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Nêmesis – O sol negro

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Suponha que o nosso Sol não estivesse sozinho, mas tivesse uma companheira. Ou seja, que nosso sistema solar fosse um sistema binário. Suponha que esta estrela companheira se movesse em uma órbita elíptica, com distância solar variando entre 90 mil u.a. (1,4 ano-luz) e 20 mil u.a., e um período de 30 milhões de anos.

Suponha também que essa estrela seja escura ou, pelo menos, de brilho muito tênue e, portanto, ainda invisível para nós. Ou então, como afirmam Iniciados da estirpe de um Rudolf Steiner ou um Samael, que esse Sol fosse de matéria astral.

Isso significaria que a cada 30 milhões de anos essa estrela hipotética companheira do Sol passaria através da Nuvem de Oort (uma nuvem de protocometas hipotética a uma grande distância do Sol).

Durante tal passagem, os protocometas na Nuvem de Oort seriam perturbados. Algumas dezenas de milhares de anos depois, aqui na Terra, perceberíamos um aumento dramático de cometas, ampliando também o risco de nossa Terra colidir com os núcleos de um desses cometas.

Examinando-se os registros geológicos da Terra, parece que uma vez a cada 30 milhões de anos, aproximadamente, a vida em nosso planeta sofreu uma extinção maciça. A mais conhecida de todas essas extinções é, por certo, a dos dinossauros, há 74 milhões de anos. Daqui a cerca de 15 milhões de anos, segundo esse hipótese, deverá ocorrer uma gigantesca extinção da vida na Terra.

A hipótese de uma “mortífera companheira” do Sol foi sugerida, em 1987, por Daniel P. Whitmire e John J. Matese, da Universidade de Southern Lousiana. Foi até mesmo chamada de Nêmesis. O fato curioso sobre a hipótese do Sol Negro Nêmesis é que não há qualquer prova dita “científica”, além das experiências esotéricas de grandes iluminados, além das tradições mitológicas de seitas que “cultuavam” o Sol Negro. Nem precisaria que sua massa ou brilho fosse muito grande – uma estrela muito maior ou de menor luminosidade que o Sol seria suficiente, até mesmo uma estrela anã (um corpo semelhante a um planeta com massa insuficiente para começar a “queimar hidrogênio” como uma estrela).

É possível que essa estrela já exista em um dos catálogos de estrelas fracas sem que qualquer pessoa tenha percebido algo peculiar, isto é, o enorme movimento aparente dessa estrela em relação a outras estrelas mais afastadas (i.e., sua paralaxe). Se tal estrela fosse encontrada, poucos teriam dúvida em considerá-la a causa básica das maciças extinções da vida em nosso planeta.

Mas essa “estrela da morte” também evoca uma força mítica. Se algum antropólogo de uma geração anterior à nossa tivesse ouvido tal história de seus informantes, certamente usaria palavras como “primitivo” ou “pré-científico” para registrá-la. Considere seriamente a história abaixo.

Há outro Sol no céu, um Sol-Demônio, Anticrístico, que não podemos ver. Há muito tempo, o Sol-Demônio atacou nosso Sol. Caíram cometas e um terrível inverno cobriu a Terra. E a vida foi quase toda destruída. O Sol-Demônio atacou muitas vezes antes. E tornará a atacar de novo.

Isso explica por que alguns cientistas pensaram que a hipótese de Nêmesis fosse algum tipo de piada ao ouvirem sua história pela primeira vez – um Sol invisível atacando a Terra com cometas parece loucura ou mito. Ainda assim, sempre corremos o risco de uma decepção. Por mais especulativa que seja a “teoria”, ela é séria e respeitável, porque sua ideia principal é verificável: você pode encontrar essa estrela e examinar suas propriedades.

Esoterismo do Sol Negro

O VM Samael Aun Weor afirmava a existência e a realidade desse Sol Negro, irmão gêmeo do Sol que nos ilumina e dá vida. Samael ensina o seguinte:

“Há dois tipos de ‘integração’, podemos nos integrar ao Ser e essa é a Integração Cósmica, a Cristalização Cósmica. E há outra integração, meus queridos irmãos. É a Integração Negativa; os que integram o Ego se convertem em demônios terrivelmente perversos, os há: os Magos Negros que o têm cristalizado… Os Magos Negros que rendem culto a todas as Partes do Ego, que o reuniram em si mesmos, que o integraram totalmente. Essa é uma integração negativa, a integração do Ego.

Há escolas que rendem culto ao Ego e que não querem desintegrar o Ego, que o veneram como anjo… que consideram os distintos agregados psíquicos como valores positivos, maravilhosos, e que cuidam dele. Esses equivocados integram o Ego e se convertem em tenebrosos! Sumamente fortes! Magos das trevas! Há deles no Sol Negro, que é por oposição a antítese do Sol que nos ilumina; os há nas entranhas do submundo; os há em Lilith, a Lua Negra… São cristalizações equivocadas, integrações negativas.

Símbolo do Sol Negro, trazido pelos tenebrosos monges Anagarikas do Tibete. Esses altos sacerdotes pertencem à Ordem Dag-Dugpa, o polo contrário da Sagrada Ordem do Tibet (a ordem esotérica mais antiga do planeta Terra, encabeçada por Bhagavan Aclaiva)

Também existe um Sol Negro, que é o contrário do Sol Branco, e está feito de matéria astral. Esse Sol Tenebroso é a sede de terríveis e malvados seres. O Diamante Negro está influído por esse Sol Tenebroso. Orhuarpa estabeleceu o culto ao Sol Tenebroso na Atlântida e essa foi a causa do Dilúvio Universal e do afundamento da Atlântida.

No coração desse Sol moram seres de uma malignidade terrivelmente desconcertante. Seres tão monstruosos como jamais poderíamos imaginar. Um terrível abismo conduz ao coração desse sol.”

Até aqui, as terríveis palavras do VM Samael Aun Weor sobre o Sol Negro.

O Nazismo e o Culto ao Sol Negro

Estudar os acontecimentos que terminaram por desencadear a Segunda Guerra Mundial e a atual Nova Ordem Mundial é muito relevante para os estudantes gnósticos. Isso nos leva a compreender como se encontra a sociedade moderna e todos os seus instrumentos de repressão, políticos, sociais, imprensa, materialismo, valores diversos etc.

Obviamente, o tema nazismo é muito delicado, e tratá-lo de forma imparcial é bastante difícil. Não iremos tratar das implicações políticas especificamente, mas sobre o lado dito oculto, esotérico, que envolveu o nascimento, apogeu e queda do III Reich.

Muitos livros e documentários foram produzidos sobre o tema Ocultismo Nazista. Ordens secretas, iniciados, magos brancos, magos negros, complôs para controlar o mundo, luta entre o bem e o mal etc. Onde está a verdade por trás disso tudo? Onde há fantasias? E a Gnose de Samael, o que tem a dizer sobre esse tema tão complexo?

Depois do afundamento da Atlântida, o Culto ao Sol Tenebroso se estendeu por diversos lugares, tais como a África, Norte da Europa, Pérsia (culto a Ahrimã) e, especialmente, no Tibet. A seita negra dos Dugpas, polo contrário da Grande Fraternidade Branca do Tibete, exportou esse culto para a Europa em meados do século 20, quando pesquisadores nazistas estiveram na Ásia em busca da misteriosa cidade perdida de Shamballah. Diversos exploradores nazistas, entre eles Wilhelm Landig, Rudolf J. Mund e Jan van Helsing, confundiram o Culto ao Sol Sagrado dos Mestres da Luz com o Culto ao Sol Negro, dos Dugpas.

Salão dos Rituais Negros, localizado no Castelo de Wewelsburg, sede esotérica da SS nazista
Salão dos Rituais Negros, localizado no Castelo de Wewelsburg, sede esotérica da SS nazista

No coração do Nacional Socialismo (nazismo), Heinrich Himmler, Reichsführer-SS (líder supremo das SS) e chefe da polícia alemã, um dos braços direitos de Adolf Hitler, em seus desmesurados delírios de grandeza, abraçou o culto ao Sol Tenebroso com um fanatismo nunca antes visto naquele terrível período de nossa história recente.

Himmler foi praticamente o sumo sacerdote do culto ao Sol Negro (Schwarze Sonne). Os rituais efetivados no Castelo de Wewelsburg, sede das SS, foi definitivamente, a causa esotérica do afundamento, derrota e destruição do nazismo, devido a que ali se atraiu uma energia extremamente pesada e negativa, esotericamente falando…

Na sala que vemos ao lado, Himmler reunia-se com 12 líderes das SS (os 12 Gruppenführers), “altos iniciados” das SS, no Castelo de Wewelsburg, e efetuava rituais tenebrosos ao redor do símbolo do Sol Negro.

O chefe de Inteligência das SS, Walter Schellenburg, certa vez comentou o que havia visto no castelo: “Aconteceu que eu entrei acidentalmente no quarto e vi esses 12 líderes SS sentados ao redor de um círculo, todos submergidos em profunda e silenciosa contemplação; foi de fato uma visão notável.”

Mas como se iniciou o interesse dos nazistas pelo Sol Negro?

A Sociedade de Estudos para a Antiga História do Espírito (Deutsche Ahnenerbe), mais conhecida como A Herança dos Ancestrais, foi criada no dia 1º de julho de 1935. Em seus primórdios, funcionou como um Instituto de Investigações avançadas das SS para logo se tornar independente. Seus mentores foram Henrich Himmler, Herman Wirth e Walter Darre.

Havia 43 departamentos da Ahnenerbe, dos quais um era bastante insólito, era aquele que se dedicava a atividades ocultistas. Os interesses dessa verdadeira confraria, altamente seleta, versavam sobre a busca do Santo Graal, escavações de vestígios atlantes, exploração e contato com as culturas místicas do Tibete, práticas de yoga, estudos de antigos cultos pagãos, viagens ao interior da Terra para comprovar se esta é realmente oca etc. O grande líder dessa seção, depois de Himmler, era Friederich Hielscher, um homem enigmático e do qual há poucos dados.

Hielscher impulsionou a famosa expedição ao Tibete (1938-39). A missão foi comandada pelo antropólogo Ernst Schäfer, acompanhado por cinco sábios alemães e 20 membros das SS.

Sob o lema “Encontro da suástica ocidental com a oriental”, conseguiram estabelecer contatos políticos de alto nível com o governo tibetano que se manifestaram, entre outros, na declaração oficial de amizade intitulada Qutuqtu de Rva-sgren. O regente tibetano pôs por escrito a atenção do notável senhor Hitler, rei dos alemães, que conseguiu alcançar o poder sobre parte do mundo”.

Foram realizados estudos raciais e se filmou um documentário. Entre os documentos que os expedicionários levaram a Berlim conta-se o Kangschur, “um conjunto de sagradas escrituras tibetanas em 108 volumes”, além de um ritual de iniciação guerreira tântrica do Kalachakra.

Ernst Schäfer, chefe da expedição nazista ao Tibet de 1938-1939
Ernst Schäfer, chefe da expedição nazista ao Tibete de 1938-1939

Símbolo de la Ahnenerbe

Porém, a mais importante e secreta missão ao Tibet teve um objetivo menos divulgado, que foi o de estabelecer contatos com os habitantes de um reino subterrâneo, chamado Agartha ou Shamballah. O resultado? É sabido que em vez de contatarem os veneráveis mestres da Grande Fraternidade Branca, como já dissemos acima, os expedicionários nazistas levaram para a capital alemã o que de pior havia no mundo: representantes do Clã dos Dugpas, adoradores do Sol Negro.

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O Ovo Cósmico: visão gnóstica sobre o big-bang

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Albert Einstein, o famoso autor da Teoria da Relatividade, em princípios deste século, concebeu um sua mente genial um universo curvo, finito, fechado como um ovo. Ainda ecoa em nossa memória a terrível exclamação daquele homem extraordinário: “O infinito tende a um limite”.

Ninguém ignora que, mais tarde, Edwin Hubble descobriu, com grande assombro, no famoso observatório do Monte Wilson que todas as galáxias que povoam o espaço infinito se afastam, umas das outras, a velocidades fantásticas. Esse fato é inegável.

Infelizmente, Georges Lemaître não soube compreendê-lo e, buscando as causas, chegou a conclusões equivocadas. Se o universo está em contínua expansão – foi a sua absurda explicação –, é porque certo dia houve uma explosão, a partir do centro, de um átomo primitivo.

Lemaître, com seus cálculos errados, acreditou firmemente que esse núcleo primitivo, original, tinha um diâmetro exíguo, pequeno, insignificante: tão somente a distância entre a Terra e o Sol, ou seja, 150 milhões de quilômetros.

Imaginemos por um momento o espaço infinito bem minúsculo, falando proporcionalmente. O núcleo primitivo, segundo Lemaître, teria uma densidade tão espantosa que a proximidade dos átomos entre si elevaria a temperatura, como é natural, a centenas de milhões de graus acima de zero.

A essa temperatura inconcebível, segundo a teoria proposta, a energia atômica liberada seria tanta e a radiação cósmica tão intensa que tudo terminaria por se deslocar, sobrevindo uma estupenda explosão como a erupção de um magistral e terrível vulcão.

Maravilhoso tudo isso, mas… quem pôs esse “ovo cósmico”? O que existia antes? Por que a explosão cósmica teria de se realizar em um determinado instante matemático e não antes, ou depois? Onde está o fundamento de toda essa teoria? Quem poderia ser a testemunha dos fenômenos incluídos nessa hipótese?

Nós, gnósticos, compreendemos que as galáxias se afastam umas das outras, o que já está demonstrado, mas não significa forçosamente que todas elas tenham partido de um mesmo núcleo. Einstein disse: A massa transforma-se em energia”, e todos os sábios do mundo reverentemente se inclinaram perante essa tremenda verdade. Também disse o grande matemático: “A energia se transforma em massa”, e ninguém pôde refutar semelhante postulado.

Não resta dúvida de que energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado. Esse sábios postulados vêm a demonstrar que a massa de todos os universos é eterna e imutável. Desaparece aqui para reaparecer lá, numa espécie de fluxo e refluxo, atividade e descanso, dia e noite.

Os mundos nascem, crescem, envelhecem e morrem. Deixam de existir para se transformar em energia e, em seguida, ressurgem, renascem, quando ela se cristaliza novamente em massa.

Na conta retrospectiva de todos os sete Cosmos que fervem e palpitam no espaço infinito, não existe uma hora zero, raiz comum para todos em conjunto. De nossa parte, esclarecemos que, ao se dizer “raiz comum” neste caso concreto, referimo-nos ao conceito de tempo como hora zero.

Isso não significa, de forma alguma, que neguemos a hora zero radicalmente, já que ela existe para cada universo em particular. Trata-se do estado pré-cósmico normal para qualquer sistema solar. Em outras palavras, diremos que todo o sistema solar do inalterável infinito tem seus Mahavântaras e Pralayas, seus Dias e Noites Cósmicos, épocas de atividade e de repouso.

Nesta galáxia em que vivemos, nos movemos e temos nosso ser, há milhões de sistemas solares. Enquanto uns se encontram na sua hora zero, outros estão em plena atividade. Esta sistemática toda repete-se também no homem e no átomo, em tudo o que foi, é e será.

Os cientistas modernos tentam explicar essas coisas unicamente com as leis naturais. Torna-se ridículo querer excluir os Princípios Inteligentes de tais leis. Cada mundo do espaço estrelado possui seu Fohat, que é onipresente em sua própria esfera de ação.ovo-cosmico2-gnosisonline

Fora de dúvida, podemos e devemos afirmar com ênfase que há tantos Fohats quanto mundos, onde cada um deles varia em poder e grau de manifestação.

Existem milhões, bilhões, trilhões… de Fohats, os quais em si mesmos são Forças Conscientes e Inteligentes.

Realmente, os Fohats são os Construtores, os Filhos da Aurora do Mahavântara (Dia Cósmico), os verdadeiros criadores cósmicos.

Nosso sistema solar, trazido à existência por esses agentes, constitui-se de sete Universos Paralelos. Portanto, Fohat é o poder elétrico vital personificado, a unidade transcendental que enlaça todas as energias cósmicas, tanto em nosso mundo tridimensional quanto nos Universos Paralelos das dimensões superiores e inferiores.

Fohat é o Verbo feito carne, o mensageiro da imaginação cósmica e humana, a força sempre ativa na vida universal, a energia solar, o fluido elétrico vital… Fohat é chamado de “o que penetra” e “o fabricante”, porquanto através dos Puncta dá forma aos átomos procedentes da matéria sem forma. No Fohat estão ocultos o Exército da Voz, as matemáticas, a Grande Palavra…

Qualquer explicação sobre a mecânica cósmica que exclua o Noumeno atrás do fenômeno e o Fohat atrás de qualquer Cosmogênese seria tão absurda como supor que o automóvel surgiu por geração espontânea, produto do azar, sem fábrica especial, sem engenheiros, sem mecânicos…

A trajetória das galáxias jamais indicou que elas tinham tido sua origem ou ponto de partida original em um núcleo tão reduzido como o hipotético Ovo Cósmico de Lemaître. Como prova cabal disso, temos que o ângulo de dispersão varia sempre entre 20 e 30 graus, ou seja, que podem ter passado a enormes distâncias do suposto centro.

Samael Aun Weor, Magia das Runas

Georges Lemaître, padre belga, astrônomo e professor de Física e criador da teoria do big-bang, ao lado de Albert Einstein
Georges Lemaître, padre belga, astrônomo e professor de Física e criador da teoria do big-bang, ao lado de Albert Einstein

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O grande deus do vulcão Vesúvio

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O VM Samael Aun Weor afirmava para seus discípulos que todos os rios, montanhas, jogos de cavernas, mares, oceanos, arquipélagos etc. são regidos por REIS E RAINHAS. Os vulcões são coordenados por gigantes reis do fogo e seu poder é terrível. Seu regente-mor, o arcanjo do fogo e do planeta Marte, é o Arcanjo Samael. Um discípulo do grande mestre da Mente Cósmica, de nome Zan, ou Zanoni, teve uma experiência com um desses seres, experiência cujo grand finale resultou quase fatal. Leiamos:

Uma coluna de fogo se precipitava por diferentes correntes, maiores e menores, saindo da negra cumeeira, e os ingleses, à medida que subiam, começavam a ter essa sensação de solenidade e terror, que inspira a atmosfera que rodeia o Gigante das Planícies do Antigo Hades (o Vesúvio).

Era já noite, quando, deixando as mulas, resolveram continuar a subir a pé, acompanhados do seu guia e de um camponês que levava uma grande tocha.

O guia era um homem conservador e vivaz, como o é a maior parte dos seus compatriotas que exercem tal profissão; e Mervale, cujo gênio era muito sociável, gostava de divertir-se e de instruir-se sempre quando se lhe oferecia ocasião.

– Ah, excelência – disse o guia –, a gente do seu país sente uma forte paixão pelo vulcão. Deus lhes dê longa vida! Pois eles nos trazem muito dinheiro. Se tivéssemos de viver só com o que nos dão os napolitanos, em breve morreríamos de fome.

– É verdade, os napolitanos não são muito curiosos – disse Mervale. Lembra-te, Glyndon, com que desprezo nos disse aquele velho conde: “Suponho que vá ao Vesúvio… Eu nunca lá estive; para que ir lá? Para passar frio e fome, cansar-me e expor-me ao perigo, e tudo isso para ver fogo, que tem igual aspecto em um braseiro como na montanha?”

– Ha ha… o velho tinha razão.

– Mas não é só isso, excelência – falou o guia. Alguns cavalheiros julgam-se capazes de subir a montanha sem o nosso auxílio. Esses homens mereciam ser jogados na cratera.

– É necessário ser muito ousado para andar sozinho por estes locais, e parece-me que não se encontram muitos que se atrevam a isso.

– Fazem-no às vezes os franceses, senhor. Porém, em outra noite – em minha vida nunca passei por tanto susto –, acompanhei uma expedição de vários ingleses, e uma senhora esqueceu no alto da montanha uma carteira em que havia feito alguns esboços. Ofereceu-me uma boa quantia de dinheiro, se quisesse ir buscar essa carteira e lha levasse a Nápoles.

Pela tarde, subi à montanha e achei, efetivamente, o livrinho no mesmo lugar onde fora esquecido; quando, porém, dei o primeiro passo para voltar, vi uma figura que me pareceu subir da cratera mesma.

O ar era tão pestilento, que parecia impossível que uma criatura humana fosse capaz de respirá-lo e viver. Fiquei tão surpreendido que, por alguns instantes, parei, imóvel como uma estátua, até que aquela figura, passando por cima da cinza quente, veio pôr-se em frente a mim. Virgem Maria, que cabeça!

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– Muito feia não é?

– Não! – retrucou o guia –, era, pelo contrário, um semblante muito belo, porém tão terrível, que o seu aspecto não tinha nada de humano.

– E que disse essa salamandra ? – perguntou Mervale.

– Nada! Nem sequer pareceu ter reparado em mim, apesar de eu estar tão perto dele como agora estou do senhor; mas os seus olhos se dirigiram ao céu, como se observasse atentamente alguma coisa nas alturas. Ele passou rapidamente para meu lado, cruzou uma corrente de lava ardente, e, em breve, desapareceu na outra banda da montanha.

A curiosidade deu-me audácia, e eu resolvi ver se podia aguentar a atmosfera que havia respirado aquele visitante; porém, não havia dado mais que uns trinta passos em direção ao lugar onde ele aparecera primeiramente, e vi-me obrigado a recuar sem demora, por causa de um vapor que esteve a ponto de asfixiar-me. Cáspita! Desde então, cuspo sangue.

– Apostaria qualquer coisa pela minha suposição de que pensa que esse Rei do Fogo havia de ser Zanoni – murmurou Mervale, rindo, para o seu amigo.

A pequena caravana havia chegado agora quase ao alto da montanha; e soberbo era o espetáculo que se oferecia às suas vistas.

Do fundo da cratera saía um vapor, intensamente escuro, que enchia o espaço e cobria grande parte do céu; no centro da nuvem via-se uma chama da forma e cor singularmente belas.

Podia comparar-se esse aspecto a uma crista de gigantescas plumas, coroada de brilhantes, formando um belo e alto arco de várias cores, às quais as sombras da noite davam encantadores matizes, enquanto que o todo ondeava como a plumagem do capacete de um guerreiro.

O resplendor da chama, luminoso e carmesim, iluminava o terreno escuro e escabroso que pisavam, e cada pedra e cada fenda produziam uma sombra particular.

Uma atmosfera sufocante e sulfurosa aumentava a sensação de terror que inspirava aquelas paragens.

Porém, quando se apartava a vista da montanha, para dirigi-la para o lado do oceano, que não se enxergava, o contraste era extraordinário, o céu, naquela região, aparecia sereno e azul, e salpicado de estrelas que brilhavam tranquilamente, como os olhos do Divino Amor.

Era como se os mundos dos opostos princípios do Mal e do Bem se apresentassem em um só quadro à vista do homem!

Glyndon –  com o seu entusiasmo e a sua imaginação de artista – sentia-se preso e arrebatado por vagas e indefiníveis emoções, em que o prazer se misturava com a dor.

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Apoiado ao ombro do amigo, o artista olhava em torno de si e escutava, com profunda sensação de terror e admiração, o murmúrio que se ouvia debaixo dos seus pés, semelhante a rodas de máquina e pelas vozes do mistério da Natureza, trabalhando em seus mais negros e inescrutáveis recessos.

