espada flamígera… e com seu mandil (essa, sim, era a Maçonaria Esotérica), um mandil Maçônico… Ele me diz:

– O que queres?
– Eu sou Shu, o suplicante genuflexo que venho cego em busca da Luz!

– O que desejas, o que mais queres?
– Luz!

Muito longo seria transcrever aqui, dentro do marco deste capítulo, todo o já consabido exame verbal.

Então, ele me agarrou assim, de uma braçada, e fez girar uma porta enorme de pedra que ressoou com a nota Dó. E assim, bruscamente, me jogou dentro, lá para dentro.

De uma forma que eu qualifico como violenta, foi-me despojado de todo objeto metálico e até das sandálias e da túnica. O mais interessante foi aquele instante em que aquele hercúleo homem me tomou pela mão para me jogar para dentro do Santuário…

Inolvidáveis foram aqueles instantes em que a pesada porta girou sobre seus gonzos de aço, produzindo esse Dó misterioso do velho Egito.

Ao entrar, encontrei-me sobre um quadrado de lousas brancas e negras. Então, já lá dentro, submeteram-me à Prova…

A Prova do Irmão Terrível, como hoje se passa na Maçonaria, é simbólica. Era mais terrível a Prova do Irmão Terrível* lá no Egito, porque Ele era invocado…

(*Nota do Editor: o termo Irmão Terrível é o mesmo Guardião do Umbral da tradição gnóstico-rosa-cruz.)

O que aconteceu depois, o encontro macabro com o Irmão Terrível, as Provas do Fogo, do Ar, da Água e da Terra, podem ser encontrados por qualquer Iluminado nas Memórias da Natureza.

Na Prova do Fogo tive de controlar a mim mesmo o melhor que pude, quando atravessei um salão em chamas; o piso estava cheio de vigas de aço acesas ao vermelho vivo: muito estreito era o passo entre aqueles tirantes de ferro ardente, havia apenas espaço para pôr os pés. Por aqueles tempos muitos aspirantes pereceram nesse esforço.

Ainda recordo com horror aquela argola encravada na rocha; ao fundo se via, tenebroso, o horripilante precipício. Sem embargo, saí vitorioso na Prova do Ar; ali onde outros pereceram, eu triunfei…

Já se passaram muitos séculos e ainda não pude esquecer, apesar da poeira de tantos anos, aqueles crocodilos sagrados do lago; se não fosse pelas conjurações mágicas, teria sido devorado pelos répteis, como sempre ocorreu a muitos aspirantes…

Inumeráveis desditados foram triturados e quebrantados pelas rochas na Prova da Terra, mas eu triunfei e vi com indiferença duas massas que ameaçavam minha existência, errando-se sobre mim como para me reduzir a poeira cósmica. Certamente, eu não sou mais do que um mísero verme do lodo da terra, porém saí vitorioso.

Assim, em verdade, foi como retornei ao Sendeiro da Revolução da Consciência, depois de ter sofrido muito.

Fui recebido no Colégio Iniciático, vestiram-me solenemente com a túnica de linho branco dos Sacerdotes de Ísis, e no peito me foi colocada a cruz Tau egípcia.

Um sopor de eternidade pesa sobre os antiquíssimos mistérios da Esfinge do deserto, e as almas do Amenti anelam uma nova manifestação netuniano-amentina.

Reflexos das Provas na Vida Cotidiana

Muitas vezes se crê encontrar uma dita em algum lar que forma, e tampouco se é feliz nesse lar: sofre, chora e é infeliz; ou nasce ou morre e tem de sofrer, e essa dita não a tem, e não a acha.

Incapaz ante a Lei do Destino, indefesos como estamos, ineptos para poder fazer algo que nos torne ditosos… Reconhecer tudo isso…

Sob essas circunstâncias, me parece que o melhor é trabalhar para “morrer” (isso é o básico), para deixar de “existir”, para destruir isso, essa miséria que carregamos dentro. Em Alquimia se diz: “Destruir o Mercúrio Seco, eliminar o Mercúrio Seco”.

Quanto a Graus, Iniciações, estas são coisas do Espírito, são coisas íntimas que o Ser vai passando, que o Ser vai vivendo, que o Ser… Então, não devemos cobiçar Iniciações, Graus… O que é básico para nós é eliminar a miséria interior que carregamos, isso sim é fundamental.

Se procedemos assim, inquestionavelmente virão as distintas Revalorizações do Ser, e é isso o que conta. Assim, pois, as distintas Revalorizações do Ser somente se conseguem à base de Trabalhos Conscientes e Sofrimentos Voluntários.

Faraó Quéfren

O que nos interessa é, precisamente, Morrer para Ser. São belas as Revalorizações do Ser! Mas não se poderia conseguir senão “morrendo em si mesmos”, aqui e agora. À medida que vamos eliminando a miséria interior que carregamos, nosso Ser vai passando por distintas Revalorizações, e isso é fundamental.

Não importa que nome deem a essas Revalorizações… que as chamem “Graus”, que as chamem “Iniciações”, isso não interessa; somente nos interessa saber que as Revalorizações do Ser são possíveis quando, de verdade, se dedica a eliminar a miséria interior que se carrega.

Assim, sim, é possível conseguirmos as Revalorizações verdadeiras do Ser.

Obviamente, se quisermos mudar, devemos nos tornar, de verdade, um “observador competente”, aprendermos a observarmos a nós mesmos. Porque se não se observa a si mesmo, qualquer possibilidade de mudança se torna impossível. Porém, se a pessoa se observa si mesmo, de momento em momento, vai descobrindo, naturalmente, seus próprios erros. Ou seja, vai se autodescobrindo. E em cada autodescoberta existe autorrevelação.

 

Assim, portanto, conseguir o autodescobrimento é básico para a autorrevelação. Quando o indivíduo se divide entre Observador e Observado, entre uma parte que observa e outra parte que é observada, vai bem: descobre qualquer erro em um momento dado.

Vejamos uma situação, digamos, de luxúria: se veio a excitação, já é suficiente como para que a pessoa observe a si mesma e se dê conta de que possui o Eu da Luxúria. Quanto à forma como se processa esse Eu dentro de nós, é questão de observação: como se manifesta no intelecto; de que forma se manifesta esse Eu da Luxúria no coração; qual é seu modo de expressão através dos Centros Motor, Instintivo e Sexual. Deve-se conhecer todos os seus modos, todos os seus manejos.

Uma vez conhecidos, pois deverá ser Julgado matematicamente. Muito mais tarde, se procederá à Eliminação. Para isso terá de apelar a um Poder superior à mente.

(Para descobrir e trabalhar com esse Poder Superior à Mente, os Irmãos Maçons precisarão pesquisar séria e profundamente os estudos gnósticos.)

Runa Not, Prática Mágica na Maçonaria Esotérica

(Samael Aun Weor – Tratado de Magia RúnicaVamos ensinar a Runa Not. Na Maçonaria, só se ensina esse símbolo aos Mestres, jamais para os Aprendizes.

Lembremo-nos do signo de socorro do Terceiro Grau, ou seja, do de Mestre. Colocam-se as mãos entrelaçadas sobre a cabeça à altura da fronte, com as palmas para fora, pronunciando ao mesmo tempo: “A mim, Filhos da Viúva!” Em hebraico: “Elai B’ne al Manah!

A esse grito devem concorrer para socorrer ao Irmão em desgraça. Todos os maçons devem prestar-lhe sua proteção em todos os casos e circunstâncias da vida.

Na Maçonaria se pratica a Runa Not com a cabeça, e esta foi e será sempre um SOS, um signo de socorro.

Not, em si mesma, significa de fato “Perigo”, porém é óbvio que dentro da própria Runa está o poder de escapar inteligentemente.

Aqueles que transitarem pela Senda do Fio da Navalha são combatidos incessantemente pelos Tenebrosos, sofrem o indizível, porém, podem e devem se defender com a Runa Not.

Com a Runa Not podemos implorar auxílio, pedir a Anúbis e seus 42 Juízes do Karma para que aceitem negociações.

Não devemos nos queixar do Karma, este é negociável. Quem tiver “capital” de boas obras pode pagar sem necessidade de dor.

(Autor: Ali Onaissi, jornalista e escritor. Você tem algum questionamento acerca desse post? Escreva-nos. E-mail: gnosisonline@gmail.com).

O post Samael e a Maçonaria apareceu primeiro em GnosisOnline.

Milarepa, o santo tibetano do Nirvana

$
0
0

Jetsun Milarepa nasceu no século 11 e é um dos mais famosos yogues e poetas tibetanos. Foi discípulo do grande mestre Marpa (um dos iluminados que difundiram o budismo no Tibet). Diz que Milarepa foi o primeiro tibetano que alcançou a iluminação, portanto, o primeiro “santo budista do Tibet”.

Os inúmeros fatos místicos de sua vida são popularmente conhecidos graças às tradições esotéricas dos lamas tibetanos. Muito conhecidos popularmente entre os tibetanos, os dados de sua biografia são muito discutidos entre os estudiosos de budismo tibetano, pois os dados biográficos misturam-se com lendas e histórias fantásticas.

Na obra O Mistério do Áureo Florescer, Samael Aun Weor comenta um pouco mais sobre o famoso santo tibetano Milarepa:

Milarepa foi uma dessas almas que se impressionam profundamente ao compreender a natureza transitória da mundana existência e os sofrimentos e misérias nos quais os seres se acham imersos.

Parecia-lhe que a existência, desde esse ponto de vista, era como uma enorme fogueira onde as criaturas viventes se consumiam.

Ante tal desconcertante dor, sentiu em seu coração que era incapaz de perceber algo da celestial felicidade desfrutada por Brahma e Indra nos céus, porém, muito menos sentia os gozos terrenais e as delícias próprias do mundo profano.

Por outra parte, sentiu-se profundamente cativado pela visão de imaculada pureza e casta beatitude, descritas no estado de liberdade perfeita e onisciência, alcançável no Nirvana, a tal punto que ele não podia malgastar sua vida à procura de algo que desde longo tempo havia deixado, dedicando-se, com plena fé, profundidade da mente e coração cheio do onipenetrante Amor e à simpatia de todas as criaturas.

“Havendo obtido conhecimento transcendental no controle da natureza etérea e espiritual da mente, sentiu-se capaz de dar demonstrações disso, e por tal efeito pôde voar pelo céu, caminhar e descansar no ar.

Foi capaz, também de produzir chamas e fazer surgir água de seu corpo, transformando-se no objeto que desejasse, demostrações que foram capazes de convencer os descrentes e leválos para os sendeiros religiosos.

Milarepa foi perfeito na prática dos quatro estados de meditação, e mediante eles pôde projetar seu corpo sutil até o extremo de estar presente presidindo concílios yogues em 24 lugares distintos, nos quais se celebravam assembleias de deuses e anjos igual a nuvens de espiritual comunhão.

Foi capaz de dominar Deuses e Elementais, colocando-os a seu imediato comando no cumprimento de seus deveres.

Perfeito Adepto de sobrenaturais poderes tátwicos, teve a graça de poder atravessar e visitar inumeráveis paraísos sagrados e céus dos Budas, onde pela virtude de seus oniabsorventes atos e nunca superada devoção, os Budas e Bodhisatvas que regem esses sacros lugares lhe favoreceram, permitindo-lhe expressar-se acerca do Dharma, santificando-lhe seu retorno pela visão desses mundos celestiais e permanência em tais moradas.

Pergunta: Mestre, em sua obra O Mistério do Áureo Florescer, o senhor disse que Milarepa estava em 24 lugares ao mesmo tempo…
Samael Aun Weor: Sim, é certo. Milarepa teve poderes muito grandes, e ao final e ao cabo o Nirvana o tragou. Deixemo-lo de lado, pois cada qual é livre para escolher o Caminho que for. Eu, da minha parte, não sigo esse Caminho, eu sigo o Caminho Direto, o dos Homens que renunciam à felicidade para ficar trabalhando aqui, com a humanidade… Na Direta, que esta é a melhor.

A Canção de Milarepa

Desde que a Graça do meu Senhor entrou em minha mente, Minha mente jamais se perdeu em distrações.

Acostumado a contemplar longamente o Amor e a Piedade,

Esqueci-me das diferenças entre mim e os outros.

Acostumado a meditar longamente sobre o meu Guru como uma auréola sobre minha cabeça,

Esqueci-me de tudo o que governa pela força e pelo prestígio.

Acostumado a meditar longamente sobre os meus Deuses Guardiões como inseparáveis de mim mesmo,

Esqueci-me da forma carnal inferior.

Acostumado a meditar longamente sobre as Seletas Verdades Sussurradas,

Esqueci-me de tudo o que é dito nos livros escritos e impressos.

Acostumado, como estou, ao estudo da Ciência Elementar,

Perdi o Conhecimento da Ignorância enganosa.

Acostumado, como fiquei, a contemplar os Três Corpos como inerentes a mim,

Esqueci-me de pensar na esperança e no medo.

Acostumado, como fiquei, a meditar sobre esta vida e a vida futura como uma só,

Esqueci-me do medo do nascimento e da morte.

Acostumado a estudar longamente, por mim mesmo, minhas próprias experiências,

Esqueci-me da necessidade de buscar as opiniões dos amigos e dos irmãos.

Acostumado longamente a aplicar cada nova experiência ao meu próprio crescimento espiritual,

Esqueci-me de todos os credos e dogmas.

Acostumado a meditar longamente sobre o Incriado, o Indestrutível e o Permanente,

Esqueci-me de todas as definições deste ou daquele Objetivo particular.

Acostumado a meditar longamente sobre todos os fenômenos visíveis como o Dharmakaya,

Esqueci-me de todas as meditações feitas pela mente.

Acostumado por muito tempo a manter minha mente no Estado Incriado de Liberdade,

Esqueci-me dos costumes convencionais e artificiais.

Acostumado por muito tempo à humildade, de corpo e de mente,

Esqueci-me do orgulho e das soberbas maneiras do poderoso.

Acostumado a olhar longamente o meu corpo carnal como o meu eremitério,

Esqueci-me do ócio e do conforto dos retiros nos mosteiros.

Acostumado por muito tempo a conhecer o sentido do Inexprimível,

Esqueci-me do modo de traçar as raízes dos verbos e a origem das palavras e das frases…

Possas tu, ó sábio, esboçar essas coisas em livros comuns.

 

O post Milarepa, o santo tibetano do Nirvana apareceu primeiro em GnosisOnline.

Desvendando o gênio de Stradivarius

$
0
0

Da genialidade de um artesão italiano nasceram os mais perfeitos instrumentos de corda de todos os tempos. Afinal, qual é a real magia que envolve o luthier Antonio Stradivari e seus violinos, violoncelos e violas? Por que o som desses instrumentos fascina e penetra no mais profundo dos ouvintes? Terá ocorrido algo de mágico na vida de Stradivarius – nome latinizado do luthier – para que ele criasse verdadeiras obras-primas do mundo musical?

Para quem fazia violinos, violas e celos, é incrível que Stradivari continue insuperável até hoje. Dos quase 1.100 instrumentos feitos por ele, pouco mais de 600 chegaram até nossos dias, e são conhecidos como Stradivarius. Esse grande luthier (fabricante de instrumentos de corda com caixa de ressonância) nasceu em Cremona, ao norte da Itália, por volta de 1644, região famosa por revelar diversos artesãos conhecidos por fabricar os melhores violinos do mundo. As técnicas eram passadas de pai para filho, e por inúmeras gerações os seus luthiers fizeram grandes instrumentos.

O Segredo dos Stradivarius

Sobre os fatos históricos conhecidos, pode-se estudar o livro Stradivarius, de Toby Faber. No entanto, o que nos interessa é investigar os aspectos “ocultos” dos Stradivarius.

Certa vez, o venerável mestre Samael conversava com um discípulo seu, numa praça no México. Os dois tomavam um sorvete enquanto dialogavam, e a conversa foi muito demorada. Alguém tirou a foto dos dois e em seguida perguntou ao Mestre por que dessa conversa demorada e acalorada. O Mestre respondeu que aquela pessoa, de nome Moisés Rodríguez, era a reencarnação do famoso luthier italiano Stradivarius.

Bem, passaram-se os anos e, numa bela noite, Samael e sua família e discípulos estavam jantando em sua casa, entre eles um dos secretários particulares do Mestre, quando alguém bateu à porta. O próprio mestre Samael fez questão de atender ao chamado. Passados alguns minutos, o mestre retorna à sala de jantar, porém sem sua camisa. Veste-se com outra camisa e volta ao jantar. Ele, Samael, comenta que havia um mendigo que pedia esmolas, e o único que Ele tinha no momento era a sua melhor camisa, que ele havia doado a esse mendigo.

Após o jantar, o mestre Samael confidencia ao seu secretário particular (que na época era o senhor Tony Maldonado, esposo de Isis, uma das filhas de Samael) quem era na verdade aquele pobre mendigo: era ninguém menos que o bodhisatva de um grande mestre do Raio de Vênus e da Música, chamado Rei Konuzion. Muito degenerado, sim, mas esse mendigo ainda se lembrava de quem ele era, porém não lhe interessava – ainda não, por enquanto – voltar à Senda Iniciática.

Em uma ocasião futura, o Mestre Samael perguntou se Tony se lembrava daquele indivíduo que estava tomando sorvete com Ele, de nome Moisés Rodríguez, e o secretário afirmou que sim, que lhe foi explicado que aquele personagem era a reencarnação do famoso Stradivarius. Bem, o Mestre explicou que ainda havia mais coisas sobre essa história toda de Stradivarius, e que Tony saberia de tudo no seu devido tempo.

Samael contou que o luthier aprendeu certos “segredos iniciáticos” de um misterioso homem que lhe apareceu em sua oficina, em Cremona. Esse misterioso indivíduo era ninguém menos que o bodhisatva caído do grande rei Konuzion. Tal mestre, que, repito, pertencia ao Raio de Vênus, e, portanto, também do Raio da Música, era um grande expert em instrumentos sagrados. Intuitivamente, o secretário perguntou a Samael por que Ele estava confidenciando todas essas informações justamente com ele. O Mestre disse, fixando Seus olhos nos dele: “Porque VOCÊ é a alma gêmea desse grande mestre, portanto, você também pertence ao Raio de Vênus!”

Samael (à direita) e Moisés Rodríguez, bodhisatva de Stradivarius

Konuzion e os Instrumentos Sagrados

A história do Rei Konuzion, que viveu nos primórdios de nossa Raça Ária, mais precisamente na primeira Sub-Raça Ariana, que se desenvolveu nos planaltos tibetanos, de acordo com Samael foi a seguinte, como podemos ler no texto Música, Meditação e Iluminação (ou, Mensagem de Natal 1965), de autoria do VM Samael:

“Velhas tradições arcaicas dizem que o conhecimento relativo à sagrada Heptaparaparshinokh (a Lei do Sete), foi revivido muitos séculos depois da catástrofe da Atlântida, por dois santos irmãos iniciados chamados Choon-kil-tez e Choon-tro-pel, os quais atualmente se encontram no Planeta Purgatório, preparando-se para entrar no Absoluto.

Em linguagem oriental, diz-se que o Planeta Purgatório é a região de Atala, a primeira emanação do Absoluto. Esses dois santos eram irmãos gêmeos. O avô desses dois iniciados foi o Rei Konuzion, que governou sabiamente o antiquíssimo país asiático chamado, naquela época, Maralpleicie.

O avô Rei Konuzion descendia de um sábio iniciado atlante, membro distinto da Sociedade de Akhaldam, sociedade de sábios que existiu na submersa Atlântida antes da segunda catástrofe Transapalniana. Os dois sábios e santos irmãos viveram os primeiros anos de sua vida na arcaica cidade de Gob, no país chamado Maralpleicie, porém tempos depois se refugiaram no país que mais tarde se chamou China.

Os dois irmãos iniciados viram-se obrigados a emigrar, saindo de sua terra natal quando as areias começaram a sepultá-la. Gob foi sepultada pelas areias e hoje esse lugar é o Deserto de Gobi.

Os dois irmãos, a princípio, só se especializaram em medicina. Porém, depois, tornaram-se grandes sábios e viveram no lugar que mais tarde se chamou China. Coube a esses irmãos iniciados a alta honra de haverem sido os primeiros investigadores do ópio. Os dois irmãos descobriram que o ópio consiste de sete cristalizações independentes subjetivas com propriedades bem definidas.

Com trabalhos posteriores, demonstraram que cada uma dessas sete cristalizações independentes consistia, por sua vez, de outras sete propriedades ou cristalizações subjetivas independentes e estas, por sua vez, de outras sete, e assim sucessiva e indefinidamente.

A papoula atrai as altíssimas vibrações das Dimensões Superiores, por isso recomenda-se plantá-la e atrair bênçãos para a casa

Puderam comprovar que existe íntima afinidade entre a música e a cor. Por exemplo, um raio colorido correspondente dirigido sobre qualquer elemento do ópio transformava-o em outro elemento ativo. Obtinha-se o mesmo resultado se, em lugar de raios coloridos, dirigiam-se as correspondentes vibrações sonoras das cordas de um instrumento musical conhecido naquela época com o nome de Dzendveokh. Verificou-se cientificamente que se fizermos passar qualquer raio colorido através de qualquer elemento ativo do ópio, este mesmo raio toma outra cor, a saber, a cor cujas vibrações correspondem às vibrações do elemento ativo.

Ao se fazer passar qualquer raio colorido através das vibrações das ondas sonoras das cordas do Dzendveokh, aquele toma outra cor correspondente às vibrações manifestadas por meio da corda dada.

O Dzendveokh foi um aparelho de música formidável, com o qual se logrou verificar o poder das notas musicais sobre o ópio e em geral sobre todo o criado.

O ópio é extraído do látex leitoso da cápsula da papoula ou dormideira
O ópio é extraído do látex leitoso da cápsula da papoula ou dormideira

Se um raio colorido definido e vibrações sonoras definidas com inteira exatidão fossem dirigidos sobre qualquer elemento ativo do ópio, escolhido entre os que possuíam menor número de vibrações que a totalidade das vibrações do raio colorido e o mencionado som, o elemento ativo do ópio se transformava em outro elemento ativo do ópio.

É interessante saber que as sete cristalizações subjetivas do ópio se correspondem a outras sete e estas a outras sete, e assim sucessivamente.

É também interessante saber que a escala musical setenária se corresponde com as setenárias cristalizações subjetivas do ópio.

Rei Konuzion

Muitas experiências comprovaram que a cada classificação setenária subjetiva do ópio correspondem escalas setenárias subjetivas do subconsciente humano.

Se a música pode agir sobre as cristalizações setenárias do ópio, é lógico pensar que também pode agir sobre as correspondentes classificações setenárias subjetivas do homem.

O ópio é maravilhoso, pois capta todas as potentes vibrações do Protocosmo Inefável. Desgraçadamente, as pessoas têm utilizado o ópio de forma danosa e prejudicial para o organismo. São muitos aqueles que empregaram o ópio para fortalecer as propriedades tenebrosas do Abominável Órgão Kundartiguador.

Muitos séculos depois do Sagrado Rascooarno (morte) dos irmãos santos, houve um rei muito sábio que, baseando-se nas mesmas teorias dos dois iniciados mencionados, construiu um instrumento musical chamado Lav-Merz-Nokh, com o qual pôde verificar muitas maravilhas relacionadas com a música.

O maravilhoso de tal aparelho musical é que tinha 49 cordas, sete vezes sete, correspondentes às sete vezes sete manifestações da energia universal. Este aparelho foi formidável, tinha sete oitavas musicais que estavam relacionadas com as sete vezes sete formas de energia cósmica.

Assim foi como a raça humana daquela época conheceu, em carne e osso, o Hanziano Sagrado, o som Nirioonissiano do mundo.

Todas as substâncias cósmicas que surgem de sete fontes independentes estão saturadas pela totalidade de vibrações sonoras que o mencionado aparelho de música podia fazer ressoar no espaço.

Comparando as vibrações no corpo de um Stradivarius e outro violino
Comparando as vibrações no corpo de um Stradivarius e em outro violino

Não esqueçamos jamais que o nosso Universo está constituído de sete dimensões e que cada uma destas tem subplanos ou regiões. O aparelho musical construído pelo rei Too-toz fazia vibrar intensamente todas as sete dimensões e todas as 49 regiões energéticas.

Atualmente, já temos música revolucionária formidável e maravilhosa, baseada no Som 13, mas necessitamos com urgência de aparelhos de música como o do Rei Too-Toz.

Necessitamos vivificar as vibrações do som Nirioonissiano do nosso mundo para vivificar as fontes cósmicas das substâncias universais e iniciar com êxito uma nova era. O mundo foi criado com a música, com o verbo, e devemos sustentá-lo e revitalizá-lo com a música, com o verbo.