De repente, como uma bomba arrojada por um morteiro, uma enorme pedra, lançada pela boca da cratera foi voando pelos ares à altura de centenas de metros, e caindo, com forte estrondo, sobre a rocha, saltou em milhares de pedaços, que foram rolando estrepitosamente pelos flancos da montanha.

Um desses fragmentos, o maior, veio cair no estreito espaço que havia entre os ingleses e o guia, a uns três pés de distância dos primeiros.

Mervale lançou um grito de espanto, e Glyndon, quase perdendo o fôlego, tremia da cabeça aos pés.

– Diabos! – exclamou o guia. Vamos descer, excelências, descer! Não devemos perder um instante; sigam-me tão perto quanto possível!

Ao dizer isso, começou o guia, bem como o camponês, correndo com toda a velocidade que o terreno permitia.

Mervale, sempre mais pronto em suas resoluções do que o seu amigo, imitou o seu exemplo; e Glyndon, mais confuso que alarmado, seguiu em último lugar.

Não tinham andado, porém, muitos metros, quando, com um ruidoso e repentino sopro, a cratera vomitou uma enorme coluna de vapor, que os perseguiu, e alcançando-os, em um instante os envolveu, ao mesmo tempo que mergulhava tudo na mais espantosa escuridão.

A uma grande distância, ouviam-se os gritos do guia, abafados pelo ruído do vulcão e pelos rumores da terra debaixo dos pés dos excursionistas.

Glyndon deteve-se. Encontrava-se já separado do seu amigo e do guia. Estava só, com a escuridão e o terror.

O vapor adiantava-se, ameaçador, até a base da montanha.

Outra vez apareceu ainda que confusamente, a forma do fogo crispado, lançando uma luz indecisa sobre o caminho escabroso.

Glyndon recuperou coragem e avançou. Ouvia a voz de Mervale, que o chamava, mas não podia distinguir-lhe a forma. O som lhe serviu de guia.

Aturdido e mal podendo respirar, o artista andava tão depressa como lhe era possível, quando, de repente, lhe chegou ao ouvido um novo ruído de alguma coisa que rolava lentamente!

Glyndon parou e, virando a cabeça para ver o que era, notou que uma torrente de fogo baixava pelo caminho que ele seguia; e já formava ali um largo córrego, perseguindo-o e prestes a alcançá-lo.

Sentia, a cada instante, o bafo abrasador daquele terrível inimigo tocar-lhe o rosto!

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Abandonando o caminho, o inglês dirigiu-se para um lado e agarrou-se desesperadamente, com as mãos e os pés, a uma rocha que, à sua direita, quebrava o ardente e perigoso nível do solo.

A torrente ígnea vinha também ali; o jovem, no último esforço, subiu para a rocha.

A massa ardente passou primeiro ao pé desta; porém, em seguida, fazendo uma pequena volta, cercou a pedra por três lados. Formando uma larga e intransponível barreira de fogo líquido, que lhe tapava o único ponto que ficava livre para a fuga.

E agora não tinha outra opção senão permanecer ali ou retroceder até a cratera e depois procurar, sem o auxílio de um guia, algum outro caminho por onde pudesse descer.

Por um instante, abandonou-o a coragem; ele se pôs a chamar, com voz desesperada, por Mervale e pelo guia.

Ninguém, porém, lhe respondeu; e o inglês, vendo-se assim só e abandonado a seus próprios recursos, revestiu-se de coragem e sentiu-se novamente possuído de energia, dispondo-se a lutar contra o perigo.

Desceu da rocha e, tornando atrás, aproximou-se da cratera tanto quanto lhe permitia a sufocante atmosfera que o rodeava; depois, olhando com calma e atenção a vertente da montanha, viu um caminho, pelo qual podia andar, desviando-se da direção que o fogo havia tomado.

Pôs-se a caminhar, mas apenas tinha feito cerca de sessenta passos, parou de repente, sentindo-se tomado de um invencível e inexplicável horror, como nunca experimentara até ali.

Tremia convulsivamente e os seus músculos não queriam obedecer à sua vontade; parecia-lhe que estava paralisado e que fora tocado pela morte. Esse medo era tanto mais inexplicável quanto o caminho parecia ser limpo e seguro.

O fogo do vulcão e o que havia deixado atrás iluminavam a estrada até uma longa distância. Não se via obstáculo algum, nenhum perigo parecia ameaçá-lo naquele instante.

Enquanto permanecia dessa maneira como encantado e cravado no solo, o seu peito respirava com dificuldade, e grossas gotas de suor rolavam-lhe pela testa; os olhos, como se quisessem sair das órbitas, olhavam fixamente, a certa distância, uma coisa que gradualmente ia tomando uma forma colossal – uma espécie de sombra que se assemelhava um tanto a uma figura humana, porém de uma estatura muito maior – vaga, escura, disforme mesmo, e que diferia, sem que o jovem pudesse dizer por que ou em que, não somente nas proporções, como também em sua estrutura, das regulares formas de um homem.

O resplendor do vulcão, que parecia ser cortado por aquela gigantesca e espantosa aparição, lançava, não obstante, a sua luz, vermelha e firme, sobre outra figura que estava de pé, ao lado da primeira, quieta e imóvel; e era talvez o contraste dessas duas coisas – o Ser (Zanoni) e a Sombra – que impressionara o jovem com a diferença que havia entre eles, o homem e o super-humano.

Mas foi apenas por um instante rápido que Glyndon viu a aparição.

Uma segunda erupção de vapores sulfúreos, mais rápida e mais densa do que a primeira, tornou a encobrir a montanha; e, fosse a impressão produzida por esse fenômeno ou talvez o excesso de medo, o certo é que Glyndon, depois de fazer um esforço desesperado, caiu, sem sentidos, no chão…

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Grandes mulheres da história

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Ao contrário do que muitos conjecturam, o Caminho da Iluminação Espiritual pode e deve ser trilhado pelas mulheres, pois em seu interior existem os mesmos elementos negativos e os elementos positivos. Dentro da mulher, obviamente com pequenas particularidades, também se manifestam tanto os defeitos psicológicas quanto as virtudes anímicas.

Claro que elas não foram muito citadas por causa de nossa sociedade patriarcal, machista, que menospreza e até reprime as mulheres líderes, sábias e triunfantes. O que a Gnose sempre defende como uma sociedade justa não é nem uma estrutura patriarcal, nem matriarcal, pois são polos contrários que se alternam ao longo da história (graças a inúmeros fatores, como o astrológico, psíquico etc.), mas uma sociedade “matrística”, onde homens e mulheres se harmonizem, se respeitem e se amem para um bem comum.

A ideia de uma sociedade “matrística” refere-se a que tanto homens quanto mulheres desenvolvam os valores masculinos e femininos, como força, dinamismo, sabedoria, e também sensibilidade, amor, tolerância, compaixão, unicidade etc.

O maior exemplo de homem que rendeu profundo respeito às mulheres foi Jesus Cristo. Em meio a uma cultura de desprezo e preconceito feminino, este Ser Divino sempre foi pintado ao lado de mulheres, as quais, segundo certas linhas gnósticas, eram as mais fiéis de seu quadro apostólico.

Jesus ensinava tanto aos homens quanto às mulheres que as virtudes da discrição, paciência, dependência e submissão a Deus são ferramentas que concederão poder para trilharem a Senda da Iniciação Crística.

A mulher gnóstica, como uma potencial Iniciada nos Mistérios Sagrados, precisa compreender que, assim como o homem, precisa ter maturidade psicológica e uma saúde equilibrada. É importante que ela entenda o dinamismo de seu corpo, de sua psique, de sua sexualidade e suas outras particularidades internas.

Grandes Mulheres da História

Para que possamos notar a importância da mulher ao longo da história, aí vai uma pequena lista das valorosas personagens que lutaram por um mundo melhor:

Arnolda Garro de Gómez (VM Litelantes): Grande mestra iluminada e esposa-sacerdotisa do VM Samael Aun Weor. Foi a grande responsável pelo Avatar se levantar e iniciar a luminosa Era de Aquárius. Esotericamente, ela é uma Virgem do Nirvana e Mestre dos Tribunais do Carma.

Hatshepsut: Foi a primeira faraona (faraó mulher) da história, conseguiu esse título depois de vencer inúmeros obstáculos. Após a morte de seu pai, o faraó Tutmés I, subiu ao poder, estabelecendo um período áureo para o Egito, onde foram edificadas diversas obras arquitetônicas e de engenharia, como os templos em honra ao deus Amon-Rá.

Miriam: Irmã de Abraão e Moisés, surpreendeu a todos por sua grande sabedoria e liderança na viagem de 40 anos dos hebreus no deserto. Era ela a grande conselheira dos dois profetas guias.

Hipatia de Alexandria: Grande iniciada gnóstica, nasceu em Alexandria em 355 e morta em 415, num período em que o cristianismo se afastara de suas raízes esotéricas. Hipatia foi assassinada pelos machistas ciumentos da época que não admitiam que a sabedoria estivesse também fora da Bíblia, e mais ainda, sendo divulgada por uma mulher.

Beatriz: A mulher bela por natureza, no físico e no espiritual. Alma gêmea de Dante Alighieri na obra A Divina Comédia.

Laura: A mulher que inspira a Poesia Divina de Francesco Petrarca.

Khadija bint Khuwaylid: Esposa-sacerdotisa do profeta Maomé, foi também a primeira pessoa a se converter ao Islã. Como digna húri (Vestal, Virgem), foi Khadija quem iniciou Maomé nos Mistérios Tântricos.

Maria de Magdala: A mulher que soube passar de uma mulher instintiva, pecadora, a grande Dama-Adepto. Antigas tradições de Renés le Chateau se referem a ela como a esposa de Jesus de Nazaré.

Maria de Nazaré: A mãe física do Mestre Jesus. Foi vestal do Templo de Jerusalém e esposa-sacerdotisa de José, da tribo de Levi, o único que fez florescer a vara do templo. Ela foi a bodhisatva da Grande Mãe do Mundo.

Dulcineia del Toboso: A mulher que inspira todos os trabalhos e esforços dos Cavalheiros da Ordem do Templo. A mulher idealizada por dom Quixote de la Mancha, a mulher que transciende a beleza física até o espiritual.

Joana D’Arc: Vidente que muito jovem comandou os exércitos franceses para libertar seu país. Foi discípula de Samael Aun Weor no SSS da Colômbia e era chamada de Mestre Sum-Sum-Dum.

Rainha de Sabah: Seu nome era Bélkis e governou um país do sul da Arábia, hoje Iêmen. Sua sabedoria, inteligência e beleza impressionaram o rei Salomão, tido como o homem mais sábio do mundo.

Marion: A eterna noiva de Robin Hood, a mulher valente, com força física, fiel e plena de fortaleza.

Sofia: A mulher sabedoria aprisionada pelos Arcontes do Destino, porém, que é liberada mediante o Salvator Salvandus, em troca do sacrifício da Santa Eucaristia. Cristo é o único liberador de Sofia.

Minerva: A sabedoria do  Eterno Feminino, um aspecto peculiar da Mãe Divina. Uma Parte Autoconsciente de nosso Ser Divino. Mas também existe, no mundo astral, uma grande mestra, com um templo secreto em Atenas (Grécia).

Helena de Troia: Em seu aspecto arquetípico, é a Alma Gêmea, a companheira mística que todo guerreiro da Luz anela encarnar.

Helena Petrovna Blavatsky: Mestra da Fraternidade Branca e fundadora da Sociedade Teosófica. Desveladora, no início do século 20, dos grandes Mistérios.

Maria Antonieta: Não a falsa imagem da rainha acusada de prostituição e infidelidade a seu esposo que a história nos dá. O Mestre Samael fala dela como uma digna rainha da França, bodhisatva de um poderoso mestre da Luz.

Cleópatra: Uma das diversas Cleópatras do Egito, a que conheceu Júlio César e Marco Antônio. Com arquétipo, representa a figura da Esfinge Elemental de nosso Egito Interior, nossos mundos internos.

Santa Teresa de Jesus: A maravilhosa e mística de Ávila, na Espanha e patrona do misticismo e da mente interior.

Madre Teresa de Calcutá: Mulher abnegada que encarnou o divino amor pelos mais necessitados, colaboradora da Loja Branca.

Helen Keller: Cega e surda, foi a primeira pessoa nessas condições a ganhar um diploma, graças especialmente ao trabalho de sua professora. Batalhadora incansável pelos direitos dos deficientes.

Nefertiti: Rainha egípcia, juntamente com seu marido, o faraó Akhenaton, alterou as crenças religiosas de seu povo para o monoteísmo e levou-os a louvar o Cristo-Sol.

Guenevere ou Genebra: A esposa do Rei Artur. A mulher que ama seu esposo e ao mesmo tempo o trai. Uma mescla mística de Eros (amor profano) e ágape (o amor sacrificado, transcendido), contida no coração de todas as mulheres.

 

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Os puncta do éter e a quarta dimensão

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Análises científicas profundas têm demonstrado de forma contundente, convincente e decisiva que o átomo não é, de modo algum, a partícula mais infinitesimal da matéria.

Os físicos atômicos criaram o dogma do átomo e de forma firme, irrevogável e inapelável, excomungam, maldizem e lançam suas imprecações e anátemas contra todo aquele que tente ir um pouco mais longe.

Os gnósticos afirmamos de maneira enfática e solene que a matéria se compõe de certos objetos definidos, conhecidos corretamente com o nome de puncta.

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Nossa teoria científica criará, de fato, uma desavença, um cisma, entre os acadêmicos, mas a verdade tem de ser dita. Precisamos ser francos e sinceros e pôr as cartas na mesa de uma vez por todas. Dentro dos puncta, a noção de espaço não tem a menor importância.

Ainda que pareça incrível, dentro dos puncta, o raio de um dos sete últimos pontos é, fora de toda dúvida, a menor longitude existente.

Um grande sábio, cujo nome não menciono, disse: Os puncta atraem-se quando se encontram longe um do outro. Repelem-se quando estão muito perto. Depois, a certa distância, torna a se exercer uma nova atração.

Profundas investigações feitas com o sentido espacial plenamente desenvolvido, de forma íntegra, me permitiram evidenciar claramente que os puncta têm uma bela cor dourada. A experiência mística direta permitiu perceber claramente que os movimentos de interação dos puncta se desenvolvem de acordo com a Teoria da Mecânica Ondulatória moderna.

Os sábios gnósticos, através de observações científicas rigorosas, puderam compreender profundamente que os puncta não são átomos, nem núcleos, nem partículas de espécie alguma. Fora de toda dúvida e sem temor de nos equivocar, podemos e devemos afirmar categoricamente que os puncta são entidades totalmente desconhecidas para a física moderna.

Seria absurdo dizer que os puncta ocupam espaço. Para uma mente acostumada com as graves disciplinas do pensamento, resultaria ilógica e disparatada a afirmação de que tais objetos possuíssem qualquer tipo de massa.

A todas as luzes resulta claro entender que os puncta não têm propriedades elétricas ou magnéticas, ainda que tais forças e princípios os governem e dirijam.

Diversos agregados de puncta, sob o inteligente impulso do Logos Criador, vêm a se constituir nisso que chamamos de neutrinos, partículas, núcleos, átomos, moléculas, estrelas, galáxias, universos etc. A experiência mística direta no Universo Paralelo da sétima dimensão ou região do Atman inefável, me permitiu compreender que tudo o que existe em qualquer um dos 7 Cosmos, desde o mais insignificante átomo até o organismo mais complexo, reduz-se em última análise a números.

Que quantidade de puncta se torna indispensável para a construção de um elétron? Que capital de puncta se requer para estruturar um átomo de hidrogênio? Que soma exata de puncta se precisa para dar existência a um átomo de carbono?

Quantos puncta são necessários para a criação de um átomo de oxigênio? Qual é o compêndio preciso de puncta, básico, cardeal, para a formação de um átomo de nitrogênio? Infelizmente, ainda ignoramos tudo isso. O segredo do Universo, de todos e de cada um dos 7 Cosmos, deve ser procurado nos números, nas matemáticas, e não nas formas simbólicas.

Depois de rigorosas observações e de análises profundas, chegamos à conclusão de que o movimento ondulatório mecânico dos puncta se processa em séries que passam de uma dimensão para outra e para outras.

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As sete ordens de mundos têm sua causa causarum, origem e raiz em sete séries de puncta. Claramente, deduz-se que a primeira série deu origem à segunda, esta à terceira e assim sucessivamente.

Analisando, examinando esta questão dos puncta e de seu desenvolvimento em séries que se processam multidimensionalmente, encontramos a própria base dos Universos Paralelos.

A análise, a experiência, a lógica superior, permitem a compreensão de que há universos que viajam no tempo de maneira bastante diferente da nossa e que estão construídos de forma estranha, submetendo-se a leis bem distintas.

Pelo espaço estrelado, viajam mundos que estão situados em outros tempos, estranhos e misteriosos para nós.

A natureza mantém múltiplos jogos nos espaços sem fim, mas os puncta são o fundamento vivo de todo e qualquer tipo de matéria.

Em nenhum rincão do Infinito se escreveu jamais o último tratado de física e, se um Einstein viesse a se reencarnar em alguma galáxia de antimatéria, com assombro teria de se autorreconhecer como um analfabeto.

Os pseudoesoteristas e pseudo-ocultistas muito escreveram sobre Cosmogênese, porém, no espaço infinito há milhões de microfísicas e cosmogonias diferentes.

Precisamos analisar, observar judiciosamente e passar para além das partículas da física moderna se de fato queremos conhecer os elementos primários, os puncta fundamentais. Chegou a hora de transcender o atomismo ingênuo e estudar profundamente os puncta e as secretas leis da vida.

Samael Aun Weor – Magia das Runas

Os Puncta do Éter acumulam-se no cérebro, dando-nos inteligência, harmonia, equilíbrio mental, lucidez, alta concentração e "intelecção iluminada"
Os Puncta do Éter acumulam-se no cérebro, dando-nos inteligência, harmonia, equilíbrio mental, lucidez, alta concentração, memória e “intelecção iluminada”

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Moisés e os mistérios da alquimia

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Moisés foi discípulo de um grande Mestre dos paraísos Jinas. Moisés soube achar seu Guru na confluência dos dois oceanos. Esse Guru, depois de instruir Moisés, submergiu-se dentro do plano astral. Entretanto, esse Guru tinha corpo de carne e osso. Era um imortal das terras do Jinas.

Desde os tempos muito antigos, vemos na Bíblia o esoterismo, a alquimia, a magia, a astrologia, a filosofia, a matemática, etc. Se estudarmos cuidadosamente o Êxodo de Moisés, descobriremos no antigo testamento maravilhas esotéricas: exorcismos, ressurreição de mortos, sortilégios, embruxamentos, desembruxamentos, transfigurações, levitação, curas etc., seja com a concentração do campo magnético da raiz do nariz, seja com passes magnéticos, com azeite consagrado, com águas, seja com pequenas porções de saliva mágica colocadas sobre a parte inferior…

Estudando-se cuidadosamente o Êxodo de Moisés, descobrem-se nele os tempos antigos da magia prática dos egípcios. O próprio Moisés era um grande mago. Obviamente, Moisés nasceu para cumprir uma gigantesca missão. Ninguém ignora que ele era primo do faraó e que descendia de um grande mago antigo, de um grande mago caldeu; refiro-me a Abraão. Também descendia de Isaac, da região dos Iniciados do velho Egito dos faraós, do país ensolarado de Khem.

 

Moisés começou com um acontecimento insólito. Alguns egípcios tentaram fazer mal a um hebreu e o maltrataram. Moisés defendeu o homem, mas, como dissemos, passou dos limites, pois ninguém ignora que matou um egípcio. Disso as sagradas escrituras são testemunhas. Quando um Iniciado cometia um crime, submetia a vida de um semelhante, não era julgado pelos juízes da terra ou era levado a qualquer corte desta justiça humana subjetiva.

Ele era julgado diretamente pelos grandes sacerdotes do país ensolarado de Khem. O hierofante o julgava e isso era o mais grave porque eles representavam a justiça celestial, a justiça objetiva que por certo é bem diferente, bem distinta, da justiça subjetiva terrena. Esta justiça subjetiva se compra e se vende, mas a justiça objetiva é justiça cósmica que não se pode vender ou comprar.

Moisés fugiu antes de ser julgado e se foi para Midian, à terra do sacerdote de Midian, o qual veio a se tornar mais tarde seu sogro. Foi-lhe dada hospitalidade em um grande templo. Moisés ali esteve em uma cripta subterrânea. Estando lá, saiu conscientemente de seu corpo físico. No mundo astral, encontrou-se com o defunto.

Durou bastante tempo o seu sofrimento no astral enquanto seus fundamentos positivos permaneciam dentro de um sepulcro de pedra numa cripta subterrânea. No astral, tratava de convencer o defunto para que o perdoasse, o que com esforço conseguiu. Depois, é claro, conseguiu que também nos tribunais da justiça cármica o perdoassem. Assim perdoado, Moisés regressou ao seu corpo físico.

Antes, tinha outro nome, porém após ter regressado ao seu corpo, tomou o nome de Moisés, o qual significa: Salvo das Águas.

Muitos Iniciados não conseguiam sair do seu corpo físico e havia os que não conseguiam voltar ao seu corpo. Os sacerdotes residiam em casas próximas das criptas e nelas achavam seus corpos já mortos. Mas com Moisés não foi assim. Depois, ele casou-se com uma grande sacerdotisa de Midian e dedicou-se à Grande Obra. A chave da Grande Obra vocês já conhecem, é o Sahaja Maithuna, o Arcano AZF. Portanto, ele tornou-se alquimista e cabalista.

Que Moisés se autorrealizou é certo, que conseguiu a ressurreição também é verdade e a conseguiu precisamente na caverna de Horeb. Ele viu uma chama que floresceu por entre as sarças da caverna e aquela chama lhe disse: Descansa, Moisés, Eu Sou o Deus de Abrahão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. E Moisés, meus queridos irmãos, naqueles precisos instantes, conseguiu a Ressurreição Iniciática.

Ele já havia voltado a si quando um raio de Aelohim penetrou nele, isto é, seu Pai que está em segredo. Ressuscitou para cumprir uma gigantesca missão; está escrito no Êxodo.

Aelohim é o Eterno Pai Cósmico Comum. Todo o Exército da Voz, todos os Elohim, não são senão raios de Aelohim, a Divindade Imanifestada, o Onimisericordioso, o Uniexistente, o Eterno Pai Cósmico Comum. Nosso Pai que está em segredo não é mais do que um raio de Aelohim. Diante do Eterno Pai Cósmico Comum, diante do Uniexistente, diante do sentido relevante, todos os Grandes Mestres da Fraternidade Universal Branca, todos os deuses, se ajoelham. Todos se ajoelham diante de Aelohim, o Uniexistente, o Onimisericordioso, a Infinitude que a todos sustenta, a Divindade ou o Divinal Imanifestado. Assim, pois, meus caros irmãos, Moisés cumpriu uma valiosa missão.

A Arca da Aliança é indubitavelmente um instrumento da alta magia e está carregada de força elétrica. Todo o profano que se atrever a se aproximar da Arca morrerá instantaneamente. Na Arca da Aliança estão a Vara de Aarão, as tábuas da lei e a taça; não há dúvida de que a vara é fálica. Assim, pois, a Arca era poderosa. Moisés mesmo em sua peregrinação levava sempre a vara do poder real. Diz-se que ele transformou essa vara em uma serpente. Usava também o báculo, a maça de Hércules etc.

Quando alguém lê o Êxodo, não pode menos do que se admirar de seus formidáveis poderes. Moisés quando quis libertar o povo hebreu teve a oposição do faraó. Dizem as sagradas escrituras que manifestou seu poder diante do faraó, que só em levantar a sua vara, as águas se converteram em sangue. As águas não serviram mais e os peixes morreram.

Outro movimento suave e as águas se acabaram. Porém, o faraó insistia em não deixar aquele povo sair do Egito. Levantou novamente seu cetro e todas as casas ficaram cheias de enormes e gigantescas rãs, porém ainda assim o faraó não se deixou convencer; Moisés fez uma rã desaparecer.

Continua o amargo Êxodo dizendo que após desatou uma chuva de granizo sobre a terra do Egito. Ao chegar a este ponto, lembro-me que além de desatar tempestades de granizo, fez aparecer sobre a terra do Egito milhares de mosquitos e pestes. E o faraó não queria deixar aquele povo sair, claro que necessitava dele. Afirma-se que Moisés fez com que todos os primogênitos de todas as famílias morressem. Assim está no livro Êxodo do antigo testamento. Não sou eu que o está afirmando, é o Êxodo. Claro, o faraó se convenceu quando os primogênitos das famí-lias começaram a morrer e deixou aquele povo sair.

Quando Moisés estendendo sua vara separou as águas das águas para que o povo passasse, seus perseguidores tentaram fazer o mesmo. O faraó se arrependera e fora em seu encalço com um exército de homens. Porém, a uma ordem de Moisés aquelas águas juntaram-se de novo. Assim, pois, todas essas passagens de Moisés com seus poderes – com sua vara toca a penha para que dela brote água – têm muito de simbolismo místico e cabalístico.

Moisés terrivelmente divino desce do Monte Sinai, sua face resplandecia e as multidões se espantaram. Em sua ausência, haviam estabelecido o culto ao Bezerro de Ouro. Quando Moisés se deu conta disso, tomou aos seus e passou o fio da espada em todos os demais. Como lhes disse, não se pode tomar tudo em sua forma literal. Tudo isso é completamente simbólico.

Quando desceu do Sinai com as Tábuas da Lei, em sua cabeça luziam dois cornos, quais gigantescos raios de luz. Por este motivo é que foi esculpido com esses dois cornos. Que quer dizer esses cornos de bode em Moisés? Por que Michelangelo o cinzelou dessa forma? Pois tem um sentido simbólico, certo! Por que tinha esses cornos de bode? Vou lhes dizer porque. O bode representa o diabo. Por isso, Moisés tinha os cornos. Por acaso, Moisés era o diabo? Temos que analisar esta questão.

Bem vale a pena refletir. Se pensarmos no bode, poderemos descobrir a potência sexual. Nas cavernas dos Iluminados da Idade Média, ele representava precisamente a esse Lúcifer, a estrela da manhã, o reflexo do Logos dentro de nós mesmos aqui e agora! Assim como o sol físico tem em seu fundo a sombra de si mesmo, assim o Mestre Interior de cada um de nós projeta em nosso universo interior particular sua sombra; isto é o inusitado. No princípio, Lúcifer resplandecia no fundo de nossa consciência e era um arcanjo. Quando foi precipitado para o fundo do abismo, desde então converteu-se em bode.

Lúcifer representa a potência sexual. Quem pode negar que o bode não possui uma grande potência sexual? A qualquer impotente sexual, já que há várias classes de impotência: impotência por algum dano no sistema nervoso, impotência devido a debilidade, etc., se pode curar com os hormônios sexuais dessa animal, depositados em seus testículos. Os hormônios do bode têm poder para acabar com a impotência.

Assim, pois, o bode representa por si mesmo o poder criador. Por isso, ele é o representativo de Lúcifer. Isto deve saber entender. Como quer que Moisés soube aproveitar sua potência sexual, como quer que ele soube transmutar o esperma sagrado em energia criadora, apareceram em sua cabeça os cornos simbolizando a Lúcifer. De onde tirou Moisés seus poderes? Com que força conseguiu desatar as dez pragas do Egito, segundo declara o Êxodo? Pois, foi aquele agente maravilhoso que lhe permitiu demonstrar sua sabedoria diante do faraó – a potência sexual. Aí está o poder dos poderes!

Agora ficará explicado para vocês por que a Arca da Aliança tinha quatro cornos de bode. Esses quatro cornos serviam para representar os quatro homens que puderam levá-la de um lugar para outro. Essa arca em si mesma está representando o Lingam-Yoni da Lei. Aqui, pois, é onde está o poder e a força. Sem ela, para nada serviria o TAO dos profetas, de nada serviria o bastão dos Grandes Iniciados… o mercúrio já fecundado pelo enxofre, isto é, pelo fogo.

Assim, pois, devemos compreender a necessidade de se elaborar o Mercúrio. Os alquimistas da Idade Média guardaram silêncio sobre o segredo do Bode de Mendes. Quando na Idade Média, os iniciados neófitos eram levados à meia-noite às cavernas da Iniciação, nos santuários secretos, se lhes vendavam os olhos. Tirada a venda, encontrava-se o neófito diante do Bode de Mendes, o diabo, porém na testa dele resplandecia o pentagrama, a estrela flamígera, não à inversa, como a usam os tântricos negros, mas com o ângulo superior para cima e os dois ângulos inferiores para baixo. Então, se ordenava ao neófito que beijasse o traseiro do diabo. Se se negasse, punham-lhe novamente a venda nos olhos e o tiravam por uma porta escondida por onde jamais poderia entrar.

Lá, os irmãos o advertiam sobre os perigos da Santa Inquisição e sobre aquela pedra cúbica, onde estava sentado o diabo. De uma porta, saía uma Ísis do templo… Precisa-se ser suficientemente inteligente para dar-se conta do profundo significado da cerimônia. De fato, entregava-se ao trabalho na Grande Obra. O fundamental, meus queridos irmãos, é fazer a Grande Obra. Para que serviria se nos tornássemos eruditos, se não fizéssemos a Grande Obra?

É óbvio que no começo devemos fabricar o mercúrio. O segredo da elaboração do mercúrio nunca foi revelado por ninguém e vocês sabem disso. No Arcano AZF está a chave. Com que objetivo pre-paramos o mercúrio? Para que? Para fazer a Grande Obra, é claro. Devemos transmutar na Sahaja Maithuna.

Porém, essa energia em si mesma já é um mercúrio, a alma metálica do azougue em bruto do esperma. Depois essa energia sobe pelos canais Idá e Píngala. Da união de átomos solares e lunares nasce o fogo. É verdade, esse fogo torna fecunda todas suas manifestações. Esse fogo é o enxofre, o mercúrio fecundado pelo enxofre.

Devemos fazer todo o trabalho, porém qual é o trabalho? Necessitamos compreender qual é o trabalho que vamos fazer, temos de acabar com muitos conceitos equivocados. Dizem as diferentes organizações de tipo pseudoesoterista e pseudo-ocultista que o homem tem sete corpos:

Físico – Etérico – Astral – Mental – Causal – Búdico – Átmico

Citam estes corpos também com outros nomes:

1. O físico.
2. O vital chamam-no de lingam sarira.
3. O astral dizem que é kamas ou princípio de desejo.
4. O mental dizem que é manas inferior.
5. O causal chamam de manas superior.
6. O intuicional dizem que é o corpo búdico.
7. Átmico.

O curioso de tudo isso é que os pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas creem que todos os humanos, melhor diríamos, os humanos que cobrem a superfície da terra, já possuem os sete corpos… Naturalmente, isto é completamente falso. O animal intelectual equivocadamente chamado homem somente temo corpo físico e seu assento vital orgânico. Não tem nada mais. Não tem astral nem mental e causal muito menos, O que tem depois do corpo físico e do vital é o Ego, o eu, o mim mesmo, o si mesmo, que faz as vezes de astral, que faz as vezes de mental, mas que não é corpo astral nem corpo mental. Pude vivenciar isto facilmente nos mundos internos.

Em nome da verdade e com grande ênfase digo-lhes que quando me movo no mundo astral com inteira claridade meridiana vejo quem tem astral e quem não tem tal corpo. As multidões encarnam, vão e vêm e não sabem porque; não têm corpo astral. São míseras sombras, fantasmas inconscientes, parecem verdadeiros sonâmbulos na região do Averno. Se ti-vessem corpo astral seriam diferentes, seriam vistas como homens, seriam distintas. Qualquer um pode fazer ali a diferenciação entre alguém que tem astral e alguém que não tem.

Um exemplo bem duro que podemos pôr aqui é o de uma pessoa vestida e outra sem roupas. A simples vista se vê quem usa roupa e quem está despido. Assim, aqueles que não têm corpo astral são vistos ali como pobres fantasmas. Assim, pois, vamos fabricar o mercúrio como propósito de criar os corpos existenciais superiores do Ser e depois vamos aperfeiçoá-los etc.

Irmãos, quero que entendam o que vão fazer, qual é o trabalho que vamos realizar com o Mercúrio. Em primeiro lugar, o mercúrio fecundado pelo enxofre toma forma no corpo astral. Quando alguém já possui o corpo astral, sabe que o tem porque pode usá-lo. Assim, pois, irmãos, no mundo da mente, quem possui um corpo astral sabe seu nome. Depois de morto, continua ali com sua personalidade astral viva e já não é uma criatura mortal.

baphomet6Mas, se alguém fabricasse o corpo astral e após parasse, não continuasse trabalhando com o mercúrio, em novas existências degenerará. Depois ainda teria de se submeter a reincorporação em organismos.

Em primeiro lugar, o mercúrio fecundado pelo enxofre toma forma no corpo astral. Quando alguém já possui o corpo astral, sabe que o tem porque pode usá-lo. Sabemos que temos pés porque podemos caminhar com eles. Sabemos que temos mãos porque podemos usá-las. Sabemos que temos olhos porque podemos ver. Assim também sabemos que temos um corpo astral porque o usamos, movemo-nos consciente e positivamente com ele através dos mundos suprassensíveis.

De que está feito o corpo astral? De mercúrio. Por que o mercúrio toma a forma do corpo astral? Graças a que foi fecundado pelo enxofre. O mercúrio fecundado pelo enxofre toma a forma de um corpo astral e se converte em corpo astral.

Uma vez que tenhamos criado o corpo astral mediante o mercúrio, já não seremos míseros fantasmas no mundo dos mortos ou sombras abismais. Chega a minha memória nestes instantes a lembrança de Homero que disse: Mais vale ser um mendigo sobre a terra do que um rei no império das sombras. Quem tem corpo astral já não é um fantasma. Destaca-se como deus da terra e como deus da mente e aqui figura com nome sagrado. Cada um de nós tem o seu nome.

O nome que eu uso é Samael Aun Weor. Não é um nome caprichoso que eu tenha escolhido ao acaso, não. Eu não pus este nome em mim. Eu tenho me chamado assim através de toda a eternidade.

De idade em idade, de mahavântara em mahavântara, sempre fui Samael Aun Weor. Este é o nome d’Ele, de minha Mônada Divina. É o nome que identifica o Rei do Fogo e dos vulcões indubitavelmente.

Como disse Maomé: Alá é Alá e Maomé é seu homem. Ele é perfeito e eu não sou. Não entendo que seu filho seja perfeito porque perfeito só há um, o Pai que está em segredo. Nenhum de nós é perfeito.

Assim, pois, irmãos, no mundo da mente, quem possui um corpo astral sabe seu Nome. Depois e morto, continua ali com sua personalidade astral viva e já não é uma criatura mortal.

Mas, se alguém fabricasse o corpo astral e após parasse, não continuasse trabalhando com o mercúrio, em novas existências degenerará. Depois ainda teria de se submeter a reincorporação em organismos inferiores de animais até eliminar o que tiver de Hanasmussen.

Meus queridos irmãos, há diversos reinos e, assim como aqui, tais remos são governados por devas ou hierarquias. Uma vez que se conseguiu a fabricação do corpo astral mediante o fogo e o mercúrio da filosofia secreta, devemos nos dedicar a trabalhar na fabricação do corpo mental.

Todo mundo pensa que tem um corpo mental próprio e isso é falso. As pessoas não têm mente própria, as pessoas têm muitas mentes. Pensem no seguinte: o eu é múltiplo. O eu é um conjunto de pessoas que cada um leva dentro. O corpo é uma máquina e através dessa máquina de repente expressa-se um eu, isto é, uma pessoa, porém essa pessoa sai e se mete outra. Depois, essa outra sai e se mete uma outra e assim sucessivamente. Total: o animal intelectual não tem individualidade definida. É uma máquina controlada por muitas pessoas, porém cada uma dessas pessoas chamadas eus têm uma mente diferente.

Como quer que são tantos os eus, as mentes são muitas. Cada eu tem a sua mente, suas idéias, seus critérios próprios etc. Então, meus queridos irmãos, onde está a mente individual do pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem? Onde está a mente desse pobre mamífero racional? Qual deles se é?

Infelizmente, devemos nos dar conta do que somos, se é que queremos uma transformação radical.

Depois que se conseguiu a fabricação do astral, temos de fabricar um corpo mental. E o faremos com o que? Com o mercúrio! Esse mercúrio se cristalizará no corpo da mente. Quando saberemos que temos uma mente individual? Quando pudermos usá-la. Quando formos capazes de viajar com o corpo mental através de todo o universo, de planeta em planeta. Só então saberemos que temos um corpo mental de carne e osso.

Quando já possuirmos verdadeiramente um corpo mental, partiremos para um trabalho mais avançado, começaremos a criar o corpo da vontade consciente, o corpo causal, usando sempre o mercúrio fecundado pelo enxofre. Portanto, o trabalho é ordenado. Primeiro se fabrica o corpo astral, em seguida o corpo da razão objetiva ou corpo mental e depois o corpo da vontade consciente ou corpo causal. Cada um destes corpos tem suas leis. O corpo físico está governado por 48 leis, o astral por 24, o mental por 12 e o causal por 6.

Vejam vocês as maravilhas dos corpos já fabricados. Esses corpos astral, mental e causal têm de fato seu princípio, sua alma humana. Assim nos convertemos em um homem real, verdadeiro, graças ao mercúrio da filosofia secreta fecundado pelo enxofre; um homem real no sentido mais completo da palavra.

Julgarmo-nos homens nestes momentos atuais é uma falsidade. Se colocarmos um homem e um animal intelectual juntos, veremos que os dois se parecem, há uma semelhança, porém, se observarmos seus costumes, veremos que são diferentes. Os costumes de um homem verdadeiro são tão diferentes dos do animal intelectual como os de um cidadão culto são completamente diferentes dos de um canibal da selva.

Observem em detalhe um homem um animal intelectual, observem seus comportamentos e formas e verão que são radicalmente distintos, diferentes, intimamente não se parecem em nada, ainda que a aparência física de ambos seja igual. Que nos animais intelectuais estão as possibilidades de se converter em homem isso é coisa bem diferente! Neles estão os germes dos corpos existenciais superiores do Ser! Tais germes são emanações do Sagrado Sol Absoluto que podem ser vivificados através do trabalho com a alquimia sexual e isto é importantíssimo!

Muito bem, uma vez recebido o princípio anímico, o qual chamaríamos na gnose de pneuma ou espírito, vem a segunda parte do trabalho que é bem mais profunda: trata-se de refinar mais o mercúrio e de se intensificar a eliminação do mercúrio seco e do sal vermelho.

Que é o mercúrio seco? Já dissemos que está formado ou representado pelos eus que carregamos dentro. Que é o sal vermelho ou enxofre arsenicado? e o fogo infra-sexual, o fogo que emana do abominável órgão kundartiguador. Para a criação dos corpos existenciais do Ser é necessária também a eliminação e a eliminação se intensifica na segunda parte do trabalho: a eliminação dos elementos indesejáveis, do mercúrio seco e do sal vermelho ou enxofre arsenicado.

No terceiro trabalho, meus estimados irmãos, na terceira cocção, porque são três cocções ou três purificações pelo ferro e pelo fogo, temos de converter os corpos existenciais superiores do Ser em veículos de ouro puro. De onde vai sair o ouro puro? Transporta-o o mercúrio… Assim como São Cristóvão leva o menino, assim também o mercúrio leva em si o ouro. Porém, necessita-se de um artífice que seja capaz de unir os átomos do ouro com o mercúrio.

Este artífice o temos todos dentro de nós mesmos, é uma das partes de nosso Ser: o alquimista particular de cada um de nós e que é conhecido como Antimônio. Que poderíamos fazer nós sem essa parte, sem esse alquimista? Felizmente, ele conhece a arte e é um grande artista. Ele sabe como irá conseguir a união dos átomos do ouro com o mercúrio.

Assim, pois, na terceira parte do trabalho é necessário que o corpo astral converta-se em ouro puro, em um veículo de ouro. Somente assim poderá ser recoberto pelas partes superiores do Ser ou pelas diferentes partes do Ser. O corpo mental deve ser convertido em um veículo de ouro. Somente assim ele poderá ser recoberto pelas distintas partes do Ser. O corpo causal também terá de se converter em ouro puro para que possa ser recoberto pelas diferentes partes do Ser.

Em seguida, a alma-espírito deverá se transformar em alma de ouro e por último, o mais valioso que temos, o Atman do qual falam os hindus, terá de se converter em ouro puro. Quando se conseguiu isto, quando todos os veículos foram recobertos pelas diferentes partes do Ser, quando todo o mercúrio seco e todo o sal vermelho foi eliminado, chega o nosso Pai. Ele levanta-se de seu sepulcro, entra em seu envoltório e ressuscita em nós e nós n’Ele.

Chegou-se ao mestrado. Quem chega a estas alturas ganha o Elixir da Longa Vida e assim poderá conservar seu corpo físico durante milhões de anos. Quem chega a estas alturas recebe a medicina universal e de seu organismo ficam erradicadas as enfermidades. Quem chega a estas alturas poderá transmutar o chumbo físico em ouro puro como o fizeram o Conde de Saint-Germain, Cagliostro, Raimundo Lullo, Nicolas Flamel e outros.

Porém, tacitamente Lúcifer entrou. Que tem que ver Lúcifer com o Bode de Mendes nesta questão? Por que Moisés tinha cornos de bode em sua testa com raios de luz? Meus irmãos, esse Lúcifer, diríamos, é a mina de onde vamos extrair o mercúrio. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro tem de enfrentar o dragão. Muitas vezes dissemos aqui que Miguel luta contra o dragão, São Jorge também luta contra o dragão. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro toma algo do dragão e o dragão algo do cavaleiro para fazer disso uma estranha criatura. Muitas vezes afirmamos que essa estranha criatura por sua vez, por desdobramento, que resulta como síntese, é o mercúrio, o qual é simbolizado pelo peixe que o pescador tira do lago com suas redes.

Assim, pois, desse Lúcifer extraímos todo o mercúrio e à medida que o tempo for passando, Lúcifer vai se convertendo todo em mercúrio até que no fim a única coisa que resta em nós é o Mercúrio.

Que é um Mestre Ressurrecto? Mercúrio já purificado e convertido em ouro. Por isso se o representa com a Taça de Alabastro, com o alabastro vivo, com a rosa elétrica que se espera. Há alguns Cavaleiros da Ordem Superior dos Ressurrectos, mas eles não têm organização física visível em nenhuma parte.

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Deus Jano

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Segundo a mitologia romana, mas também etrusca, Jano (do latim Janus ou Ianus) era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas, sendo absoluto somente a Divindade.

Em seu templo, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. Jano preside tudo o que se abre, é o deus tutelar de todos os começos; rege ainda tudo aquilo que regressa ou que se fecha, sendo patrono de todos os finais.

Jano foi a inspiração do nome do primeiro mês do ano (janeiro, do latim januarius), o qual foi acrescentado ao calendário por Numa Pompílio (715-672 a.C.), sucessor de Rômulo, personagem histórico-mítico que, segundo Plutarco, teria fundado Roma em 21 de março.

No entanto, este Ser Divino realmente foi somente o fruto da fértil imaginação dos mitólogos antigos ou é um personagem divino que verdadeiramente existe nas Dimensões Superiores da Natureza?

Para aclarar essa questão, vejamos o que o VM Samael diz a esse respeito:

“A primitiva religião de Jano, ou Jaino, quer dizer, a áurea, solar, e super-humana doutrina dos Jinas, à absolutamente sexual, tu o sabes.

Escrito está, com carvões acesos no Livro da Vida, que, durante a Idade de Ouro do Lácio e da Ligúria, o Rei Divino Jano ou Saturno (IAO, Baco, Jeová, Iod-Heve) imperou sabiamente sobre aquelas santas gentes, tribos árias todas, ainda que de muito diversas épocas e origens.

Então, ó Deus meu… Como em épocas semelhantes de outros povos da antiga Arcádia, poderia dizer-se que conviviam felizes Jinas e homens.

Dentro do inefável idílio místico, comumente chamado ‘Os Encantos da Sexta-feira Santa’, sentimos, no fundo de nosso coração, que nos órgãos sexuais existe uma força terrivelmente divina, que a mesma pode liberar ou escravizar o homem.

A energia sexual contém, em si mesma, o arquétipo vivente do autêntico Homem Solar que deve tomar forma dentro de nós mesmos.

Muitas almas sofredoras quiseram ingressar no Montsalvat transcendente, mas, desgraçadamente, isto é algo mais que impossível devido ao Véu de Ísis ou véu sexual adâmico.

Entre a bem-aventurança inefável dos paraísos Jinas, existe, certamente, uma humanidade divina que é invisível aos sentidos dos mortais, devido a seus pecados e limitações, nascidos do abuso sexual.

Escrito está e com caracteres de fogo no grande Livro da Vida que, na Cruz Jaina ou Jina, esconde-se, milagrosamente, o segredo indizível do Grande Arcano, a chave maravilhosa da transmutação sexual.

Não é difícil compreender que tal Cruz Mágica é a mesma Suástica dos grandes mistérios.

Entre o êxtase delicioso da alma que anela, podemos e até devemos pôr-nos em contato místico com Jano, o austero e sublime Hierofante Jina que, no velho continente Mu, ensinara a Ciência dos Jinas.

No Tibet secreto, existem duas escolas que se combatem mutuamente; quero referir-me, claramente, às instituições Mahayana e Jinayana*.

Em nosso próximo capítulo, falaremos sobre a primeira destas duas instituições; agora, só nos preocuparemos pela escola Jinayana.

É ostensível que o caminho Jinayana resulta, no fundo, profundamente Búdico e Crístico.

Neste Misterioso caminho encontramos, com assombro místico, os fiéis custódios do Santo Graal, ou Pedra Iniciática; quer dizer, da suprema Religião-Síntese que foi a primitiva da humanidade: a doutrina da Magia Sexual.

Jana, Swana ou Jaina é, pois, a doutrina desse velho Deus da luta e da ação, chamado Jano, o senhor divino de duas caras, transposição andrógina do Hermes egípcio e de muitos outros Deuses dos panteões Maias, Quichés e Astecas, cujas imponentes e majestosas esculturas cinzeladas na rocha viva ainda se podem ver no México.

O mito greco-romano conserva, ainda, a recordação do desterro de Jano, ou Jaino, à Itália, por haver arrojado, do céu, Cronos ou Saturno, quer dizer, a recordação legendária de seu descenso à Terra como instrutor e guia da humanidade, para dar a esta a primitiva religião natural Jina ou Jaina.