A santa Lei Sagrada do Heptaparaparshinokh serve de fundamento a toda setenária escala musical. É urgente que todos os irmãos gnósticos compreendam a necessidade de estudar música. É urgente que todos os irmãos gnósticos cantem sempre as cinco vogais: I… E… O… U… A…

Bem, até aqui, o texto de Samael Aun Weor. Mas a história não pára por aqui. Esse rei caiu na Roda do Samsara, involuiu por duas razões: pelo sexo e por ter ajudado a difundir o conceito de Bem e Mal entre os arianos, um conceito errôneo difundido por outro sábio da Sociedade Akhaldam.

De encarnação em encarnação, Konuzion conheceu Antonio Stradivari e ensinou-lhe alguns segredos da Escala Setenária do Heptaparaparshinokh. Ensinou Stradivari a construir um instrumento que tocasse e penetrasse nos mais profundos níveis dos 49 estratos de nossa mente.

Esses segredos morreram juntamente com Stradivarius, mas podemos apreender algumas conclusões, pesquisando cientificamente os instrumentos criados pelo mestre luthier: proporções áureas, madeira embebida com água salgada e outros produtos desconhecidos, fundo listrado e ranhuras no fundo da caixa de ressonância, formatos distintos do braço, do apoio, da voluta, da barra harmônica, da abertura acústica… enfim, uma série de características que se harmonizavam com as Leis Cósmicas do Heptaparaparshinock (ou Lei Cósmica do Sete).

Teríamos muito mais para contar sobre os Instrumentos Sagrados, porém falaremos em outros textos do GnosisOnline. Para finalizar este interessantíssimo texto sobre Stradivarius e o rei Konuzion, transcrevo a seguir a relação que o mestre Samael teve com o instrumento sagrado Lav-Merz-Nokh. Esse instrumento, também batizado com o nome de Aya-Attapán, segundo o próprio Samael era muito utilizado nos templos shaolin para as práticas de meditação profunda.

Samael ensinou:

Texto 1

Faz-se urgente e improrrogável dominar a mente. Devemos dialogar com ela, recriminá-la, açoitá-la com o látego da vontade e fazê-la obedecer. Esta didática pertence à Segunda Joia do Dragão Amarelo. Meu real Ser, Samael Aun Weor, esteve reencarnado na antiga China e chamou-se Chou-Li.

Fui iniciado na Ordem do Dragão Amarelo e tenho ordens de entregar as Sete Joias do Dragão Amarelo a quem despertar a consciência, vivendo a Revolução da Dialética e conseguindo a Revolução Integral. Antes de tudo, não devemos nos identificar com a mente, se é que queremos tirar o melhor partido da segunda joia. Se continuamos nos sentindo mente, se dizemos “estou raciocinando, estou pensando”, estamos afirmando um despropósito, e não estamos de acordo com a doutrina do Dragão Amarelo porque o Ser não precisa pensar e não precisa raciocinar.

Quem raciocina é a mente. O Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o próprio Ser. Ele é o que é, o que sempre foi e o que sempre será. O Ser é a vida que palpita em cada sol. O que pensa não é o Ser. Quem raciocina não é o Ser. Nós não temos encarnado todo o Ser, mas temos uma parte do Ser encarnada, que é a Essência, ou budhatta, isso que há de alma em nós, o anímico, o material psíquico. É necessário que esta essência vivente se imponha sobre a mente.

Aquilo que analisa em nós são os eus. Os eus nada mais são do que formas da mente, formas mentais que têm de ser desintegradas e reduzidas a poeira cósmica.

Estudemos neste momento algo muito especial. Poderia se dar o caso de que alguém dissolvesse os eus, os eliminasse. Poderia também se dar o caso de que esse alguém, além de dissolver os eus, fabricasse um corpo mental.

Obviamente, teria adquirido individualidade intelectual. Mas teria que se libertar até mesmo desse corpo mental, porque por mais perfeito que ele fosse, também raciocinaria, também pensaria, e a forma mais elevada de pensar é não pensar. Quando pensamos, não estamos na forma mais elevada de pensar.

O Ser não precisa pensar. Ele é o que sempre foi e o que sempre será. Assim, em síntese, temos de submeter a mente, interrogá-la… Não precisamos submeter as mentes alheias porque isso é magia negra. Não precisamos dominar a mente de ninguém porque isso é bruxaria da pior espécie. O que precisamos é submeter a nossa própria mente, dominá-la…

Durante a meditação, repito, surgem duas partes: a que está atenta e a que está desatenta.
Precisamos nos tornar conscientes do que há de desatento em nós. Ao nos fazermos conscientes, poderemos evidenciar que o desatento tem muitos fatores. Dúvida, há muitas dúvidas. São muitas as dúvidas que existem na mente humana. De onde vêm essas dúvidas?

Texto 2

É urgente compreender a fundo as técnicas da meditação. Hoje explicaremos sobre o Vazio Iluminador. Ao iniciar este tema me vejo obrigado a narrar por mim mesmo e de forma direto, o que sobre o tema eu pude verificar diretamente. Creio que os que escutem esta fita, estão informados sobre a maravilhosa Lei da Reencarnação, pois é ela o fundamento do seguinte relato:

Quando a Segunda Sub-Raça de nossa atual grande Raça Ária florescia, na China antiga, eu estava reencarnado ali, então me chamava Chou-Li. Obviamente, fui membro da dinastia Chou. E naquela existência, eu era membro ativo da ordem do Dragão Amarelo, é e claro que em tal ordem pude aprender claramente a ciência da meditação.

Todavia vem a minha memória aquele instrumento maravilhoso denominado Aya Attapán, que tem 49 notas. Bem sabemos que é a sagrada lei do eterno Heptaparaparshinock, ou seja, a Lei do Sete. Indubitavelmente, sete são as notas da escala musical, mas se multiplicamos o sete por sete, obteremos quarenta e nove notas colocadas em sete oitavas.

Os irmãos nos reuníamos na sala de meditação, juntávamos nossas pernas, nos sentávamos em estilo oriental, com as pernas cruzadas, colocávamos as palmas das mãos de tal forma que a direita caía sobre a esquerda, sentávamos em círculo no centro da sala, cerrávamos os olhos e em seguida colocávamos muita atenção na música que certo irmão tocava no cosmo e em nós. Quando o artista fazia vibrar a primeira nota, estava em Dó. Todos nos concentrávamos.

Quando fazia vibrar a seguinte nota, em Ré, a concentração se fazia mais profunda, lutávamos com os diversos elementos subjetivos que em nosso interior carregávamos; podíamos recriminá-los, podíamos ver a necessidade de guardar um silêncio absoluto, não está demais recordar a vocês, queridos irmãos, que os elementos indesejáveis, constituem o ego, o eu, o mim mesmo, são um todo de entidades diversas, personificando erros.

Quando vibrava a nota Mi, penetrávamos em nossa terceira zona do subconsciente e nos enfrentávamos com a multiplicidade, pois, destes diversos agregados psíquicos, que em desordem brigam dentro de nosso interior, que impedem a quietude e o silêncio da mente, nos recriminávamos, tratávamos de compreende-los, quando o conseguíamos penetrávamos um pouco mais fundo, em lá nota Fá. É óbvio que novas lutas nos esperam com tal nota.

Amordaçar a todos esses demônios do desejo que nos levamos dentro, não é tão fácil, obrigar-lhes a guardar silêncio e quietude não é coisa fácil, mas com paciência nos lográvamos, e assim prosseguíamos com cada um das notas da escala musical, em um oitava mais elevada, prosseguíamos com o mesmo esforço e assim pouco a pouco, enfrentando-nos aos diversos elementos inumanos que em nosso interior carregamos, lográvamos por fim amordaça-los a todos nos 49 níveis do subconsciente e então a mente ficava quieta e é no mais profundo silêncio.

Este era o instante em que a Essência, a alma, o mais pura que dentro temos, se escapava, para experimentar real, assim penetrávamos no Vazio Iluminador. Assim o Vazio Iluminador havia irrompido em nós; movíamos no Vazio Iluminador lográvamos conhecer as Leis da natureza em si mesmas, tal qual são e não como aparentemente são.

Neste mundo tridimensional de Euclides, só se conhece causas e efeitos mecânicos, mas não as Leis Naturais em si mesmas; mas no Vazio Iluminador elas são ante nos como realmente são, podíamos perceber este estado com a consciência, com os sentidos superlativos do Ser, as coisas em si; no mundo dos fenômenos físicos somente percebemos a realidade da aparência das coisas, ângulos, superfícies, mas nunca um corpo inteiro, de forma integral.

Assim o pouco que percebemos se esfumaça, não podia perceber que quantidade de átomos, por exemplo, tem uma mesa ou uma sala etc., mas no Vazio Iluminador percebemos as coisas em si, tal qual são integralmente, no momento que nos achamos assim submergidos dentro do grande Vazio Iluminador podemos escutar a voz do Pai que está em secreto. Indubitavelmente neste estado nos achamos no que poderia denominar arrebatamento, o êxtase, a personalidade cai num estado passivo, sentada lá na sala de meditação.

Os centros emocional e motor se integram com o centro intelectual formando um todo único receptivo, de maneira que as ondas de tudo aquilo que vivenciamos do Vazio, circulando pelo Cordão de Prata, eram recebidas pelos três centros: intelectual, emocional e motor.

Repito: quando o Samadhi concluía, regressávamos ao interior do corpo, conservando a recordação de tudo aquilo que havíamos visto e ouvido. Sem perda de tempo, quero lhes dizer, o primeiro que há de deixar para poder submergir-se, por muito tempo, no Vazio Iluminador é o medo, o eu do temor deve ser compreendido, já sabemos que sua desintegração se faz possível suplicando à Divina Mãe Kundalini, em forma veemente, ela eliminará tal eu.

Um dia qualquer, não importa qual, estando-me no Vazio Iluminador, mais além da personalidade, do eu, e da individualidade, submergido nisso que poderíamos chamar o “Tao” senti que era tudo o que é, tem sido e será, experimentei a unidade da vida, livre de seu movimento: então era a flor, era o rio que corre cristalino, entre seu leito de rocha, cantando em sua linguagem deliciosa, era o ar, que se precipita nos fundos insondáveis, era o peixe que navega deliciosamente entra as águas, era a lua, era os mundos, era tudo o que é, tem sido e será.

Os sentimentos do mim mesmo, do eu, se pude deter em si, senti que me aniquilava, que deixava de existir como indivíduo, que era tudo menos um indivíduo, o mim mesmo tendia a morrer para sempre. Obviamente me lembro do indizível terror eu voltei a forma. Novos esforços me permitiram então a irrompimento do Vazio Iluminador, outra vez eu voltei a sentir-me confundido com tudo, uma pessoa como eu, como indivíduo, havia deixado de existir.

Esse estado de consciência se fazia cada vez mais e mais profundo, de tal forma que qualquer possibilidade para a existência se acabava, para a existência individual, sentia definitivamente que irá a desaparecer; não pude resistir mais, voltei a forma; num terceiro intento tampouco o pude resistir, voltei a forma; desde então sei que para experimentar o Vazio Iluminador e para sentir o Tao, em si mesmo se necessita eliminar o eu do temor, isso é indubitável.

Entre os irmãos da Ordem Sagrada do Dragão Amarelo, o que mais se distinguia foi meu amigo Chang, ele vive nesses planetas do Cristo, onde a natureza não é perecedora e jamais muda, pois há duas naturezas, a perecedora e cambiante, mutável, e a imperecedora, que jamais muda, e esta é imutável. Nos Planetas do Cristo existe a natureza eterna, imperecedora e imutável.

Um dia, o praticante da meditação profunda irá “romper a bolsa” e entrar em Samadhi, a União com o TAO

Ela vive em unidade com esses Mundos do Senhor, o Cristo resplandece nela. Se liberar tem várias idades, meu amigo Chang vive ali naquele distante planeta com um grupo de irmãos que como ele também se liberaram. Conheci então os Sete Segredos da Ordem do Dragão Amarelo. Quisera ensinar-vos, porém com grande dor me dói quando os irmãos de todas as latitudes não estão preparados para poder recebê-las, e isto é lamentável.

Também sei que olho por olho não é possível utilizar os 49 sons do Aya-Atapán, porque esse instrumento musical já não existe, muitas involuções desse instrumento existem, porém são diferentes, não têm as sete oitavas. Involuções desse instrumento são todos os instrumentos de corda, como o violino, a guitarra, e também o piano.

Assim, é possível chegar à experiência do Vazio Iluminador. Um sistema prático e simples que todos os irmãos podem praticar. Vou ditar-lhes agora mesmo a técnica, ponham atenção:

Sentem-se no estilo oriental, com as pernas cruzadas, mas sem serem obrigados porque sois ocidentais. Esta posição resulta para vocês muito cansativa, então sentais comodamente num cômodo confortável no estilo ocidental, colocando a palma da mão esquerda aberta, a direita sobre a esquerda, quero dizer o dorso da palma da mão direita sobre a palma da mão esquerda, relaxem o corpo o máximo possível e logo inalem profundamente, muito devagar , ao inalar imaginem que a energia criadora sobe pelos canais espermáticos até o cérebro, exale curto e rápido, ao inalar pronunciem o mantra HAAAAAMMMM, ao exalar pronunciem o mantra SAAHH.

Indubitavelmente, inala-se pelo nariz, se exala pela boca; ao inalar há de se mantralizar a sílaba sagrada HAAMM, mentalmente pois se está inalando pelo nariz, mas ao exalar-se poderá articular a sílaba SAAAHHH em forma sonora; Ham se escrevem com as letras H-A-M. Sah se escreve com as letras S-A-H…

A inalação se faz lenta; a exalação, curta e rápida. Motivos: Obviamente a energia criadora flui em todo sujeito desde dentro para fora, quer dizer , de maneira centrífuga; mas nós devemos inverter esta ordem com fim de superação espiritual; deve nossa energia fluir de forma centrípeta, quero dizer, de fora para dentro. Indubitavelmente se inalamos devagar, lento, fluira a energia criadora de forma centrípeta, de fora para dentro.

Se exalarmos curto e rápido, então se fará cada vez mais centrípeta esta energia. Durante a prática não se deve pensar absolutamente em nada, os olhos devem estar cerrados profundamente, só vibrará em nossa mente o HAAAMMM, SAAAHHH e nada mais.

À medida que se pratique a inalação, se vai fazendo mais longa e a exalação muito curta e rápida.

Grandes Mestres da Meditação chegam a tornar a respiração pura inalação, então a colocam em suspensão; impossível isto para os indivíduos, porém real para os místicos e em tal estado o Mestre participa do Nirvi-Kalpa-Samadhi, ou no Maha-Samadhi, vem o irrompimento do Vazio Iluminador , se precipitam nesse Grande Vazio, onde nada vive e onde somente se escuta a palavra do Pai que está em secreto.

Com esta prática se consegue o irrompimento do Vazio Iluminador, na condição de não pensar em absolutamente  nada, não deve admitir na mente nenhum pensamento, nenhum desejo, nenhuma recordação, a mente ficar completamente quieta por dentro por fora e no centro.

Qualquer pensamento, por insignificante que seja, é óbice para o Samadhi, para isto em si mesmo, esta ciência da meditação, combinada com a respiração produz efeitos extraordinários.

Ali Onaissi (Jornalista, escritor e coordenador do Portal GnosisOnLine. Contato: gnosisonline@gmail.com)

 

O post Desvendando o gênio de Stradivarius apareceu primeiro em GnosisOnline.

O evangelho de Filipe ou o mistério da câmara nupcial

$
0
0

Os acontecimentos não ocorrem por acaso. Se em 1945 foram achados textos gnósticos milenares em Nag-Hammadi, Alto Egito, foi porque eram para ser achados naquela data e para serem mundialmente divulgados. Ficaram escondidos por séculos e séculos a fim de serem vistos pelos olhos da humanidade apenas na época predestinada.

No Códice Askewianus, que se encontra no Museu Britânico, conhecido como Pistis Sophia, o livro sagrado dos gnósticos, lê-se no capítulo 42 o seguinte: “E aconteceu então que, depois de Jesus ter escutado a Filipe, disse-lhe: ‘Escuta, Filipe, bendito, o que falo. Sois tu, Tomé e Mateus, a quem o Primeiro Mistério manda escrever todos os discursos que eu direi, tudo que farei e todas as coisas que vereis”. Pelo que se deduz ser Filipe um dos escolhidos para escrever os ensinamentos de Jesus; logo, também, um dos autores da bíblia gnóstica chamada Pistis Sophia.

Dentre os 52 ou 53 textos encontrados em Nag Hammadi e contidos no ‘Corpus Gnosticum da biblioteca de Khenoboskion está o Códice ii, que se tornou conhecido como O Evangelho de Filipe. O tema nele exposto é o Mistério da Câmara Nupcial.

Seu primeiro tradutor dividiu o texto em 127 versículos, forma com a qual é hoje apresentado. Alguns trechos não puderam ser traduzidos porque o tempo tornara ilegível os caracteres, mas a sua quase totalidade foi resgatada.

Eis aqui, portanto, para seu conhecimento, o Mistério da Câmara Nupcial.

O Evangelho Gnóstico de Filipe

1. Um hebreu faz um hebreu e o chamam assim: prosélito. Porém, um prosélito não produz um prosélito. Alguns homens são como são desde o princípio e produzem outros. Não obstante, há outros, para os quais, basta que venham à existência.

2. O escravo busca apenas ser livre. Elo não busca a substância do seu patrão. O filho não só busca a liberdade pelo fato de ser filho, como também reclama a herança do pai.

3. Quem herda aquilo que está morto (dos mortos), ele próprio está morto e é herdeiro de coisas mortas. Mas, quem herda aquilo que é vivo (de quem está vivo), ele também está vivo e é herdeiro daquilo que está vivo o daquilo que está morto. Os mortos nada herdam. Como poderia herdar o morto? Se o morto herdasse aquilo que está vivo, não morreria; ao contrário, viveria.

4. Um pagão não morre. Este, de fato, jamais viveu para poder morrer. Porém, aquele que acreditou na Verdade, este encontrou a vida e está em perigo de morrer. De fato, ele vive desde o dia em que o Cristo veio.

5. O mundo está criado; embelezadas estão as cidades; aquele que está morto se foi.

6. Quando éramos hebreus, éramos órfãos. Somente tínhamos o nossa mãe. Mas, transformados em cristãos, tivemos pai e mãe.

7. Quem semeia no inverno colhe no verão. O Inverno é o mundo e o verão é o outro eon. Semeamos no mundo para poder colher no verão. Por Isso, não devemos orar no inverno. Depois do inverno vem o verão. Se alguém colhesse no Inverno, não colheria, ao contrário arrancaria.

8. De fato, quem assim atua não mais produzirá fruto algum. Não só este aqui não brota como ainda no sábado a Força dele resultará estéril.

9. Cristo veio para resgatar uns e salvar outros, isto é, para redimir o outros. Resgatou os estrangeiros e os fez seus. Ele salvou aos seus, os quais tornou aptos conforme a sua vontade. Não testemunhou sua alma somente quanto se manifestou, querendo-o, como também testemunhou sua alma quando já no mundo começou a existir. Quando quis, então veio, antes de tudo, para levá-la porque ela estava guardada como refém. Havia caído entre ladrões, os quais a haviam feito prisioneira. Ele salvou-a e redimiu no mundo aos bons e aos maus.

10. A luz e as trevas, a vida e a morte, as coisas da direita e aquelas da esquerda, elas são irmãs entre si. Não é possível que se separem. Por isso, nem os bons são bons nem os maus são maus; nem a vida é vida nem a morte é morte. Por isso, cada coisa se determinará em seu princípio, no início. Aqueles que estão elevados por sobre o mundo são indissolúveis, são eternos.

11. Os nomes que se dão por respeito aos indivíduos terrenos contêm uma grave sedução. Estes mudam sua mente do que é estável para o que é instável. Quem escuta a palavra Deus não a capta como estável e sim como instável. O mesmo acontece com o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a vida,. a luz, a ressurreição, a igreja e todos os outros nomes. Não se captam conceitos fixos e sim instáveis a não ser que se tenha conhecido os primeiros. Todos os mortais estão no mundo e não captam o que é estável. Se se encontrassem no Eon, não mencionariam coisas más no mundo nem insertariam o estável entre as coisas do mundo.

12. Um só nome não é pronunciado no mundo: o nome que o Pai deu ao Filho. Este é mais excelso que qualquer outro. É o nome do Pai. O Filho não se transformaria no Pai se não fosse coberto com o nome do Pai. Aqueles que têm este nome o conhecem, mas não o dizem. Em troca, aqueles que não o têm não o conhecem. A Verdade, de todas maneiras, produziu nomes no mundo por causa de nós: não é possível conhecê-lo sem nomes. Sendo una a Verdade, ela é múltipla e isto, sem dúvida alguma, para vantagem nossa, para que possamos aprender aquele único (nome) com amor por meio de muitos.

13. Os Arcontes trataram de seduzir o homem porque eles se deram conta de que este é afim com o verdadeiro bem. Tomaram o nome daquele que é bom e o deram ao que não é bom para poderem assim enganar com nomes e atá-lo àquilo que não é bom. Logo, se aos homens é concedida uma graça, eles querem se separar daquilo que não é bom e colocar-se naquilo que é bom. Disto eles tinham conhecimento. Aqueles (os Arcontes) quiseram com efeito tomar o quem é livre e fazê-lo seu escravo para sempre.

14. Há potências que dão ao homem o anterior, não querendo que se salve. Seu intento é o de dominar sobre o escravo. Se o homem alcança a salvação, adeus sacrifícios de animais. Costumava-se oferecer às potências animais. Tais oferendas eram similares às feras: ofereciam-nos vivos, mas depois de havê-las oferecido, morriam. O homem foi oferecido o Deus morto e teve a vida.

15. Antes de que Cristo chegasse, não havia pão no mundo. Como no paraíso, o lugar onde Adão morava, também o mundo possuía muitas árvores que serviam como alimento aos animais. O mundo não tinha grão para alimentar o homem. O homem nutria-se como os animais. Mas, quando chegou Cristo, o homem perfeito, ele trouxe pão do céu para que o homem se alimentasse de alimento humano.

16.Os Arcontes acreditavam fazer o que faziam com sua força e sua vontade, mas o Espírito Santo cumpria escondido, por meio deles, cada coisa conforme sua vontade. A verdade, que subsiste desde o princípio, está semeada por toda parte. Muitos a veem enquanto está semeada, porém poucos a veem quando é colhida.

17. Alguns dizem que Maria concebeu do Espírito Santo. Esses se equivocam. Não sabem o que dizem. Quando alguma vez mulher concebeu de mulher? Maria é a virgem que não foi manchada por potência alguma. Isso é grande anátema para os hebreus, isto é, para os apóstolos e seus discípulos. Essa virgem, não manchada por potência alguma, é superior àqueles que as potências mancharam. O Senhor então não teria dito: “Pai meu que estás nos céus”? Se não tivesse tido outro pai, ele teria dito simplesmente: “Pai meu”.

18. O Senhor disse aos discípulos: ‘Filhos do Reino, entrai na casa do Pai, mas não recebais nem muito menos leveis nada de lá’.

19. Jesus é nome escondido; Cristo é nome manifesto. Por isso, Jesus não existe em nenhuma língua, mas seu nome é Jesus assim como é chamado. Enquanto o Cristo, seu nome em siríaco é Messias, em grego, em troca, é Cristo. Todos os demais, sem dúvida alguma, o têm conforme a sua própria língua. Nazareno é o (nome) manifesto do escondido.

20. Cristo tem tudo em si: o homem, o anjo, o mistério e o Pai.

21. Aqueles que dizem: “O Senhor primeiro morreu e depois ressuscitou” se equivocam. Ele primeiro ressuscitou e depois morreu. Se alguém antes não procura a ressurreição, não morrerá. Assim como Deus vive, aquele estaria já morto.

22. Não se esconde um objeto de grande valor em um recipiente grande. Pelo contrário, amiúde alguém guarda somas incalculáveis em recipientes que valem um cêntimo. Assim acontece com a alma. Ela é uma coisa preciosa caída em um corpo depreciável.

23. Alguns temem ressuscitar nus. Por isso querem ressuscitar na cama. Esses não entendem que aqueles que vestem a carne são aqueles que estão nus. Quem for despojado, de modo a ficar despido, é aquele que não está nu. Carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus. Qual é a carne que não herdará? A que vestimos. Qual é, em troca, aquela que herdará? A carne de Jesus com seu sangue. Por isso, ele disse: “Quem não come minha carne e não bebe meu sangue não tem vida em si”. Que coisa é ela? Sua carne é o Logos e seu sangue é o Espírito Santo. Quem as recebeu tem comida, bebida e vestes.

24. Neste mundo, quem veste os hábitos é mais precioso que os próprios hábitos. Porém, no reino dos céus, os hábitos são mais preciosos que aquele que os vestiu com água e fogo. Estes purificam o lugar inteiro.

25. Aquilo que é manifesto o é por meio daquilo que é manifesto; aquilo que está escondido, por meio do que está escondido. Mas, há também algo escondido por meio daquilo que é manifesto. Há água em uma água e fogo em um crisma.