Jana, ou Jaina, é também, obviamente, a maravilhosa doutrina chino-tibetana de Dan, Chan Dzan, Shuan, Loan, Huan ou Dhyan-Choan, características de todas as escolas esotéricas do mundo ário, com raízes na submersa Atlântida.

A Doutrina Secreta, a Doutrina Jaina primitiva fundamenta-se na Pedra Filosofal, no sexo, no Sahaja Maithuna.

Doutrina Gnóstica infinitamente superior, por mais antiga, ao próprio Bramanismo, a primitiva escola Jinayana, é a da estreita senda que conduz à Luz.

Doutrina de salvação realmente admirável, da qual, na Ásia Central e na China, ficam muitíssimas recordações, como ficam também na Maçonaria Universal, onde ainda encontramos, por exemplo, a supervivência da simbólica Cruz Jaina ou Swastika (de Swan, o Hamsa, o Cisne, a Ave Fênix, a Pomba do Espírito Santo, ou Paráclito, Alma do Templo do Graal, Nous ou Espírito, que não é senão o Ser ou Dhyani do homem).

Ainda nestes tempos modernos, todavia, podemos achar rastros, na Irlanda, desses vinte e três profetas Djinas ou conquistadores de almas que foram enviados em todas as direções do mundo pelo fundador do Jainismo, o Rishi-Baja-Deva.

Nos instantes em que escrevo estas linhas, vêm à minha memória recordações transcendentais.

Num dos tantos corredores de um antigo palácio, não importa a data nem a hora, bebendo água com limão em taças deliciosas de fino bacará, junto com um grupo muito seleto de Elohim, disse: ‘Eu necessito descansar por um tempo na Felicidade, faz vários Mahavântaras que estou ajudando a humanidade e já estou cansado’.

‘A maior felicidade é ter Deus dentro, contestou um Arcanjo muito amigo…’

Aquelas palavras me deixaram perplexo, confuso; pensei no Nirvana, no Maha-Paranirvana etc.

Habitando em regiões de tão intensa felicidade, poderia, acaso, alguma criatura não ser feliz? Como? Por quê? Por não ter a Mônada dentro?

Consultando o VM Janus

Cheio, pois, de tantas dúvidas, resolvi consultar o velho sábio Jano, o Deus vivente da Ciência Jinas. Antes de entrar em sua Morada, fiz, ante o Guardião, uma saudação secreta; avancei ante os Vigilantes e os saudei com outra saudação e, por último, tive a dita de encontrar-me frente ao Deus Jano.

Jano e Minerva

‘Falta outra saudação’, disse o Venerável. Não há melhor saudação que a do coração tranquilo, assim respondi, enquanto, devotadamente, punha minhas mãos no Cárdias.

‘Está bem’, disse o Sábio.

Quando quis fazer-lhe perguntas que dissipassem minhas mencionadas dúvidas, o Ancião, sem falar nem uma só palavra, depositou a resposta no fundo de minha Consciência.

Tal resposta podemos resumi-la assim: Ainda que um homem habitasse o Nirvana ou qualquer outra região de ditas infinitas, se não tivesse Deus dentro, não seria feliz‘.

‘Entretanto, se vivesse nos mundos infernos ou no cárcere mais imundo da Terra, tendo Deus dentro, seria feliz.’

Concluiremos este capítulo dizendo: A Escola Jinayana, com seu esoterismo profundo, nos conduz pela via sexual até a encarnação do Verbo e a Liberação final.

Oremos…”

(Samael Aun Weor, O Mistério do Áureo Florescer)
______________________
*Jinayana ou Hinayana, geralmente interpretado como o Pequeno Veículo do Budismo. Na realidade, segundo a Gnose, este é um termo antiquíssimo, atlante, que se disseminou em diversas épocas e lugares, sendo por isso encontrado em todos os lugares, como nos explica o VM Samael no texto acima.

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O Selo na testa da humanidade

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No supremo instante do Êxtase, nós, os Irmãos, entramos pelas portas do Templo de Jerusalém. Nesse vale de amarguras só ficou o Muro das Lamentações. Sem embargo, o Templo ainda existe nos Mundos Superiores. Nós passeamos cheios de dor por seus pátios e por seus corredores.

Contemplamos suas olímpicas colunas, com seus formosos capitéis, e suas câmaras, e seus vasos de ouro e de prata, e suas púrpuras e seus reclinatórios.

No Sanctum Sanctorum do templo não mais resplandece a glória do Senhor Jeová. O santuário foi assolado. O santuário foi profanado.

Já não está mais ali a Arca da Ciência, com seus sagrados querubins acoplados, terrivelmente divinos. Agora, só vemos dentro do Sanctum Sanctorum do templo o Senhor das Angústias.

Imagem do Cristo Sofredor

Ali está a sua imagem sagrada. Imagem que tem vida. Ali está a imagem do Adorável e os judeus riem dele, e dizem: “Esse é o que sonhou ser o Messias prometido e nós não cremos nele”.

Todos riem. O santuário foi profanado, o Véu do Templo foi rasgado porque o Santuário já havia sido profanado. Ao matarem o Cristo, profanou-se o Santuário. Nós, os Irmãos do Templo, passeamos pelo interior dele.

O pátio dos sacerdotes estava cheio de esportistas e mercadores. Nisso é que terminou o sagrado Templo de Jerusalém. A humanidade crucificou o Cristo e firmou, com sangue inocente, sua própria sentença de morte.

A Misericórdia infinita nos concedeu, sem embargo, um pouco mais de tempo para que nos definíssemos por Cristo ou por Javé, pela Loja Branca ou pela Negra.

Merecíamos todos ter sido destruídos pelo espantoso e horrível sacrilégio. O Cristo assassinado, e o santuário, profanado. Porém, a Misericórdia infinita nos deu um pouco mais de tempo, para que estudássemos a Doutrina do Cristo e elegêssemos o Caminho.

Muro das Lamentações – Jerusalém – Palestina

“E depois dessas coisas [que ocorreram em Jerusalém], vi quatro anjos que estavam sobre os quatro ângulos da terra [os quatro Arquivistas do Carma, os quatro Devarajas], detendo os quatro ventos da terra para que não soprasse vento sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre nenhuma árvore” (Apocalipse 7: 1).

Eles governam os quatro ventos e controlam com a Lei os quatro pontos da terra.

O Profeta viu os quatro santos detendo a Lei, detendo os quatro ventos da terra para que não soprasse vento sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre nenhuma árvore. Os quatro santos detiveram a Lei, o castigo que pesa sobre a cabeça da humanidade, que assassinou Cristo. A Misericórdia infinita nos deu tempo para estudar a doutrina do Senhor e voltar ao Bom Caminho.

“E vi outro anjo que subia do nascimento do sol, tendo o Selo do Deus Vivo [o Selo de Salomão], e clamou com grande voz aos quatro anjos, aos quais era dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não façais dano à terra nem ao mar, nem às árvores, até que assinalemos os servos de nosso Deus em suas frontes.” (Ap. 7: 2,3)

O bodhisatva do anjo que tem o Selo do Deus vivo em suas mãos está agora reencarnado, neste século 20. Tem corpo feminino e é um especialista maravilhoso dos estados Jinas. Seu nome sagrado não o devemos divulgar.

Esse anjo disse a nós todos a seguinte verdade: “Vamos salvar as gentes desta rua em dez dias”.

Nós entendemos que se trata da rua dos justos. Uma das ruas da Grande Babilônia. Os dez dias simbolizam a roda dos séculos. A roda da reencarnação e do Carma.

Necesitou-se de um tempo para que as pessoas estudassem a Doutrina do Cristo e se definissem por Cristo ou por Javé, pela Loja Branca ou pela Negra.

Os servos de Deus já foram selados em suas frontes. Os Servos de Satã também já foram selados em suas frontes. Os tempos do fim já chegaram, e nós estamos neles. Os dez dias já se venceram, e os tempos do fim já chegaram.

O Selo de Salomão é a suprema afirmação do Cordeiro e a suprema negação de Satã. Hilariux IX disse: “Seus dois triângulos que o amor junta ou separa são as lançadeiras con que se tece e destece o tear de Deus”. As seis pontas do Selo do Deus Vivo são masculinas. As seis entradas fundas que existem entre uma ponta e outra são femininas.

Total: esse Selo do Deus Vivo tem 12 raios, seis masculinos e seis femininos. Esses 12 raios se cristalizam mediante a Alquimia Sexual nas 12 constelações do Zodíaco. Essas 12 constelações zodiacais são os 12 filhos de Jacó. Toda a Humanidade divide-se em 12 tribos: as 12 tribos de Israel.

Com o Selo do Deus Vivo a Humanidade fica classificada. A maioria já recebeu a Marca da Besta em suas frontes e em suas mãos. Uns poucos receberam o Sinal do Cordeiro em suas frontes.

Os 4 Anjos da Terra, executores do Carma Mundial

“E ouvi o número dos assinalados: 144 mil assinalados de todas as tribos dos filhos de Israel”. (Ap. 7: 4) Somando cabalisticamente os números entre si teremos o número nove: 1 + 4 + 4 = 9. Nove é a Nona Esfera (o sexo): Só serão salvos os que tiverem chegado à castidade absoluta.

Hoje, 5 de setembro de 1958

A grande tempestade se avizinha. O céu está cheio de negras e ameaçadoras nuvens que o relâmpago ilumina. Por todo lado sopra uma brisa gelada de morte. Todos nós temos chorado muito. Temos suplicado a um vigilante e santo muito terrível; temos-lhe rogado, temos-lhe proposto um negócio para conjurar a terrível tempestade que aparece ameaçadora sobre a pobre Humanidade doente. Temos pedido uma chave para conjurar a tempestade… Porém, tudo foi inútil.

Os tempos venceram, e aqueles que não aceitaram a Doutrina do Senhor se fundirão no Abismo. Só serão salvos os justos: aqueles que já receberam o Sinal de Deus em suas frontes, aqueles que chegaram à suprema castidade. São cento e quarenta e quatro mil os justos que serão salvos. Realmente, só a suprema castidade e o supremo amor a toda a humanidade doente conseguem o milagre divino de nossa cristificação.

Devemos beijar com suprema adoração o látego do verdugo que nos odeia. Devemos purgar nossa mente de todo desejo. Devemos vigiar o eu em todos os níveis de consciência. Muitos devotos fiéis e sinceros que alcançaram a castidade neste vale de lágrimas, eram terrivelmente fornicários no mundo da Mente Cósmica. Haveis meditado, alguma vez, no perigo das imagens eróticas? Recordai que dentro da mente tendes um hábil tradutor. Esse tradutor é o eu.

O eu trai os devotos da Senda. O eu cria efígies mentais, demônios viventes do Plano Mental. As salas de cinema são verdadeiros templos de magia negra do Mundo Mental. A mente cria efígies viventes, demônios tentadores absolutamente iguais às imagens eróticas que vimos no cinema, ou nos jornais ou revistas pornográficas.

O eu nos trai em outros níveis de consciência: uma simples palavra irônica significa violência no Plano Mental.

Necessitamos amar, adorar a nossos piores inimigos. Necessitamos chegar à suprema castidade em todos os níveis da consciência. Necessitamos dar até a última gota de sangue por esta adorável Humanidade. Nossos lábios devem beijar os pés daqueles que mais nos odeiam e maldizem. Nossas mãos só devem levantar-se para abençoar o inimigo que nos cospe e açoita.

São cento e quarenta e quatro mil os santos cristificados. Isso significa lavar nossos pés nas águas da renúncia. Isso significa castidade suprema, santidade suprema e supremo amor por todos os milhões de seres que povoam o mundo.

Deve-se baixar à Nona Esfera para trabalhar com o Fogo e a Água, origem de mundos, bestas, homens e deuses. Toda autêntica Iniciação Branca começa aí.

Deve-se trabalhar com o Arcano AZF. Só assim será possível receber o Sinal de Deus na fronte.

“E ouvi o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados de todas as tribos de Israel. Da tribo de Judá, 12 mil assinalados. Da tribo de Ruben, 12 mil assinalados. Da tribo de Gad, 12 mil assinalados. Da tribo de Aser, 12 mil assinalados. Da tribo de Neftali, 12 mil assinalados. Da tribo de Manassés, 12 mil assinalados. Da tribo de Simeão, 12 mil assinalados. Da tribo de Levi, 12 mil assinalados. Da tribo de Issacar, 12 mil assinalados. Da tribo de Zabulão, 12 mil assinalados. Da tribo de José, 12 mil assinalados. Da tribo de Benjamin, 12 mil assinalados.” (Ap. 7: 5-8)

Toda a pobre Humanidade divide-se em 12 tribos. Toda a Humanidade opera e desenvolve-se na matriz zodiacal. O Zodíaco é um útero dentro do qual é gestada a Humanidade. Essas 12 tribos zodiacais só podem receber o Sinal de Deus em sua frontes praticando o Arcano AZF.

De cada uma das 12 tribos zodiacais há somente 12 mil assinalados. Eis aqui o Arcano 12 do Tarô, este Arcano está representado por um homem dependurado por um pé.

As mãos atadas nas costas formam, com a cabeça, um triângulo com a ponta para baixo, e suas pernas uma cruz por cima do triângulo. Eis aí o ligamento da cruz com o triângulo. Eis aí a Magia Sexual. Eis aí o Arcano AZF. Eis aí a Obra realizada, o homem vivente que não toca a terra mais do que com o pensamento.

Toda a ciência da Alquimia Sexual foi gravada por Hermes em uma esmeralda. Eis aqui os preceitos que se referem à Grande Obra:

“Tu separarás a terra do fogo, o sutil do áspero, com grande indústria. Sobe da terra ao céu, e de rechaço desce à terra, e recebe a força das coisas superiores e inferiores. Tu terás por esse meio a glória de todo o mundo, e por isso toda a obscuridade fugirá de ti. És a força forte de toda força, porque ela vencerá toda coisa sutil e penetrará toda coisa sólida. Assim foi criado o mundo”.

A chave fundamental da Grande Obra está na união sexual.

A fórmula do Grande Arcano é a seguinte: “Inmisio membri virili in vagina feminae sine ejeculatium Seminis”.

Não ejacular jamais o Mercúrio da Filosofia Secreta. Evitar o orgasmo fisiológico. Esta é a chave fundamental da Grande Obra. Realmente, a entidade do sêmen resulta sendo, no fundo, o mesmo Mercúrio da filosofia secreta que ao ser fecundado pelo Enxofre (o fogo vivo), se converte no mestre e regenerador do Sal (o homem terreno).

Só 12 mil assinalados de cada uma das 12 tribos de Israel serão salvos do Grande Cataclismo (essa quantidade é simbólica). Somente aqueles que tiverem conseguido o ligamento da Cruz-Homem com o Triângulo-Espírito serão salvos.

Samael Aun Weor, O Mistério do Apocalipse Revelado

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No livro A Águia Rebelde (gratuitamente, na Área Reservada do GnosisOnline), o VM Rabolu esclarece um pouco mais sobre as “marcas da Besta” na testa e na palma da mão da humanidade:

Pergunta: Mestre, eu tenho uma pergunta, com respeito às marcas da besta, que todo ser humano aparentemente tem na fronte. Seriam os cornos? E se supõe que também haja marcas nas mãos e também existe uma caudazinha, não? Eu quero saber, no caminho iniciático, isso se vai apagando ou é uma luta, ou de que forma essa marca desaparece?
Rabolu: Quando se começa o caminho da morte, ou seja, o dos Três Fatores, pode ter havido chifres, apagam-se.

P: E quem os apaga?
Rabolu: Nós mesmos vamos apagando. Com a mudança que damos em nossos atos, nós mesmos os temos de apagar.

P: Deixa de ser bestial. Isso é a besta?
Rabolu: Sim, sim! Vai-se mudando seu modo de atuar, então desaparecem.

P: E em que consiste a marca na mão?
Rabolu: A mesma coisa. Tudo isso muda com os Três Fatores.

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O julgamento da Grande Rameira

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A Humanidade foi julgada, este julgamento finalizou-se no dia 27 de outubro de 1950, e suas consequências já estão se materializando.

Reuniram-se num Congresso Cósmico os Sete Logoi planetários para julgar os crimes de lesa-divindade da Humanidade do planeta Terra.

Os Sete Arcanjos Planetários, ou Logoi (Gabriel, Rafael, Uriel, Michael, Samael, Zachariel e Orifiel), e grandes mestres dos altos escalões da Grande Fraternidade Branca – como Sanat Kumara, Bhagavan Aclaiva, Huiracocha e Rasmussen – estavam entre os presentes.

Um por vez, os Sete Logoi foram tomando a palavra e objetivamente enumeraram os crimes espantosos que esta humanidade mecânica tem cometido.

Tomou primeiramente a palavra o Logos Gabriel, o Gênio planetário da Lua. Começou a enumerar cada um dos crimes contra Selene: abortos, mães que não dão leite a seus filhos, adultérios contra a Mãe Natureza, ligamento de trompas, enxertos, injeção de hormônios, uso de enlatados, abuso com vacinas etc. etc.

Em algumas de suas frases, escutava-se o seguinte: “É mais do que claro que aqueles que introduzem em seus organismos substâncias animais unem essa mônada à sua própria, individual, afetando de maneira terrível a evolução do animal e do homem, ou seja, não entram no Reino e nem deixam entrar”.

A seguir, citou alguns crimes abomináveis contra a reprodução: homossexualismo masculino e feminino, atos contra a natureza (por exemplo, ato sexual com mênstruo), masturbação, fornicação em geral. É inquestionável que os bancos de sangue que ‘dizem’ que salvam a vida humana já foram julgados pela Lei do Karma: cada vez que se realiza uma transfusão de sangue, esta converte, pouco a pouco, o planeta Terra em um gigantesco pacto de sangue… Os homens são máquinas profanadoras dos Mistérios da Vida e da Morte.”

Tomou a palavra o Logos Rafael, Deus de Mercúrio. Foram enumerados, um por um, os crimes contra a Sabedoria: “Todos os antigos médicos sabiam que a causa de todas as enfermidades é psíquica. Os antigos Hierofantes de Mistérios sabiam que se quisermos curar o corpo físico é preciso curar a psique. Naquela época nenhum médico podia tocar o corpo de seu paciente. As ‘operações’ em casos extremos eram realizadas nos Mundos Internos. ‘A medicina é um sacerdócio'”.

O Pai da Medicina, que oficia nos Mundos Internos, é Rafael, o Gênio do planeta Mercúrio. Juntamente com Rafael, atuam grandes Mestres da Medicina, como Hermes Trismegisto, Paracelso, Hipócrates, Galeno, Adonai, Esculápio, Ismun, Plutão, Huiracotcha etc.

O Logos Rafael enumerou os principais crimes contra Mercúrio: indivíduos que sacrificam uma Mãe no momento de dar à luz, ignorantes que não sabem que a Consciência Divina penetra no organismo do menino somente quando inala o primeiro alento de vida…

Extração do líquido encefalorraquidiano, ou seja, profanação da coluna vertebral – no Caminho da Vida, os Deuses Siderais dirigiram um polo da Corrente Crística para cima e formaram a coluna vertebral e o cérebro, e o outro polo foi dirigido para baixo e formaram os órgãos sexuais. Esses pseudocientistas profanaram a função sexual e a coluna vertebral…

Transplante de coração e vísceras, de órgãos, banco de sêmen (isso é muito pior que um pacto de sangue), que une a Corrente de Vida a formas tenebrosas e essa violação é cobrada nos mundos infernais por 400 anos.

Em seguida, tomou a palavra o Logos de Vênus, Uriel. Montado em sua carruagem rosada, repartiu a cada um dos Logoi uma rosa, e começou a enumerar, um a um, os crimes cometidos contra a Estrela do Amor:

– Fraude moral: homens e mulheres que juram amor eterno e nunca o cumprem; que utilizam a palavra Amor para justificar seus erros e suas paixões; são máquinas humanas que escondem seus delitos atrás de uma máscara.
– Os homossexuais, que em nome do Amor profanam a vida humana e engendram vampiros abomináveis.
– As lésbicas imundas que por trás da palavra Amor criam vampiros homossexuais.
– Os zoofílicos, tricerebrados que realizam atos sexuais com animais.
– Os necrofílicos, bestas humanas que realizam atos sexuais com cadáveres.
– Os “donjuans”, que realizam atos sexuais com repetição indiscriminadamente; os “casanovas” que se envolvem no lodo da promiscuidade até perder a vida em espasmos imundos; e os “homens-diabos”, também conhecidos como tântricos negros, que são os que utilizam as técnicas da transmutação para suas satisfações carnais, ou ainda, os que derramam suas energias sexuais e logo as reabsorvem com práticas imundas.
– Os anacoretas ou ascetas que preferem polução noturna em vez de se casarem.
– Os masturbadores sádicos, masoquistas, narcisistas etc.

A seguir, tomou a palavra o Logos Michael, através de seu Bodhisatva, a alma divina de Nosso Senhor Jesus Cristo, reitor do planeta Terra e Gênio do Sol. Ele disse: “De nada serviu a representação do Drama Cósmico no calvário em seus aspectos Iniciação, Ressurreição e Ascensão. Eu lhes disse: se vos amardes uns aos outros, provareis que sois meus discípulos, meus seguidores. As máquinas humanas não são capazes de amar seus amigos, muito menos seus inimigos. Essas máquinas humanas profanaram os Mistérios Crísticos. Não nasci no planeta Terra para julgar religião de espécie alguma, mas para ensinar o Caminho para a liberação, e criaram-se mais de 3 mil seitas tenebrosas em meu nome.

Eu lhes disse: Dizei sempre a Verdade, porque o que mente peca contra o Pai; amai os outros porque aquele que odeia afasta-se do filho; e também disse: não fornicarás porque aquele que fornica se afasta do Espírito Santo. Existem pessoas piedosas que têm dito em meu nome mentiras com boas intenções, seres que levantam falsos testemunhos, que falam sem conhecimento de causa, que fornicam com o verbo difamador, adúlteros, assassinos, mercadores do templo que seguem comercializando com a Sabedoria; simoníacos que acreditam que a Sabedoria pode ser obtida com dinheiro…

Depois tomou a palavra o Logos de Marte, Samael: “A Grande Babilônia caiu por seus vícios e abominações. O mal do mundo é tão grande que já chega aos céus, nos Mundos Superiores. Vejo essa Grande Babilônia, a Grande Rameira, como uma mulher vestida de Escarlate, que se diz profetiza, ou seja, a ciência materialista…”

Dirigindo seu olhar à sua Mãe Divina, que o acompanhava, pergunta-lhe: “Minha Adorável Mãe, o que devo fazer agora por essa humanidade doente?” Sua Mãe lhe responde: “A ti, Samael, corresponde abrir o beco sem saída em que se encontra a humanidade para que eu os mate”.

Fala agora o Regente da Justiça, o Deus de Júpiter, o Logos Zachariel: “À Babilônia, esse monstro de mil cabeças, já lhe demos muitas oportunidades. Já enviamos avataras, mestres, gênios, gurus, devas, e eu mesmo já desci lá. Essa humanidade mecânica profanou as Tábuas da Lei e se converteu em adoradora do Bezerro de Ouro; profanou os ensinamentos do Senhor Jeová, assassinou os Budas, o Cristo hindu Babaji, profanou o Tibet, assassinou o Cristo…”

Dirigindo um quieto olhar ao Quinto Logos, Samael, disse-lhe: “Cabe a ti, Samael, destruir com força guerreira esta geração bastarda. Porém, deverás levar a mim a Semente, o Seleto, o escolhido, para a Era de Sagitário”.