26. Jesus tomou a todos em segredo. De fato, ele não se revelou como era verdadeiramente, ao contrário, ele se revelou de acordo com aqueles que eram capazes de vê-lo. A todos eles se revelou: aos grandes revelou-se grande e aos pequenos, pequeno; aos anjos, anjo, e aos homens, homem. Por isso, seu Logos passou despercebido por todos.

Alguns o viram crendo ver a si mesmos. Mas, quando se manifestou aos seus discípulos em glória no Monte, não era pequeno, tinha se manifestado grande. Ele, de todas as maneiras, fez grandes aos seus discípulos para que tivessem força suficiente para vê-lo em sua grandeza. Naquele dia, assim se expressou, agradecendo: “Tu que tens reunido o Perfeito, a luz, com o Espírito Santo, una os anos também conosco, isto é, com cem imagens”.

27. Não desprezais ao Cordeiro. Sem ele não é possível ver a porta (do Pleroma). Nenhum desnudo poderá ter acesso ao rei.

28. Os filhos do homem celeste são mais numerosos do que aqueles do homem terreno. Se os filhos de Adão são numerosos, sendo mortais, quanto mais os filhos do Homem Perfeito, os quais não morrem e são gerados continuamente.

29. O pai produz um filho e o filho não é capaz de produzir um filho. Quem foi gerado não pode gerar! O filho, de todas as maneiras, ainda que não produza filhos, faz irmãos.

30. Tantos quantos forem gerados no mundo o serão de modo natural; os outros, em troca, mediante o Espírito. Aqueles que foram gerados por ele clamam dali ao Homem para se nutrirem da promessa do lugar superior.

31. Quem se nutre, se nutre com a boca. Se o Logos saísse de lá, se nutriria com a boca e se tornaria perfeito. Os perfeitos, com efeito, tornam-se fecundos com um beijo e geram. Por isso, nós também nos beijamos uns aos outros e concebemos por meio da graça em nós, reciprocamente.

32. Três mulheres caminham sempre com o Senhor: Maria, sua mãe, a irmã dela e a Madalena, a qual é chamada de sua companheira. Maria, na realidade, é irmã, mãe e cônjuge dele.

Em Paris, há uma igreja antiga e muito bela, cujo nome é L’église de la Madeleine.
Atrás do altar principal veem-se diversos Anjos rodeando Santa Maria Madalena, cujo ventre dilatado evidencia que ela está grávida. Para os gnósticos, Madalena era a esposa-sacerdotisa de Jesus de Nazaré

33. Pai e Filho são nomes simples; Espírito Santo é um nome duplo. Eles de fato encontram-se por toda parte: em cima, embaixo, no secreto, no visível… O Espírito Santo está naquilo que é manifesto; está embaixo, no secreto, acima…

34. Os santos são servidos pelas potências malvadas. Estas foram cegadas de uma maneira tal pelo Espírito Santo que, pensando elas em servir aos homens seus, estão, em troca, servindo aos santos. Por isso, um discípulo perguntou um dia ao Senhor algo concernente ao mundo e ele respondeu-lhe: “Pergunta à tua mãe e ela te dará coisas estrangeiras”.

35. Os apóstolos disseram aos discípulos: “Que cada oferta nossa não seja separada do sal”. Eles chamavam Sofia de sal. Sem ele, nenhuma oferta é aceita.

36. Porém, Sofia é mulher estéril, sem filhos. Por isso, é chamada de resíduo de sal. O lugar onde aqueles poderão se nutrir ao seu modo é o Espírito Santo. Por isso, seus filhos são numerosos.

37. O que o pai possui pertence ao filho. Enquanto ao filho, durante o tempo em que este é menor de idade, não se lhe confia coisas próprias. Transformado em homem, o pai dá-lhe tudo aquilo que é seu.

38. Aquele que é gerado pelo Espírito e está extraviado, extravia-se também por causa dele. O fogo, de fato, por causa de um único sopro se acende e se apaga.

O post O evangelho de Filipe ou o mistério da câmara nupcial apareceu primeiro em GnosisOnline.

Lobsang Rampa

$
0
0

Lobsang Rampa é um misterioso personagem. Sem nunca ter saído das Ilhas Britânicas, ele afirmava, em seus mais de 20 livros, que era a “reencarnificação” de um grande lama tibetano. O que significa reencarnificação? Acaso seria algo distinto de reencarnação?

Para os ocultistas, este termo significa que um corpo é abandonado por seu espírito e é ocupado legitimamente, após negociações com seu dono anterior, por outro espírito. Foi o que ocorreu com este cidadão britânico, que depois desse evento profundamente paranormal, passou a se chamar Terça-Feira Lobsang Rampa.

 

Nascido na cidade inglesa de Plympton, em 1910, sob o nome profano de Cyril Henry Hoskin, esse cidadão se dizia ser a reencarnação de um grande lama tibetano feito prisioneiro dos comunistas chineses quando estes ocuparam o Tibet. Então, no fim da década de 50, houve o processo da reencarnificação depois de prolongadas negociações com os Anjos do Karma.

Qual o motivo desse processo mágico que pouquíssimos Iniciados do esoterismo conhecem? Rampa afirmava que precisava continuar com sua missão, que era entregar um ensinamento muito especial para o Ocidente.

Lobsang Rampa escreveu mais de 20 livros versando sobre diversos temas, tais como clarividência e viagem astral, política internacional, budismo esotérico, discos voadores e contatos com o Yéti, entre outros. Os mais importantes títulos de sua bibliografia são: A Terceira Visão, Entre os Monges do Tibet, A Caverna dos Antigos, O Manto Amarelo, A Décima Terceira Vela, Você e a Eternidade, A Sabedoria dos Lamas etc. Morreu em Calgary, no Canadá, em 25 de janeiro de 1981.

Mas quais são os conceitos da Gnose sobre este personagem? O VM Samael Aun Weor explica:

“Alguns adeptos podem reencarnar-se em corpos de pessoas adultas, sem necessidade de entrar em uma matriz. Isto acontece quando um Adepto está fazendo alguma GRANDE OBRA e o necessita urgentemente. Um caso concreto é o do Grande Lama Terça Lobsang Rampa. Este Adepto estava fazendo certo trabalho e não podia interrompê-lo.

A humanidade cruel e desapiedada havia danificado seu instrumento e o remédio que se encontrou, para não interromper o trabalho, foi encarnar-se no corpo de um inglês. Este estava totalmente desencantado de sua própria existência e queria morrer; sua vida, em Londres, havia sido medíocre e dolorosa. Os Adeptos do Tibet o visitaram e negociaram com ele o veículo.

O inglês aceitou e entregou seu corpo ao Adepto Martes Lobsang Rampa. O inglês morreu voluntariamente, desencarnou em plena consciência, feliz por entregar seu corpo a um Adepto do Tibet.

Grande foi o esforço que  T. Lobsang Rampa teve de fazer para aprender logo a manejar o corpo do inglês. Agora, o Grande Lama está trabalhando com dito veículo.

O ego desencarnado libertou-se da pesada carga de uma vida medíocre e a Loja Branca perdoou seu Karma. Terça Lobsang Rampa é agora um homem inglês.

Realmente, esse tipo de reencarnação é como trocar de roupa voluntariamente e em plena consciência…

Esse tipo de reencarnação é para Adeptos.”

O post Lobsang Rampa apareceu primeiro em GnosisOnline.

A mente e a educação

$
0
0

Podemos comprovar, através da experiência, que é impossível compreender isso que se chama amor, até que tenhamos compreendido antes, de forma integral, o complexo problema da mente.

Aqueles que supõem que a mente é o cérebro estão totalmente equivocados. A mente é energética, sutil, pode se tornar independente da matéria; pode, em certos estados hipnóticos ou durante o sono normal, transportar-se a lugares remotos para ver e ouvir o que está acontecendo nesses locais.

Nos laboratórios de parapsicologia, são feitos notáveis experimentos com pessoas em estado hipnótico.

Muitos sujeitos em estado hipnótico puderam informar com minúcias de detalhes sobre acontecimentos, pessoas e situações que estavam a longínquas distâncias durante seu transe hipnótico.

mente2-gnosisonlineOs cientistas puderam verificar depois a realidade das informações. Puderam comprovar a realidade dos fatos e a exatidão dos acontecimentos.

Com estes experimentos dos laboratórios de parapsicologia, fica totalmente demonstrado, pela observação e pela experiência, que o cérebro não é a mente.

Realmente e de toda verdade, podemos dizer que a mente pode viajar através do tempo e do espaço independentemente do cérebro, para ver e ouvir coisas que acontecem em lugares distantes.

A realidade das percepções extrassensoriais já está completamente demonstrada e só a um doido varrido ou a um idiota poderia ocorrer negar a sua realidade.

O cérebro foi feito para elaborar o pensamento, mas não é o pensamento. O cérebro é apenas o instrumento da mente, mas não é a mente.

Necessitamos estudar a fundo a mente se é que, de verdade, quisermos conhecer de forma integral isso que se chama amor.

As crianças e os jovens têm a mente mais elástica, flexível, prontas, alertas etc.

Muitas são as crianças e jovens que gostam de perguntar a seus pais e professores sobre tais e quais coisas. Eles desejam saber algo mais. Querem saber e por isso perguntam, observam, veem certos detalhes que os adultos desprezam ou não percebem. Porém, conforme passam os anos, conforme avançam em idade, sua mente vai cristalizando pouco a pouco.mente1-gnosisonline

A mente dos anciões está fixa, petrificada. já não muda nem a tiros de canhão.

Os velhos são assim e assim morrem. Eles não mudam e abordam tudo de um ponto fixo.

A caducidade dos velhos, seus preconceitos, suas ideias fixas etc. parecem tudo como uma rocha, uma pedra que não muda de forma alguma. Por isso diz, o ditado popular: “Gênio e figura, até a sepultura”.

É urgente que os professores e professoras encarregados de formar a personalidade dos alunos e alunas estudem bem a fundo a mente, a fim de que possam orientar as novas gerações inteligentemente.

É doloroso compreender a fundo como a mente vai se petrificando pouco a pouco através do tempo.

A mente é o matador do real, do verdadeiro. A mente destrói o amor.

Quem fica velho já não é capaz de amar, porque sua mente está cheia de dolorosas experiências, ideias fixas como ponta de aço, preconceitos, etc.

Existem por aí velhos verdes que se julgam ainda capazes de amar. No entanto, o que ocorre é que esses velhos cheios de paixão sexual senil confundem a paixão com o amor.

Todo velho verde e toda velha verde passam por tremendos estados luxuriosos-passionais antes de morrerem e pensam que isso é amor.

O amor nos velhos é impossível, porque a mente o destrói com suas ideias fixas caducas, preconceitos, ciúmes, experiências, recordações, paixões sexuais…

A mente é o pior inimigo do amor. Nos países supercivilizados, o amor já não existe porque a mente das pessoas cheira somente a fábricas, contas bancárias, gasolina e celuloide.

mente3-gnosisonlineExistem muitas garrafas para a mente, e a mente de cada pessoa está bem engarrafada.

Uns têm a mente engarrafada no abominável comunismo e outros a têm engarrafada no impiedoso capitalismo.

Há aqueles que têm a mente engarrafada nos ciúmes, no ódio, no desejo de serem ricos, na boa posição social, no pessimismo, no apego a determinadas pessoas, no apego a seus próprios sofrimentos, em seus problemas familiares, etc.

As pessoas gostam de engarrafar a mente. Raras são aquelas que se resolvem de verdade a quebrar a garrafa em pedaços.

Precisamos libertar a mente, mas as pessoas gostam da escravidão. É muito raro encontrar alguém na vida que não tenha a mente bem engarrafada.

Os professores e professoras devem ensinar seus alunos e alunas todas estas coisas. Devem ensinar às novas gerações a investigar, observar e compreender suas próprias mentes. Só assim, mediante a compreensão de fundo, poderemos evitar que a mente se cristalize, se congele, se engarrafe.

A única coisa que pode transformar o mundo é o amor, mas a mente destrói o amor.

Precisamos estudar nossa própria mente, observá-la, investigá-la profundamente, compreendê-la verdadeiramente. Só assim, somente tornando-nos donos de nós mesmos, de nossa própria mente, mataremos a matadora do amor e seremos felizes de verdade.

Aqueles que vivem fantasiando lindamente sobre o amor, aqueles que vivem fazendo projetos sobre o amor, aqueles que querem que o amor aja de acordo com seus gostos e desgostos, projetos e fantasias, normas e preconceitos, lembranças e experiências etc., jamais poderão saber realmente o que é o amor. De fato, eles se converteram em inimigos do amor.

mente4-gnosisonline

É necessário compreender de forma integral o que são os processos da mente em estado de acumulação de experiências.

O professor ou a professora censuram muitas vezes de forma justa, mas, às vezes, estupidamente e sem motivo verdadeiro, sem compreender que toda censura injusta fica depositada na mente dos estudantes. O resultado de semelhante proceder equivocado costuma ser a perda do amor para com o professor ou professora.

A mente destrói o amor e isto é algo que os professores e professoras de escolas, colégios e universidades não devem esquecer jamais.

É necessário compreender a fundo todos esses processos mentais que acabam com a beleza do amor.

Não basta ser pai ou mãe de família, há que saber amar. Os pais e mães de família creem que amam seus filhos e filhas porque os têm, porque são seus, porque os possuem como quem tem uma bicicleta, um automóvel ou uma casa.

Esse sentimento de posse, de dependência, costuma ser confundido com o amor, mas jamais poderia ser amor.

Os professores e professoras de nosso segundo lar, que é a escola, creem que amam seus discípulos e discípulas porque lhes pertencem como tais, porque os possuem, mas isso não é amor. O sentimento de posse e de dependência não é amor.

A mente destrói o amor e só compreendendo todas as funções equivocadas da mente, as formas absurdas de pensar, os maus costumes, hábitos automáticos e mecânicos, maneira equivocada de ver as coisas etc., poderemos chegar a vivenciar, a experimentar de verdade isso que não pertence ao tempo, isso que se chama amor.

Aqueles que querem que o amor se converta em uma peça de sua própria máquina rotineira, aqueles que querem que o amor caminhe pelos trilhos equivocados de seus próprios preconceitos, apetites, temores, experiências da vida, modo egoísta de ver as coisas, forma equivocada de pensar etc., acabam, de fato, com o amor, porque este jamais se deixa submeter.

Aqueles que querem que o amor funcione como eles querem, como eles desejam, como eles pensam, perdem o amor, porque Cupido, o deus do amor, jamais estará disposto a se deixar escravizar pelo eu.

 

mente5-gnosisonline

Há que acabar com o eu, com o mim mesmo, com o si mesmo, para não perder o menino do amor.

O eu é um punhado de recordações, apetites, temores, ódios, paixões, experiências, egoísmos, invejas, cobiças, luxúrias etc.

Só compreendendo cada defeito em separado, só estudando-o, observando-o diretamente, não apenas na região intelectual, mas também em todos os níveis subconscientes da mente, é que ele vai desaparecendo. Assim vamos morrendo de momento a momento. Assim e só assim conseguimos a desintegração do eu.

Aqueles que querem engarrafar o amor dentro da horrível garrafa do eu perdem o amor, ficam sem ele, porque o amor jamais poderá ser engarrafado.

Infelizmente, as pessoas querem que o amor se comporte de acordo com seus próprios hábitos, desejos, costumes, etc. As pessoas querem que o amor se submeta ao eu, e isto é completamente impossível, porque o amor não obedece ao eu.

Os casais de namorados, ou melhor, diríamos apaixonados, supõem que o amor deve caminhar fielmente pelos trilhos de seus próprios desejos, concupiscência, erros etc. Nisto, estão totalmente equivocados.

“Falemos de nós”, dizem os namorados ou apaixonados sexuais, que é o que mais abunda neste mundo. Em seguida, vêm os planos, os projetos, os desejos e os suspiros. Cada um diz alguma coisa, expõe seus projetos, seus desejos, sua maneira de ver as coisas da vida e quer que o amor corra como uma locomotiva pelos trilhos de aço traçados por sua mente.

Quão equivocados andam esses namorados ou apaixonados! Quão longe estão da realidade!

O amor não obedece ao eu e quando os cônjuges querem lhe pôr correntes no pescoço, foge, deixando o casal na desgraça.

A mente tem o mau gosto de comparar. O homem compara uma noiva com outra. A mulher compara um homem com outro. O professor compara um aluno com outro, uma aluna com outra, como se todos seus alunos não merecessem o mesmo apreço. Realmente, toda comparação é abominável.

Quem contempla um bonito pôr de sol e o compara com outro, não sabe realmente compreender a beleza que tem diante dos olhos.

Quem contempla uma bela montanha e a compara com outra que viu ontem, não está realmente compreendendo a beleza da montanha que tem diante de seus olhos.

mente6-gnosisonline

Onde existe comparação não existe o amor verdadeiro. O pai e a mãe que amam seus filhos de verdade jamais os comparam com ninguém. Amam-nos e isso é tudo.

O esposo que realmente ama sua esposa jamais comete o erro de compará-la com alguém. Ama-a e isso é tudo.

O professor ou a professora que ama seus alunos e alunas jamais discrimina, nunca os compara entre si, ama-os de verdade e isso é tudo.

A mente dividida pelas comparações, a mente escrava do dualismo destrói o amor.

A mente dividida pelo batalhar dos opostos não é capaz de compreender o novo, se petrifica, se congela.

A mente tem muitas profundidades, regiões, terrenos subconscientes, esconderijos, mas o melhor é a Essência, a Consciência, e ela está no centro.

Quando o dualismo acaba, quando a mente se torna íntegra, serena, quieta, profunda, quando já não compara mais, desperta a Essência, a Consciência, e este deve ser o objetivo verdadeiro da Educação Fundamental.

Distingamos entre objetivo e subjetivo. No objetivo, há consciência desperta. No subjetivo, há consciência adormecida, subconsciência. Só a consciência objetiva pode gozar do conhecimento objetivo.

A informação intelectual que atualmente recebem os alunos e alunas de todas as escolas, colégios e universidades é 100% subjetiva.

O conhecimento objetivo não pode ser adquirido sem consciência objetiva.

Os alunos e alunas devem, primeiro, chegar à autoconsciência e depois à consciência objetiva.

Só pelo caminho do amor podemos chegar à consciência objetiva e ao conhecimento objetivo.

É necessário compreender o complexo problema da mente se é que, de verdade, queremos percorrer o caminho do amor.

Samael Aun Weor, Educação Fundamental

O post A mente e a educação apareceu primeiro em GnosisOnline.


As autoridades

$
0
0

O governo possui autoridade, o Estado possui autoridade; a polícia, a lei, o soldado, os pais de família, os professores, os guias religiosos etc., possuem autoridade.

Existem dois tipos de autoridade: AUTORIDADE SUBCONSCIENTE e AUTORIDADE CONSCIENTE.

As autoridades inconscientes ou subconscientes não servem para nada. Necessitamos com urgência de autoridades autoconscientes.

As autoridades inconscientes ou subconscientes têm enchido o mundo de lágrimas e de dor. No lar e na escola, as autoridades inconscientes abusam de seu poder, pelo próprio fato de serem inconscientes ou subconscientes. Os pais e professores inconscientes, hoje em dia, são apenas cegos guias de cegos e, como dizem as Sagradas Escrituras, irão todos se despencar de cabeça no abismo.

autoridadePais e professores inconscientes nos obrigam, durante a infância, a fazer coisas absurdas, mas que, para eles, são lógicas. Afirmam ainda que isso é para o nosso bem. Os pais de família são autoridades inconscientes, como bem demonstra o fato de tratarem seus filhos como lixo, como se eles fossem seres superiores da espécie humana.

Os professores e professoras terminam odiando determinados alunos ou alunas e mimando ou favorecendo outros. Às vezes, castigam severamente qualquer estudante odiado, ainda que este último não seja um perverso, e recompensam com magníficas notas muitos alunos ou alunas mimados que verdadeiramente não merecem.

Pais de família e professores de escola ditam normas equivocadas para os meninos, meninas, jovens, senhoritas etc.

As autoridades que não têm autoconsciência só conseguem fazer coisas absurdas. Necessitamos de autoridades autoconscientes. Entende-se por autoconsciência o conhecimento íntegro de si mesmo, o total conhecimento de todos os valores internos. Só aquele que possui de verdade pleno conhecimento de si mesmo está desperto de forma íntegra. Isto é ser autoconsciente. Todo mundo pensa que se autoconhece, porém, é muito difícil achar na vida alguém que realmente conheça a si mesmo. As pessoas têm sobre si mesmas conceitos totalmente equivocados.

Conhecer a si mesmo requer grandes e terríveis autoesforços. Só mediante o conhecimento de si mesmo chega-se verdadeiramente à autoconsciência. O abuso de autoridade deve-se à inconsciência. Nenhuma autoridade autoconsciente chegaria jamais ao abuso de poder. Alguns filósofos estão contra toda autoridade, detestam as autoridades. Semelhante forma de pensar é falsa, porque em toda a criação, desde o micróbio até o sol, há escalas e escalas, graus e graus, forças superiores que controlam e dirigem e forças inferiores que são controladas e dirigidas.

Em uma simples colmeia de abelhas, há autoridade na rainha. Em qualquer formigueiro, há leis e autoridade. A destruição do princípio de autoridade conduziria à anarquia. As autoridades desta época crítica em que vivemos são inconscientes e é claro que, devido a esse fato psicológico, escravizam, prendem; abusam, causam dor etc. Precisamos de professores, instrutores ou guias espirituais, autoridades governamentais, pais de família etc., plenamente autoconscientes. Só assim conseguiremos fazer de verdade um mundo melhor.

É estúpido dizer que não se precisa de Mestres e de guias espirituais. É absurdo desconhecer o princípio de autoridade em toda a criação. Aqueles que se julgam autossuficientes são tipos orgulhosos que opinam que os Mestres e guias espirituais não são necessários. Devemos reconhecer nossa própria nulidade e miséria. Devemos compreender que precisamos de autoridades: Mestres, instrutores espirituais etc., mas autoconscientes, a fim de que sejamos dirigidos, ajudados e guiados sabiamente.

A autoridade inconsciente dos professores destrói o poder criador dos alunos e alunas. Se o aluno pinta, o professor inconsciente lhe diz o que deve pintar: a árvore ou a paisagem que deve copiar. O aluno aterrorizado não se atreve a sair das normas mecânicas do professor. Isso não é criar. É preciso que o estudante torne-se criador e que seja capaz de sair das normas inconscientes do professor inconsciente, a fim de que possa transmitir tudo aquilo que sente em relação à árvore, todo o encanto da vida que circula pelas folhas trêmulas da árvore, todo o seu profundo significado.autoridade2

Um professor consciente não se oporia à criatividade libertadora do espírito. Os professores com autoridade consciente jamais mutilariam a mente dos alunos e alunas.

Os professores inconscientes destroem com sua autoridade a mente e a inteligência dos alunos e alunas. Os professores com autoridade inconsciente só sabem castigar e ditar normas estúpidas, para que os alunos se comportem bem.

Os professores autoconscientes ensinam com suma paciência a seus alunos e alunas, ajudando-os a compreender suas dificuldades individuais, a fim de que, as compreendendo, possam transcender todos seus erros e avançar com sucesso.

A autoridade consciente ou autoconsciente jamais poderia destruir a inteligência. A autoridade inconsciente destrói a inteligência, causando graves danos aos alunos e alunas. A inteligência só vem a nós quando gozamos de verdadeira liberdade, e os professores autoconscientes com autoridade sabem de verdade respeitar a liberdade criadora.

Os professores inconscientes creem que sabem tudo e atropelam a liberdade dos estudantes, castrando-lhes a inteligência com suas normas sem vida. Os professores autoconscientes sabem que não sabem, e até se dão ao luxo de aprender observando as capacidades criadoras de seus discípulos. É preciso que os estudantes das escolas, colégios e universidades passem da simples condição de autômatos disciplinados à brilhante posição de seres inteligentes e livres para que possam fazer frente, com todo êxito, a todas as dificuldades da existência.

Isto requer professores autoconscientes, competentes, que realmente se interessem por seus discípulos. Professores que sejam bem pagos, para que não tenham angústias monetárias de espécie alguma. Infelizmente, todo professor, todo pai de família, todo aluno, crê-se autoconsciente, desperto; este é o seu maior erro. É muito raro achar uma pessoa autoconsciente e desperta na vida. As pessoas sonham quando o corpo dorme e sonham quando o corpo está em estado de vigília.

As pessoas dirigem o carro sonhando, trabalham sonhando, andam pelas ruas sonhando; vivem sonhando a toda hora. É muito natural que um professor se esqueça do guarda-chuva, que deixe no carro um livro ou sua carteira. Tudo isso acontece porque o professor tem a consciência adormecida, sonha… É muito difícil que as pessoas aceitem que estejam adormecidas. Todo mundo julga-se desperto. Se alguém aceitasse que tem sua consciência adormecida, é claro que, a partir desse momento, começaria a despertar.

O aluno ou aluna esquece em casa o livro ou caderno que teria de levar à escola. Um esquecimento desses parece normal, e é, mas indica, mostra, o estado de sonho em que se acha a consciência humana. Os passageiros de qualquer serviço de transporte urbano costumam, às vezes, passar da rua. Estavam adormecidos e quando se acordam percebem que passaram da rua e agora têm que voltar a pé umas quantas quadras.

Rara vez na vida o ser humano está desperto realmente. Quando esteve, ao menos por um momento, como nos casos de infinito terror, pôde perceber a si mesmo de forma íntegra. Aqueles momentos foram inesquecíveis. O homem que volta para casa depois de ter percorrido toda a cidade, dificilmente se lembrará de forma minuciosa de todos pensamentos, incidentes, pessoas, coisas, ideias etc. Ao tratar de se lembrar, encontrará em sua memória grandes vazios que correspondem precisamente aos estados de sono mais profundos.

Alguns estudantes de psicologia se propõem a viver alertas de momento a momento, porém logo dormem. Talvez ao encontrar algum amigo na rua, ao entrar em alguma loja para fazer compras etc. Horas mais tarde lembram-se de sua decisão de viver alertas e despertos de momento a momento, é quando se dão conta que haviam dormido quando entraram em tal ou qual lugar ou quando se encontraram com tal ou qual pessoa.

Ser autoconsciente é algo muito difícil, mas pode se chegar a este estado aprendendo a viver alerta e vigilante de momento a momento. Se queremos chegar à autoconsciência, teremos de conhecer a nós mesmos de forma integral. Todos nós temos o eu, o mim mesmo, o Ego, que precisamos explorar para conhecer a nós mesmos e para nos tornarmos autoconscientes.autoridade3

É urgente observar, analisar e compreender cada um dos nossos defeitos. É necessário estudar a nós mesmos no terreno da mente, das emoções, dos hábitos, do instinto e do sexo. A mente tem muitos níveis, regiões ou departamentos subconscientes que devemos conhecer a fundo através da observação, da análise, da meditação e profunda compreensão íntima.

Qualquer defeito pode desaparecer da região intelectual e continuar existindo em outros níveis inconscientes da mente. A primeira coisa que precisamos é despertar, para compreender nossa própria miséria, nulidade e dor. Depois, o eu começa a morrer de momento a momento. A morte do Eu Psicológico é urgente.

Só com a morte do eu nasce o Ser verdadeiramente consciente em nós. Apenas o Ser pode exercer verdadeira autoridade consciente. Despertar, morrer e nascer são as três fases psicológicas que nos levam à verdadeira existência consciente. Há que despertar para morrer e há que morrer para nascer. Quem morre sem ter despertado, converte-se em um santo estúpido. Quem nasce sem ter morrido, converte-se em um indivíduo de dupla personalidade: a muito justa e a muito perversa.

O exercício da verdadeira autoridade só pode ser exercido por aqueles que possuem o Ser consciente. Aqueles que ainda não possuem o Ser consciente, aqueles que ainda não são autoconscientes, costumam abusar de sua autoridade e causar muito dano. Os professores devem aprender a mandar e os alunos devem aprender a obedecer.

Aqueles psicólogos que se pronunciam contra a obediência, estão, de fato, muito equivocados, porque ninguém pode mandar conscientemente sem antes ter aprendido a obedecer. Há que saber mandar conscientemente e há que saber obedecer conscientemente.

Samael Aun Weor, Educação Fundamental

O post As autoridades apareceu primeiro em GnosisOnline.

Rompendo com os processos mecânicos da vida

$
0
0

Meus caros irmãos, nós penetraremos a fundo sobre isso que se chama Consciência.

Muitos acreditam que por meio da Lei da Evolução pode-se chegar à Autorrealização Íntima do Ser, o que não deixa de ser um erro gravíssimo.

Não negamos a Lei da Evolução, é claro que ela existe. O absurdo é atribuir-lhe os aspectos psicológicos que ela não contém. É ostensível que toda subida tem uma descida, é inconcebível uma subida infinita. Se subirmos numa montanha e chegarmos até o cume, inevitavelmente vamos encontrar descida ao vale. Assim são as Leis da Evolução e Involução, meus queridos irmãos.

Observem vocês o que acontece com uma planta, é claro que quando a semente germina, a Lei da Evolução está atuando, ela continua na planta, produzindo as flores, os frutos e as sementes para poder reproduzir-se. Mais tarde, através do tempo, a planta inicia o seu processo involutivo, as folhas vão murchando, até que, por último, a planta maravilhosa se converte num monte de lenha. Essa é a força da Lei involutiva.

Veja o que acontece com os seres humanos, é claro que existem no útero da mulher os processos evolutivos, quando está gestando. Quando a criança nasce ela está em evolução. Conforme passa pelos processos de crescimento, infância, adolescência, juventude, maturidade, ainda está em processo de Evolução, mas logo após começa o processo de involução, e, pouco a pouco, a pessoa vai envelhecendo, num processo de deterioração, igual ao da árvore, e, por último, envelhece e morre.

reencarnacao1

Essa é a crua realidade, mas atribuir à Lei da Evolução e Involução os aspectos psicológicos que ela não possui é um equívoco, um absurdo.

O que necessitamos, caríssimos irmãos, é nos separarmos dessas leis mecânicas da Natureza, nos apartarmos da Lei de Evolução e Involução, que constitui o eixo mecânico de toda essa maquinaria que chamamos de Natureza, pois se nós não nos separarmos dessas leis mecânicas, continuaremos metidos dentro do Samsara, ou seja, dentro dessa Roda Trágica de vidas e  mortes…

Precisamos nos colocar na Senda da Revolução da Consciência, esse Caminho que nos tira das Leis da Evolução e Involução…

A Senda da Revolução da Consciência foi ensinada pelo Divino Mestre: “O Caminho  curto, estreito e difícil é o que conduz à Luz, e muito poucos conseguiram caminhar por ele…”

Jesus Cristo não  prometeu o Reino a todo mundo. Se estudarmos cuidadosamente os Quatro Evangelhos, podemos ver que o Mestre dá ênfase às dificuldades para se entrar no Reino. Está escrito: “Muitos serão chamados e poucos serão os escolhidos.”

Mas quando se trata de falar dos “escolhidos”, muitas pessoas se julgam escolhidas, os protestantes acreditam que eles são os escolhidos, os católicos julgam que eles é que os são, cada um que está afiliado a qualquer religião ou seita acha que é escolhido!

Não, devemos ser um pouco mais amadurecidos para entender as palavras do nosso Mestre Jesus Cristo. Para ser escolhido, há que se passar pelo Segundo Nascimento, tal qual Ele deu a Nicodemus, quando lhe disse: “Mestre Jesus, se vê que és um enviado de Deus, senão não poderia fazer tais milagres”.

E Jesus responde a Nicodemus: “É necessário que nasças de novo para poder entrar no Reino dos Céus”. Nicodemus não entendeu e Jesus lhe esclareceu: “És Mestre em Israel e não sabes dessas coisas? Em verdade, em verdade, vos digo, que aquilo que nasce da carne é da carne; e aquilo que nasce do Espírito, Espírito é. É necessário que nasças de novo para poderes entrar  no Reino dos Céus”.

Ou seja, se não chegarmos ao Segundo Nascimento, tampouco poderemos entrar no Reino dos Céus, e para tal não se consegue com teorias ou à base de crenças intelectuais. Necessita-se algo mais…

A Natureza fala por si só. Veja as plantas, todas as criaturas, o nascimento é algo natural e o Segundo Nascimento se baseia nas mesmas forças da Natureza.

Temos falado muitas vezes, de maneira ampla, sobre o que são os Três Fatores da Revolução da Consciência.

MORRER: Sim, é necessário morrer, o Ego deve morrer em si mesmo.

NASCER: É óbvio que se necessita nascer, devem nascer em nós os Corpos Solares, porque só assim poderemos encarnar o Ser.

SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE: É Amor, sacrifício por milhões de seres que povoam este mundo. Esses são os Três Fatores.

Jesus disse isto, sintetizando: “Aquele que quiser vir depois de mim: que negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.

NEGAR A SI MESMO significa dissolver o Ego.

TOMAR A CRUZ e carregá-la nos nossos ombros significa trabalhar na Forja dos Ciclopes, na Nona Esfera, porque a Cruz é eminentemente fálica.

SEGUIR O CRISTO é sacrificar-se pelos nossos semelhantes.

JESUS SEGUE-ME

 

Necessitamos trabalhar intensamente com os Três Fatores, e só assim será possível se chegar à Autorrealização Íntima do Ser. Mas as pessoas acreditam que unicamente por meio da Evolução chegarão à Autorrealização. Isso é completamente equivocado, porque a Autorrealização não pode ser um produto mecânico da Natureza, ainda que seja de tipo evolutivo.

Muitos acreditam que, por exemplo, através de inúmeras reencarnações se chega à Perfeição, e isso é falso! Muitas pessoas não sabem distinguir a reencarnação do retorno.

A reencarnação  foi conhecida na Índia pelo Senhor Krishna, que viveu uns mil anos antes de Jesus. Krishna disse que nem todos os seres reencarnam, e que somente os Deuses, os Devas, os Semideuses, os Titãs etc., são os chamados a reencarnar-se.

Isso poderá parecer estranho a muitos, mas assim o é. Para reencarnar-se, necessita-se de uma Individualidade definida e os seres humanos não a possuem, pois se os observarmos cuidadosamente perceberemos que estão cheios de terríveis contradições.

Cada um sabe que dentro de si leva muitas contradições, e trata de escondê-las naturalmente com desculpas. Mas se pudéssemos nos ver como somos, de corpo inteiro, num espelho, nos encheríamos de vergonha ao contemplar as nossas íntimas contradições. Os motivos destas, a causa primeira, é a Multiplicidade dos Eus, dentro de cada um.

Dentro de cada um dos Cilindros da nossa máquina orgânica temos diferentes Eus. Por exemplo, o Eu do Intelecto diz: “Eu vou estudar um pouco”. Mas entra em choque com o Eu do movimento que diz: “Não, eu tenho vontade de caminhar um pouco”. E logo surge um terceiro na disputa, o Eu da Fome, que diz: “não, eu prefiro comer”. Vejam quantas contradições temos dentro de nós!

Quando um deles chega a se sobrepor sobre os demais, controla o cérebro e os Centros Capitais da máquina orgânica e então, vemos que o indivíduo se apaixona por uma ideia ou por uma pessoa do sexo oposto etc.

Mas logo veremos que aquele eu que havia jurado amor eterno ou lealdade a uma causa se retira, deixando todas as pessoas perplexas e atônitas…

O corpo humano é uma máquina controlada por múltiplos Eus. Seria um absurdo imaginar que esses Eus reencarnam. Quando chega a hora da morte, o que continua além do cemitério, é uma Legião de Demônios-Eus que personificam os nossos erros. Depois de certo tempo, esses Eus-Diabos retornam regressam, se reincorporam  num organismo, e ao retornarem repetem exatamente todas as ações de suas vidas anteriores… essa é a Lei da Eterna Recorrência.

Assim é que a Lei do Retorno ou Recorrência governa toda a Humanidade. Como então se pode falar de Reencarnação nesse sentido? Ela é para os indivíduos que já não possuem Ego, para os indivíduos que são puro Espírito, para os indivíduos Sagrados.

A reencarnação foi confundida com a Lei do Eterno Retorno: todos retornam, mas nem todos reencarnam, porque não são indivíduos Sagrados. Se quiser reencarnar, necessita-se morrer de instante a instante, eliminando o Ego, para que a Essência, que está presa entre esses múltiplos “Eus-diabos” que carregamos dentro nós se liberte.

Conforme cada Eu  se desintegra, a Essência vai se tornando cada vez mais livre, começando a tomar uma forma definitiva e estabelecer dentro de nós a Pérola  Seminal da qual nos fala o TAO. Mais tarde, através do tempo, a pérola seminal se transforma num “Embrião Áureo”, que vai se desenvolvendo cada vez mais e mais, conforme os Eus vão sendo desintegrados.

Quando o Embrião Áureo se estabelece em nós,  desenvolvemos um equilíbrio completo entre o Material e o Espiritual, dando-nos uma individualidade definida. Quando todo o Ego tiver sido pulverizado, a nossa Consciência despertará, tornando-se iluminada e resplandecente, podendo mover-se livremente pelo Espaço Infinito.

O importante é que esse trabalho de “Morrer” faz vocês reduzirem o Ego a cinzas.

É muito importante que vocês também aprendam a manejar a Energia Criadora, lembram vocês que nos Mistérios Gnósticos, sempre aparecem as figuras do CÁLICE e da LANÇA. O Cálice representa o Yoni feminino e a lança, a força masculina.

Os grandes sábios da Antiguidade aproveitavam o Sahaja Maithuna para aniquilar os Eus, para reduzi-los a cinzas… Fala-se sempre da Cópula Metafísica e que durante o momento supremo se pode pedir à Divina Mãe Kundalini, para que Ela use a Lança, ou seja, a Força Sexual, para reduzir a cinzas esses Eus que controlam o organismo humano.

E conforme vai se desintegrando, vai se estabelecendo dentro de nós a Pérola Seminal, que mais tarde se converte numa Flor Áurea ou no Embrião Áureo. Esse é o mistério que temos de entender a fundo…

Quanto às pessoas que não têm conjugue, sejam mulheres, sejam homens, devem compreender o erro que vão eliminar, e uma vez bem entendido, então se suplica à Mãe Kundalini, para que elimine o Eu que personifica o tal erro psicológico.

A diferença entre os solteiros e os casados é que os últimos, como dispõem da Força da Lança, podem destruir esse Eus mais rapidamente.

Agora, os solteiros podem destruir os Eus, pedindo à Mãe Kundalini, mas quando se trata de destruir, por exemplo, os Três Traidores ou ir mais longe, a eliminar, por exemplo, o Dragão das Trevas, e muitos outros elementos subjetivos malvados que o ser humano carrega nas suas profundezas do INFRACONSCIENTE, necessita terminantemente do Poder da Lança, durante o Sahaja Maithuna.

A luta contra nosso Ego sempre foi representada por todos os mitos, religiões e simbologias esotéricas. Exemplo dessa luta: a decapitação da Medusa, a morte de Golias, a expulsão dos mercadores do Templo, a morte dos Infiéis e a morte do Minotauro, entre outros
A luta contra nosso Ego sempre foi representada por todos os mitos, religiões e simbologias esotéricas. Exemplo dessa luta: a decapitação da Medusa, a morte de Golias, a expulsão dos mercadores do Templo, a morte dos Infiéis e a morte do Minotauro, entre outros

O processo de Morrer é bastante profundo, mas quanto ao processo de Nascer, é óbvio que temos de trabalhar com os Hidrogênios e isso é coisa do Maithuna, que mediante um choque especial, como expliquei já tantas vezes, se faz passar as notas musicais, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, que depois de saturar as células, vai cristalizando o nosso Corpo Astral.

E quando faz passar o Hidrogênio Sexual a uma terceira Oitava superior, então se fabrica, através das notas Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si,  o Corpo Mental.

Quando se eleva o Hidrogênio Sexual a uma Quarta Oitava superior, passando novamente pelas sete notas musicais, se cristaliza o Corpo Causal, ao chegar à esta altura podemos encarnar isso que se chama de “Alma Humana ou Causal”, o terceiro aspecto da tríada “Atman-Buddhi-Manas”. Aí teremos então, um Homem  autêntico.

Pergunta: Mestre, li algo sobre a Roda do Samsara que dizia que a Alma passa por diferentes etapas, começando por Áries e seguindo sucessivamente por todos os signos do Zodíaco, o que poderia nos dizer à respeito?
Samael Aun Weor: É claro que os seres humanos nascem sob um ou outro signo zodiacal; tudo depende da Lei do Karma individual. Quando o iniciado se liberta da lei da Recorrência, ela pode escolher o Signo Zodiacal à vontade. A sabedoria hindu nos fala das “12 Nidanas”, as 12 causas da existência, que estão relacionadas com os 12 Signos Zodiacais. Nos Mundos Superiores existe o Templo do Zodíaco, com os seus 12 Santuários.  Quando o Iniciado quer tomar um novo corpo físico, entra no Santuário desejado. Isso é o que eu tenho para dizer a vocês, é bom que eliminem de suas mentes esse Dogma da Evolução, porque conduz muitas pessoas ao erro.

P: Mestre, é sobre a Lei da Recorrência, sobre a repetição de tudo o que nós fizemos anteriormente, mas me parece que deve haver algumas variações.
SAW: Existem repetições exatas e pequenas variações como você afirma. Conforme se vai despertando a Consciência, se vai ficando livre dessa Lei da Recorrência e quando desperta totalmente, se liberta dessa Lei.

Mas existem em alguns lugares do mundo, pessoas que repetem exatamente toda a sua vida anterior, nos mínimos detalhes; gente que nasce no mesmo povo, se casa na mesma idade, organiza a sua vida economicamente da mesma maneira.

Essas pessoas às vezes se fazem proféticas e dizem que, “ quando tiver 20 anos terei um negócio de tal forma, quando tiver 40 anos terei tantos filhos e minha vida será desta maneira…” E mais tarde, pode-se comprovar que essas profecias dessas pessoas se cumpriram exatamente como previam…

Então, se não temos suficiente compreensão, chega-se a pensar que essas gentes são intuitivas ou proféticas. Mas não é nada disso: o que acontece é que essas pessoas, como repetem sempre a mesma coisa já sabem o seu papel de memória.

Dissolver o Ego, por só assim despertaremos a Consciência, e desta forma nos libertaremos da Lei da Recorrência.

P: Mestre, quando se fabricam os Corpos Solares e não se desperta a Consciência, nesses casos o que acontece?
SAW: Não há dúvida que muitas pessoas fabricam os Corpos Solares e não dissolvem o Ego, e ao não dissolvê-lo tampouco despertam a Consciência e se convertem num “Hanasmussen”, com duplo centro de gravidade, um fracasso cósmico.

O trabalho deve ser completo, é necessário eliminar o Ego e fabricar os Corpos Solares. Com a mesma força sexual que se constroem os Corpos Solares, se dissolve o Ego. Quem aprende a manejar a Lança, ou seja, a Força de Eros, pode com tal poder eliminar o Ego. O importante é que durante a cópula alquímica há que se dirigir toda a força sexual para dentro e para cima, através da Divindade, à Divina Mãe Kundalini.

Nesses instantes se roga a Kundalini, pedindo-lhe para que empunhe a Lança de Eros e reduza a cinzas o defeito compreendido, e assim vamos morrendo pouco a pouco, e quando conseguirmos a morte total dos nossos agregados psicológicos, virá o despertar da nossa Consciência Cósmica.

Um Hasnamussen é um ser que tem duplo centro de gravidade, são duas entidades, por uma parte é o Ego diabólico, terrível e perverso, e por outra parte é o Mestre Secreto, vestido com os Corpos Solares; tem dentro de si um Mestre Branco e outro Negro, um aborto da Mãe Cósmica! Eu não quero que vocês venham a fracassar, compreendam a fundo o que têm de fazer…

P: Mestre, fale-nos sobre as 108 vidas e os 3 mil ciclos da Roda de Samsara.
SAW: Toda Mônada Divina tem 3 mil oportunidades, e cada ciclo inclui não somente as evoluções através do Mineral, do Vegetal e do Animal, como também as 108 Vidas humanas. É claro que se essas 108 Vidas não são devidamente utilizadas, vem o fracasso. Então, a Consciência inicia o processo involutivo, ingressando nos Mundos Infernais, retrocede no tempo, passando pelos processos animais, vegetais e minerais…

Quando chega ao estado fóssil, ou mineral, os Eus se reduzem a pó cósmico e aí a Essência sai novamente à Luz do Sol, desnuda, limpa, pura, para iniciar um novo ciclo, que começará da pedra ao vegetal, dele ao animal, e por último conquistará o estado humano que outrora perdeu.

Ao entrar outra vez neste novo estado humano, dão-lhe o mesmo que antes, 108 Vidas, e se as utiliza bem, maravilhoso! Se não a utiliza adequadamente, repete o processo.

De maneira que os 3 mil ciclos é o que se dá à Mônada Divina para a sua Autorrealização Íntima do Ser. Mas se ela não souber usar os 3 mil ciclos, se fracassar, as oportunidades se fecharão e então ela é absorvida no Seio do Espírito Universal da Vida para sempre.

É uma Mônada  que gozará da felicidade como todas elas, mas não será uma Mônada Mestre, terá fracassado nas suas tentativas de conseguir a Maestria.

A Mônada não é Atman, Budhi ou Manas dos quais a Teosofia fala, ela está mais dentro, é o Ancião dos Dias e dentro d’Ele está o Cristo e a Força Sexual que é o Espírito Santo… Essa é a Mônada. Ela tem de mandar a Essência tomar um corpo, uma forma no Laboratório da Natureza, com o objetivo de transformar-se em Alma, em Consciência Desperta.

Quando o ser humano triunfa, quando a Consciência se autorrealiza, se liberta da Mente, penetrando em Atman, no Inefável, e muito mais tarde, no Ancião dos Dias, e assim se autorrealiza.

E muito mais tarde é absorvido por ISHWARA, aquele Raio de onde saiu o Ancião dos Dias, convertendo-se num LOGOS.

Desta forma, liberta-se do Sistema Solar, com direito de viver nos Mundos do “Parama-Pada”, enquanto chega a Noite Cósmica profunda.

Ao chegar a Noite Cósmica, ou Grande Pralaya, é absorvido no Espaço Abstrato Absoluto e ali viverá durante Sete Eternidades em felicidade inconcebível…

Depois, num futuro Mahavântara, é óbvio que terá de voltar e entrar numa nova atividade, para Ciclos ou Idades Transcendentais do  Espírito, de Ordem Superior, sobre o qual falarei depois,  pois este não é o momento indicado.

Paz Inverencial!

Samael Aun Weor

O post Rompendo com os processos mecânicos da vida apareceu primeiro em GnosisOnline.

Livros apócrifos mencionados na Bíblia, mas perdidos

$
0
0

Teriam os livros bíblicos, chamados Apócrifos, informações secretas e fantásticas capazes de modificar nossa visão dos Ensinamentos de Cristo para a humanidade?

Se não, então por que foram extirpados abruptamente da Bíblia? Reconhecemos que sem uma Chave, nenhum livro sagrado pode nos dar as informações necessárias para a autorrealização espiritual, mas seu conhecimento esclareceria inúmeros pontos doutrinários da Sabedoria Crística.

Observe em seguida a lista, possivelmente completa, dos livros “perdidos” da Bíblia.

Velho Testamento

1. Livro do Convênio (Êxodo 24:4, 7)

2. Livro das Guerras (Números 21:14)

3. Livro de Jasher (Josué 10:13) e (2 Samuel 1:18)

4. Livro dos Estatutos (1 Samuel 10:25)

5. Livro dos Atos de Salomão (1 Reis 11:41)

6. Livro de Natã (1 Crônicas 29:29) (2 Crônicas 9:29)

7. Livro de Gade (Mesmo do número 6)

8. Profecias de Aías (2 Crônicas 9:29; 2:15; 13:22)

9. Visões de Ido (Mesmo do número 8)

10. Livro de Semaías (2 Crônicas 12:15)

11. Livro de Jeú (2 Crônicas 20:34)

12. Atos de Uzias, Escrito por Isaías (2 Crônicas 26:22)

13. Livros dos Videntes (2 Crônicas 33:19)

14. Profecias de Enoque Jude 14

15. Comentários de Mateus de Nazaré (Mateus 2:23)

Escritos perdidos do Novo Testamento (ou seja, somente mencionados, mas infelizmente totalmente perdidos)

16. Epístola Perdida de Paulo (1 Coríntios 5:9)

17. Segunda epístola perdida de Paulo (Efésios 3:3-4)

18. Terceira epistola perdida de Paulo (Colossenses 4:16)

19. Epístola perdida de Judas

Os livros da Bíblia Apócrifos (Escritos do Velho Testamento)

20. Tobit

21. Judite

22. Adição do livro de Ester

23. Sabedoria de Salomão

24. Eclesiásticos ou a Sabedoria de Jesus

25. Baruque

26. A Carta de Jeremias

27. Oração de Azarias

28. Canção dos Três Judeus (estes são os livros perdidos de Daniel)

29. Susana

30. Sino e o Dragão

31. I Macabeus

32. II Macabeus

33. III Macabeus

34. IV Macabeus

35. I Esdras

36. II Esdras

37. Oração de Manassés

38. Salmo 151

Novo Testamento

Escrito do Novo Testamento que foi eliminado, mas mencionado

39. Livro de Maria

Os seguintes textos perdidos são mencionados em História Eclesiástica, de 337 d.C., pelo bispo Eusébio de Cesaréia, o qual os suprimiu por considerá-los “heresias”.