Finalmente, tomou a palavra o Logos Orifiel, o regente da vida e da morte, Reitor de Saturno. Dirigiu seu olhar aos seis Cosmocratores, levantou a Gadanha e com ela apontou os Mundos Infernos, e ficou em silêncio. Os Sete Logoi colocaram-se de pé, olharam os mundos submersos, estenderam suas mãos direitas com o dedo indicador para baixo, e condenaram a Humanidade ao Abismo.

A finalização do Grande Julgamento Cósmico deu-se no dia 27 de outubro de 1950, fato que já está se materializando com o início das grandes catástrofes, alterações climáticas, aumento do número de erupções vulcânicas e de terremotos, tudo isso causado pela aproximação do Grande Vingador: Hercólobus.

(Este texto foi entregue pela VM Litelantes em um Monastério Gnóstico para Missionários e trazido por um instrutor gnóstico no início da década de 1980.)

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A disciplina

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Os professores de escolas, colégios e universidades dão muita importância à disciplina e nós devemos estudá-la neste capítulo detidamente.

Todos nós que passamos por escolas, colégios e universidades sabemos bem o que é a disciplina: regras, palmatórias, repreensões etc.

Disciplina é isso que se chama cultivo da resistência. Os professores de escola ficam encantados em cultivar a resistência.

Ensinam-nos a resistir, a erguer algo contra alguma coisa. Ensinam-nos a resistir às tentações da carne, a nos açoitarmos e a fazermos penitência para resistir. Ensinam-nos a resistir às tentações que traz a preguiça: tentações para não estudar, para não ir à escola, e a brincar, rir, zombar dos professores, violar os regulamentos etc.

Os professores e professoras têm o conceito equivocado de que, mediante a disciplina, poderemos compreender a necessidade de respeitar a ordem da escola, a necessidade de estudar, de guardar compostura diante deles, de nos comportarmos bem com os demais alunos etc.

 

disciplina1

Existe entre as pessoas o conceito equivocado de que quanto mais resistirmos, quanto mais repelirmos, mais nos tornaremos compreensivos, livres, plenos e vitoriosos. Não querem se dar conta de que quanto mais lutarmos contra alguma coisa, quanto mais a repelirmos, quanto mais resistirmos a ela, menor será a compreensão.

Se lutamos contra o vício da bebida, este desaparecerá por um tempo, mas como não o compreendemos a fundo, em todos os níveis da mente, ele retornará mais tarde, quando nos descuidemos da guarda, e beberemos de uma vez por todo o ano.

Se repelimos o vício da fornicação, por um tempo seremos aparentemente bem castos, porém, em outros níveis da mente, continuamos sendo espantosos sátiros, como bem podem demonstrar os sonhos eróticos e as poluções noturnas.

Depois, voltamos com mais força às nossas antigas andanças de fornicários irredentos, devido ao fato concreto de não termos compreendido a fundo o que é a fornicação.

Muitos são os que rechaçam a cobiça, os que lutam contra ela, os que se disciplinam contra ela seguindo determinadas normas de conduta. Mas, como não compreenderam de verdade todo o processo da cobiça, terminam no fundo cobiçando não ser cobiçosos.

Muitos são os que se disciplinam contra a ira, os que aprendem a resisti-la, mas ela continua existindo em outros níveis da mente subconsciente, mesmo quando aparentemente tenha desaparecido de nosso caráter. Ao menor descuido, o subconsciente nos atraiçoa e trovejamos e relampejamos cheios de ira. E quando menos esperamos e talvez por algum motivo sem a menor importância.

São muitos os que se disciplinam contra o ciúme e por fim creem firmemente que o extinguiram. Mas, como não o compreenderam, é claro que aparece novamente em cena, e justamente quando já o julgávamos bem mortos.

Só com plena ausência de disciplinas, só em liberdade autêntica, surge na mente a ardente labareda da compreensão.

A liberdade criadora não pode existir jamais dentro de uma armadura. Precisamos de liberdade para compreender nossos defeitos psicológicos de forma integral. Precisamos com urgência derrubar muros e romper grilhões de aço para sermos livres.

Temos que experimentar por nós mesmos tudo aquilo que os professores na escola e os pais em casa disseram que é bom e útil. Não basta aprender de memória e imitar. Necessitamos compreender.

Todo o esforço dos professores e professoras deve ser dirigido à consciência dos alunos. Devem se esforçar para que eles entrem no caminho da compreensão.

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Não é suficiente dizer aos alunos que devem ser isto ou aquilo. É preciso que os alunos aprendam a ser livres para que possam por si mesmos examinar, estudar e analisar todos os valores, todas as coisas que lhes disseram ser boas, úteis, nobres; não basta meramente aceitá-las e imitá-las.

As pessoas não querem descobrir por si mesmas, têm as mentes fechadas estúpidas; mentes que não querem indagar; mentes mecânicas que jamais indagam e que só imitam.

É necessário, urgente e indispensável que os alunos e alunas, desde a mais tenra idade até o momento de abandonar as aulas, gozem de verdadeira liberdade para descobrir por si próprios, para inquirir, para compreender, a fim de não ficarem limitados pelos abjetos muros das proibições, censuras e disciplinas.

Se aos alunos se diz o que devem e o que não devem fazer e não se lhes permite compreender e experimentar, onde então está a sua inteligência? Qual foi a oportunidade que se deu à inteligência?

Para que serve passar em exames, se vestir bem, ter muitos amigos, etc., se não somos inteligentes?

A inteligência só virá a nós quando formos verdadeiramente livres para investigar por nós mesmos, para compreender, para analisar independentemente sem temor à censura e sem o castigo das disciplinas.

Os estudantes medrosos, assustados, submetidos a terríveis disciplinas, jamais poderão saber. Jamais poderão ser inteligentes.

Hoje em dia, a única coisa que interessa aos pais de família e aos professores é que os alunos façam uma carreira, que se tornem médicos, advogados, engenheiros, contadores etc., isto é, autômatos viventes. Que depois se casem e se convertam em máquinas de fazer bebês. Isso é tudo!

Quando um rapaz ou uma moça quer fazer alguma coisa nova, diferente, quando sente a necessidade de sair dessa armadura de preconceitos, hábitos antiquados, regras, tradições familiares, nacionais etc., os pais de família apertam mais os grilhões da prisão e dizem ao rapaz ou à moça: “Não faça isso, não estamos dispostos a te apoiar nisso! Essas coisas são loucuras” etc.

Total: o rapaz ou a garota ficam formalmente presos no cárcere das disciplinas, tradições, costumes antiquados, ideias decrépitas etc.

A Educação Fundamental ensina a conciliar a ordem com a liberdade.

A ordem sem liberdade é tirania. A liberdade sem ordem é anarquia. Liberdade e ordem sabiamente combinadas constituem a base da Educação Fundamental.

Os alunos devem gozar de perfeita liberdade para averiguar por si mesmos, para inquirir, para descobrir o que há realmente de certo nas coisas e aquilo que podem fazer na vida.

Os alunos e alunas, os soldados e os policiais e em geral todas as pessoas que têm de viver submetidas a rigorosas disciplinas, costumam se tornar cruéis, insensíveis à dor humana, impiedosas…

A disciplina destrói a sensibilidade humana e isto já está totalmente demonstrado pela observação e pela experiência.

Devido a tantas disciplinas e regulamentos, as pessoas desta época perderam totalmente a sensibilidade e se tornaram cruéis e impiedosas. Para sermos verdadeiramente livres, temos de ser muito sensíveis e humanitários.

Nas escolas, colégios e universidades, se ensina aos estudantes que devem prestar atenção durante a aula, e os alunos e as alunas prestam atenção para evitar a censura, o puxão de orelhas, a batida com a régua, etc. Porém, infelizmente, não se lhes ensina a compreender realmente o que é a atenção consciente.

Por disciplina, o estudante presta atenção e gasta energia criadora muitas vezes de forma inútil.

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A energia criadora é o tipo mais sutil de força fabricado pela máquina orgânica.

Nós comemos e bebemos e todos os processos da digestão são, no fundo, processos de sutilização, em que as matérias grosseiras se convertem em matérias e forças úteis. A energia criadora é o tipo de matéria e de força mais sutil elaborado pelo organismo.

Se soubermos prestar atenção conscientemente, poderemos economizar energia criadora. Infelizmente, os professores e professoras não ensinam aos seus discípulos o que é a atenção consciente.

A energia criadora é o tipo mais sutil de força fabricado pela máquina orgânica.

Nós comemos e bebemos e todos os processos da digestão são, no fundo, processos de sutilização, em que as matérias grosseiras se convertem em matérias e forças úteis. A energia criadora é o tipo de matéria e de força mais sutil elaborado pelo organismo.

Se soubermos prestar atenção conscientemente, poderemos economizar energia criadora. Infelizmente, os professores e professoras não ensinam aos seus discípulos o que é a atenção consciente.

Para onde quer que dirijamos a atenção, gastamos energia criadora. Poderemos economizar essa energia se dividirmos a atenção, se não nos identificarmos com as coisas, com as pessoas ou com as ideias.

Quando nos identificamos com as pessoas, as coisas ou com as ideias, nos esquecemos de nós mesmos e perdemos energia criadora da forma mais lastimável.

É urgente saber que precisamos economizar a energia criadora para despertar a consciência, e que a energia criadora é o potencial vivo, o veículo da consciência, o instrumento para despertar a consciência.

Quando aprendemos a não nos esquecermos de nós mesmos, quando aprendemos a dividir a atenção em sujeito, objeto e lugar, economizamos energia criadora para despertar a consciência.

É preciso aprender a dirigir a atenção para despertar a consciência, mas os alunos e as alunas nada sabem sobre isto porque seus professores e professoras não lhes ensinaram.

Quando aprendemos a usar a atenção conscientemente, a disciplina fica sobrando.

O estudante ou a estudante atento em sua classe, à sua lição, em ordem, não precisa de qualquer espécie de disciplina.

É urgente que os professores compreendam a necessidade de conciliar inteligentemente a ordem e a liberdade, e isto só é possível com a atenção consciente.

A atenção consciente exclui isso que se chama identificação. Quando nos identificamos com as pessoas, com as coisas ou com as ideias, vem a fascinação e esta produz o sonho da consciência.

Há que saber prestar atenção sem se identificar. Quando prestamos atenção em algo ou alguém e nos esquecemos de nós mesmos, o resultado é a fascinação e o sonho da consciência.

Observem cuidadosamente alguém que está vendo um filme no cinema. Encontra-se adormecido. Ignora a tudo e a si mesmo, está oco, parece um sonâmbulo. Sonha com o que vê no filme, com o herói da aventura.

Os alunos e alunas devem prestar atenção nas aulas sem se esquecerem de si mesmos, para não caírem no espantoso sonho da consciência.

O aluno deve ver a si mesmo em cena quando estiver prestando exame ou quando estiver no quadro negro por ordem do professor, quando estiver estudando, descansando ou brincando com seus colegas.

A atenção dividida em três partes: sujeito, objeto e lugar, é de fato atenção consciente.

Quando não cometemos o erro de nos identificar com as pessoas, com as coisas ou com as ideias, economizamos energia criadora e nos precipitamos no despertar da consciência.

Quem quiser despertar a consciência nos mundos superiores, deve começar por despertar aqui e agora.

Quando o estudante comete o erro de se identificar com as pessoas, as coisas ou as ideias, quando comete o erro de se esquecer de si mesmo, cai na fascinação e no sonho.

A disciplina não ensina os estudantes a prestar atenção conscientemente. A disciplina é uma verdadeira prisão para a mente.

Os alunos e alunas devem aprender a dirigir a atenção consciente desde os bancos da escola, para que mais tarde, na vida prática, fora da escola, não cometam o erro de se esquecerem de si mesmos.

O homem que se esquece de si mesmo diante de um insultador, identifica-se com ele, fascina-se e cai no sono da inconsciência. Então, fere ou mata e vai para a prisão inevitavelmente.

Aquele que não se deixa fascinar com o insulto, aquele que não se identifica com ele, aquele que não se esquece de si mesmo, aquele que sabe usar sua atenção conscientemente, seria incapaz de dar valor às palavras do insultador, de feri-lo ou de matá-lo.

Todos os erros que o ser humano comete na vida são devidos a que se esquece de si mesmo, se identifica, fascina-se e cai no sonho.

Melhor seria que para a juventude, para todos os estudantes, se os ensinássemos o despertar da consciência, ao invés de escravizá-los com tantas disciplinas absurdas.

 

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A religião marciana e o símbolo da Divindade

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Este texto foi retirado do livro Estive em Marte, de autoria do discípulo de Guglielmo Marconi, Narciso Genovese, que visitou o Planeta Vermelho. Entre outros ensinamentos que Genovese trouxe dessa viagem interplanetária, está o ensinamento de um sábio desse planeta vizinho, que explica o conceito de “Religião” para eles. Portanto, este texto foi orientado por um irmão do planeta Marte para nós, habitantes da Terra. Que e quem é o Deus dos marcianos? Saberemos um pouco mais, lendo e meditando sobre o texto a seguir:

Vemo-nos rodeados de tantas coisas das quais é difícil o entendimento, que devemos forçosamente admiti-las sem compreendê-las. Contudo, se raciocinarmos com um pouco de filosofia, ou se tão somente refletirmos um pouco seriamente, veremos que tudo em nosso redor evolui e muda.

Tudo quanto muda teve princípio e tem fim. Nada que teve princípio e fim pode haver principiado sem uma causa externa, a causa primeira, que deve ser imutável, ou seja, sem princípio nem fim.

Essa causa é intrinsecamente ativa, a manifestação de sua atividade é extrínseca, causa de outras, princípio, e por isso, fim de outras causas e motivo de ser de outros princípios.

Deus é a causa primária de quanto é ou existe, é o princípio e o motivo do princípio de todas as coisas, com maior razão e mais diretamente do ser racional que mais que todas as coisas a ele se assemelha e, único entre todas, o reconhece e participa em maior graus de sua Essência.

Essa Causa Suprema é o que nós chamamos SÚNDI, Deus.

Tânio, a capital marciana, encontra-se no Hemisfério Ocidental do planeta. A capital comporta, atualmente, 250 mil habitantes. E o total de pessoas em todo o planeta é de 600 milhões de pessoas

Deus não vive, Deus é Tudo quanto vive, nasce, muda-se e morre. Deus não teve princípio porque deixaria de ser princípio. Deus não muda porque é princípio eterno. Deus não morre porque nunca começou a existir. Tudo existe por Ele, com Ele e n’Ele. Deus é tudo. Ante ele, nada vale algo, e o mesmo nada vale tudo, Ele vale por tudo e tudo vale somente por Ele.

Todo ser inteligente, todo investigador da natureza e de suas leis deve partir do princípio de que todo efeito tem sua causa e que todas as causas têm um só fim, que é a causa suprema.

Ao descer da causa ao efeito ou ascender do efeito à causa, é preciso ter sempre presente o fim de ambos, que dá a ambos sua razão de ser.

Sem o conhecimento da existência de Deus e sem seu reconhecimento, todo o edifício científico desmorona. O culto e reconhecimento de Deus em Marte são absolutos. A manifestação desse culto é tão simples e espontânea como geral.

O Símbolo de Deus em Marte

O símbolo mais comum da Divindade em Loga (Marte, na língua marciana) é uma circunferência (o Universo)com um núcleo central dourado (Deus). Do núcleo derramam-se raios luminosos para a circunferência e retornam ao centro como raios convergentes: Deus, Suprema Causa de tudo, para quem tudo converge como ao único fim.

Esse símbolo campeia como escudo distintivo em todos os edifícios públicos e privados. É o signo sagrado de todos os habitantes do planeta. Em todos os núcleos mais importantes da população eleva-se um templo, de forma esférica, que culmina no símbolo sagrado.

Pingente com o símbolo de Deus entre os marcianos. Pode-se usar esse pingente ou pintar o símbolo na laje de nossas casas para invocar os Irmãos do Cosmo
Pingente com o símbolo de Deus entre os marcianos. Pode-se usar esse pingente ou pintar o símbolo na laje de nossas casas para invocar os Irmãos do Cosmo

Uma vez por ano celebra-se com imponente magnificência a festa em honra, adoração e gratidão a SÚNDI, com ritos especiais na capital, TÂNIO. Todos os nascimentos, casamentos e falecimentos são comemorados à sombra dos templos com cerimônias especiais…

O templo à Divindade em Tânio é uma verdadeira maravilha de pedra ou mármores seletos, com preciosas incrustações metálicas e fartura de ouro. São, também, de extraordinário atrativo e arte muitos outros edifícios, como o público, que chamaríamos de governo, o edifício central de investigações científicas, o de observação sideral etc.

Até aqui, o ensinamento do grande sábio sobre a religião marciana. O VM Samael Aun Weor, por ter o seu Ser Divino vindo do planeta Marte para auxiliar a humanidade terrestre, dá testemunho da sacralidade desse símbolo de Deus no Planeta Vermelho. No entanto, faz uma pequena correção nesse símbolo, afirmando que os raios que saem do centro e os que retornam ao centro devem ser pintados/desenhados com a cor azul.

Mais ensinamentos de Samael Aun Weor sobre o Símbolo Marciano da Divindade => CLIQUE AQUI

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João Batista, encarnação do profeta Elias

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Afinal, quem foi João Batista? Que importância seus ensinamentos e vida tiveram ao longo da história? Por que para alguns grupos gnósticos ele foi considerado tão ou mais importante do que Jesus de Nazaré?

À luz da Gnose, e como sustentam historiadores  importantes em teologia e cristologia, desde o princípio houve confusão entre alguns seguidores de Jesus o Cristo e os seguidores de João o Batista, já que ambos grupos defendiam que o verdadeiro Cristo estava entre eles, apesar de que o próprio João afirmara que ele batizava com água e o que vinha após batizaria com fogo, termos muito simbólicos que à luz da Gnosis contemporânea desvelada pelo mestre Samael Aun Weor podemos entender que aqui nos fala de um conhecimento de Alquimia, ou seja, o trabalho com o fogo e a água.

Não é exagerado afirmar que tanto João Batista quanto o próprio Jesus de Nazaré estavam cristificados, ou seja, que ambos haviam encarnado a Força-Cristo. Sem embargo, muitas das pessoas da época careciam de cultura espiritual suficiente para entender determinados princípios iniciáticos avançados avançados. E foi por essa razão que ocorreu uma divisão desde os primeiros dias do cristianismo iniciado pelo mestre Jesus na Era de Piscis, cujo símbolo era o peixe.

Jesus Cristo teve a missão de realizar o Drama Cósmico publicamente, não está por demais estudar  os Mistérios Crísticos para que possamos compreender o que nos assinalaram esses dois cristificados, Jesus e João, para não cairmos em confusão, como ocorreu com os iniciados daquela época.

Certamente, inúmeros grupos esotéricos tornaram-se seguidores do ensinamento batístico, como os templários e outras ordens esotéricas medievais, cujas profundas raízes as encontramos nos primeiros seguidores de João Batista. Também figuras conhecidas eram simpatizantes dos batistas, como Leonardo da Vinci, em cujas obras vemos os símbolos batistas impressos em suas principais pinturas, como o dedo indicador levantado para o alto…

Repetimos: nos princípios do cristianismo gnóstico primitivo, os seguidores batistas conheceram o esoterismo da gnosis, porém, não em sua forma completa, como vemos atualmente, pois se tivessem o conhecimento integral teriam compreendido que tanto João Batista quanto seu primo Jesus eram dois cristificados, com a única diferença de que cada um cumpria missões distintas naquela época e também nos dias de hoje.

Nos estudos gnósticos, ensina-se que João Batista foi a encarnação do profeta do Antigo Testamento Elias (livro de Reis) e foi o Avatar (Supremos Mensageiro) da Era de Peixes. Vejamos o que o VM Samael Aun Weor nos ensina acerca de quem seja realmente João o Batista:

O Nome “João”: Esta palavra se decompõe assim: I.E.O.U.A.N., que significa O Verbo, o Dragão de Sabedoria. João Batista é o Precursor, quem prepara o nosso Caminho rumo ao Cristo Íntimo.

(Apontamentos Secretos de um Guru) Longa foi minha conferência com meu discípulo “João”, expliquei-lhe que toda a sabedoria de João o Batista está encerrada dentro do Corpo Etérico do homem. Expliquei também sobre a decapitação de João Batista. Esse degolamento simbólico pertence ao primeiro cânone ou vértebra cervical da cabeça, situada na nuca.

Quando do Segundo Grau de Poder do Fogo, a Kundalini do Corpo Etérico (porque cada um dos sete corpos tem sua Kundalini), ao chegar ali, então o Iniciado passa pela simbólica decapitação de João Batista;troca sua mente terrena por uma mente etérica e celestial, deixa para Salomé (a humanidade) sua cabeça imunda para que dance com ela diante do Rei Herodes (o mundo), e o Iniciado assume uma nova mente, uma mente celestial e divina. Que grandioso é isto! Lástima a humanidade não entender essas coisas!

(Rosa Ígnea) Deve-se distinguir o que é um Avatar e o que é um Salvador. João Batista foi o Avatar de Peixes e eu sou o Avatar de Aquário.

O Salvador do Mundo não é Avatar. Ele é mais do que todos os Avatares, Ele é o Salvador. Os Avatares são tão somente os instrutores e iniciadores de uma nova Era. Cristo é mais do que todos os instrutores, Ele é o Salvador.

(As Três Montanhas) Quando João Batista foi degolado, o Grande Cabir Jesus retira-se num barco, “para um lugar deserto e afastado”, isto é, para as terras jinas, a quarta coordenada de nosso planeta Terra. E é ali onde opera com a multidão o milagre dos cinco pães e dois peixes, dos quais comeram nada menos que 5 mil homens, sem contar mulheres e crianças, sobrando ainda 12 cestos cheios de pedaços (Mateus 14:13-21).

A explicação esotérica, vívida, que de forma cênica me deram sobre a decapitação mística, foi certamente extraordinária… Fui convidado a um festim macabro, e o que vi sobre a mesa trágica foi realmente espantoso… Profana cabeça sangrenta, posta sobre bandeja de prata, adornada com algo que é melhor nem falar… Evidente sua profunda significação: o ego animal, o si mesmo, o mim mesmo, deve ser degolado…

Disso podemos coligir com grande acerto o fato contundente e definitivo de que a cabeça de João Batista, na bandeja de prata, possui certamente idêntico significado… Inquestionavelmente, João o Precursor, ensinou essa terrível verdade, subindo à ara do supremo sacrifício…

Esquadrinhando velhas crônicas, com a constância de clérigo na cela, descobrimos o seguinte: “Os nazarenos eram conhecidos como batistas, sabeanos e cristãos de São João. Sua crença era de que o Messias não era o Filho de Deus, senão simplesmente um profeta que quis seguir João”.

“Orígenes (volume II, página 150) observa que ‘existem alguns que dizem de João que ele era o Ungido (Christus)’.”

“Quando as concepções metafísicas dos gnósticos, que viam em Jesus o Logos e o Ungido, começaram a ganhar terreno, os primitivos cristãos separaram-se dos nazarenos, os quais acusavam Jesus de perverter as doutrinas de João e de trocar por outro o batismo no Jordão.” (Codex Nazaraeus, II, página 109).

Não é demais asseverar, com grande ênfase, o fato transcendental de que João Batista era também um “Christus”…

O Segundo Grau da Iniciação Venusta, oitava superior da sua correspondente Iniciação do Fogo, surgiu transcendente como resultado esotérico da ascensão milagrosa da segunda serpente radiante de luz, para dentro e para cima, pelo canal medular espinhal do fundo vital orgânico (Lingam Sarira).

Encontro mágico, inusitado, foi certamente aquele que tive com João no Jardim das Hespérides, onde os rios de água pura de vida manam leite e mel. Quero referir-me com grande solenidade ao Batista, vivíssima reencarnação de Elias, aquele colosso que viveu nas asperezas do Monte Carmelo, tendo por toda companhia a vizinhança das bestas ferozes, e de onde saía como o raio para derrubar e levantar reis. Criatura sobre-humana, umas vezes visível, outras invisível, a quem até a própria morte respeitava.

Evidentemente, o esotérico batismo divino do Cristo João tem raízes arcaicas muito profundas. Não é demais neste parágrafo recordar o batismo de Rama, o Cristo iogue da Índia.

“Quando estiveram a meia ‘yodjana’ da ribeira meridional do Sarayu, disse docemente Visvamitra: ‘Rama, é conveniente que jogues água sobre ti mesmo, conforme os nossos ritos. Vou ensinar-te nossas saudações para não perderes tempo. Primeiro, receba estas duas ciências maravilhosas: a potência e a ultrapotência. Elas impedirão que a fadiga, a velhice, ou outro mal, nunca invadam teus membros’. Pronunciado esse discurso, Visvamitra, o homem das mortificações, iniciou nas duas ciências a Rama, já purificado nas águas do rio, de pé, a cabeça inclinada e as mãos juntas.” (Isso é textual do Ramayana e convida os bons cristãos a meditar.)

O fundamento diamantino batismal inquestionavelmente se encontra no Sahaja Maithuna (magia sexual). Plena informação sobre sexo-yôga era urgente ao candidato, antes de receber as águas batismais. Rama teve de ser previamente informado por Visvamitra antes de ser batizado. Assim conheceu a ciência da potência e da ultrapotência.

Na transmutação científica das águas espermáticas do primeiro instante, encontra-se a chave do batismo. O sacramento batismal, em si mesmo, está cheio de uma profunda significação. É de fato um compromisso sexual.

Batizar-se equivale de fato a firmar um pacto de magia sexual. Rama soube cumprir com esse terrível compromisso, praticou o Sahaja Maithuna com sua esposa-sacerdotisa. Rama transmutou as águas seminais no vinho de luz do alquimista, e por fim, encontrou a palavra perdida, e a Kundalini floresceu em seus lábios fecundos feito Verbo. Então pôde exclamar com todas as forças de sua alma: “O Rei morreu! Viva o Rei!”

Na presença do Cristo João pude sentir, em toda a presença do meu Ser Cósmico, a profunda significação do batismo.

Concluirei este capítulo, enfatizando o seguinte: quando a segunda cobra de luz fez contato com o Átomo do Pai, no campo magnético da raiz do nariz, resplandeceu o Cristo-Sol sobre as águas da vida e veio a cerimônia iniciática final. Sejam as bênçãos de Amenzano, com sua inalterabilidade, por toda a eternidade. Amém!

A cena emocionante e sublime da transfiguração de Jesus, sobre a qual, como sobre a ascensão, os que se têm por cristãos jamais meditaram o bastante, aparece descrita por Lucas (9: 18-37) nos seguintes termos: “E aconteceu que, estando Jesus orando, perguntou a seus discípulos: ‘Quem dizem as pessoas que sou eu?’ E eles lhe responderam: ‘Uns dizem que és João o Batista (Ioagnes, Rá ou o Cordeiro de Deus), outros dizem que és Elias, e outros que em ti ressuscitou algum dos antigos profetas’. Ao que Jesus acrescentou: ‘E vós, quem dizeis que sou eu?’

Respondendo, Pedro disse: ‘O Cristo de Deus’. Ele então lhes comunicou para que não dissessem nada a ninguém acerca de tudo aquilo, dizendo-lhes: ‘É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas e que seja desprezado pelos anciães e pelos príncipes, pelos sacerdotes e pelos escribas, e que seja entregue à morte, e que ressuscite ao terceiro dia’.

E acrescentou a todos: ‘Quem quiser vir depois de mim, negue-se a sim mesmo (dissolva o ego) tome dia após dia a sua cruz (pratique magia sexual) e siga-me (sacrifique-se pela humanidade)’. ‘Porque aquele que quiser salvar sua alma (o egoísta que nunca se sacrifica pelos seus semelhantes), perdê-la-á, e o que por amor a mim quiser perder sua alma (o altruísta que sobe a ara do supremo sacrifício pela humanidade), esse a salvará.’ ‘Porque, o que aproveita o homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?’ ‘Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos.’ ‘E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus.’”

E depois desta passagem, que tomada ao pé da letra se refere somente a Jesus, mas que tomada simbolicamente ou em espírito se refere, com efeito, a todos os homens, como mais adiante veremos, continua o texto com a cena da transfiguração, dizendo: “E aconteceu, como oito dias depois dessas palavras (e como se o fato, acrescentamos nós, viesse a ser uma corroboração prática e tangível delas), que, tomando Jesus a seus discípulos Pedro, Tiago e João, subiu ao monte para orar.

“E, enquanto fazia o Mestre a sua oração, transformou-se e fez-se outra a figura do seu rosto, e suas vestimentas tornaram-se brancas e resplandecentes… E eis que com Jesus falavam dois homens. E estes eram Moisés e Elias, que apareceram cheios de glória e lhe falavam de sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém.

Mas Pedro e seus companheiros estavam carregados de sono e, despertando, viram a glória de Jesus e dos dois homens que com Ele estavam. E quando estes se afastaram dele, disse Pedro a Jesus, não sabendo o que dizia: ‘Mestre, bom é que nós estejamos aqui. Façamos três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias’.

E, enquanto Pedro dizia isto, veio uma grande nuvem que os envolveu, causando-lhes grande pânico. E da nuvem saiu uma voz, que dizia: ‘Este é meu filho amado! A ele escutai!’ E quando a voz cessou, acharam já só a Jesus. E eles calaram e a ninguém disseram coisa alguma do que haviam visto e ouvido…’

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Gnose e o cristianismo primitivo

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Com a descoberta dos evangelhos apócrifos em Qumran (no Mar Morto – Palestina) e em Nag Hammadi (Alto Egito), podemos considerar que estamos vivendo momentos importantes para o redescobrimento da cristandade primitiva, tal como era vivida nos tempos de Jesus. Juntamente com os estudos da moderna Gnose do Mestre Samael Aun Weor, vamos formar uma base sólida a respeito dos acontecimentos que marcaram a passagem do Mestre dos Mestres na Terra, sua doutrina crística, sua missão, e compreenderemos também um pouco mais a respeito da influência dos gnósticos para a formação do verdadeiro cristianismo.

As Escolas de Mistérios Maiores sempre existiram no mundo e são representantes da Grande Fraternidade Branca na Terra. Essas escolas cumprem a missão, até os dias de hoje, de formar, ou melhor, iniciar devidamente os Instrutores do mundo de acordo com seu raio de trabalho, para a preconização do trabalho na Grande Obra do Pai.

Para não nos distanciarmos muito da questão da cristandade gnóstica, devemos citar apenas que desde a Atlântida estes ensinamentos gnósticos já vinham sendo ensinados e publicados pelas escolas mais antigas. Entre elas, citamos os naga-maias do Tibete, os maias, os incas, os muiscas (da Bolívia), os egípcios etc. Todos eles herdaram seus conhecimentos dos atlantes.

O paganismo, por volta do século 1° a.C., estava em plena fase de decadência. Por exemplo, os sacerdotes e os deuses greco-romanos já não eram mais respeitados e venerados pela população ou por seus governantes, os quais se divertiam com peças teatrais que desmoralizavam as divindades correntes. O mestre Samael afirma que naquela época artistas satirizavam em comédias os divinos rituais, imitavam o deus Baco através de uma mulher embriagada ou o caricaturavam como um bêbado pançudo montado em um burro. A deusa Vênus era representada como uma adúltera que andava à procura de prazeres orgiásticos.

Nem o deus Marte, o poderoso Deus da Guerra, era respeitado, zombavam dele e o ironizavam. Tal era a decadência do paganismo. Na Europa Ocidental ocorria o mesmo, com a decadência dos ritos druídicos e nórdicos, os quais usavam indiscriminadamente sacrifícios humanos e orgias. Vemos essa mesma decadência também na Pérsia e, enfim, em todos os cantos do Império Romano.

A Cristandade Antes de Jesus

Jesus sabia que havia uma nova necessidade religiosa para a época, como afirma o mestre Samael, e na região da Palestina, onde veio afirmar sua missão, já existiam algumas Escolas de Mistérios atuantes, mesmo que timidamente. Dentre essas Escolas algumas tomam maior destaque, como os Essênios, os Batistas (Ordem a qual pertencia João), os Nazarenos etc.

Os textos apócrifos atestam a atividade de Jesus entre a casta dos Essênios, que levavam uma vida de restrições materiais. Tinham seus monastérios às margens do Mar Morto. Formavam uma comunidade humilde e esta era uma exigência fundamental para que o candidato fizesse parte da “grei”. Entre os vários procedimentos que deveriam ser praticados pela comunidade, estavam os votos de Pobreza, Castidade e Silêncio, entre outros. No voto de pobreza era exigido que o neófito se despojasse de todos seus bens materiais compartilhando-os com a comunidade, pois, segundo as regras, tudo era de todos e não poderia haver o “meu” e o “teu”.

Quando o candidato queria entrar para a casta essênia lhe era exigido também viver decididamente o voto de silêncio. Para isso, ficava afastado pelos menos algumas centenas de metros da comunidade, apenas observando de longe seus costumes e ritos diários. Dizem os historiadores e pesquisadores dos pergaminhos de Qumran que os essênios viviam de sua própria produção de alimentos, ou seja, não compravam ou vendiam, não tinham comércio de forma alguma com as cidades próximas. Vestiam-se muito simplesmente com túnicas de linho de algodão brancas – por isso também eram conhecidos como “os anjos do deserto”.

Havia também entre os essênios a prática da cura pela imposição das mãos. Entre outras práticas rituais, era comum entre as comunidades de Qumran “Exercícios com a Energia do Sol”, a Eucaristia, a Santa Unção etc. Aqui não vamos nos aprofundar nestes detalhes, apenas fica a referência para que possamos compreender que os atos de Jesus no evangelho canônico não demonstram nada de novo, ou seja, as cerimônias, as festividades, os ritos crísticos, a eucaristia etc., não constituem uma invenção dos cristãos para a nova religião que se iniciava. Tudo isso, na verdade, é tão antigo como o mundo. Todos os povos da Terra em seus princípios religiosos de uma maneira ou outra sempre praticaram esta gnose iniciática. Por isso dizemos que a Gnose é o Tronco primordial de onde nasceram os múltiplos “galhos” das religiões de todos os tempos.

Apesar do voto de castidade, não era proibido o casamento entre os adeptos da mesma comunidade. A dedução lógica é que, se o Mestre Jesus foi membro ativo dessa casta, então, a castidade a que se refere não significa ser o celibato repressor que exclui a mulher de sua vida sexual e sim a Castidade Científica, aquela que trabalha com as forças superiores da Magia Sexual, o Arcano AZF dos alquimistas medievais.

Havia também os Batistas, casta gnóstica a qual João Batista pertenceu; os Nazarenos (cuja etimologia vem da palavra “naza”, que significa “homem de nariz reto”). Segundo o mestre Samael, Jesus tinha sangue celta por parte de pai e hebraico por parte de mãe. Daí a desconfiança dos sacerdotes judeus sobre a origem étnica de Jesus; e também a palavra “nazareno” significa “representantes do culto da serpente”. A maioria das seitas gnósticas predica a sabedoria da serpente (Kundalini) e isto é o que diferencia a verdadeira gnose das falsas.

Diz um dos textos de Qumran que existiu um grande personagem, antes de Jesus, conhecido como Mestre da Justiça, ou Mestre da Retidão. Esse personagem foi um grande divulgador da doutrina crística nos arredores da Terra Santa. Não sabemos qual sua origem e muito pouco temos de sua história. Acredita-se entre os gnósticos modernos que era uma das encarnações do próprio mestre Jesus, que estava ele mesmo preparando sua volta àquelas regiões.

A Formação da Igreja Cristã Pós-Ressurreição de Jesus

Muitos anos se passaram após a ressurreição do Cristo Jesus, e seus apóstolos se espalharam por todo o Oriente e também pelo Ocidente europeu. Levavam a Gnose do Cristo, a mensagem de redenção aos povos pagãos da Grécia, Ásia, Egito, Índia, etc…

Paulo e Pedro foram pregar na Grécia e em Roma; André foi chegou à Escócia; Tomé se dirigiu à Índia; Marcos ao Egito; Madalena chegou à França; Maria e José foram à Síria e Turquia; Santiago ficou em Jerusalém, etc…

Selos da linha gnóstica dos Ofitas

Cada apóstolo viveu seu drama crístico particular nas regiões a que foi determinado espalhando sua “boa-nova” (Evangelho). Foram perseguidos, humilhados, incompreendidos, presos, torturados e, na maioria dos casos, assassinados. Mas suas mensagens foram bem acolhidas por aqueles poucos fiéis, sedentos de sabedoria divina, e, assim, com o passar dos séculos, o Cristianismo gnóstico foi ganhando força e popularidade. Paralelamente a isto, também, entre os gnósticos foram crescendo gradualmente as correntes cristãs que, por um motivo ou outro, eram contrárias ao ensinamento original e já não concordavam entre si sobre a mesma Gnose. É aí que aparecem no cenário as primeiras divisões entre as seitas emergentes da época, já no decorrer do primeiro século.

Citamos aqui uns poucos exemplos para ilustrar melhor aquele período e percebermos a diferença radical entre as seitas cristãs (que viriam a ter o nome de Catolicismo) e os gnósticos:

Setianos: Rendiam culto à Sabedoria Divina representada pela Santa Trindade – Caim, a carne- Abel, o mediador- Set, o Deus-sabedoria – Set era considerado igual a Cristo. Os Setianos, segundo o Mestre Huiracocha, foram os primeiros Teósofos; este Mestre afirma que no sarcófago de Set foi achado o Livro dos Mortos e escondido pela Igreja Católica.

Naassenos: Conhecidos como ofitas (do grego Ophis) eram “adoradores” da serpente; versados em ciência, acreditavam (esta pode ter sido sua falha) que o líquido da serpente (em sua maior parte venenoso, segundo seus detratores que não conheciam o profundo significado da “serpente e seu veneno”) poderia salvar a humanidade da escravidão do pecado; foram herdeiros dos conhecimentos de Tomé e do Evangelho dos Egípcios; eram astrólogos e tinham o cálice como seu símbolo. Profundos conhecedores da Alquimia.

Valentinianos: (São Valentim, morreu no ano 161 d.C.) foi expulso da Igreja por heresia; os Valentinianos mantinham contato constante com as congregações cristãs não-gnósticas da época, não eram bem-vistos pelos bispos da Igreja por “participarem das missas e homilias da Igreja e por trás interpretavam tudo diferentemente entre os seus”. Isto é o que afirmava Irineu, o bispo de Lyon em suas ferozes críticas aos gnósticos; Valentim foi um grande matemático e a Cabala era sua filosofia de vida; sustentava que Jesus era gnóstico; seus ensinamentos sobre transmutação sexual eram semelhantes aos demais Mestres e escolas gnósticos.

Como se pode perceber, os conceitos entre os gnósticos e os “cristãos” eram divergentes. Os gnósticos tiveram um inimigo declarado que os perseguiu até o desaparecimento de quase todas as comunidades gnósticas: Irineu, conhecido como Bispo de Lyon. Esse personagem, juntamente com Tertuliano, Policarpo, Justino, Inácio e Hipólito, são unânimes em declarar publicamente a “heresia” gnóstica.

Naquela época circulavam diversas Escrituras Sagradas provenientes das mais variadas regiões do Oriente. Muitos desses escritos, segundo historiadores contemporâneos, estavam saturados de elementos budistas, gregos, egípcios, hindus etc. Isto se devia a que a cidade de Alexandria, no Egito, era o centro da erudição filosófica. Ali se encontrava de tudo que se referia ao que havia de mais atualizado no mundo da época. Além de capital comercial, Alexandria recebia constantemente filósofos, místicos, membros de quase todas as religiões existentes em outros países, profetas (muitos deles, claro, puros charlatães), magos, visionários etc. Os sacerdotes judeus e também os cristãos faziam de tudo para evitar que os conceitos helenizados contaminassem seus templos dedicados ao Deus antropomórfico.

Entre os textos achados em Qumran destaca-se a obra Filósofo Fumena ou O Livro Secreto dos Gnósticos Egípcios, como o nomearam os pesquisadores. Nesse livro, Jesus pede permissão ao seu Pai (Interno) para descer desde o Absoluto até este mundo físico, passando pelos Eons (medidas iniciáticas), e pede para levar o conhecimento revelador através da Gnose. Fica, então, estabelecida a palavra Gnose como representação do Ensinamento Divino, puro, imaculado, sem manchas. Outro texto bastante interessante é o Papiro Nu ou Confissões Negativas, constituído de 42 pontos ou confissões que o neófito declara diante de sua divindade interna, seu “Kaom interior”, seu juiz da consciência. Este é um trabalho psicológico idêntico ao que o mestre Samael Aun Weor ensina para compreendermos e aniquilarmos nossos defeitos psicológicos. Um pequeno exemplo desta confissão: “Hoje não roubei, não matei nenhum ser vivo, não maltratei meu servo, não falei palavras de ironia, não cobicei a mulher do próximo, não adulterei o peso da balança etc.” Eis o trabalho de revolução da consciência ensinado por Samael!

Também circulava entre as comunidades gnósticas as palavras de Jesus, após sua ressurreição, no Monte das Oliveiras, quando ainda passou 11 anos instruindo seus discípulos mais próximos, sobre a Gnose. Esses diálogos foram compilados em uma escritura sagrada chamada Pistis Sophia, a bíblia dos gnósticos. Primeiro foi escrita em copta e traduzida para o grego. Muito se tem especulado sobre seu verdadeiro significado, porém (apesar de algumas traduções modernas de boa qualidade), apenas o mestre Samael conseguiu desvelar sua mensagem. Isso só foi possível através de suas “viagens espirituais” dentro do Mundo do Cristo Cósmico. Nessa região crística chegam apenas aqueles que encarnaram o Cristo em si mesmos. E nós, cristãos gnósticos, cremos que Samael Aun Weor é o Cristo desta Era Aquariana que veio nos entregar novamente a doutrina de salvação por meio da Gnose.

Segundo a mestra Helena Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica no século 19, “até o século 4º as igrejas não possuíam altares. Até então, o altar era uma mesa colocada no meio do templo para uso da comunhão ou repasto fraternal”. E continua ela: “A Ceia, como missa, era, em sua origem, feita à noite”. Com o passar dos séculos, as igrejas foram sendo adornadas com cópias de altares da Ara Máxima da Roma pagã. Devemos saber que os primeiros cristãos (gnósticos em sua essência) não adotavam altares ou imagens publicamente. Acreditamos que de acordo com o nível de consciência de seus líderes-sacerdotes, foi-se modificando esse conceito. Isso passou a acontecer já por volta do século 2º.

Roma persegue os Cristãos

O Império Romano tinha seus próprios deuses e não sentiam simpatia com a nova religião que crescia sob seus olhos. Genius era o nome dado ao deus criado pelos sacerdotes romanos de acordo com a vontade do imperador, que era tido como um deus entre os cidadãos romanos. Para atender às mais diversas situações do povo, para cada um dos deuses (Apolo, Afrodite, Cibele, Vesta, Vênus etc.) eram feitos festivais e adorações anuais, mensais, semanais etc. Percebe-se, aqui, a cópia das Igrejas Católica e Ortodoxa em suas festividades durante o ano com seus santos venerados pelos fiéis. Obviamente, o Império Romano não admitiria uma ofensa sequer contra suas crenças e seus deuses pagãos vinda de comunidades judaicas helenizadas.

Inúmeros livros bíblicos e gnósticos foram queimados para “adaptar” o ensinamento crístico aos Donos do Poder

A princípio, as comunidades cristãs eram formadas por judeus convertidos que aceitaram Jesus como seu Messias (Enviado). Com o decorrer do tempo, vários povos foram sendo evangelizados pelos discípulos dos apóstolos e aí foram se agregando à nova religião elementos de várias nacionalidades, inclusive romana e grega, que compartilhavam os mesmos deuses em suas crenças. Um exemplo dessas adaptações é a data de 25 de dezembro, considerada até hoje como o dia em que Jesus nasceu na Terra Santa. Na verdade, ninguém sabe o dia correto em que Jesus nasceu. A absorção dessa data deveu-se ao fato de que os pagãos de muitos rincões do Império Romano (tanto no Ocidente quanto no Oriente) rendiam culto ao Deus do Sol e do Fogo nessa data, considerada como o início em que o Sol começa sua viagem de volta à Terra para que Ele, o Deus Sol, nos traga novamente a vida, e a vida em abundância.

Com o número crescente de adeptos à nova religião em Roma, o império decidiu que os cristãos representavam um perigo maior para seu poder sobre as massas. Sob essa visão de desconfiança, todo aquele que se confessasse ser cristão era julgado e condenado à morte imediatamente. Irineu, o bispo de Roma, também conta que sofreu com as perseguições romanas. Assistiu a vários de seus “irmãos” cristãos serem queimados, torturados e mortos nas arenas.

Enquanto Roma perseguia cristãos, pois para o imperador parecia não haver distinção entre estes e os gnósticos (pois as duas linhas já estavam se separando cada vez com mais destaque), Irineu e seus sequazes perseguiam os gnósticos, num jogo de gato e rato. Irineu e Tertuliano fizeram duros ataques aos gnósticos julgando-os hereges. Afirmavam que a cada dia eles apareciam com um novo evangelho; achavam também um absurdo o fato de as mulheres oficiarem em seus rituais, e que só os homens deveriam fazê-los. Para Irineu e Tertuliano, um grande filósofo da época, os gnósticos hereges deveriam desaparecer da cristandade.

Outra coisa que incomodava a Igreja predominante em Roma era o fato de os gnósticos sempre manterem uma postura neutra perante as perseguições que os cristãos sofriam. Essa “indiferença” adotada pelos gnósticos fazia com que Irineu odiasse cada vez mais seus conceitos filosóficos de vida. Entre os vários aspectos do gnosticismo primitivo, algumas escrituras mostram como seus conceitos sobre Deus e o Cristo diferiam daqueles apresentados pela Igreja Católica de Roma. Vejamos alguns exemplos:

No Evangelho de Tomé consta que Jesus disse: “Se manifestarem aquilo que têm em si, isso que manifestarem os salvará. Se não manifestarem o que têm em si, isso que não manifestarem os destruirá”. Este texto nos lembra um koan do zen-budismo, não é?

Em outro texto achado em Nag Hammadi, intitulado Trovão, Mente Perfeita, lemos um poema extraordinário na voz da potência feminina de Deus:

Pois eu sou a primeira e a última.
Eu sou a reverenciada e a escarnecida.
Sou a promíscua e a consagrada.
Sou a esposa e a virgem…
Sou a infecunda,
e muitos são os meus filhos…
Sou o silêncio que é incompreensível…
Sou a pronunciação do meu nome.