40. Atos de Paulo

41. Atos de André

42. Atos de João

43. O Proto-Evangelho

44. Infância I

45. Infância II

46. Cristo e Abgarus

47. Nicodemos

48. O Credo dos Apóstolos

49. Laodiceanos

50. Paulo e Sêneca

51. Paulo e Theca

52. Revelação de Pedro

53. Epístola de Barnabas

54. O Evangelho Perdido de Acordo com Pedro

55. Evangelho de Tomé

56. Evangelho de Matias

57. Clemente I

58. Clemente II

59. Efésios II

60. Magnésios

61. Tralianos

62. Romanos II

63. Filadelfos

64. Smaraneas

65. Policarpo

66. Filipenses (II)

66. Evangelho referido somente pela letra Q

Algumas destas podem ser referência nos escritos por Marcion, 150 d.C., e Muratória, 170 d.C.

67. Sheppard de Hermas

68. Hermas I (Visões)

69. Hermas II (Mandamentos)

70. Hermas III

71. Cartas de Herodes e Pilatos (Ref. para o julgamento de Cristo)

Os seguintes são uma lista de Escritos Apócrifos que não mais existem; no entanto, eles são mencionados e referidos em outros, mais recentes, no século 4º d.C.

72. O Evangelho de André

73. Outos livros abaixo de André

74. Evangelho de Afiles

75. O Evangelho de Acordo com os Doze Apóstolos

76. O Evangelho de Barnabé

77. Os Escritos de Bartolomeu, o Apóstolo

78. O Evangelho de Bartolomeu

79. O Evangelho de Basilides

80. O Evangelho de Cernithus

81. A Revelação de Cernithus

82. Uma Epístola de Jesus Cristo para Pedro e Paulo

83. Vários outros livros abaixo do nome de Cristo

84. Uma Epístola de Cristo (produzido por Maniqueu)

85. Um Hino, ensinado por Cristo para seus Discípulos

86. O Evangelho de Acordo com os Egípcios

87. Os Atos dos Apóstolos II

88. O Evangelho de Ebionitas

89. O Evangelho de Encratites

90. O Evangelho de Eva

91. O Evangelho de Acordo com Hebreus (ou Hebreus II)

92. O Livro de Helkesaites

93. O Falso Evangelho de Hesíquius

94. O Livro de Tiago

95. Os Atos de João

96. Evangelho de Jude

97. Evangelho de Acordo com Judas Iscariotes (recentemente descoberto, causando furor no meio teológico. Para saber mais sobre o Evangelho de Judas Iscariotes, clique aqui.)

98. Atos do Apóstolo Leucius

99. Atos do Apóstolo Lentitus

100. Atos do Apóstolo Leontius

101. Atos dos Apóstolos Leuthon

102. Os Falsos Evangelhos, publicado por Lucianus

103. Atos dos Apóstolos (usado por Manichees)

104. O Evangelho de acordo com ou de Marcion

105. Livros abaixo de Mateus:

– O Evangelho de Matias
– As Tradições de Matias
– O Livro de Matias
– O Evangelho de Merinthus

106. Evangelho de Acordo com os Nazarenos

107. Os Atos de Pedro e Thecla

108. As Pregações de Pedro e Paulo

109. As Revelações de Paulo

110. O Evangelho da Perfeição

111. Atos Adicionais de Pedro

112. A Doutrina de Pedro

113. O Evangelho de Pedro (não confundir com o Evangelho de acordo com Pedro)

114. O Julgamento de Pedro

115. As Pregações de Pedro

116. As Revelações de Pedro

117. Os Atos de Filipe

118. O Evangelho de Filipe

119. O Evangelho de Scythianus

120. Os Atos dos Apóstolos, por Seleucus

121. A Revelação de Estêvão

122. O Evangelho de Titan

123. O Evangelho de Tadeu

124. Os Atos e o Evangelho de Tomé

125. O Evangelho da Verdade

126. Contra a Heresia

Números 66 (abaixo) e 72 a 126 somente existem nas referências, eles nunca foram encontrados, mas estão sendo ou foram conhecidos. Conhecidos porque muitos cristãos antigos referiam-se a eles em suas cartas (não oficiais, como as Epístolas) e outros tantos escritos religiosos. Alguns eruditos ainda debatem a legalidade destes escritos:

Modernas descobertas de textos considerados totalmente perdidos

Escrituras Bíblicas

127. Livro de Moisés

128. Livro de Abraão (127 e 128, foram encontrados em tumbas egípcias em 1830)

129. Profecia de José do Egito 2 Néfi 3

130. Profecia de Zenoque 1 Néfi 19

131. Profecia de Neum (mesmo # 130)

132. Profecia de Zenos (mesmo # 130)

O post Livros apócrifos mencionados na Bíblia, mas perdidos apareceu primeiro em GnosisOnline.

Mantra para despertar a divina clarividência

$
0
0

Quem quiser fazer-se clarividente deve reconquistar a infância perdida.

Os Átomos da Infância vivem submersos em nosso universo interior e se necessita pô-los novamente para fora para adquirirmos a Divina Clarividência.

Este trabalho pode ser realizado mediante o Verbo. Vocalize os seguintes mantras:

MaaaaaaaaaaaaMaaaaaaaaaaa…

PaaaaaaaaaaaaaPaaaaaaaaaaaa…

Cantam-se esses mantras fazendo subir a voz na primeira sílaba de cada palavra e fazendo-a baixar com a segunda sílaba de cada palavra.

Então, a criança que vive submergida em nós surge à existência novamente, e assim nos tornamos clarividentes.

Esse ensinamento foi entregue a mim pelo Anjo Aroch, para os discípulos. Esses exercícios de vocalização são praticados diariamente.

(Samael Aun Weor, Medicina Oculta)

O post Mantra para despertar a divina clarividência apareceu primeiro em GnosisOnline.

Jesus ensina a dança circular

$
0
0

Ou: Dois Evangelhos Gnósticos de João1. Livro Apócrifo dos Atos de João

(Complemento do livro de Mateus 26: 29 a 30.)
Antes que fosse preso pelo julgamento dos judeus, o Mestre reuniu a todos nós e disse:

“Antes que eu seja entregue a eles, cantaremos um hino ao Pai e, em seguida, iremos ao encontro daquilo que nos espera.

Ele pediu que nos déssemos as mãos em roda e colocando-se no meio, disse: “Respondei-me Amém”. Começou, então, a cantar um hino, que dizia: “Glória ao Pai”. E nós ao redor lhe respondíamos: “Amém”.

“Glória à Graça, glória ao Espírito, glória ao Santo, glória à sua glória.” – Amém.

“Nós o louvamos, ó Pai, nós lhe damos graças, ó Luz em que não habitam as trevas.” – Amém.

“Agora direi por que damos graças: Devo ser salvo e salvarei.” – Amém.

“Devo ser liberto e libertarei.” – Amém.

“Devo ser gerado e gerarei.” – Amém.

“Devo ouvir e serei ouvido.” – Amém.

“Devo ser lembrado e sempre lembrarei.” – Amém.

“Devo ser lavado e lavarei.” – Amém.

“A Graça dança em conjunto, eu devo tocar a flauta, dançai todos.” – Amém.

“O reino dos anjos canta louvores conosco.” – Amém

“O universo pertence àquele que participa da dança.” – Amém.

“Quem participa da dança não sabe o que vai acontecer.” – Amém.

“Devo ir, mas vou ficar.” – Amém.

“Devo honrar e devo ser honrado.” – Amém.

“Não tenho morada, mas estou em todas os lugares.” – Amém.

“Não tenho templo, mas estou em todos os templos.” – Amém.

“Sou um espelho para aquele que me contempla.” – Amém.

“Sou uma porta para aquele que bate.” – Amém.

“Sou um caminho para ti que passa.” – Amém.

“Se seguires minha dança, compreendes o que falo, e guarda silêncio sobre meus mistérios.”

“Tu, que participas da dança, compreende o que faço, pois a ti pertence esse sofrimento.

“Tu não poderias de maneira alguma compreender o que sofre, se Eu não tivesse sido enviado como Logos do Pai.”

“Viste o que sofro, me viste sofrendo, e não ficaste insensível, mas sim profundamente perturbado.”

“Tu, que pela perturbação alcançaste a sabedoria, tens em mim um leito: repousa em mim.”

“Saberás quem sou quando Eu tiver partido. O que pareço ser agora, não sou. Tu verás quando vieres.”

“Se soubesses como sofrer, serias capaz de não sofrer mais. Aprende a sofrer e tornar-te-ás capaz de não mais sofrer.”

“O que não sabes, eu mesmo vou ensinar. Sou teu Deus. Quero andar no mesmo ritmo das almas santas. Aprende comigo a palavra da sabedoria.”

“Dize-me de novo: Glória ao Pai, glória ao Logos, glória ao Espírito Santo.

“Tu queres saber o que Eu Sou? Com a palavra revelei tudo, e não fui de modo algum revelado.”

“Compreende bem: Eu estarei aqui. Quando tiveres compreendido, diz: Glória ao Pai!” – Amém.

Depois do Canto dos Salmos, saíram para o Monte das Oliveiras.
Revelação do Mistério da Cruz dos Atos de João

Depois que o Senhor dançou conosco, o meu amado, Ele foi embora.

E nós ficamos como homens supresos e entorpecidos, e partimos para aqui e acolá.

E assim eu o vi sofrer, e não esperei por seu sofrimento, mas parti para o Monte das Oliveiras e chorei sobre o que veio a se passar. E quando Ele estava pendurado sobre a cruz na Sexta-Feira, na sexta hora do dia, veio uma escuridão sobre toda a Terra.

E meu Senhor ficou no meio da caverna, iluminando-a, e disse:

“João, para o povo lá embaixo em Jerusalém,

Eu estou sendo crucificado e perspassado com lanças e espinhos,

e estão me dando vinagre e bílis para beber.

Mas para você Eu estou falando, escutai o que eu digo.

Eu coloquei em tua mente para vires a esta montanha

para que possas ouvir o que um discípulo

deve aprender de seu mestre e homem de Deus.”

E quando ele disse isso, mostrou-me uma Cruz de Luz firmemente fixa,

e em volta da cruz uma grande multidão, que não tinha nenhuma forma definida,

e na cruz estava outra forma, com a mesma aparência.

E eu vi o Senhor, ele mesmo, sobre a cruz, sem nenhuma forma,

mas apenas um tipo de Voz; não aquela Voz que conhecíamos,

mas uma que era doce e gentil e verdadeiramente a Voz de Deus, que me disse:

“João, deve haver um homem para ouvir estas coisas de mim:

pois eu preciso de um que esteja pronto para ouvir.

Esta Cruz de Luz é algumas vezes chamada de Logos por mim,

para vossos propósitos, algumas vezes Mente, algumas vezes Jesus.

Algumas vezes Cristo, algumas vezes uma porta, algumas vezes um caminho,

algumas vezes pão, algumas vezes semente, algumas vezes ressureição,

algumas vezes Filho, algumas vezes Pai, algumas vezes Espírito, algumas vezes Vida,

algumas vezes Pistis, algumas vezes Charis;

e assim é chamada para propósitos do homem.”

“Mas o que é verdadeiramente,

como conhecida em si mesma e dito por nós, é que:

É a distinção de todas as coisas;

e a forte elevação do que está firmemente fixo, fora do que é instável,

e a harmonia da Sabedoria, sendo Sabedoria em harmonia.

Mas há lugares à direita e à esquerda,

Poderes, Autoridades, Principalidades e demônios,

ameaças, paixões, diabos, Satã, e a raiz inferior

de onde a natureza das coisas transientes provém.”

“Esta cruz então é aquela que unificou todas as coisas pela palavra e

que as separou do que é transitório e inferior,

e que também compactou coisas dentro de mim.

Mas esta não é aquela cruz de madeira que você deverá ver quando descer daqui;

nem eu sou o homem que está sobre aquela cruz.

Eu, quem agora você não vê, mas apenas ouve a minha voz.

Eu fui tomado para ser aquilo o que eu não sou,

Eu, que não sou o que para muitos eu fui;

mas o que eles irão dizer de mim é penoso e indigno de mim.

Desde então o lugar de meu repouso não deve ser nem visto nem revelado.

Muito mais deverei eu, o Senhor deste lugar, ser nem visto nem revelado.”

“A multidão ao redor da cruz, que não é de uma forma, é a natureza inferior.

E aqueles que tu viste na cruz, mesmo que eles ainda não tenham uma forma –

nem todos os membros daquele que desceu foram ainda reunidos.

Mas quando a natureza humana é tomada,

e a raça que vem a mim e obedecea minha voz,

então aquele que agora me ouve,

deverá unir-se a esta raça e não será mais o que ele é agora,

mas estará acima deles, como eu estou agora.

Por tanto tempo enquanto não te chamaste meu,

eu não sou o que sou, mas se me ouvis,

tu também como um ouvinte deverás ser o que eu era,

quando fores como eu sou comigo mesmo,

pois de mim tu és o que eu sou.

Portanto, ignore os muitos e despreze aqueles que estão fora do Mistério;

pois deves saber que eu sou totalmente com meu Pai, e o Pai comigo.”

“Assim eu não sofri nada daquelas coisas das quais irão dizer de mim;

mesmo o sofrimento que eu mostrei a ti e ao resto em minha dança,

eu desejo que isto seja chamado de Mistério.

Pois o que tu és, que eu mostrei a ti, como tu vês;

mas o que Eu Sou, é apenas conhecido por mim mesmo, e niguém mais.

Deixa-me ter o que é meu;

o que é teu deves ver através de mim;

mas a mim deves ver não verdadeiramente o que Eu Sou, como eu disse,

mas aquilo que tu, meu parente, és capaz de saber.

Tu ouviste que eu sofri, e eu não sofri,

e aquilo que eu não sofri, ainda assim eu sofri,

e que eu fui transpassado, ainda assim eu não fui ferido,

que eu fui pendurado, ainda assim eu não fui pendurado,

que o sangue fluiu de mim, ainda assim ele não fluiu,

e, numa palavra,

aquilo que eles dizem de mim, eu não confirmo,

mas aquilo que eles não dizem,

estas coisas, eu sofri.

Agora, que coisas são estas, que eu secretamente mostro a ti;

pois eu sei que tu irás entender.

Tu deves conhecer a mim, então, como um tormento do Logos,

o sangue do Logos, as feridas do Logos, o jejum do logos, a morte do Logos.

E assim eu digo, descartando minha humanidade.

O primeiro, então, que deves conhecer é o Logos, depois deves

conhecer o Senhor, e em terceiro lugar o Homem, e o que ele sofreu.”

Quando Ele disse essas coisas para mim, e outros a quem eu não sei como dizer, como Ele desejava, Ele foi tomado, sem que ninguém da multidão o visse. E descendo, eu ri deles todos, pois Ele havia me dito o que eles diziam dEle; e eu guardei esta única coisa em minha mente, que o Senhor realizou tudo como um símbolo (sinal)

e uma liberação para a conversão e salvação do homem.

2. Evangelho da Paz pelo Discípulo João

Vossa Mãe está em vós e vós estais Nela. É Ela que vos gerou e que vos deu a vida. É a Ela que sois devedores de vosso corpo, e é a Ela que deveis voltar algum dia. Bem-aventurados sois vós que, um dia, a conhecereis, e a seu reino, quando receberdes os anjos de vossa Mãe e quando vos adaptardes às suas leis. Eu vos digo, em verdade, que aquele que chegar a isto não verá jamais a doença, porque o poder de vossa Mãe domina tudo. (…) e a lei de vossa Mãe rege todo vosso corpo como de todos os seres vivos.

O sangue que flui em vossas veias procede de vossa Mãe, a Terra. Seu sangue cai das nuvens, jorra do seio da terra, murmura nos riachos das montanhas, corre fartamente nos rios das planícies, dorme no seio dos lagos e enfurece-se, poderoso nos mares tempestuosos.

O ar que nós respiramos nasce da respiração da nossa Mãe, a Terra. Seu sopro é azulado nas alturas do céu, murmura nos cumes das montanhas, sussurra através da folha das florestas, se eleva como uma onda acima dos campos de trigo, dorme nos vales profundos, queima tórrido no deserto.
A dureza de nosso ossos provém de nossa Mãe, a Terra, dos rochedos e das pedras. Seus elementos estão a nú, face ao céu, no cume das montanhas, são como os gigantes que dormem nos flancos das encostas, como ídolos situados no deserto, e estão igualmente escondidos nos mais profundo do seio da terra.

A maciez da nossa carne nasceu da carne de nossa Mãe, a Terra. Esta carne amarela e vermelha, fornece a substância das frutas de nossas árvores; Ela nos dá assim o alimento que jorra dos silos dos campos.

Nossas vísceras são formadas das entranhas de nossa Mãe, a Terra, e estão escondidas de nossos olhos assim como as profundezas invisíveis da terra.

A luz de nossos olhos, o poder de ouvir de nossas orelhas, nascem de cores e de sons de nossa Mãe, a Terra, porque nos envolvem inteiramente, assim como fazem as vagas do mar para o peixe ou os turbilhões do ar para o pássaro.

Eu vos digo, em verdade, o Homem é Filho da Mãe, a Terra, e é Dela que o filho do Homem recebeu a totalidade de seu corpo, da mesma maneira que o corpo do recém nascido procede do seio de sua Mãe. Eu vos digo, em verdade, vós sois um com sua Mãe, a Terra; Ela está em vós e vós Nela. É Dela que nascestes, Nela viveis e a Ela deveis enfim retornar. (…)

Não procurei a Lei nas vossas Escituras porque a lei é vida enquanto que a escritura está morta. Eu vos digo, em verdade, Moisés não recebeu de Deus suas leis por escritura, mas pela palavra vivente. A Lei é uma palavra viva, proferida por um Deus vivo, transmitida a profetas vivos a homens vivos. Em toda a coisa que se encontra vida se encontra escrita a Lei. Vós a encontrareis na relva, na árvore, no riacho, na montanha, nos pássaros do céu, nos peixes dos lagos e dos mares, mas procurai-a sobretudo em vós mesmos.

Porque eu vos digo, em verdade, todas as coisas que são dotadas de vida são mais próximas de Deus que as escrituras que são privadas de vida. Deus assim fez a vida e todas as coisas viventes de maneira que elas sejam a palavra de vida eterna e que elas ensinem ao homem as leis do verdadeiro Deus. Deus não escreveu suas leis nas páginas dos livros, mas em vosso coração e em vosso espírito. Elas estão em vosso corpo, no vosso sangue, nos vossos ossos, na vossa carne, nas vossa entranhas, nos vossos olhos, nas vossas orelhas e em cada uma das parte das mais ínfimas de vosso corpo.

Elas estão presentes no ar, na água, na terra, nas plantas, nos raios do sol, nas profundezas e nas alturas. Todas as coisas vos falam para que possais a palavra e a vontade do Deus vivente.”

O post Jesus ensina a dança circular apareceu primeiro em GnosisOnline.

As sete linhas do Yoga

$
0
0

A finalidade de toda linha do yoga, independentemente da aparente complexidade dos diversos sistemas filosóficos, é a libertação da escravidão da existência fenomênica, ou mundo das formas.

Etimologicamente, a palavra YOGA vem do sânscrito, sua raiz é a palavra YUJ, que significa REUNIR, JUNTAR e implica REUNIÃO da natureza humana, fenomênica, com sua ESSÊNCIA DIVINA, ou imagem e semelhança de Deus, culminando com a total absorção (re-solução) daquela nesta.

Através do yoga, dar-se-ia a reintegração do yogue à condição primordial da humanidade (livre e feliz). Portanto, a prática do yoga visa acelerar o processo da desintegração de “maya” (ilusão) para obter-se a liberdade espiritual.

O yoga, mais do que falar, é uma ciência do agir no corpo, na mente, no coração e no espírito. Esta ciência propõe que se comece CONHECENDO E CONTROLANDO o corpo material, grosseiro, através de técnicas específicas.

 

Após um controle mínimo desejável do físico, para estabilizá-lo num básico de saúde e harmonia, este alicerce material será utilizado para a etapa seguinte mais importante e imprescindível: O CONTROLE E O DOMÍNIO DO PROCESSO MENTAL, sem o que não se pode alcançar níveis espirituais mais elevados. Assim, o autoconhecimento e o controle no yogue processa-se a partir do físico, vai para o psicossomático, para o nível neurológico, mental, psicológico (no sentido de conhecimento da própria psique e da purificação da mesma, de toda essa sujeira e desequilíbrios que temos acumulado ao longo de muitas vindas a este mundo físico), até chegar à plenitude do espírito, à própria essência da liberdade.

As transformações sucessivas que se dão a cada nível do yoga permitem ao yogue transformar seus elementos subjetivos, aproximando-o cada vez mais de uma Razão Objetiva e Clara de nosso Ser.

Em resumo, podemos afirmar que o trabalho iogue exige a observância de quatro procedimentos básicos: (1) o domínio do corpo, (2) dos sentidos, (3) da mente e (4) uma vigilância incessante sobre as próprias ações. Havendo negligência nesses procedimentos, todos os esforços espirituais permanecerão sem frutos.

O yoga ocupa-se do homem tal como ele se apresenta em seu modo de ser habitual: mutável, diverso, contraditório, incoerente, disperso, cego, e lhe propõe um ajustamento progressivo, visando culminar num perfeito domínio de seu veículo psicofísico. Tal ajustamento, ou integração, coloca-o na posse de si mesmo e lhe permite, segundo esta filosofia, conquistar um estado incomparavelmente superior à sua condição atual, com a qual não ousa sequer sonhar: o estado absolutamente incondicionado, livre de todas as limitações, que a tradição indiana denomina “liberação”.

Histórico:

A princípio, o yoga era tradicionalmente reservado a uma elite de pessoas dispostas a praticar a “renúncia”. No entanto, o Bhagavad Gita dá ao Yoga uma nova dimensão, cujas repercussões espirituais seriam consideráveis.

Dessa forma, o Gita subverte a vida espiritual indiana, permitindo a todos, sem exclusividade, a prática do yoga. Doravante, o Yoga deixa de corresponder a uma acepção ascética, reservada a uma elite, e se torna uma “pluralidade disciplinar” (Bhákti Yoga, Karma Yoga, Jnana Yoga etc.), perdendo, assim, a sua unidade primitiva.

Atualmente, divide-se o Yoga em sete ramos ou linhas principais, a saber:

  1. Hatha
  2. Bhákti
  3. Karma
  4. Jnana
  5. Raja
  6. Mantra
  7. Kundalini

1- Hatha Yoga

É o ramo da Filosofia Yogue que trata do corpo físico, seu cuidado, bem-estar, saúde, força e tudo quanto venha a manter o seu estado de saúde natural e normal.

Essa atenção e cuidados destinados ao corpo físico são fundamentados nos seguintes aspectos: (1) o corpo é o instrumento no qual e pelo qual o espírito se manifesta e age; (2) o corpo é o templo do espírito; (3) com um corpo físico doente ou imperfeitamente desenvolvido, a consciência e seus veículos não podem funcionar devidamente.

O Hatha Yoga, através da saúde e resistência do corpo, permite colocá-lo em sintonia com os planos mais sutis da Natureza, possibilitando assim ao homem uma crescente liberação de suas debilidades físicas e mentais.

Os quatro elementos formais do Hatha Yoga são: (a) asana ou postura física, (b) pranayama ou controle da respiração, (c) relaxamento e (d) atitude mental correta.

2- Bhákti Yoga

É o Yoga do Amor, a via da Devoção. Este amor e devoção têm uma potência espiritual interna que eleva o Bhákti Yogue e se converte em uma forma sutil de conhecimento do Divino.

O devoto sente uma paixão crescente pelo Divino e isto, segundo esta linha de yoga, ajuda a romper as barreiras entre o Divino e ele.

Esta via geralmente é adotada por pessoas de natureza emotiva e que têm sentimentos de amor e devoção muito desenvolvidos. O Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo e outros sistemas dualistas de religião, quando apregoam a adoração de um deus único, estão, consciente ou inconscientemente, pregando a Bhákti Yoga e dirigindo seus adeptos por este caminho.

3- Karma Yoga

A palavra KARMA é derivada da raiz sânscrita KRI, cuja tradução é AGIR, FAZER. Tomada em sentido literal, KARMA significa AÇÃO, e refere-se a todas as ações, tanto as mentais como as físicas. O termo KARMA YOGA, portanto, pode ser traduzido por YOGA DA AÇÃO.

Uma segunda significação do KARMA é o fato de que a toda ação corresponde uma reação. Nenhuma ação pode ser separada de seu resultado, pois não há causa que possa ser desvinculada de seus efeitos. A cadeia da causa e efeito, conhecida como a “Lei de Causa”, também é chamada Karma.

Nesta linha do yoga estão contidos os ensinamentos de que o trabalho de cada indivíduo deve ser feito com amor, sem egoísmo e isto significa executar a ação que lhe cabe com perfeição, por amor à coisa em si e desapego aos frutos de seus atos.