Entre os anos 140 e 160, Teódoto, um grande mestre gnóstico, escreveu na Ásia Menor que: “O gnóstico é aquele que chegou a compreender quem éramos e quem nos tornamos; onde estávamos… para onde nos precipitamos; do que estamos sendo libertos; o que é o nascimento, e o que é o renascimento”.

Monoimus, outro mestre gnóstico, dizia: “Abandone a busca de Deus, a criação e outras questões similares. Busque-o tomando a si mesmo como o ponto de partida. Aprenda quem dentro de você assume tudo para si e diga: ‘Meus Deus, minha mente, meu pensamento, minha alma, meu corpo’. Descubra as origens da tristeza, da alegria, do amor, do ódio… Se investigar cuidadosamente essas questões, você o encontrará em si mesmo”.

Até antes da descoberta dos manuscritos do Mar Morto e de Nag Hammadi, entre outras descobertas passadas, só tínhamos informações sobre os gnósticos através dos violentos ataques escritos por seus opositores. O bispo Irineu, que era responsável pela igreja de Lyon, por volta do ano 180, escreveu cinco volumes intitulados Destruiçào e Ruína Daquilo que Falsamente se Chama Conhecimento, onde começa prometendo “apresentar as opiniões daqueles que hoje ensinam heresias… e mostrar como suas afirmações são absurdas e incompatíveis com a verdade… Faço isso para que… vocês possam instar todos os seus conhecidos a evitarem esse abismo de loucura e blasfêmia contra Cristo.

Como diz o Mestre Huiracocha, bispo da Igreja Gnóstica Ortodoxa nos mundos superiores, que escreveu na sua obra La Iglesia Gnóstica, que os gnósticos não precisam de leis ou dogmas, e sim, de uma senda. E isso contraria as normas da seita católica quando afirma que o corpo de Cristo é formado pelos fiéis e a Igreja Católica espalhada mundo afora. Até o conceito de Criador é diferente entre as duas partes. A Igreja de Roma ainda adota o mesmo conceito dos judeus quando aceitam que Deus e a criatura são distintos entre si.

Neste caso, Deus está lá em algum ponto do universo, observando suas criaturas, condenando uns ao Inferno e oferecendo o Paraíso a outros, lançando raios de ira em nossas cabeças, vingativo, caprichoso e cheio de manhas como uma criança enfadonha. Já os gnósticos concebiam, e ainda são assim, que Deus, o Incriado, o não-formado, o Incognoscível, está escondido dentro de sua própria criação, e que só conseguiremos realizá-lo dentro nós quando erradicarmos de nossa psique os elementos indesejáveis que carregamos e que adormecem nossa Consciência. Assim como predicavam os antigos gnósticos, temos de realizar a Gnose dentro e fora de nós. Aí, sim, poderemos conhecer Deus face a face sem morrer.

O martírio: a indústria da salvação e a fé em Jesus Cristo

As matanças de cristãos, nas arenas de Roma, viraram um verdadeiro festival semanal de carnificina para o público romano e seus governantes que se divertiam com o sofrimento dos “acusados de se recusarem a cultuar o deus Genius do Império Romano”. Pertencer ao movimento cristão (seja ele católico seja gnóstico ortodoxo) era um perigo que todo fiel sabia. Elaine Pagels, em seu livro Os Evangelhos Gnósticos, cita a Tácito e Suetônio, o historiador da corte imperial (c. 115), que partilhavam, ambos, de desprezo absoluto pelos cristãos, e que ao narrar a vida de Nero, Suetônio menciona as coisas boas que o imperador fez com a “punição imposta aos cristãos, uma classe de pessoas dadas a uma nova e maléfica superstição”. E ainda Tácito elaborou seus comentários sobre o incêndio de Roma:

Em primeiro lugar, prenderam-se os que confessavam ser cristãos; depois, pelas denúncias destes, uma multidão inumerável – não tanto por terem participado do incêndio, mas por seu ódio ao gênero humano. O suplício desses miseráveis foi ainda acompanhado de insultos, porque ou os cobriram com peles de animais ferozes para ser devorados pelos cães (principalmente pelos ferozes mastins napolitanos), ou foram crucificados, os queimaram de noite para servirem como archotes e tochas ao público. Nero ofereceu seus jardins para esse espetáculo…

Para Irineu, Tertuliano e outros líderes da nova igreja, o martírio, apesar da violência imposta, serviu para uma propaganda generalizada em torno da salvação pela fé em Jesus Cristo. Para atingir o sonho de formar uma igreja padronizada em todo o mundo, Irineu e os seus não mediram esforços para fazer com que a doutrina cristã se espalhasse mundo afora através da morte dos fiéis. Encorajavam a todos os cristãos para que tivessem coragem suficiente para expor sua fé, mesmo nas barras dos tribunais romanos.

Justino, um filósofo que se converteu ao cristianismo entre os anos 150 e 155, encorajava e defendia, com cartas aos oficiais do império, que a matança dos cristãos e sua coragem de morrer confessando Cristo diante da morte certa era um incentivo àqueles que queriam conhecer esta nova doutrina de perto e saber o porquê de tantos morrerem em nome de Jesus. Exortava também que o martírio era a prova máxima para a redenção dos pecados e que desta maneira estariam, cada um, dentro das mesmas condições que Jesus passou para redimir o mundo. Com esses argumentos, Justino, Irineu, Tertuliano e outros bispos da igreja, encorajavam seus fiéis a serem martirizados por vontade própria.

Já os gnósticos mantinham sua neutralidade, mesmo sendo perseguidos e também sendo mortos. Acreditavam que o martírio físico não era o caminho para a salvação da alma. Esse martírio, como uma alegoria, tinha de ser dentro do indivíduo, para que se pudesse purificar seu espírito das vontades terrenas, do apego, do egoísmo etc. Logicamente muitos gnósticos foram mortos pelo poder de Roma, porém, segundo historiadores, os “cristãos” o foram em número muito maior.

Enfim, esta propaganda cristã serviu para recrutar em suas fileiras cada vez mais fiéis, que viam com bons olhos todo aquele sacrifício como algo “divino”, digno de admiração. (Então, por que não se afiliar e ganhar o céu?)

A institucionalização da Igreja Católica

Por volta do ano 200, a Igreja Católica começa a tomar forma e sua institucionalização foi reforçada pela iniciativa de Irineu em padronizar seus dogmas, rituais, cerimônias, festividades, missas, etc. A idéia era unir todas as igrejas num só estatuto em que se poderia levar a igreja a ser a dona da “verdadeira” doutrina de Cristo. Irineu promoveu várias viagens aos mais longínquos lugares para propor as diretrizes que seriam adotadas por todas as igrejas espalhadas pelo mundo.

Dentro dessas propostas estava a canonização dos evangelhos dos apóstolos. Pedro foi o primeiro pontífice da igreja, conforme acreditava-se na época. Isso também o afirma o mestre Samael. Portanto, a igreja seria um meio para se chegar a Deus, passando por seus representantes que eram os bispos, os padres e os diáconos.

Dever-se-ia, então, organizar legalmente a igreja, que seria Católica – universal – e, para que o povo ficasse sob as condições e vontades da Igreja, os evangelhos seriam escolhidos a dedo para que a heresia não predominasse dentro dos templos. Textos que exortavam a respeito da reencarnação foram deixados de lado por serem heréticos.

Outros textos que fomentavam a adoração da feminilidade/maternidade de Deus também foram rechaçados pelos bispos. Era preciso trazer a multidão para dentro da Igreja e prendê-la psicologicamente aos dogmas, prometendo os céus aos convertidos e batizados e jogando aos infernos eternamente aqueles que escolhiam outras formas de adoração à Divindade que não fossem as impostas pela Igreja dominante.

Dentro desses dogmas eclesiásticos também estava claro que a mulher jamais participaria de qualquer ofício sacerdotal que fosse. Nesse caso, Tertuliano, o filósofo, ataca veementemente quando diz:

“Não é permitido a nenhuma mulher falar na igreja, nem é permitido que ensine, ou que batize, ou que ofereça a eucaristia, ou que pretenda para si uma parte de qualquer atribuição masculina – para não falar em qualquer função sacerdotal.”

Em outro texto, continua a indignação de Tertuliano:

“Essas mulheres hereges – como são atrevidas! Carecem de modéstia, e têm a ousadia de ensinar, de discutir, de exorcizar, de curar e, talvez, até de batizar.”

E era exatamente esta a participação das mulheres gnósticas em suas congregações (eclésias); participavam em praticamente todos os ofícios do templo. Os bispos católicos odiavam e acusavam de heresia esses procedimentos femininos. Para a Igreja, o que justificava seu conceito era o fato de acreditarem que Deus era masculino e seu filho, Jesus, também.

Em 1977 o papa Paulo VI, também chamado de Bispo de Roma, declarou que uma mulher não pode ser padre “porque nosso Senhor era homem!” Diante de tal declaração, não são necessários longos comentários para se dizer que a Igreja Católica continua com suas arcaicas e preconceituosas ideias. Portanto, os textos gnósticos ainda desafiam esse preconceito da Igreja dominante.

Irineu encoraja seus fiéis na fé repousada na autoridade absoluta: as escrituras canônicas, o credo, os rituais da Igreja e a hierarquia clerical. Esta medida ganha força com a conversão de Constantino, no século 4°. O imperador Constantino decreta o Cristianismo como religião oficial de Roma. E assim, os católicos ganham força total para a expansão de sua doutrina que, de acordo com certos pesquisadores da teologia cristã, poderíamos chamar de “paulinismo”, porque a formação doutrinária e organização da Igreja começou basicamente com as viagens missionais do apóstolo Paulo a diversas regiões do Oriente e da Ásia Menor – Grécia, Galácia, Corinto, Éfeso etc. – e sabe-se hoje que seu ministério tem como origem a antiga Antioquia – que fica na Turquia.

O Gnosticismo, em seus primórdios, teve também suas correntes involutivas. Duas delas são bem conhecidas por historiadores, as quais são denominadas: Marcionismo, de Marcion, e Cerdonistas, de Cérdon. Essas duas correntes gnósticas trilharam pela linha oposta dos gnósticos levando a mensagem do evangelho totalmente distorcida dos originais. A Igreja Católica acusava todas comunidades gnósticas de heresia e prática de paganismo, bruxaria, etc., por se basearem nas práticas involutivas destas correntes involutivas do gnosticismo primitivo.

Como exemplo de uma corrente involutiva na gnose contemporânea, citamos o relato de Fernando Salazar Bañol em sua palestra Os Gnósticos Através da História:

“Quando realizamos uma visita aos Estados Unidos da América do Norte para investigações e para atividades gnósticas, vimos acontecimentos estranhos. Entre eles, nos deparamos com uma Revista Gnóstica. Essa revista não pertence à linha do mestre Samael, e um fato que demonstra claramente que não está sob o comando de Samael é o ensinamento que entrega. Dentre esses ensinamentos está um que se o denomina Masturbation Tantra, ou seja, a masturbação tântrica. Esse é um ensinamento completamente oposto ao que entrega o mestre Samael. Sob a palavra Gnose, eles ensinam um conhecimento contrário à sua doutrina. Há outra linha que aparece nos Estados Unidos e que se chama “Igreja Gnóstica Católica”. Ela não ensina a transmutação. Ao contrário, ensina a perda da energia criadora, além de ensinar também o vampirismo (homossexualismo tântrico).

Trata-se de uma linha que não pertence às nossas instituições, não pertence ao corpo de ensinamentos de Samael. Por isso, em vários países, em certas ocasiões, a Igreja Católica e outras correntes doutrinárias não gostam dos gnósticos porque pensam que a linha da Gnose é como a linha dessas falsas correntes gnósticas”.

Existe na Suíça, outra linha gnóstica, bastante degenerada, involutiva, como a dos antigos Marcionistas e Cerdonistas, ensinando que para se chegar ao nono grau de iniciação precisa-se ser homossexual.

Toda verdadeira instituição gnóstica caracteriza-se pela transmutação sexual e pela morte  do ego.

O Cristianismo, no decorrer dos séculos, sofreu diversas reformas internas e na doutrina. Os Concílios eram encontros de todos os sacerdotes e bispos de todo o Velho Continente onde se decidia o destino dos ensinamentos do Cristo Jesus e dos deixados pelos apóstolos. Muitos dos ensinamentos originais místicos – reencarnação, Deus-Mãe, trabalho de psicologia, os 7 corpos, iniciações, etc. – foram banidos para sempre dos preceitos da Igreja Católica. O Grande Concílio do ano 325 talvez tenha sido o mais importante da história do Cristianismo. Ali aconteceu definitivamente a ruptura dos gnósticos do seio da Igreja Católica (dominante) e também definiu-se um outro ramo da igreja: os Ortodoxos Gregos, que até hoje mantêm certas semelhanças com as práticas do catolicismo, porém não aceitam a autoridade dos papas.

Dessa separação drástica os gnósticos tiveram de se esconder das perseguições da Igreja Católica, que os condenava por heresia, taxando-os de criminosos por possuírem textos considerados apócrifos, ou seja, que não provam sua autenticidade. Muitos desxes textos foram queimados pela Igreja em sua inquisição bárbara. Os textos que até hoje sobreviveram é porque alguns monges ou monjas o guardaram em locais de difícil acesso para que no futuro alguém pudesse resgatá-los e os Mistérios Crísticos pudessem novamente iluminar o caminho daqueles que se rebelam contra o mundo.

O mundo esteve em trevas durante quase 2 mil anos porque prevaleceu sobre a mente do homem o egoísmo, a inveja, a violência, a ignorância, o orgulho da ciência materialista. O Sol havia se ocultado e era revelado apenas para alguns buscadores persistentes da verdadeira Igreja do Cristo. Graças aos Mestres da Santa Igreja Gnóstica dos mundos superiores, temos a oportunidade de ver o Cristo-Sol brilhar novamente para a nossa salvação.

O Cristo da Era Aquariana, Samael Aun Weor, Senhor de Marte e Buda Maitreia, nos entrega de forma totalmente desvelada os ensinamentos crísticos que o Grande Cabir Jesus havia deixado aos seus apóstolos para que entregassem à humanidade.

Os sinceros seguidores do Cristo Cósmico têm o dever de manter estes ensinamentos em sua pureza original, sem manchas, máculas e fantasias, até que chegue o momento de guardá-los novamente dos olhares profanos. E aí, ao povo se dará o leite (as parábolas) e aos iniciados se dará o manjar (os Mistérios Crísticos).

O mestre Samael deixou seu corpo terreno no ano de 1977. Mas está conosco em espírito. Portanto, temos de ser guardiães de seus ensinamentos gnósticos para nosso próprio bem e também o da humanidade. Podemos até nos sentir como nos primeiros tempos de Jesus, em que seus discípulos e estudantes velavam pelas palavras deixadas pelo Cristo Jesus e pelo avatar da Era de Peixes (João Batista).

Paz Inverencial

Rogério Alves, Instituto Michael

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O saber escutar e a Educação

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Existem muitos oradores no mundo que assombram por sua eloquência, mas, são poucas as pessoas que sabem escutar.

Saber escutar é muito difícil, e poucas são, na verdade, as pessoas que sabem escutar.

Quando fala o professor, a professora ou o conferencista, o auditório parece estar atento, como que seguindo em detalhe cada palavra do orador. Tudo dá a ideia de que estão escutando, de que se acham em estado de alerta; no entanto, no fundo psicológico de cada indivíduo, há um secretário que traduz cada palavra do orador.

Esse secretário é o eu, o mim mesmo, o si mesmo. O trabalho desse secretário consiste em mal interpretar, mal traduzir, as palavras do orador.

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O eu traduz de acordo com seus preconceitos, prejulgamentos, temores, orgulho, ansiedades, ideias, memórias etc.

Os alunos na escola, as alunas, os indivíduos que somados constituem o auditório que escuta. Realmente, não estão escutando o orador, só estão escutando a si mesmos, estão escutando seu próprio Ego, seu querido e maquiavélico Ego, o qual não está disposto a aceitar o real, o verdadeiro, o essencial.

Somente em estado de alerta novidade, com mente espontânea, livre do peso do passado, em estado de plena receptividade, podemos realmente escutar sem a intervenção desse péssimo secretário de mau agouro chamado eu, mim mesmo, si mesmo ou Ego.

Quando a mente está condicionada pela memória, só repete aquilo que acumulou.

A mente condicionada pelas experiências de tantos e tantos ontens só consegue ver o presente através das lentes turvas do passado.

Se queremos saber escutar, se queremos aprender a escutar para descobrir o novo, devemos viver de acordo com a filosofia da momentaneidade.

É urgente viver de momento a momento, sem as preocupações do passado e sem os projetos do futuro. A verdade é o desconhecido de momento a momento. Nossas mentes devem estar sempre alertas, em plena atenção, livres de ideias preconcebidas e de preconceitos a fim de estarem realmente receptivas.

Os professores e professoras de escola devem ensinar a seus alunos e alunas o profundo significado que há em saber escutar.

É necessário aprender a viver sabiamente, refinar nossos sentidos, refinar nossa conduta, nossos pensamentos e nossos sentimentos.

De nada serve ter uma grande cultura acadêmica se não sabemos escutar, se não somos capazes de descobrir o novo de momento a momento.

Precisamos refinar a atenção, refinar nossos modos, refinar nossas pessoas, as coisas etc.saber-escutar2-gnosisonline

É impossível ser verdadeiramente refinado quando não se sabe escutar.

As mentes toscas, rudes, deterioradas, degeneradas jamais sabem escutar, jamais sabem descobrir o novo. Essas mentes só compreendem, só entendem de forma equivocada as absurdas traduções desses secretário satânico chamado eu, mim mesmo, Ego.

Ser refinado é algo muito difícil e requer plena atenção. Alguém pode ser uma pessoa muito entendida em moda, roupas, vestidos, jardins, automóveis, amizades etc., e no entanto continuar no íntimo sendo rude, tosco e pesado.

Quem sabe viver de momento a momento segue realmente pelo caminho do verdadeiro refinamento.

Quem tiver mente receptiva, espontânea, íntegra, alerta, caminhará pela senda do autêntico refinamento.

Quem se abre ao novo, abandonando o peso do passado, os preconceitos, os prejulgamentos, receios, fanatismos etc., anda com êxito pelo caminho do legítimo refinamento.

A mente degenerada vive engarrafada no passado, nos preconceitos, orgulho, amor próprio, prejulgamentos etc.

A mente degenerada não sabe ver o novo, não sabe escutar, está condicionada pelo amor próprio.

Os fanáticos do marxismo-leninismo não aceitam o novo, não admitem a quarta característica de todas as coisas, a quarta dimensão, por amor próprio. Querem demasiado a si mesmos, apegam-se às suas próprias teorias materialistas absurdas.

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Quando os colocamos no terreno dos fatos concretos, quando demonstramos a eles o absurdo de seus sofismas, levantam o braço esquerdo, olham os ponteiros de seus relógios de pulso, dão uma desculpa evasiva e se vão.

Essas são mentes degeneradas, mentes decrépitas que não sabem escutar, que não sabem descobrir o novo, que não aceitam a realidade, porque estão engarrafadas no amor próprio. Mentes que querem demasiado a si mesmas, mentes que nada sabem de refinamentos culturais, mentes toscas, mentes rudes, que só escutam ao seu querido Ego.

A Educação Fundamental ensina a escutar, ensina a viver sabiamente.

Os professores e professoras de escolas, colégios e universidades devem ensinar a seus alunos e alunas o caminho autêntico do verdadeiro refinamento vital.

De nada serve permanecer 10 ou 15 anos metidos em escolas, colégios e universidades se, ao sairmos de lá, somos internamente verdadeiros porcos em nossos pensamentos, ideias, sentimentos e costumes.

Necessitamos da Educação Fundamental de forma urgente porque as novas gerações significam o começo de uma nova era.

Chegou a hora da verdadeira revolução, chegou o momento da revolução fundamental.

O passado é passado e já deu seus frutos. Necessitamos compreender o profundo significado do momento em que vivemos.

Samael Aun Weor, Educação Fundamental

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Mantras poderosos de Samael Aun Weor

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O ser humano pode desenvolver faculdades transcendentais com as quais pode perceber o ultra da Natureza, ou seja, a Clarividência, que nos permite ver os Mundos Superiores; a Clariaudiência, que nos permite ver os Mundos Internos; a Intuição, que está relacionada com o chacra do coração; a Telepatia, que está relacionada com o Plexo Solar. Etc.

Existem também certos chacras que nos permitem recordar nossas reencarnações passadas, chacras estes que estão situados nos pulmões, mais precisamente nas costas. Vou ensinar aos meus irmãos mantras com os quais podemos desenvolver nossas faculdades transcendentais.

Mantra significa “Palavra de Poder”. Saibam que os sons produzem efeitos visíveis e tangíveis para todo o mundo: um disparo de canhão, por exemplo, pode romper os vidros das janelas de uma casa, assim como uma palavra suave apazigua a ira, e uma palavra irônica, provoca muitos sentimentos em quem a escuta.

mantras-gnosisonlineO som é a causa causarum de tudo o que é. As vibrações dessas letras, e com as múltiplas combinações de sons, despertam os poderes latentes do ser humano.

Comecemos por conhecer os mantras que servem para o despertar da Clarividência, esse sentido nos permite ver o Ultra, que se acha intimamente relacionado com a glândula pituitária. Para isso, usamos a vogal “i”, que se pronuncia assim: “iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”…, que deve ser vocalizada muitas vezes, e se combinarmos com algumas consoantes o resultado é assombroso.

Há um mantra que nos permite desenvolver a Clarividência em pouco tempo, é o mantra ISIS. Como vocês sabem, a Deusa Ísis era muito venerada no Egito, e aquele que conseguir levantar o “Véu de Ísis” vê o Ultra de toda a criação.

É necessário que levanteis o Véu de Ísis, é urgente que aprendais a vocalizar os mantras. A vogal “i” é o fundamento do mantra ISIS e se pronuncia assim:

“IIIIIIIIISSSSSSSSS – IIIIIIIIISSSSSSSSS”…

Como veem, a consoante “S” deve se prolongar com um sibilo suave, ela faz vibrar intensamente o chacra maravilhoso que está situado exatamente entre as sobrancelhas, o Ajna Chakra. Chegará o dia em que vós, continuando a fazer a prática sistematicamente, desenvolvereis a Clarividência e vereis o Ultra da natureza, com todos os Mistérios da Vida e da Morte.

Outro mantra também muito importante para o desenvolvimento da Clarividência é o mantra SUIRA, que se vocaliza assim:

“SSSSSUUUUUIIIIIIRRRRRAAAAAA”…

Poderão vocalizar esse mantra meia hora por dia. O importante é não se cansar e ter profunda devoção interior. Outro mantra também muito importante para o desenvolvimento da Clarividência é a consoante “R”. O fundamental é aprender a vocalizar essa “vogal”, dando-lhe uma entonação muito aguda, muita fina, imitando a voz de uma criança, assim:

“RRRRRRRRRRRRRRRRRRR”…

Uma voz aguda, certo? Um som demasiadamente agudo é difícil para os homens, mas é indispensável para o desenvolvimento da Clarividência. Com essa vogal, despertarão a Clarividência rapidamente.