4- Jnana Yoga

A palavra JNANA, derivada da raiz sânscrita JNA, significa CONHECIMENTO, DISCERNIMENTO. Às vezes, JNANA também é empregada para expressar a mais elevada iluminação produtora da verdade, mas o composto JNANA YOGA é usado no sentido de investigação intuitivo-filosófica, podendo ser entendido como o YOGA DO CONHECIMENTO ABSOLUTO.

Este CONHECIMENTO é libertador, pois revela a verdadeira natureza das coisas. Num primeiro momento, consiste em eliminar todas as falsas concepções do Ego e, num segundo momento, revelar a verdadeira natureza da essência. Para tanto, se vale de técnicas tais como a auto-observação, “desidentificação”, a meditação, etc., que estudamos de modo bastante pormenorizado em Psicologia Esotérica e Gnóstica.

5- Raja Yoga ou Yoga Real

O conhecimento sobre o Yoga Clássico ou Raja Yoga baseia-se quase que inteiramente numa única obra, a Yoga Sutra de Patanjali, o mais antigo documento sistemático que possuímos sobre a Yoga. Muitos comentários foram escritos sobre ele, entretanto, o Yoga Sutra pode se definido como uma coleção de práticas ou idéias comprovadas, codificando a tradição do Yoga anterior a ele.

O Raja Yoga comporta oito etapas, são literalmente os oitos aspectos da Yoga.

a) YAMA (refreamento) – não violência, não roubar, não cobiçar, abstinência de uma vida desregrada, excessiva, tanto na alimentação, quanto no sexo, no falar, no trabalho, na família etc.

b) NIYAMA (observâncias) – purificação, contentamento, esforço sobre si mesmo, estudo, entregar-se a Deus.

c) ASANA (posições) – corresponde às posições psicofísicas, à expressão corporal do yogue. A postura deve preencher duas exigências: 1. ser estável e 2. agradável. Quando a prática da postura permite ao yogue mantê-la firmemente ao mesmo tempo em que se sente à vontade, o objetivo é atingido. A postura põe fim à agitação corporal e concentra as energias esparsas.

d) PRANAYAMA (domínio da respiração) – a disciplina do alento ou o domínio da bioenergia conseguido pelo controle da respiração. É muito mais do que um simples exercício respiratório; trata-se do controle da energia vital (prana) através da respiração.

A respiração pode ser voluntária ou involuntária; entretanto, no caso do Yoga, o praticante deve estar consciente da sua respiração. O princípio que justifica esse esforço decorre da constatação da íntima relação existente entre a respiração e os estados psíquicos. A respiração do homem comum corresponde ao seu estado de espírito flutuante e disperso.

Considera-se o Pranayama como uma elevada forma de ascese, que purifica o homem de todas as impurezas e alimenta a chama do conhecimento. (Para aclarar melhor sobre o tema Respiração, leia o texto Philokália, sobre a relação entre respirar e adorar a Deus.)

e) PRATYAHARA (retração dos sentidos) – combate às distrações provenientes das impressões sensoriais.

f) DHÁRANA (concentração) – o yogue exercita-se para adquirir a capacidade de estreitar cada vez mais o foco de sua atenção, fixando-o num só ponto. Quando a atenção está perfeitamente centrada e imóvel a concentração (Dhárana) é atingida.

g) DHYANA (meditação) – trata-se do estado da meditação, da contemplação (o não pensar).

h) SAMADHI (iluminação) – o estado de plena consciência e auto-realização; uma espécie de ruptura que propicia o aparecimento de uma forma de consciência de natureza iluminadora, um estado alterado de Consciência.

6- Mantra Yoga

O mantra Yoga é o ramo ou linha do Yoga que estuda as vocalizações ou mantras propriamente ditos.

O mantra é um som místico ou sagrado e pode ser entoado normalmente, em forma de som, ou então mentalmente.

7- Kundalini Yoga

O Tantra Yoga tem por função libertar a energia divina, que se encontra adormecida no corpo. Essa energia, raiz de todos os poderes do ser individual, é chamada KUNDALINI.

Segundo os yogues, a Kundalini reside adormecida na base da coluna vertebral, na região próxima ao cóccix e, quando despertada, através de técnicas específicas (estude os textos em nosso link Tantrismo), ascende pela coluna vertebral até atingir a cabeça, despertando na sua passagem os vários centros energéticos (chacras), culminando com o despertar de todos os poderes latentes no homem, reintegrando a energia na consciência suprema.

Numeráveis e complexos são os métodos do Kundalini Yoga. Além de todos os métodos yóguicos já conhecidos, o Yoga Tântrico utiliza abundantemente o poder do som (mantra), os diagramas simbólicos (yantras), o ritual, a concentração sobre os chacras, as visualizações, etc., além de uma mudança radical de paradigma dentro da sexualidade.

De maneira geral, não afasta nenhum aspecto da vida humana, nenhuma atividade corporal ou psíquica, mas as acolhe e visa a sacralizá-las, a transformá-las em métodos de despertar.

Todas as sete linhas de Yoga estão presentes na Gnosis, porém de forma sintética e absolutamente prática.

Há Hatha Yoga nas práticas de Yoga do Rejuvenescimento; Bhákti Yoga em nossas orações e rituais. O sendeiro da Karma Yoga, o vivemos através da reta ação, do reto pensar e do reto agir. Há Jnana Yoga nos trabalho e estudos intelectuais; Raja Yoga no trabalho prático com os chacras e com a meditação profunda; Mantra Yoga através do vocalização dos diversos mantras sagrados; e, finalmente, Kundalini Yoga nos trabalhos de transmutação das energias criadoras, visando o despertar da kundalini, a cristalização dos corpos solares, e a autorrealização do indivíduo.

O aspecto exotérico, ou círculo público, de toda escola de Yoga é considerado “Kinder”, ou seja, ensina às pessoas as primeiras noções elementares da sabedoria oculta.

Atualmente no Ocidente, o Yoga vem sendo levado a público, na maior parte das vezes, apenas em seu aspecto exotérico, correndo inclusive o risco de se vulgarizar.

O aspecto esotérico, ou círculo interno, secreto, das escolas de Yoga, não é “Kinder”, ou seja, não ensina somente o básico do espiritualismo, do esoterismo, mas sim, que é uma verdadeira Escola de Regeneração, que possibilita o despertar pleno da consciência e a reunião da natureza humana, fenomênica, com sua essência divina.

Toda Escola de Regeneração trabalha com o Kundalini Yoga, o Tantrismo Sagrado e ensina os três fatores da revolução da consciência: (1) Morrer nos defeitos pessoais, (2) Nascer com as energias solares internas da kundalini e (3) Sacrificar-se pela humanidade, amar conscientemente o ser humano.

As Instituições Gnósticas são uma autêntica Escola de Regeneração.

(Para estudar os textos tântrico-gnósticos, clique aqui.)
(E para adquirir os livros de Samael Aun Weor, sobre Tantra e Gnose, clique aqui.)

O post As sete linhas do Yoga apareceu primeiro em GnosisOnline.

As pirâmides chinesas

$
0
0

Foi descoberta, na região central da China, uma série fantástica de construções piramidais. São cerca de cem pirâmides, muito semelhantes à famosa pirâmide mexicana de Chichén-Itzah.

Qual seria sua origem? São tão antigas, como dizem alguns pesquisadores que visitaram a região chinesa de Kin Chuan?

Teriam sido criadas por extraterrestres ou são mais um legado, de acordo com a antropologia gnóstica, dos sábios atlantes?

Estas cerca de cem pirâmides encontram-e espalhadas por 2 mil quilômetros quadrados, perto da cidade de Chian, centro da China.

Decididamente, são necessários muitos anos de pesquisas para se conhecer precisamente o que as Pirâmides Chinesas nos darão como legado de sabedoria cósmica.

piramides-chinesas-gnosisonline

O post As pirâmides chinesas apareceu primeiro em GnosisOnline.


Surat Al-Fátiha

$
0
0

Surata da Abertura

Em nome de Allah, o Misericordioso, o Misericordiador.
Louvado seja Allah, Senhor do Universo,
O Clementíssimo, o Misericordiosíssimo,
Soberano do Dia do Juízo,
Só a Ti adoramos e só a Ti imploramos ajuda!
Guia-nos à senda reta.
À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, ou à dos extraviados.

O Poder Secreto de Al-Fátiha
(o capítulo de abertura do Sagrado Alcorão)

Em nome de Allah, O Clementíssimo, o Misericordiosíssimo.
Shaykh Nazim Al-Haqqani An-Naqshband, Nosso Grande shaykh Abdullah Ad-Daghistani an-Naqshbandi (possa Allah santificar sua alma abençoada) diz: “Al-Fátiha, a primeira Sura (capítulo) do Alcorão, veio duas vezes, uma vez em Meca e outra em Medina. Qual é a razão pela qual Allah enviou essa Sura duas vezes?”

Porque Al-Fátiha é a mais importante Sura do Alcorão. De acordo com a Tradição, todos os Livros Sagrados estão contidos no Alcorão e todos os significados do Alcorão estão contidos em Al-Fátiha. Por isso, se um homem lê a Sura Al-Fátiha, é como se tivesse lido todos os Livros Sagrados, incluindo o Alcorão!

Al-Fátiha contém a Bíblia, o Torah, o Livro dos Salmos, centenas de páginas que foram enviadas antes dos Livros Sagrados e todo o Alcorão. Por isso, foi ordenada a leitura de Al-Fátiha em todas as orações. Se um homem lê o Alcorão sete vezes sem Al-Fátiha, não conseguirá alcançar a recompensa obtida por uma leitura de Al-Fátiha.

Allah enviou Al-Fátiha primeiramente em Meca. Junto com ela veio a eterna Rahma (Misericórdia). Gabriel trouxe Al-Fátiha para Muhammad (a paz esteja com Ele) e disse, “Ó Muhammad! Allah Todo Poderoso, te abençoa e te diz: ‘Boas novas a favor de Al-Fátiha; se alguém de sua Ummah (Nação) ler Al-Fátiha, mesmo que por apenas uma vez em sua vida, isso já terá sido suficiente, e até mais, para aquele servidor!'”

Aquele que ler Al-Fátiha, terá suficiente Rahma (Misericórdia) desta única leitura para o resto de sua vida. Mesmo se ele é um incrédulo, uma leitura o conduzirá para Iman (Fé), talvez até no último momento da sua vida. Isso porque a Fé é original, inata na pessoa. A descrença é uma condição temporária adquirida depois. Al-Fátiha trará a Fé mesmo para um pecador.

A Segunda vinda de Al-Fátiha aconteceu em Medina. De novo ela veio com a eterna Rahma (Misericórdia), mas esta misericórdia não era como a primeira. A Segunda Rahma de Al-Fátiha era tão grande e tão poderosa que os anjos que trouxeram a primeira Rahma foram incapazes de transportá-la.

Allah falou a Muhammad (a Paz esteja com Ele) pela segunda vez: “Ó meu Profeta! Estou te enviando apenas uma onda de Meus Oceanos de Bênçãos pertencentes a Al-Fátiha; apenas uma onda dos Oceanos de Bênçãos de Minha Divina Presença!

 

surat-al-fatihah-gnosisonline

Se você conhecesse todo os Oceanos de Graças pertencentes a Al-Fátiha você não poderia ordenar sua nação a rezar, adorar ou fazer qualquer outra coisa; porque a Benção de Al-Fátiha seria suficiente! Mas ninguém conhece a profundidade de Meus Oceanos de Graças.”

A Segunda onda de Bênçãos de Al-Fátiha era tão forte que, por comparação, a primeira onda, que veio em Meca, era nada. Allah Todo Poderoso disse, “Ó meu amado Muhammad! Se Meus servidores soubessem o que Estou ocultando deles em Meus Oceanos de Graças, eles diriam que não necessitariam fazer qualquer adoração”. Se um homem faz Sajdah ( prostração) por toda a sua vida, ele vai tomar daquele Oceano apenas uma gota.

Mas Allah está enviando oceanos não gotas. Ele distribui da Sua generosidade, não por causa da adoração de alguém ou por descuido de alguém falhar na sua adoração. Essa é a interpretação do verso “Allah todo poderoso está dando honra e glória eterna aos filhos de Adão (a paz esteja com ele).

O post Surat Al-Fátiha apareceu primeiro em GnosisOnline.

O Cristo e a Semana Santa

$
0
0

Antes de tudo, é necessário compreender a fundo o que é realmente o Cristo Cósmico.

Urge saber, em nome da verdade, que Cristo não é algo meramente histórico. As pessoas estão acostumadas a pensar em Cristo como um personagem histórico que existiu há uns 2 mil anos. Tal conceito resulta equivocado porque o Cristo não é do tempo. O Cristo é atemporal. O Cristo desenvolve-se de instante em instante, de momento em momento. Ele em si mesmo é o Fogo Sagrado, o Fogo Cósmico Universal.

Se nós esfregamos a cabeça de um palito de fósforo, brota o fogo. Os cientistas dirão que o fogo é o resultado da combustão, porém isso é falso. O fogo que surge de dentro do palito de fósforo está contido no próprio palito, apenas que com a fricção o libertamos de sua prisão e ele aparece. Podemos dizer que o fogo em si mesmo não é o resultado da combustão e sim que a combustão é o resultado do fogo.

Convém entender, meus caros irmãos, que a nós o que mais interessa é o fogo do fogo, a chama da chama, a assinatura astral do fogo. A mão que movimenta o palito de fósforo para que dele surja a chama tem fogo, vida, senão não poderia se movimentar. Depois que o fósforo se apaga, a chama segue existindo na quarta vertical. Os cientistas não sabem que coisa é o fogo, utilizam-no porém o desconhecem.

Tampouco sabem o que é a eletricidade, utilizam-na porém não a conhecem. Assim mesmo, meus queridos irmãos, convém que entendam o que é o fogo. Antes de que a Aurora da Criação vibrasse intensamente, o fogo fez a sua aparição.

Lembrem-se, queridos irmãos, que há dois unos, o primeiro uno é Aelohim, enquanto que Elohim é o segundo uno. O primeiro uno é o Imanifestado, o Incognoscível, a divindade que não pode ser pintada, simbolizada ou burilada. O segundo uno brota do primeiro uno e é o Demiurgo, o Arquiteto do Universo, o Fogo.

Quero que entendam que um é o fogo que arde na cozinha ou no altar e o outro é o fogo do espírito, como Aelohim ou como Elohim. Elohim é pois o Demiurgo, o Exército da Voz, a Grande Palavra. Cada um dos Construtores do Universo é uma chama viva, fogo vivo.

Está escrito que Deus é um fogo devorador. O Fogo é o Cristo, o Cristo Cósmico! Elohim em si mesmo brotou de Aelohim. Elohim por si mesmo se desdobra, se duplica para iniciar a manifestação cósmica, se transforma em dois, em sua esposa, na Mãe Divina. Quando o uno se desdobra em dois, surge o três que é o Fogo.

As criaturas do fogo tornam o caos fecundo para que dele surja a vida. Sempre que o uno se desdobra em dois, o terceiro, o fogo, aparece. O fogo torna fecundas as águas da existência e então o caos se transforma no Andrógino Divino.

Assim, convém entender que o Exército da Palavra é fogo e que esse fogo vivente, esse fogo vivo e filosofal, que torna fecunda a matéria caótica, é o Cristo Cósmico, o Logos, a Grande Palavra. Mas, para que o Logos apareça, para que venha a manifes-tação, o uno deve se desdobrar no dois, isto é, o Pai se desdobra na Mãe e da união dos dois opostos nasce o terceiro, o Fogo. Esse fogo é o Cristo, o Logos, que torna possível a existência do universo na aurora de qualquer criação.

Convém que entendamos melhor o que é o Cristo! Que não nos contentemos em recordar a questão meramente histórica porque o Cristo é uma realidade de instante em instante, de momento em momento, de segundo em segundo. Ele é o Criador! O fogo tem o poder de criar os átomos e de desintegrá-los, o poder de dirigir as forças cósmicas universais etc. O fogo tem poder para unir todos os átomos e criar univer-sos, assim como tem o poder para desintegrar univer-sos: O mundo é uma bola de fogo que se acende e se apaga segundo Leis.

Assim que o Cristo é o fogo. Por isso, se vê sobre a cruz as quatro letras: INRI, as quais significam: IGNIS NATURA RENOVATUR INTEGRAM, e que equivalem à frase: O fogo renova incessantemente a natureza.

Agora, creio que estão entendendo porque a nós interessa a assinatura astral do fogo, a chama da chama, o oculto, o aspecto esotérico do fogo. É que na realidade o fogo é crístico. Ele tem poder para transformar tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será. INRI é o que nos interessa. Sem INRI não é possível que nós nos cristifiquemos.

Já foi dito que o Cristo Íntimo, o Cristo Cósmico, tem de dar três passos, de cima para baixo e através das sete regiões do Universo. Também disse que o Cristo deve dar três passos de baixo para cima. Eis aqui o mistério dos três passos e dos sete passos da Maçonaria. É uma lástima que os irmãos maçons tenham esquecido isto. Em todo caso, o Crestos, o Logos, resplandece no zênite da meia-noite espiritual.

Tanto no ocaso como no oriente, cada uma destas três posições é respeitada nas sete regiões. O místico que se guia pela estrela da meia-noite, pelo Sol Espiritual, sabe o que significam esses três passos dentro das sete regiões. Pensamos também no sol, no raio e no fogo. Eis aqui as três luminárias, os três aspectos do Logos, nas sete regiões.

Quando o uno se desdobra no dois, surge o terceiro e este é o fogo que cria e volta novamente a criar. Esse terceiro pode criar com o poder da palavra, com a palavra solar ou palavra mágica, com a palavra do Sol Central. Assim cria o Logos.

É por meio do fogo que podemos nos cristíficar. Inutilmente terá nascido o Cristo em Belém se não nascer em nosso coração também. Inutilmente terá sido crucificado, morto e ressuscitado na Terra Santa se não nascer, morrer e ressuscitar também em nos.

Precisamos encarnar o Crestos Cósmico, o espírito do fogo, torná-lo carne em nós. Enquanto não o tivermos feito, estaremos mortos para as coisas do espírito porque Ele é a vida, o Logos, a Grande Palavra… Heru Pa-kroat.

Ele é Vishnu. A palavra Vishnu vem da raiz vish que significa penetrar. Ele penetra em tudo o que é, foi e será. É preciso que penetre em nós para que nos transforme radicalmente. Somente através do fogo conseguiremos aniquilar o Ego. Quem pretender aniquilar o Ego unicamente com o intelecto seguirá pelo caminho do erro.

Obviamente, precisamos nos autoconhecer, se é que queremos nos cristificar e se queremos nos autoconhecer para conseguir a cristificação, preci-samos nos autoobservar, ver a nós mesmos. Somente por este caminho será possível se chegar um dia à desintegração do Ego.

O Ego é a soma total de todos os nossos defeitos: ira, cobiça, luxúria, preguiça, orgulho, inveja, gula etc. Ainda que tivéssemos mil línguas para falar e paladar de aço, não conseguiríamos a enumeração de todos os nossos defeitos cabalmente.

Dizia que precisamos nos auto-observar para nos autoconhecer porque se observarmos a nós mesmos descobriremos nossos defeitos psicológicos e assim poderemos trabalhar sobre eles. Quando alguém admite que tem uma psicologia, começa a se observar e isso o converte de fato numa criatura diferente.

Quero que entendam, meus queridos irmãos gnósticos, a necessidade de se aprender a observar a si mesmo, a ver a si próprio. Mas, há que se saber observar porque uma coisa é a observação mecânica e outra a observação consciente.

Aquele que conhece pela primeira vez os nossos ensinamentos poderá dizer: Mas que ganho com me observar? Isso é aborrecedor! Já vi que tenho ira e já percebi que sinto ciúmes… e daí? Claro que esta é a observação mecânica. Precisamos observar o observado. Repito: precisamos observar o observado. Isso já é observação consciente de nós mesmos.

A observação mecânica de si mesmo não nos conduzirá jamais a nada. Ela é absurda, inconsciente e estéril. Precisamos de auto-observação consciente de nós mesmos. Somente assim poderemos verdadeira-mente nos autoconhecer para trabalhar sobre nossos defeitos.

Sentimos ira em um dado instante. Vamos então observar o observado – a cena da ira. Não im-porta que o façamos mais tarde, porém tratemos de fazê-lo. Ao observar o observado, saberemos realmente se o que vimos em nós foi ira ou não, já que pode ter-se provocado alguma síncope nervosa que tomamos como ira.

De repente, fomos invadidos pelos ciúmes. Pois, vamos observar o observado. O que foi que observamos? Talvez que a mulher estava com outro tipo. E se for mulher? Talvez tenha visto seu marido com outra mulher e sentiu ciúmes. Em todo caso, serenamente e em profunda meditação, observaremos o observado para saber se realmente existiram ou não os ciúmes.

Ao observar o observado, o faremos através da meditação e da autorreflexão evidente do Ser. Assim, a observação torna-se consciente. Quando alguém torna-se consciente de tal ou qual defeito de tipo psicológico pode trabalhá-lo com o fogo.

Faz-se necessária a concentração em Reia, Cibele, Maria, Stella Maris, Tonantzin etc. Ela é uma parte de nosso Ser, porém derivada. Ela é a serpente ígnea de nossos mágicos poderes, a cobra sagrada, o fogo ardente. Com seus poderes flamígeros, ela pode desintegrar o defeito psicológico, o agregado psíquico que tenhamos auto-observado conscientemente. É óbvio que por sua vez a essência, fogo engarrafado no agregado psíquico em desintegração, resplandecerá, será liberado. À medida que formos desintegrando os agregados, os percentuais de essência – fogo crístico – se multiplicarão. Um dia o fogo resplandecerá dentro de nós mesmos aqui e agora. É necessário que o fogo arda em nós. Só INRI, o nome sagrado posto sobre a cruz do Mártir do Calvário, pode aniquilar os agregados psíquicos.

A Ave Fênix incinera-se com o Fogo Crístico para se renovar incessantemente (INRI)

Aqueles que pretendem desintegrar todos esses agregados sem ter em conta o fogo seguem pelo caminho equivocado e não somente andam mal como também extraviam os demais. Diz-se que o Crestos nasceu na aldeia de Belém há cerca de 2 mil anos. Isto é falso porque a aldeia de Belém não existia naquela época. Belém tem raiz caldeia: BEL e Bel é o fogo; a Torre de Fogo dos caldeus.

Em nosso corpo, a torre é a cabeça e o pescoço porque o resto do corpo é o templo. Quem conseguiu elevar o fogo sobre si mesmo, quem o pôde levantar até a cabeça, até o cérebro, até o topo, de fato converteu-se no corpo do Crestos – o fogo – o espírito do fogo.

Somente o espírito original, o primogênito, poderá nos cristificar totalmente. É o fogo, fohat, ardendo dentro de nós mesmos que nos transformará totalmente. Uma vez que o fogo esteja ardendo dentro de nós, seremos mudados totalmente, seremos conver-tidos em criaturas diferentes, seremos convertidos em seres distintos, e gozaremos de plena iluminação e dos poderes cósmicos. Assim que, entendido isto, meus queridos irmãos, devemos trabalhar com o fogo.

Ao que sabe, a palavra dá poder. Ninguém a pronunciou e ninguém a pronunciará a não ser aquele que O encarnou. O Cristo – o espírito do fogo – não é um personagem meramente histórico. Ele é o Exército da Palavra, uma força que está além da personalidade, do Ego e da individualidade. Ele é uma força como a eletricidade, como o magnetismo, um poder, um grande agente cósmico e universal, a força elétrica que pode dar origem a novas manifestações. Esse fogo cósmico entra no homem que está devidamente preparado, no homem que tenha na Torre essa Belém ardendo.

Quando o Cristo encarna num homem, este se transforma radicalmente. Ele é o Menino Deus que deve nascer em cada criatura. Assim como Ele nasceu no universo há milhões de anos para organizar totalmente este sistema solar, assim também deve nascer em cada um de nós. Ele nasce no Estábulo de Belém, isto é, entre os animais do desejo, entre os agregados psíquicos que precisa aniquilar, uma vez que só o fogo consegue aniquilar tais agregados. Assim, o fogo aparece onde esses agregados estão para destruí-los, para torná-los poeira cósmica e libertar a alma, a Essência. Como poderia ele libertar a alma, se não penetrasse profundamente no organismo humano?

No Oriente, Cristo é Vishnu e repito: a raiz vish significa penetrar. O fogo, o Cristo, o Logos, pode penetrar nas profundezas do organismo humano para queimar as escórias que tem dentro. No entanto, precisamos amar o fogo e render culto à chama.

Chegou a hora de entender que só o fohat pode nos transformar radicalmente. Cristo dentro de nós opera aniquilando as raízes do mal. INRI queimando os agregados psíquicos é formidável: os reduz a cinzas. Porém, precisamos trabalhar com o fogo.

Por isso, em nossos trabalhos de concentração, devemos invocar a Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes porque só com o fogo conseguimos aniquilar todos os elementos psíquicos indesejáveis que carregamos em nosso interior. O frio lunar nunca conseguirá quebrantar os agregados psíquicos. Neces-sitamos dos poderes flamígeros do Logos, necessitamos do INRI para nos transformar.

Meus caros irmãos, entendam todos o que é a Semana Santa. A Semana Santa tem sete dias. Nos tempos antigos, tudo era regido pelo calendário solar: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno.

Os dias eram:

Dia da Lua (domingo)
Dia de Mercúrio (Segunda-feira)
Dia de Vênus (terça)
Dia do Sol (quarta)
Dia de Marte (quinta)
Dia de Júpiter (sexta)
Dia de Saturno (sábado)

Infelizmente, este calendário foi alterado por tipos fanáticos na Idade Média. A Semana Santa é profundamente significativa. Recordem os sete e os três passos da Maçonaria.

O Cristo deve arder em primeiro lugar no nosso corpo humano. Mais tarde, a chama deve se depositar no fundo da alma e por último, no fundo do espírito. Esses três passos através das sete esferas são pro-fundamente significativos. Obviamente, esses três passos básicos e fundamentais acham-se contidos nas sete esferas do mundo e do universo.

Inquestionavelmente, a Semana Santa tem raízes esotéricas bem profundas porque o Iniciado deve trabalhar sobre as forças lunares, sobre as forças de Mercúrio, com as forças de Vênus, do Sol, de Marte, de Júpiter e de Saturno. O Logos desenvol-ve-se em sete regiões e de acordo com os sete planetas do Sistema Solar.

A chama deve aparecer no corpo físico, deve avançar pelo corpo vital, prosseguir seu caminho pela senda astral, continuar sua viagem pelo mundo da mente, deve chegar até a esfera do mundo causal, continuar ou prosseguir sua viagem pelo mundo búdico ou intuicional e por último, no sétimo dia, terá chegado ao mundo de Atman, o mundo do espírito. Então, o Mestre receberá o Batismo de Fogo que o transfor-mará radicalmente.

Obviamente, todo o Drama Cósmico, tal como está escrito nos quatro evangelhos, deverá ser vivido dentro de nós mesmos aqui e agora. Isso não é algo meramente histórico, é algo para se viver aqui e agora.

Os três traidores que crucificam o Cristo e que o levam à morte estão dentro de nós mesmos. Os maçons os conhecem e os gnósticos também os conhecem: Judas, Pilatos e Caifás. Judas é o demônio do desejo que nos atormenta. Pilatos é o demônio da mente que para tudo tem desculpa. Caifás é o demônio da má vontade que prostitui o altar.

Esses são os três traidores que vendem o Cristo por 30 moedas de prata. As trinta moedas representam todos os vícios e paixões da humanidade. Trocam o Cristo pelas garrafas nos bares, trocam o Cristo pelo prostíbulo ou pelo leito de Procusto, trocam o Cristo pelo dinheiro, pelas riquezas, pela vida sensual… vendem-no por 30 moedas de prata.

Irmãos, lembrem-se que foram as multidões que pediram a crucificação do Senhor. Todas essas multidões gritam: Crucifica! Crucifica! Não são só as de 2 mil anos atrás, não! Essa gente que pede a crucificação do Senhor está dentro de nós mesmos, e repito: aqui e agora! São os agregados psíquicos desumanos que carregamos em nosso interior, são todos esses elementos psíquicos indesejáveis que levamos dentro, os demônios vermelhos de Seth, viva personificação de todos os nossos defeitos de tipo psicológico. São eles os que gritam: Crucifica! Crucifica! E o Senhor é entregue à morte. Quem o açoita? Não são por acaso todas essas multidões que levamos em nosso interior? Quem cospe nele? Não são todos esses agregados psíquicos que personificam nossos defeitos? Quem coloca nele a coroa de espinhos? Não são por acaso todas essas criações do inferno que nós mesmos geramos?

O acontecimento da história crística não é de ontem, é de agora, do presente. Não pertence meramente a um passado, como julgam os ignorantes ilustrados. Porém, aqueles que compreenderem, trabalharão para a cristificação.

O Senhor é erguido no Calvário e sobre os cumes majestosos do Calvário dirá: Aquele que crê em mim nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida. Eu sou o pão da vida. Eu sou o pão vivo, e o que come de minha carne e bebe de meu sangue terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. O que come da minha carne e bebe do meu sangue, em mim mora e eu nele. O Senhor não guarda rancor de nenhuma pessoa.

Meu Pai, em tuas mãos encomendo meu espí-rito! Pronunciada esta grande palavra, não se escu-tará senão raios e trovões em meio a grandes cataclismos interiores. Cumprido este trabalho do espírito no corpo, o Cristo, Krestos, Christus ou Vishnu, o que penetra, será depositado em seu místico sepulcro.

Eu lhes digo em nome da verdade e da justiça que depois disso, no terceiro dia, após o terceiro ato, será levantado, ressuscitado no Iniciado, para transformá-lo numa criatura perfeita. Quem o conseguir se converterá de fato em um deus terrivelmente divino, além do bem e do mal.

Assim, o Cristo, Nosso Senhor, o Espírito do Fogo, desce. Ele quer entrar em cada um para transformá-lo, para salvá-lo, para aniquilar seus agregados psíquicos que carrega em seu interior, para fazer dele algo diferente, para convertê-lo em deus.

Temos de aprender a ver o Cristo não do ponto de vista meramente histórico, mas como o fogo, como uma realidade presente, como INRI.

Diz-se que Ele tinha 12 Apóstolos, pois esses 12 Apostolos estão dentro de nós mesmos aqui e agora. São as 12 partes fundamentais de nosso próprio Ser, as 12 Potestades dentro de cada um de nós, em nosso próprio Ser interior profundo.

Há um Pedro que entende profundamente dos Mistérios do sexo.
Há um João que representa o Verbo, a Grande Palavra. Heru Pa-Kroat.
Há também um Tomé que nos ensina a dirigir a mente.
Há um Paulo que nos mostra o caminho da sabedoria, da filosofia, da gnose.
Dentro de nós está também Judas. Não aquele Judas que entrega o Cristo por 30 moedas de prata e sim um Judas diferente. Um Judas que entende a fundo a questão do Ego. Um Judas cujo evangelho irá nos levar à dissolução do mim mesmo, do si mesmo.
Há um Filipe que é capaz de nos ensinar a viajar fora do corpo físico através do espaço.
Há um André que nos indica com precisão meridiana o que são os três Fatores de Revolução da Consciência: Nascer ou como se fabricam os corpos existenciais superiores do Ser. Morrer ou como se desintegram os fatores particulares que se relacionam conosco especificamente e em cada um de nós. Sacrifício pela humanidade: a cruz de Santo André. Indica a mescla de enxofre e mercúrio tão indispensável para a criação dos corpos existenciais superiores do Ser mediante o cumprimento do DEVER PARLOK. Isto é pro-fundamente significativo.
Mateus, científico qual ninguém, existe em nós e ensina-nos a Ciência Pura, desconhecida pelos cientistas que só conhecem essa podridão de teorias universitárias que hoje estão em moda e amanhã passam a fazer parte da história… Ciência pura é comple-tamente diferente! Somente Mateus pode nos instruir nela.
Lucas, com seu evangelho solar, é profeta. Ele nos indica como haverá de ser a vida na Idade de Ouro.

Cada um dos 12 está dentro de nós mesmos porque Nosso Senhor tem 12 partes fundamentais, os 12 Apóstolos, aqui e agora.

Assim, aqueles que quiserem chegar a ser magos no sentido transcendental da palavra terão de aprender a se relacionar consigo mesmo, com cada uma das 12 partes do Ser. Isto só será possível queimando com INRI os agregados psicológicos que carregamos em nosso interior. Enquanto o Eqo existir em nós, o correto relacionamento com todas e cada uma das partes de nosso Ser será impossível.

Porém, se nós incinerarmos o Ego, então poderemos estabelecer corretas relações com nós mes-mos e com cada um dos 12 que existem em nós. Assim que tirem da cabeça a idéia dos 12 Apóstolos históricos… Busquem-nos dentro de si… Lá estão eles, todos eles dentro de cada um, aqui e agora.

Chegou a hora de um cristianismo mais esotérico, mais puro, mais real. Chegou a hora de sair da questão meramente histórica e passar para a realidade dos fatos.

A própria cruz do Calvário é profundamente significativa. Bem sabemos que o phalus vertical dentro do cteis formal formam uma cruz. Em outras palavras, enfatizaremos: o lingam-yoni corretamente unido forma cruz. É com essa cruz que temos de avançar pelo sendeiro que irá nos conduzir até o Gólgota do Pai. Convido a todos para entrarem no caminho da cristificação.

Não se esqueçam que cada vez que o Senhor de Compaixão vem ao mundo é odiado por três tipos de homens: Primeiro, pelos Anciães. São as pessoas cheias de experiência que dizem: Esse homem está louco. Vejam o que traz. Não escutem o que está a dizer porque não está de acordo com o que pensamos. Nós temos experiência. Esse homem prejudica e causa danos. O segundo tipo são os fariseus, os intelectuais.

Ele é rechaçado pelos intelectuais da época. Cada vez que o Senhor de Glória veio ao mundo, os intelectuais estiveram contra ele. Odeiam-no mortal-mente porque não se encaixa dentro de suas teorias. Ele representa um perigo para o sistema deles, para seus sofismas etc. O terceiro tipo é constituído pelos sacerdotes. Todos eles O vêem como um perigo para a sua respectiva seita.

Assim que, em nome da verdade, digo-lhes que o Cristo é tremendamente revolucionário, rebelde. Ele é o fogo que vem para queimar todas as podridões que carregamos dentro.

Ele é o fogo que vem para reduzir a cinzas os nossos preconceitos, os nossos interesses, as nossas abominações e até as nossas experiências de tipo pessoal.

Pensam por acaso que o Cristo poderia ser aceito por todos esses milhões de seres humanos que povoam o mundo? Equivocam-se! Cada vez que Ele vem ao mundo, as multidões levantam-se contra Ele. Esta é a crua realidade dos fatos!

De Semana Santa estou falando e digo em nome da verdade e da justiça que somente o fohat, ardendo dentro de nós, poderá nos salvar.

Nenhuma teoria, nenhum sistema, poderá nos levar à libertação. Aqueles que pretendem aniquilar o Ego à base de puras teorias, com o frio intelecto, são seres meramente reacionários, conservadores e retardatários que marcham pelo caminho do grande equívoco.

Esta Babilônia que levamos dentro, esta cidade psicológica que carregamos em nosso interior, onde vivem os demônios da ira, da cobiça, da luxúria, da inveja, do orgulho, da preguiça, da gula etc., deve ser destruída com o fogo. Necessitamos levantar agora dentro de nós mesmos a Jerusalém Celestial. Recordem que os cimentos da Jerusalém Celestial são 12 e que em cada um deles está escrito o nome de algum Apóstolo. Os nomes dos 12 apóstolos estão nos 12 cimentos. Essa Jerusalém deve ser edificada dentro de nós mesmos.

Mas, isso somente será possível algum dia se com o fogo destruirmos a Grande Babilônia, a mãe de todas as fornicações e abominações da terra, a cidade psi-cológica que todos nós carregamos em nosso interior. Quando o conseguirmos, edificaremos a Jerusalém Celestial aqui e agora em nós mesmos.

Repito, a base dessa Jerusalém Celestial são os 12 Apóstolos: Não estou me referindo aos que viveram há 2 mil anos, os quais são meramente simbólicos. Estou falando dos 12 Apóstolos que existem dentro de nós mesmos, as 12 partes do Ser autoconscientes e independentes. Eles são o fundamento da Jerusalém que devemos edificar em nós mesmos.

A cidade de Jerusalém tem 12 portas e em cada uma das 12 portas há um anjo que representa cada um dos 12 dentro de nós mesmos. E as 12 portas são 12 pérolas preciosas, 12 portas de liberdade, 12 portas de luz e de esplendor, 12 poderes cósmicos… A cidade toda é de ouro puro… suas ruas, avenidas e praças. O ouro do espírito que devemos fabricar na Forja dos Cíclopes. A cidade não tem necessidade de iluminação externa, de sol externo ou de lua externa, porque o Senhor é sua luz. Ele é o fogo e arderá dentro de nos mesmos.

O muro da grande cidade tem 144 codos. Se somamos estes números entre si temos: 1 + 4 + 4 = 9. Nove e a Nona Esfera, o sexo. Somente através da transmutação da energia criadora poderemos fazer o fogo arder em nós. O tamanho da cidade é de 12 mil estádios. Isto nos lembra os 12 trabalhos de Hércules necessários para se conseguir a completa Auto-Realização Íntima do Ser. Lembra-nos também os 12 anciões e os 12 Apóstolos.

No centro da cidade está a Árvore da Vida, os dez sefirotes da cabala hebraica: Kether, Chokmah e Binah são a Coroa Sefirótica. Chesed, Geburah, Tiphereth, Netzach, Hod, Jesod e Malchut são as sete regiões do Universo. A Árvore da Vida alegoriza as 12 grandes Regiões Cósmicas. Ditoso daquele que chega ao Eon-13, onde a Pistis Sophia deve permanecer sempre.

Dentro da Jerusalém Celestial encontramos também os 24 anciões que, prosternados no chão, depositam suas coroas aos pés do Cordeiro. Esse Cordeiro Imolado é o fogo que arde neste universo desde a aurora da criação, desde o amanhecer deste universo. Os 24 anciões são também vinte e quatro partes de nosso próprio Ser e o Cordeiro é o Ser de nosso Ser.

Ditoso daquele que possa se alimentar com os frutos da Árvore da Vida porque será imortal! Ditoso daquele que possa se alimentar com cada um desses frutos! Aquele que consegue de verdade se nutrir com essa corrente de vida, que vem do eon-13 até o corpo humano, jamais conhecerá enfermidades e se tornará imortal.

Porém, para alguém poder se nutrir com a Árvore da Vida, precisará antes de tudo eliminar os agregados psíquicos. Lembrem-se que os agregados psíquicos, viva personificação de nossos erros, al-teram o corpo vital e este, alterado, danifica o corpo físico. Assim, surgem as enfermidades em nós.

O que é que produz as úlceras? Por acaso, não é a ira?
O que é que produz o câncer? Por acaso, não é a luxúria?
O que é que produz a paralisia? Por acaso, não é a vida materialista, grosseira, egoísta e fatal?

As enfermidades são causadas pelos agregados psíquicos ou demônios vermelhos de Seth, vivas personificações de nossos erros.

Quando todos os demônios vermelhos de Seth tenham sido aniquilados com o fogo, quando até a nossa própria personalidade tenha sido queimada, então seremos nutridos pela Árvore da Vida. A vida descendo desde o Absoluto através dos 13 eons entrará em nosso corpo e nos tornará imortais. A saúde será recobrada e jamais se voltará a ter enfermidades.

Para nada servem os cientistas com as suas ciências de cura. Se eles curam o paciente, este volta a adoecer. É claro que o Ego mete o veneno de suas morbosidades e podridões dentro dos órgãos e os destrói. Eis aqui a origem de todas as enfermidades. As pessoas querem uma panacéia para se curar, porém enquanto tiverem o Ego vivo, serão enfermas.

Chegou a hora de entender que precisamos queimar a Babilônia dentro de nós mesmos e edificar a Jerusalém. E a Jerusalém Celestial vista de longe é como uma pedra de jaspe transparente como o cristal. Ela é a Pedra Filosofal. Ditoso aquele que consegue a Pedra Filosofal porque se transformará radicalmente e terá poderes sobre o fogo, sobre o ar, sobre as águas e sobre a terra!

Necessitamos de um cristianismo esotérico, puro. Um cristianismo vivo e não um cristianismo morto. Um cristianismo gnóstico que possa nos transformar radicalmente.

As Instituições Gnósticas, a Igreja Gnóstica e nossos estudantes gnóstico-antropológicos mostrarão à humanidade a Senda da Libertação. Mas, assim como estamos, com um Ego vivo, forte e robusto, marchamos pelo caminho do erro. Precisamos aprender a amar o fogo e a trabalhar na realidade com OS MISTÉRIOS DO FOGO!

O post O Cristo e a Semana Santa apareceu primeiro em GnosisOnline.

O camarada vestido de branco

$
0
0

Ainda que pareça incrível, o Adorável Salvador do Mundo esteve trabalhando como enfermeiro nos campos de batalha, durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.

Vamos transcrever o comovedor relato de dom Mario Roso de Luna, o insigne escritor teosófico. Este relato o encontramos no Livro que Mata a Morte ou o Livro dos Jinas, obra formidável de dom Mario. Vejamos:

“Estranhas narrações legavam a nós nas trincheiras. Ao longo da linha de 300 milhas que há desde a Suíça até o mar, corriam certos rumores, cuja origem e veracidade nós ignorávamos. Iam e vinham com rapidez, e recordo o momento em que meu companheiro Jorge Casay, dirigindo-me uma mirada estranha com seus olhos azuis, perguntou-me se eu havia visto ao “amigo dos feridos” e então me explicou o que sabia a respeito do particular.

Disse-me que, depois de muitos violentos combates, havia visto um homem vestido de branco inclinando-se sobre os feridos. As balas se acercavam dele, as granadas caíam a seu redor, porém nada tinha poder para tocá-lo. Ele era um herói superior a todos os heróis, ou algo mais grande todavia.

1 - Banner_LIvro_maior

Este misterioso personagem, a quem os franceses chamavam de O Camarada Vestido de Branco, parecia estar em todas as partes: em Nancy, em Argona, em Soissons, em Iprés… onde quer que houvesse homens falando, ali ele era mencionado.

Alguns, sem embargo, sorriam dizendo que as trincheiras faziam efeito nos nervos dos homens. Eu com frequência era descuidado em minha conversação, exclamava que para crer tinha de ver, e que necessitava da ajuda de um machado germânico que me fizesse cair por terra, ferido.

Ao dia seguinte os acontecimentos se sucederam, com grande vivacidade nesse pedaço do front. Nossos grandes canhões rugiram desde o amanhecer até a noite, e começaram de novo pela manhã. Ao meio-dia recebemos ordem de tomar as trincheiras de nosso front. Essas se achavam a 200 jardas e nem bem havíamos partido, compreendemos que nossos grossos canhões haviam falhado na preparação.

Necessitava-se de um coração de aço para marchar adiante, porém, nenhum homem vacilou. Havíamos avançado 150 jardas quando compreendemos que íamos mal. Nosso capitão ordenou nos escondermos, então precisamente fui ferido em ambas as pernas. Por misericórdia divina caí dentro de um poço.

Suponho que desmaiei, porque quando abri os olhos me encontrei só. Minha dor era horrível; porém, não me atrevi a mover-me para que os alemães não me vissem, pois estava a 50 jardas de distância, e não esperava que se apiedassem de mim. Senti alegria quando começou a anoitecer.

Havia junto de mim alguns homens que estavam passando perigo na escuridão, se tivesse pensado que um camarada estava vivo ainda. Caiu a noite e prontamente ouvi umas passadas não furtivas, senão firmes e bem repousadas, como se nem a obscuridade nem a morte pudessem alterar o sossego daqueles pés.

Tão distante estava eu de suspeitar quem fosse o que se aproximava de mim, ainda que percebi a claridade a claridade da algo branco na obscuridade, pensei que era alguma pessoa usando uma simples camisa branca, e até me ocorreu ser uma mulher demente.

Mais de improviso, com um ligeiro estremecimento, que não sei se foi de alegria ou terror, caí em conta que se tratava do Camarada Vestido de Branco, e naquele mesmo instante os fuzis alemães começaram a disparar as balas, e elas tão somente erravam o alvo branco, pois Ele levantou seus braços como em súplica e, logo os retraiu, ficando como uma dessas cruzes que tão frequentemente se vêem nas encruzilhadas das estradas francesas. Então falou. Suas palavras me pareciam familiares, porém tudo oque eu recordo foi a princípio: ‘Sim, tu tens conhecido’. ‘E o Fim.’ ‘Porém eles estão ocultos a teus olhos.’

Então, inclinou-se, colheu-me em seus braços (a mim, que sou o homem mais corpulento do regimento), e me transportou como a uma criança. Suponho que adormeci, porque quando despertei, este sentimento havia-se dissipado. Eu era um homem e desejava saber o que podia fazer por meu amigo para ajudá-Lo e servir-Lhe.

Ele estava mirando e, direção ao crepúsculo, e suas mãos estavam juntas, como se orasse, e então vi que Ele também estava ferido. Acreditei ver como uma ferida desgarrada em sua mão, e conforme orava, formou-se uma gota de sangue que caiu na terra. Lancei um grito sem poder remediar, porque aquela ferida me pareceu mais horrorosa que as que eu havia visto nesta amarga guerra.

‘Estais ferido também’, disse eu com timidez, quiçá me ouviu, quiçá o adivinhou em meu semblante, porém contestou gentilmente: ‘Esta é uma antiga ferida, porém tem me incomodado faz pouco tempo’. E, então, notei com pena, que a mesma cruel marca aparecia em seu pé.

Vos causará admiração que eu não tivesse me dado conta antes. Eu mesmo me admirei. Porém, quando eu vi seu pé, o conheci: ‘O Cristo Vivo!’ Eu havia ouvido do Capelão umas semanas antes, porém agora compreendi que Ele havia vindo a mim, a mim que o havia distanciado de minha vida na ardente febre de minha juventude.

Eu ansiava falar-lhe e dar-lhe as graças, porém me faltavam as palavras e então Ele se levantou e me disse: ‘Fica hoje ao lado da água. Eu virei a ti amanhã. Tenho algum trabalho para que faças por mim’. Em um momento marchou. E enquanto o espero, escrevo para não perder a memória dele. Sinto-me débil e só, e minha dor aumenta. Porém, tenho sua promessa, eu sei que Ele virá amanhã por mim.”

Até aqui, o relato de um soldado, transcrito por dom Mario Roso de Luna, em seu Livro que Mata a Morte. Este fato concreto está demonstrando até a saciedade que Jesus ainda vive com o mesmo corpo físico que usou na Terra Santa.

Samael Aun Weor, Mensagem de Aquário

O post O camarada vestido de branco apareceu primeiro em GnosisOnline.

Magia prática do açafrão

$
0
0

Estimados amigos, realmente o poder desta planta, o açafrão, excede nosso entendimento. Existe uma prática esotérica que podemos usar, caso estejamos desempregados (ou mesmo com problemas de administrar nosso salário, nosso dinheiro, para termos uma melhor educação financeira, para tomarmos consciência da real importância do dinheiro como instrumento social), que é precisamente a magia elemental do açafrão.

Existem Hierarquias Angélicas que estão intimamente relacionadas com a energia do açafrão, e esta energia do açafrão tem ligação direta, conforme vimos no texto acima do VM Samael Aun Weor, com o trabalho, com emprego, com o sustento nosso e de nossa família. São estas hierarquias que nos ajudam quando estivermos necessitados.

Primeiramente, é necessário comprar, em um mercado ou feira, o verdadeiro açafrão [muito usado pelos espanhóis para a confecção da paella, que são os pistilos da flor de açafrão (o preço desses pistilos é relativamente caro, mas vale a pena tê-los)].

Os pistilos do açafrão você deverá colocá-los em um saquinho e tê-los sempre em sua carteira, bolsa ou mesmo em seu altar de orações. O procedimento para a prática dessa magia é o seguinte:

Em seguida, tendo o açafrão na mão direita, encoste-o no coração, ore ao Cristo e à Mãe Divina, suplicando-lhes que invoquem os Anjos do Açafrão. E após, ore a esses Anjos do Açafrão para que lhe concedam um emprego ou uma profissão que dê a você um sustento digno.

Você deve realizar a prática diariamente, sempre pedindo permissão e ajuda ao Cristo e à Mãe Divina e depois orando aos Anjos do Açafrão por emprego, estabilidade financeira, uma vida material equilibrada etc.

Sugestão de oração

“Meu Pai e minha Mãe, meu Deus e minha Senhora.

Rogo-vos, suplico-vos, imploro-vos,

Que me deis permissão e me ajudeis a invocar os santos Anjos do Açafrão.”

Em seguida, ore aos Anjos do Açafrão, mentalmente, suplicando-lhes da seguinte maneira (esta é somente uma sugestão, que você poderá usá-la conforme suas reais necessidades):

“Sagrados Anjos do Açafrão.

Regentes dos movimentos financeiros do mundo.

Suplico-vos uma ajuda especial… Em nome do Cristo, pelo Amor do Cristo e pela Majestade do Cristo.

Necessito, em nome da Caridade Universal, um emprego/profissão/trabalho (aqui se solicita com mais exatidão suas reais necessidades), para que eu tenha um trabalho digno, com estabilidade e harmonia financeira.

Em nome de Cristo, pela Majestade de Cristo e pelo Poder de Cristo.

(Para finalizar, você pode vocalizar ou mentalizar o mantra sagrado AOM por 3 vezes, para que seu pedido se materialize, de acordo com a Vontade de Deus.)

AAAAAAAOOOOOOOMMMMMMM…

AAAAAAAOOOOOOOMMMMMMM…

AAAAAAAOOOOOOOMMMMMMM…

(Finalmente, agradeça às Hierarquias invocadas por toda a ajuda recebida.)

Os pistilos da flor de açafrão são os órgãos sexuais femininos dessa planta. São usados na culinária mediterrânea há milênios, e sua energia vital é poderosa

O post Magia prática do açafrão apareceu primeiro em GnosisOnline.

Grandes alquimistas gnósticos

$
0
0

Entre os filhos da Ciência Mãe, a Alquimia, os que mais se aproximaram do “segredo indizível do Grande Arcano” foram os mestres abaixo citados. Estes veneráveis alquimistas, no entanto, não se atreveram a rasgar ou profanar o Véu do Santuário.

Esse Artifício, que constitui o secretum secretorum, o magnum misterium, requer a ajuda de um “agente oculto”, de um fogo secreto, o qual os escritores alquimistas apenas mencionaram e cuja revelação ultérrima ficou reservada ao Venerável Mestre Samael Aun Weor, o Grande Iluminado encarregado de entregar todos os segredos indizíveis da magnum opus.

O Leão Verde (o Íntimo) trabalhando na Grande Obra do Sol e da Lua

O segredo alquímico revelado por Samael é o fundamento da Pedra Filosofal, o Elixir da Longevidade e a Cornucópia da Abundância. Todos os Mestres, para chegarem à Ressurreição, tiveram de encarnar esse conhecimento, tiveram de conquistar a Pedra Filosofal, com a qual podem desafiar os enigmas do tempo.

Nos dias de hoje, muitas pessoas que agora andam por aqui, por ali e acolá, tiveram veículos físicos na antiga terra dos Faraós, e, se eles tivessem seguido pelo caminho das Santas Revalorizações do SER DIVINO, se conhecessem e colocassem em prática os segredos da Alquimia, poderiam chegar a adquirir a imortalidade aqui e agora mesmo, mediante o intercâmbio atômico da alta física nuclear, desconhecida para os sábios e físicos atômicos deste século 21 e principalmente do século passado.

Vamos, a título de reflexão, conhecer a vida e obra de alguns dos maiores Iniciados que conheceram e vivenciaram a Senda da Iniciação e a revestiram com a roupagem alegórica da Alquimia.

RAIMUNDO LULIO

Ou Ramón Llull, mais conhecido como Raimundo Lulio (Dr. Iluminação), foi discípulo de Arnoldo de Vilanova. Nasceu em Palma de Maiorca em 1234. Durante os primeiros 30 anos levou uma vida dissoluta e vazia. A morte da mulher amada comoveu-o profundamente.

Raimundo Lulio incomodava-se com a negação da imortalidade do homem e dedicou-se apaixonadamente a refutar Averróis, desprendendo o mesmo entusiasmo na conversão dos maometanos. Morreu no ano de 1315.

O teólogo acreditava na Astrologia; ensinou em Palma de Mallorca, Paris e Montpellier, e sua doutrina está tão identificada com os ensinamentos gnósticos e árabes, que pode ser considerado como um dos profetas da Arte Alquimista. Do mesmo modo que seu colega Arnoldo de Vilanova, acreditava na efetividade da Pedra Filosofal.

Raimundo Lulio, em seu livro Clavículas, diz: “Por isso os aconselho que não obreis com o Sol (homem) e com a Lua (mulher) senão depois de havê-los levado a sua matéria-prima (energia sexual) que é o enxofre e o mercúrio dos filósofos. Ó filhos meus! Aprendei a servir-vos dessa matéria venerável, porque vos advirto, sob fé de juramento, de que se não sacais o mercúrio desses metais, trabalhareis como o cego na obscuridade e na dúvida. Por isso, ó filhos meus, vos conjuro a que marcheis até a Luz com os olhos abertos e não caiais como cegos no Abismo”.

NICOLAS FLAMEL


Nasceu em Paris e viveu de 1330 a 1418. Arquiteto da igreja parisiense de St. Jacques, de simbolismo hermético, da qual resta apenas sua famosa torre. Estudando o manuscrito alegórico de Abraão, o judeu, converteu-se num autêntico Mestre Alquimista.

Em sua obra O Livro das Figuras Hieroglíficas, surgido em 1669, consta como conseguiu o manuscrito: “Quando faleceram meus pais, tive de ganhar o pão escrevendo; naquele tempo adquiri um livro dourado, muito velho e volumoso.

O livro compunha-se de três fascículos de sete folhas cada um e a sétima folha de cada um aparecia em branco. Na primeira folha via-se um báculo em torno do qual apareciam enroscadas duas serpentes; na segunda, uma cruz da qual pendia outra serpente e na sétima podia ver-se um deserto, no centro do qual brotavam formosas fontes; porém delas não saiam água senão serpentes que se arrastavam em todas as direções.

Na fachada do livro, lia-se: “Abraão o Judeu, príncipe, sacerdote, levita, astrólogo e filósofo”. Na terceira folha explicava-se como se transformavam os metais. Junto ao texto reproduziam-se dois recipientes, davam as cores e todos os detalhes, exceto a Pedra Filosofal, a qual aparecia reproduzida com grande arte e forma tal que cobria por completo as páginas quatro e cinco”. Posteriormente, Flamel mandou colocar essas figuras no cemitério parisiense dos inocentes.

Dos relatos houve um que o impressionou bastante: “Um rosal florido no meio do jardim; no solo junto às rosas uma fonte da qual emanava água branquíssima, que logo a uma distância respeitável precipitava-se num abismo. Muitas pessoas cavavam ao longo de seu curso, com as mãos na terra, tratando de encontrar a fonte, porém não conseguiam êxito porque eram cegas; somente um foi capaz – ele encontrou a água”.

Esta é realmente uma das maiores simbologias Alquimistas, pois expressa claramente o significado do Grande Arcano. A rosa indica a cristalização dos corpos solares. A fonte simboliza a transmutação; é a fonte da água viva da qual falava Jesus. A humanidade inconsciente busca essa fonte e apesar de tê-la tão perto não a encontra; a água é desperdiçada, caindo nos abismos.

Somente o adepto, o Iniciado, é o único capaz de valorizar as águas seminais. Flamel finalmente conseguiu captar o sentido dos processos, porém seguia sem compreender o processo da matéria prima. Consultou então sua esposa Perenelle, a qual imediatamente dedicou-se com idêntico fervor a estudar o misterioso livro.

Com isto, Nicola Flamel nos indica que é necessária a mulher para realizar a Grande Obra.

Marchou logo em peregrinação até o sepulcro do apóstolo Santiago, na Espanha, encontrando-se com o Mestre Canché, o qual indicou-lhe os fundamentos do Magistério. Flamel narra sua Iniciação da seguinte maneira: “Todavia trabalhei uns três anos, até que finalmente encontrei o elixir (havia trabalhado 21 anos) que imediatamente se reconhece por seu forte odor. Primeiro o projetei sobre uma libra e meia de mercúrio e obtive desse modo igual quantidade de prata; isso ocorreu em minha casa, estando presente unicamente minha esposa Perenelle; mais tarde, atendo-me escrupulosamente a cada palavra de meu livro, projetei a pedra vermelha sobre uma quantidade quase igual de mercúrio na mesma casa e de novo estava presente minha esposa Perenelle. Realizei a obra por três vezes com a ajuda de Perenelle, pois como havia-me ajudado no trabalho, o entendia exatamente como eu”.

Flamel provocou entusiasmo com seu livro, tendo o mesmo sido reimpresso ininterruptamente durante os séculos 15, 16 e 17, e incluído nas obras completas da Alquimia.

Para o Mestre Fulcanelli, a peregrinação de Flamel é uma alegoria mui hábil e engenhosa do labor alquímico e representa a viagem simbólica que deve realizar todo Iniciado ou Alquimista; e que o manuscrito de Abraham, o judeu, tão desconhecido, parece que é uma invenção do Grande Adepto, destinada a instruir aos discípulos de Hermes (Moradas Filosóficas, págs. 338 a 355).

BASILIO VALENTIN

Segundo a tradição, foi um dos maiores Alquimistas de todos os tempos. Foi Beneditino alemão, viveu em Erfust em princípios do século 15; alcançou sua máxima difusão dois séculos mais tarde ao ser impressa sua obra As Doze Chaves, todavia muitos historiadores consideram mítico a este personagem.

“O primeiro agente magnético empregado para preparar o dissolvente que alguns chamaram Alkaest, recebe o nome de Leão Verde, devido não tanto à sua coloração senão pelo fato de não haver adquirido todavia os característicos minerais, que distingue quimicamente o estado adulto do estado nascente.” (Basílio Valentino)

É o embrião de nossa Pedra de nosso Elixir; alguns adeptos, entre eles Basílio Valentin, o chamaram Vitríolo Verde, para expressar sua natureza quente, ardente e salina.

“Nossa água toma o nome de todas as folhas das árvores, das próprias árvores e de tudo o que apresenta a cor verde, a fim de enganar aos insensatos” – disse o Mestre Arnoldo de Vilanova.

Basílio Valentin dá o seguinte conselho: “Dissolva e alimente o verdadeiro Leão com o sangue do Leão Verde, pois o sangue fixo do Leão Vermelho é feito do sangue volátil do Verde, porque ambos são da mesma natureza” (O Mistério das Catedrais). Em seu livro Azoth descreve de forma cifrada os meios para a produção da Pedra Secreta. Pela forma que se expressa, deduz-se que se trata da fórmula do Vitriolo (Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem – VITRIOL).

Essa frase quer dizer: Investiga o interior da Terra, a qual retificando, encontrarás a pedra secreta. Em seu livro Testamentum, Basílio Valentin assinala as excelentes propriedades e as raras virtudes do Vitriolo: “É um notável e importante mineral a que nenhum outro na natureza poderia ser comparado, porque o Vitríolo se familiariza com todos os demais metais mais que todas as demais coisas. Alia-se intimamente com ele, pois de todos os demais metais pode obter-se um Vitríolo ou cristal, já que se conhecem como uma só e a mesma coisa.

O Vitríolo é preferível aos outros minerais e deve conceder-se-lhe o primeiro lugar depois dos metais. Pois embora todos os metais e minerais estejam dotados de grandes virtudes, o Vitríolo é o único suficiente para fazer-se a Bendita Pedra, o que nenhum outro no mundo poderia conseguir por si só. A este propósito digo que é preciso que imprimas vivamente este argumento em teu espírito, que dirijas por inteiro teus pensamentos ao Vitríolo metálico e que recorde que confiei-te este conhecimento, de que se pode de Marte (homem) e Vênus (mulher) fazer um magnífico Vitríolo, no qual os três princípios se encontrem e que servem para o nascimento e produção de nossa Pedra” (Moradas Filosofais. Págs. 483 e 484).

CORNÉLIO AGRIPPA

Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim, nasceu em Colônia, em 1486, e faleceu em Grenoble, em 1535. Estudou em quatro faculdades, aprendendo idiomas, direito e ciências ocultas.

Fundou em Paris uma sociedade secreta juntamente com alguns jovens franceses, que se estendeu pela França, Itália, Alemanha e Inglaterra. Escreveu livros sobre a história da Igreja e biografias. Uma de suas obras é Os Sete Conceitos, livro eminentemente gnóstico. Em sua opinião há sete anjos que correspondem aos sete planetas e cada um deles governa como segunda causalidade, ao longo de uma época calculada segundo critério cabalístico, por ordem de Deus – primeira causalidade.

Estes sete conceitos dos quais fala Agrippa são as sete esferas vinculadas a sete planetas e simboliza sete princípios, sete estados diferentes da matéria e do espírito, sete mundos diversos de cada homem e cada humanidade, que é obrigada a evoluir dentro de um sistema solar.

Os sete Gênios ou sete Deuses Cosmogônicos significam os Espíritos Superiores dirigentes de todas as esferas, e são os sete Devas da Índia, os sete Amsha Spands da Pérsia, os sete grandes Anjos da Caldeia, os sete Anjos do Apocalipse cristão. Manifestam-se também na constituição do homem, que é triplo em sua essência porém sétuplo em sua evolução. Escreveu um livro contra feitiçaria. Conheceu Magia, Cabala e Astrologia, bem como a transmutação dos metais mediante a Pedra Filosofal, a qual chamava Alento de Deus Petrificado e a considerava encarnação de todas as almas penetrantes do mundo.

Agrippa disse que não é fora de nós onde devemos buscar o princípio das grandes obras, pois em nós habita um Espírito que muito bem pode realizar aquilo de que são capazes os matemáticos, magos, alquimistas. Seguindo a doutrina de seu amigo e promotor Trithemus, acreditava que o espírito que habita em nós é a Alma-Espírito-Universal que anima a todos os corpos.

Para saber mais sobre Cornélio Agrippa, leia sua obra Três Livros de Filosofia Oculta.

PARACELSO

Famoso alquimista, um dos Mestres mais exaltados da Venerável Loja Branca, pertence ao raio da Medicina, assim como Hipócrates, Galeno e Hermes. Chamava-se Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim.

Muito jovem foi enviado à escola dos Beneditinos do Monastério de San Andrés, para sua formação religiosa e aí foi onde travou amizade com o Bispo Eberhard Baumgaster, o qual era considerado como um dos alquimistas mais notáveis de seu tempo; passou logo a Basileia, onde fez grandes progressos nos estudos de Ciências Ocultas.

Naqueles tempos era impossível dedicar-se à Medicina sem conhecer profundamente a Astrologia. Havia lido as obras do Eclesiástico Tritêmio, que tanto o atraiu que decidiu se mudar para Wurzburg, lugar onde permanecia o sábio eclesiástico em comunhão com seus discípulos. Tritemius ou Tritêmio afirmava que as forças secretas da Natureza estavam confiadas a seres espirituais.

Tinha muitos discípulos e os dignos eram admitidos em seu laboratório, onde realizava toda classe de experimentos alquímicos e mágicos; era ao mesmo tempo grande conhecedor de Kabala por meio da qual havia dado profundas interpretações às passagens proféticas e místicas da Bíblia; por isso colocava as Santas Escrituras acima de todos os estudos, devendo seus alunos dedicar-lhe toda atenção e amor. Isso influiu em Paracelso pelo resto da vida já que posteriormente o estudo da Bíblia foi uma das tarefas que ocupou-o mais intensamente.

Em seus escritos encontramos o testemunho de seu perfeito conhecimento da linguagem e do significado esotérico da Bíblia. Paracelso ensinou que a Alquimia não tem por objetivo exclusivamente a obtenção da Pedra Filosofal; a finalidade da Ciência Hermética consiste em produzir essência soberana e aplicá-la devidamente na cura das enfermidades. Considerava, com base na própria Divina Criação, que toda substância dotada de vida orgânica continha grande quantidade de potência curativa.

Os metais, as pedras e suas variações trazem em si mesmos a quinta-essência, assim como os corpos orgânicos e embora sejam considerados sem vida para diferenciá-los dos animais e plantas, contém essências de corpos que viveram.

Paracelso expôs a teoria dos Três Princípios; afirmava que cada substância ou matéria em crescimento estava formada por Sal, Terra, Enxofre, fogo, mercúrio e água. A força vital consiste na união dos três princípios, havendo sempre uma ação tripla para cada corpo: a purificação por meio do sal, a dissolução e consumação pelo enxofre e a eliminação pelo mercúrio.

CONDE DE SAINT-GERMAIN

Saint-Germain é o Senhor do Raio Violeta, que é a mistura harmoniosa do Azul do Cristo com o Vermelho de Samael (era isso que o VM Samael Aun Weor ensinava, quando lhe perguntavam sobre quem é o Conde). É um dos alquimistas mais conhecidos. Não somente se dava ao luxo de fabricar ouro, pois dizia que isso qualquer alquimista sabia, por isso preferia fabricar pedras preciosas, principalmente diamante.

Segundo o VM Samael Aun Weor, este alquimista é na verdade o Mestre RAKOCZI, Roger Bacon, Francis Bacon. Este Mestre pertence ao raio de Júpiter e juntamente com outros Mestres está atualmente vivendo em Shamballa, santuário do Tibet oriental, em estado de jinas; possui o mesmo corpo físico com o qual foi conhecido durante os séculos 17, 18 e 19, em todas as cortes da Europa. Este Mestre venceu a morte.

É um Mestre realizado com a MAGIA SEXUAL, rejuvenescendo à vontade; desaparecia e aparecia instantaneamente quando menos se esperava. Fazia-se passar por morto, entrando no sepulcro, para logo escapar com seu corpo em estado de Jinas.

Saint Germain tem o dom das línguas. Fala corretamente todos os idiomas do mundo; foi conselheiro de reis e sábios; lia cartas fechadas; transmutava o chumbo em ouro e o carvão em diamantes; dizia ter mais de 3 mil anos. Trabalhou intensamente com o Arcano AZF, ou seja, a Magia Sexual, e a isso deve seus poderes, recebendo o Elixir da longa vida. Foi Mestre de Cagliostro.

CAGLIOSTRO

Foi o melhor discípulo de Saint-Germain, viveu na época de Jesus Cristo, amigo de Cleópatra, no Egito, e trabalhou para Catarina de Medici.

Esse Mestre foi conhecido em diversos lugares do mundo, usando um nome num país e às vezes mudava-o em outro país. Foi conhecido com os nomes de Tischio, Milissa, Belmonte, Marquês Danna, Conde Fênix, Marquês Pellegrine, Marquês Bálsamo, Mésmer, Harut e Conde Cagliostro, segundo consta no famoso processo sobre O Colar da Rainha, título de uma obra de Alexandre Dumas.

Foi Alquimista, transmutava o chumbo em ouro e fabricava diamantes legítimos. Com sua ciência da Pedra Filosofal, salvou a vida do Príncipe Bispo de Estrasburgo, Cardeal Rohan. Teve muitos discípulos alquimistas em Estrasburgo.
Caglostro, um grande mestre maçom

Este é o Selo de Cagliostro, onde se veem as duas bases da Sabedoria Gnóstica: a serpente, que simboliza a Santa Alquimia, e a Seta, a qual atinge a serpente, e isso representa a Morte do Desejo, a Morte do Ego. Ou seja, o Nascer e o Morrer

Pelo escândalo sobre o Colar da Rainha, em 15 agosto de 1785 foi detido juntamente com o Cardeal Rohan e encerrados ambos na Bastilha. O escândalo foi de tal magnitude que o povo indispôs-se contra Maria Antonieta e Luís XVI, sendo uma causa a mais para a destruição da Monarquia.

Depois de espetacular processo, em 31 de maio de 1786, Cagliostro e o Cardeal foram considerados inocentes e postos em liberdade. Uma procissão de 5 mil pessoas acompanhou o Mago até Boulogne e permaneceu devotamente de joelhos enquanto o barco que o conduzia à Inglaterra afastava-se.

De Londres pronunciou a grande maldição contra seus perseguidores e anunciou a destruição da Bastilha, feito que se cumpriu em 14 de julho de 1789, quando ele estava vivendo em Roma.

A Inquisição romana condenou-o à morte, pena que foi comutada para prisão perpétua na fortaleza de San Leo, porém o enigmático Conde Cagliostro desapareceu da prisão misteriosamente; nem a prisão nem a morte puderam contra ele; todavia vive em seu mesmo corpo físico, porque quando um Mestre “tragou terra” no sepulcro – segundo a simbologia esotérica – é senhor dos vivos e dos mortos.

Cagliostro tentou regenerar a Maçonaria, tentando aflorar a essência iniciática dessa instituição. Esse venerável mestre tentou, em vão, adicionar mulheres dentro da Nobre Escola e ensinar a Santa Alquimia a seus membros, porém, foi rechaçado, caindo essa instituição em grande entropia.

Ninguém pode chegar a essas alturas Iniciáticas sem a prática secreta da Magia Sexual. Muitos foram os sofrimentos dos Grandes Iniciados antigos e foram muitos os que pereceram nas provas secretas quando aspiravam o Segredo Supremo do Grande Arcano. Porém atualmente, o Venerável Mestre Samael Aun Weor entregou publicamente – pois já é o momento – o Arcano AZF, para que a humanidade possa livrar-se da Roda do Samsara.

FULCANELLI


As obras de Fulcanelli eram livros de cabeceira do VM Samael Aun Weor. É um mestre Alquimista dos tempos atuais. A obra A Rebelião dos Bruxos, escrita por Jacques Bergier e Louis Pawels é um golpe à consciência das grandes multidões ávidas para conhecer o que há além de nossos sentidos físicos e qual é esse conhecimento que permanece oculto e velado.

Nesta obra começa a abrir-se o véu das antiquíssimas e avançadas civilizações que desapareceram, muitas delas deixando para a posteridade apenas lendas ou ruínas destruídas e que intrigaram os que vêem além da letra morta; porém, o que nossa civilização herdou é apenas simbolismo, tocando às Escolas Iniciáticas e aos Grandes Mestres fazer a revelação do mesmo.

Na Rebelião dos Bruxos começa-se a conhecer esse misticismo enigmático e oculto dos antigos alquimistas; a leitura deste livro inicia a busca das obras dos mestres Fulcanelli e Lobsang Rampa, ambos fontes de luz na obscuridade do conhecimento.

O Mestre Fulcanelli afirma: “A Alquimia, remontando-se do concreto ao abstrato, do positivismo material ao espiritualismo puro, amplia o campo dos conhecimentos humanos, das possibilidades de ação e realização da União de Deus e da Natureza, da Criação e do Criador, da Ciência e da Religião.

A Ciência Alquímica não se ensina. Cada um deve aprendê-la por si mesmo, não de maneira especulativa, senão com a ajuda de um trabalho perseverante, multiplicando os ensaios e as tentativas, de maneira que se submetam sempre as produções do pensamento ao controle da experiência”.

Esse insigne Mestre, em linguagem alegórica, na qual encontramos amplos e profundos conhecimentos da doutrina Gnóstica, mui ocultamente nos entrega o Grande Arcano: “O Alquimista deve unir-se a esta Virgem em corpo e alma, em Matrimônio Perfeito e indissolúvel a fim de recobrar com ela o Andrógino Primordial e o estado de Inocência” (Moradas Filosofais, pág. 22).

“Na segunda janela, não deixa de suscitar curiosidade uma cabeça rubicunda e lunar, coroada por um falo; descobrimos nela a indicação expressiva dos Dois Princípios cuja conjunção engendra a Matéria Filosofal. Esse Hieroglífico do agente e do paciente, do Enxofre e do Mercúrio, do Sol e da Lua, pais filosóficos da Pedra, é suficientemente eloquente para ministrarmos a explicação.” (Moradas Filosofais, pág. 233).

Revela os segredos das Catedrais Góticas, resumindo que toda a Verdade, a Filosofia, a Religião, está baseada na Primeira Pedra, sobre a qual repousa toda a estrutura do Templo e é este mesmo Arcano o que se encontra nas Pirâmides do Egito, Templos da Grécia, Catacumbas Romanas e Basílicas Bizantinas.

Apresenta a Catedral fundada na Ciência Alquímica, investigadora das transformações da Substância Original (Energia Sexual) da Matéria Elemental. Pois a Virgem Mãe despojada de seu véu simbólico (o Véu de Ísis), não é mais que a personificação da Substância Primitiva que empregou para realizar seus desígnios o Princípio Criador de tudo o que existe. Maria, Virgem e Mãe representa pois a Forma; o Deus Sol Pai é o emblema do espírito Vital.

Da união destes dois princípios resulta a matéria viva, submetida às vicissitudes das Leis de Mutação e Continuidade. Surge então Jesus, o Espírito Encarnado, o fogo que toma corpo nas coisas; tal como conhecemos: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós”. (Mistérios das Catedrais, pág. 85).

Afirma esse grande Mestre Alquimista: “Tudo quanto buscam os sábios está no Mercúrio (Energia Sexual) ou melhor, na Pedra (sexo); a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se comenta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio tomado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara).

Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial ou habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado; sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primeiros obstáculos e extraíram Água Viva da antiga Fonte, possuem a Chave capaz de abrir as portas do Laboratório Hermético” (Moradas Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302).

As almas divina e humana orientadas pelo Íntimo, o Pai

FINALMENTE

Muito mais Iniciados e Iluminados poderíamos enumerar neste texto, comentar sobre os grandes Alquimistas egípcios (como Hermes Trismegisto), chineses (Fu Xi), árabes (Al Ghazali) e mesmo entre os europeus (Tritemo, Alberto Magno, Khunrath, Eliphas Levi etc.).

No entanto, é seguro que os acima mencionados já servirão de base para que o pesquisador do GnosisOnline verifique por si mesmo, através da reflexão e da meditação, que a sabedoria gnóstica está entregando a toda a humanidade, a todos os seres humanos de puro e nobre coração, os Grandes Segredos que poderão mudar, alterar e revolucionar toda a sua vida. Tanto material, quanto espiritualmente.

O post Grandes alquimistas gnósticos apareceu primeiro em GnosisOnline.

Viewing all 2372 articles
Browse latest View live