Agora, passemos a estudar a Clariaudiência, que é a faculdade de escutar o Ultra. Quem a desenvolve pode escutar as vozes dos desencarnados, dos Anjos, dos Tronos, dos Querubins, dos Serafins, dos Elohim etc. Essa maravilhosa faculdade está situada sobre a glândula tireoide, que fica na laringe. É uma glândula muito importante que produz vários hormônios, como o iodo etc.chakras-gnosisonline

Comecemos pela vogal “E”, que se vocaliza assim:

“EEEEEEEEEE”…

Vocaliza-se por muitas vezes, de 10 minutos até meia hora. Vocaliza-se inspirando o ar e exalando todo o ar dos pulmões, vocalizando o mantra “E”, e assim repete-se por várias vezes.

O mantra “AUM SHIVATUM E” também desenvolve maravilhosamente a Clariaudiência. Pronuncia-se assim:

“AAAAAAUUUUUMMMMMMMMM CHIIIIIIIII VAAAAAATUUUUUMMMMM EEEE”.

Outro mantra para o desenvolvimento da Clariaudiência é o “EM”, que se vocaliza assim: “EEEENNN”…

Agora, meus irmãos, vamos ao assunto da Intuição, que nos confere o poder de saber sem a necessidade de raciocinar. A Intuição é do chacra do coração e nos proporciona essa preciosa faculdade.

O mantra da Intuição é o sagrado “OM” e é vocalizado assim:

“OOOOOOOMMMMMMM”…

O mantra OM MANI PADME HUM, também é usado para despertar a Intuição, e se vocaliza assim:

“OOOOOMMMM, MAAAAASSSSSIIIII, PAAAAAD MEEEEE JOOOMMM”

Agora vamos passar à faculdade da Telepatia, que nos permite captar os pensamentos das pessoas a distância. Se quiserem desenvolver a Telepatia, devem saber que o fundamento dela está situado exatamente na região do umbigo, o plexo solar, o Manipura Chakra.

Um dos exercícios para o desenvolvimento da Telepatia é o seguinte: sente-se numa poltrona, de frente para o leste, imaginando que as radiações solares penetram no plexo solar, fazendo girar esse centro da esquerda para a direita. Imaginai que os raios são de uma bela cor azul-dourada, durante meia hora diária.

O segundo exercício é concentrar-se no plexo solar e vocalizar a vogal “U”, da seguinte forma:

“UUUUUUUUUUU”…

O importante é que não canseis, são necessárias constância e tenacidade, pois há muitos irmãos que começam e logo se cansam, mas se quiserem desenvolver os seus poderes, não se cansem.

Vocês podem recordar as suas existências passadas se despertarem os chacras pulmonares. Tanto no pulmão esquerdo quanto no direito existem centro magnéticos que são extraordinários. A vogal “A” faz vibrar os chacras pulmonares, e se vocaliza assim:

“AAAAAAAAAAAAAAA”…

Se quiserdes acrescentar a consoante “N”, melhor, e aí ficaria assim:

AAAAANNNNNN…

O doutor Krumm-Heller aconselhava aos seus discípulos uma hora de vocalização. Dizia que a ordem era a seguinte: I – E – O – U – A. Aconselhava que se imaginasse que o som de cada vocal começava na cabeça e ia até os pés.

Vocalizava assim:

IIIIIIIIIIIIIIIIII…
EEEEEEE…
OOOOOO…
UUUUUUU…
AAAAAAA…

Dizia que o discípulo deveria vocalizar por uma hora diária. Esse era o sistema que o grande Mestre Huiracotcha ensinava. Nós, com os irmãos da Sierra Nevada de Santa Marta, lá no Summum Supremum Sanctuarium Gnosticum, vocalizávamos fazendo cadeias, ou vocalizávamos sozinhos. Utilizávamos também esse mantra com a inclusão das consoantes “CH”, e o resultado foi maravilhoso.

Aqueles irmãos estão muitos avançados, tinham Clarividência, Clariaudiência, Telepatia, lembram das suas existências passadas, saem e entram à vontade no corpo físico.

Bem, seguindo adiante, com os mantras CHIS, CHES, CHOS, CHUS e CHAS, obtínhamos ótimos resultados em despertarem os poderes internos, eles são vocalizados assim:

CHIIIIIIIIIIIIIIIIISSSSSSS
CHEEEEEEESSSSSSS
CHOOOOOOSSSSSSS
CHUUUUUUSSSSSSSS

A combinação de “CH” com a consoante “S” no final do mantra, é algo maravilhoso, os chacras giram potentamente, despertando os poderes internos do homem. Embora, repito, sem se cansar, não se cansem. Esses são exercícios que devem ser praticados durante toda a sua vida, vocês devem acostumar-se com esses mantras.

Agora vou lhes ensinar o mantra para o desdobramento astral, o mantra é o FARAON.

Deitados na cama, em decúbito dorsal, com as pernas dobradas e os joelhos para cima, com as plantas dos pés apoiadas na cama, repitam o mantra Faraon, assim:

FAAAAAAARRRRRRRAAAAAAAOOOOOOONNNNNN…

 

viagem-astral-gnosisonline

Repitam esse mantra várias vezes, podendo fazê-lo suavemente, como também vocalizá-los mentalmente, e conforme vão adormecendo, imaginem as pirâmides do Egito. Isso não é trabalhoso, dediquem toda a sua atenção mental e adormeçam mantralizando.

O resultado será esplêndido, sairão em astral, despertarão lá nos Mundos Internos e abandonarão o seu corpo físico sem saber a hora e como foi…

O maior poder que existe, a melhor chave que existe para sair em astral depende das energias sexuais, que, quando está em processo de transmutação líbido-genética, produz um som semelhante ao som de um grilo.

Existe outro mantra para sair em astral, vocês adormeçam vocalizando mentalmente as sílabas “LA-RA”, da seguinte forma:

LAAAAA – RRRRRAAAAAAA…

Essas duas sílabas têm o poder de fazer vibrar intensamente as energias sexuais, por lógica e dedução sabemos quando as energias estão potentes e com elevadas vibrações. Mantraliza-se a letra “S”, ou seja, “SSSSSSSSSSSSS”, sentindo o mantra vibrar no cerebelo como se fosse o canto de um grilo.

Quando escutarem esse som não se assustem, graduem o volume, dando uma maior ressonância através da vontade, e fazendo esse som vibrar mais intensamente levantem de sua cama. Não pensem que estão levantando, levantem-se, repito. Levantem-se e a natureza se encarregará de separar a parte astral do corpo físico.

Vocês não têm nada a fazer senão só se levantarem. Claro que não se trata de levantar-se mentalmente, levantem-se da cama, e antes de saírem do quarto deem um saltinho com a intenção de flutuar. Se conseguirem é porque estão no mundo astral. Se não conseguirem, voltem à cama e repitam o exercício.

Lembrem-se meus irmãos, que uma hora de vocalização de mantra, vale mais que ler um milhão de livros teosofistas, rosa-cruz, espíritas etc.

O mantra TOM DOM faz vibrar o chakra do coração, o Anáhata, imitando os sons dos sinos das paróquias, assim:

TOOOOOOOMMMMMMM, DOOOOOOOMMMMMMM….
TOOOOOOOMMMMMMM, DOOOOOOOMMMMMMM….
TOOOOOOOMMMMMMM, DOOOOOOOMMMMMMM….

E a seguir:

IIIIIIIIIIIIII, UUUUUUUUUU, EEEEEEEEE, IIIIIIIIIIIIIIII…,

imitando os sons da brisa quando passa por entre as folhas das árvores.

Agora vou lhes ensinar alguns outros mantras importantes. Ouçam-me, são mantras fundamentais para a magia sexual e se vocalizam assim:

DIIIIIIIIISSSSSS, DAAAAAASSSSSS, DOOOOOSSSSSS…..

Mais mantras para sair em corpo astral:

RUUUUUUSSSSSS – TIIIIIIIIIIIIII…

TAI- REREREEE, TAI – REREREEE, TAI – REREREEE.

Lembrando sempre que ao sair do vosso quarto deem um pequeno salto com a intenção de flutuar, e se conseguirem é porque já estão em astral, saiam do quarto e dirijam-se com a decisão firme de ir à Igreja Gnóstica, onde nós, os Mestres da Fraternidade Universal Branca, os aguardamos.

O mantra oriental AUM se vocaliza esotericamente assim:

AAAAAAAAAOOOOOOOOO MMMMMMMMM…

Um mantra para a cura:

PAAAANNNNN – CLARA
PAAAANNNNN – CLARA
PAAAANNNNN – CLARA…

Façam a sua vocalização em sete tempos pequenos, vocalizem com Fé Consciente, irmãos, e triunfarão. Não percam tempo teorizando, não percam o tempo se alimentando com as comidas que se oferecem aos ídolos da teosofia, rosacrucianismos, espiritismos…

Desse tipo de comida só comem os discípulos de Jezebel, que se diz profetiza, que ensina e engana aos seus servos a fornicar e a comer coisas oferecida aos ídolos.

Sejam práticos, porque na Nova Era de Aquárius, necessitam-se de homens práticos, despertos e iluminados. Essa lição mântrica que lhes dei encerra a Chave de todos os Poderes. Por isso, irmãos, têm de aprender a manejar o Verbo.

Até aqui, as minhas palavras. Paz Inverencial…

Samael Aun weor, conferência No Princípio Era o Verbo

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O sonho de estar desperto

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Convém eliminar, para o bem da Grande Causa, determinados espinheiros que obstruem o Caminho.

Em tudo isso, existe algo demasiado grave. Quero fazer referência ao sono da consciência.

Os quatro evangelhos insistem na necessidade de despertar, porém, infelizmente, as pessoas supõem que estão despertas. Para o cúmulo dos males, existe por toda parte um tipo de gente, muito psíquica certamente, que não somente dorme, como ainda sonha que está desperta.

Essas pessoas autodenominam-se videntes e se tornam demasiado perigosas porque projetam sobre os demais seus sonhos, alucinações e loucuras. São precisamente eles que impingem aos outros delitos que não cometeram e assim desbaratam lares alheios.

Resulta óbvio compreender que não falamos dos legítimos clarividentes. Referimo-nos, por agora, a esses alucinados, a esses equivocados que sonham estar com a consciência desperta.

Com profunda pena evidenciamos que o fracasso esotérico se deve à consciência adormecida.

Muitos devotos gnósticos, sinceros amantes da verdade, fracassam por causa desse lamentável estado de consciência adormecida.

Luz é Consciência, Consciência é Luz.
Luz é Consciência, Consciência é Luz

Nos tempos antigos, apenas se ensinava o Grande Arcano, o maithuna, o yoga sexual, àqueles neófitos que despertavam a consciência. Os hierofantes sabiam muito bem que os discípulos adormecidos, cedo ou tarde, terminam abandonando o trabalho na Nona Esfera.

O pior é que esses fracassados se autoenganam pensando de si o melhor, e quase sempre caem como rameiras nos braços de alguma escolinha nova que lhes brinde um pouco de consolo.

Depois, pronunciam frases como as seguintes: “Eu não sigo os ensinamentos gnósticos porque eles exigem um casal e isto é coisa de um só. A liberação, o trabalho, é coisa que se tem de buscar sozinho”. Naturalmente, essas palavras de autoconsolo e de autoconsideração têm por objetivo unicamente a própria autojustificação.

Se essas pobres pessoas tivessem a consciência desperta perceberiam o seu erro e compreenderiam que elas não se fizeram sozinhas. Elas tiveram um pai, uma mãe, e houve um coito que lhes deu vida.

Se essa pobre gente tivesse a sua consciência desperta, verificaria que assim como é em cima é embaixo e vice-versa, experimentaria diretamente a crua realidade dos fatos, dar-se-ia conta cabal do lamentável estado em que se encontra e compreenderia a necessidade do maithuna para a fabricação dos corpos solares, o traje de bodas da alma, e assim conseguir o Segundo Nascimento, do qual  o Grande Cabir Jesus falou ao rabino Nicodemo.

Porém, tais modelos de sabedoria dormem e não são capazes de verificar por si mesmos que estão vestidos com corpos protoplasmáticos, que se vestem com farrapos lunares e que são uns pobres-coitados e miseráveis.

Os sonhadores, os adormecidos que supõem estar despertos, não somente prejudicam a si mesmos como ainda causam graves danos a seus semelhantes.

Creio que o equivocado sincero, o adormecido que sonha estar desperto, o alucinado que se qualifica de iluminado e o mitômano que se crê supertranscendido, em verdade estes causam a si e aos demais muito mais dano do que experimenta alguém que jamais em sua vida ingressou nos nossos estudos.

Estamos falando numa linguagem dura, mas podem estar seguros de que muitos adormecidos e alucinados, ao lerem estas linhas, em vez de se deterem por um momento para refletir, corrigir ou retificar, buscarão apenas uma forma de se apropriar de minhas palavras a fim de documentar suas loucuras.

Para desgraça deste pobre formigueiro humano, as pessoas levam dentro um péssimo secretário que sempre interpreta mal os ensinamentos gnósticos. Referimo-nos ao Eu Pluralizado, ao Mim Mesmo.

O mais cômico do Mefistófeles é a maneira como se disfarça de santo. Claro que o Ego lhe agrada que o ponham no altar e o adorem.

Compreendam de uma vez por todas que enquanto a consciência continuar engarrafada no Eu Pluralizado não somente dormirá como terá, o que é pior, o mau gosto de sonhar que está desperta.

O pior gênero de loucura resulta da combinação de mitomania com alucinações. O mitômano é aquele que se presume de Deus, que se sente supertranscendido e que deseja que todo mundo o adore.

Esse tipo de gente, ao estudar este capítulo, imputará para outros minhas palavras e continuará pensando que já dissolveu o Eu, ainda que o tenha mais robusto que um gorila. Quando um mitômano adormecido trabalha na Forja dos Ciclopes, estejam seguros de que muito breve abandonará o trabalho dizendo: “Eu já consegui o Segundo Nascimento. Eu estou liberado. Eu sou um Deus. Renunciei ao Nirvana por amor à humanidade”.

Em nosso querido Movimento Gnóstico já vimos coisa muito feia. É espantoso ver os mitômanos, os adormecidos alucinados, profetizando loucuras, caluniando o próximo, qualificando os outros de magos negros etc. Isso é espantoso.

adormecimento

Diabos julgando diabos! Todos esses “exemplos de perfeição” não querem se dar conta de que neste mundo doloroso em que vivemos é quase impossível encontrar um santo.

Todo mago é mais ou menos negro. De forma alguma se pode ser mago branco enquanto o Eu Pluralizado estiver metido no corpo. O Eu Pluralizado é o próprio demônio.

Isso de andar dizendo por aí que fulano está caído é certamente uma brincadeira de mau gosto, porque neste mundo todas as pessoas estão caídas. Isso de caluniar o próximo e de destruir lares com falsas profecias é próprio de alucinados, de gente que sonha estar desperta.

Se alguém de fato quer autodespertar, que se resolva a morrer de instante a instante, que pratique a meditação profunda, que se liberte da mente, que trabalhe com as Runas da maneira como ensinamos neste livro…

À Sede Patriarcal do Movimento Gnóstico chegam muitas cartas de adormecidos que dizem: Minha mulher… o fulano… o beltrano… está muito evoluído, é uma alma muito velha… Etc.

Esses pobres adormecidos que assim falam pensam que o tempo e a evolução podem autorrealizá-los, podem despertá-los e levá-los à liberação final. Essas pessoas não querem compreender que a evolução e sua irmã gêmea a involução, são apenas leis mecânicas da natureza, as quais trabalham de maneira harmoniosa e coordenada em toda a criatura.

Quando alguém desperta a consciência percebe a necessidade de se emancipar dessas leis e de se meter pela Senda da Revolução.

Queremos gente desperta, firme, revolucionária; de maneira alguma aceitamos frases incoerentes, vagas, imprecisas, insípidas, inodoras etc.

Vivamos alertas e vigilantes como a sentinela em época de guerra. Queremos gente que trabalhe com os Três Fatores de Revolução da Consciência.

Lamentamos tantos casos de equivocados sinceros que só trabalham com um fator e muitas vezes infelizmente muito mal trabalhado.

Precisamos compreender que somos pobres feras adormecidas, máquinas controladas pelo Ego.

(Samael Aun Weor, Magia das Runas)

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Ressonância mórfica

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Ressonância mórfica: a teoria do centésimo macaco.

Na biologia, surge uma nova hipótese que promete revolucionar toda a ciência.

Era uma vez duas ilhas tropicais, habitadas pela mesma espécie de macaco, mas sem qualquer contato perceptível entre si. Depois de várias tentativas e erros, um esperto símio da ilha “A” descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa. Ninguém jamais havia quebrado cocos dessa forma. Por imitação, o procedimento
rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo uma população crítica de 99 macacos domina a nova metodologia.

Quando o centésimo símio da ilha “A” aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha “B” começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira.

Não houve nenhuma comunicação convencional entre as duas populações: o conhecimento simplesmente se incorporou aos hábitos da espécie. Este é uma história fictícia, não um relato verdadeiro. Numa versão alternativa, em vez de quebrarem cocos, os macacos aprendem a lavar raízes antes de comê-las. De um modo ou de outro, porém, ela ilustra uma das mais ousadas e instigantes idéias científicas da atualidade: a hipótese dos “campos mórficos”, proposta pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake.

Segundo o cientista, os campos mórficos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.

Átomos, moléculas, cristais, organelas, células, tecidos, órgãos, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas planetários, sistemas solares, galáxias: cada uma dessas entidades estaria associada a um campo mórfico específico. São eles que fazem com que um sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada e não um mero ajuntamento de partes.

Sua atuação é semelhante à dos campos magnéticos, da física. Quando colocamos uma folha de papel sobre um ímã e espalhamos pó de ferro em cima dela, os grânulos metálicos distribuem-se ao longo de linhas geometricamente precisas. Isso acontece porque o campo magnético do ímã afeta toda a região à sua volta. Não podemos percebê-lo diretamente, mas somos capazes de detectar sua presença por meio do efeito que ele produz, direcionando as partículas de ferro. De modo parecido, os campos mórficos distribuem-se imperceptivelmente pelo espaço-tempo, conectando todos os sistemas individuais que a eles estão associados.

A analogia termina aqui, porém. Porque, ao contrário dos campos físicos, os campos mórficos de Sheldrake não envolvem transmissão de energia. Por isso, sua intensidade não decai com o quadrado da distância, como ocorre, por exemplo, com os campos gravitacional e eletromagnético. O que se transmite através deles é pura informação. É isso que nos mostra o exemplo dos
macacos. Nele, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa a ser compartilhado por toda a espécie.

Até os Cristais

O processo responsável por essa coletivização da informação foi batizado por Sheldrake com o nome de “ressonância mórfica”. Por meio dela, as informações se propagam no interior do campo mórfico, alimentando uma espécie de memória coletiva. Em nosso exemplo, a ressonância mórfica entre macacos da mesma espécie teria feito com que a nova técnica de quebrar cocos chegasse à ilha “B”, sem que para isso fosse utilizado qualquer meio usual de transmissão de informações.

Parece telepatia. Mas não é. Porque, tal como a conhecemos, a telepatia é uma atividade mental superior, focalizada e intencional que relaciona dois ou mais indivíduos da espécie humana. A ressonância mórfica, ao contrário, é um processo básico, difuso e não-intencional que articula coletividades de qualquer tipo. Sheldrake apresenta um exemplo desconcertante dessa propriedade.

ressonancia-morfica-gnosisonlineQuando uma nova substância química é sintetizada em laboratório – diz ele -, não existe nenhum precedente que determine a maneira exata de como ela deverá cristalizar-se. Dependendo das características da molécula, várias formas de cristalização são possíveis. Por acaso ou pela intervenção de fatores puramente circunstanciais, uma dessas possibilidades se efetiva e a substância segue um padrão determinado de cristalização.

Uma vez que isso ocorra, porém, um novo campo mórfico passa a existir. A partir de então, a ressonância mórfica gerada pelos primeiros cristais faz com que a ocorrência do mesmo padrão de cristalização se torne mais provável em qualquer laboratório do mundo. E quanto mais vezes ele se efetivar, maior será a probabilidade de que aconteça novamente em experimentos futuros.

Com afirmações como essa, não espanta que a hipótese de Sheldrake tenha causado tanta polêmica. Em 1981, quando ele publicou seu primeiro livro, A New Science of Life (Uma nova ciência da vida), a obra foi recebida de maneira diametralmente oposta pelas duas principais revistas científicas da Inglaterra. Enquanto a New Scientist elogiava o trabalho como “uma importante pesquisa científica”, a Nature o considerava “o melhor candidato à fogueira em muitos anos”.

Doutor em biologia pela tradicional Universidade de Cambridge e dono de uma larga experiência de vida, Sheldrake já era, então, suficientemente seguro de si para não se deixar destruir pelas críticas. Ele sabia muito bem que suas idéias heterodoxas não seriam aceitas com facilidade pela comunidade científica. Anos antes, havia experimentado uma pequena amostra disso, quando, na condição de pesquisador da Universidade de Cambridge e da Royal Society, lhe ocorreu pela primeira vez a hipótese dos campos mórficos.

A ideia foi assimilada com entusiasmo por filósofos de mente aberta, mas Sheldrake virou motivo de gozação entre seus colegas biólogos. Cada vez que dizia alguma coisa do tipo “eu preciso telefonar”, eles retrucavam com um “telefonar para quê? Comunique-se por ressonância mórfica”.

Era uma brincadeira amistosa, mas traduzia o desconforto da comunidade científica diante de uma hipótese que trombava de frente com a visão de mundo dominante. Afinal, a corrente majoritária da biologia vangloriava-se de reduzir a atividade dos organismos vivos à mera interação físico-química entre moléculas e fazia do DNA uma resposta para todos os mistérios da vida.

A realidade, porém, é exuberante demais para caber na saia justa do figurino reducionista.

Exemplo disso é o processo de diferenciação e especialização celular que caracteriza o desenvolvimento embrionário. Como explicar que um aglomerado de células absolutamente iguais, dotadas do mesmo patrimônio genético, dê origem a um organismo complexo, no qual órgãos diferentes e especializados se formam, com precisão milimétrica, no lugar certo e no momento adequado?

A biologia reducionista diz que isso se deve à ativação ou inativação de genes específicos e que tal fato depende das interações de cada célula com sua vizinhança (entendendo-se por vizinhança as outras células do aglomerado e o meio ambiente). É preciso estar completamente entorpecido por um sistema de crenças para engolir uma “explicação” dessas.ressonancia-morfica2-gnosisonline

Como é que interações entre partes vizinhas, sujeitas a tantos fatores casuais ou acidentais, podem produzir um resultado de conjunto tão exato e previsível? Com todos os defeitos que possa ter, a hipótese dos campos mórficos é bem mais plausível.

Uma estrutura espaço-temporal desse tipo direcionaria a diferenciação celular, fornecendo uma espécie de roteiro básico ou matriz para a ativação ou inativação dos genes.

Ação Modesta

A biologia reducionista transformou o DNA numa cartola de mágico, da qual é possível tirar qualquer coisa. Na vida real, porém, a atuação do DNA é bem mais modesta. O código genético nele inscrito coordena a síntese das proteínas, determinando a seqüência exata dos aminoácidos na construção dessas macromoléculas. Os genes ditam essa estrutura primária e ponto.

“A maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão programadas no código genético”, afirma Sheldrake. “Dados os genes corretos, e portanto as proteínas adequadas, supõe-se que o organismo, de alguma maneira, se monte automaticamente. Isso é mais ou menos o mesmo que enviar, na ocasião certa, os materiais corretos para um local de construção e esperar que a casa se construa espontaneamente.”

A morfogênese, isto é, a modelagem formal de sistemas biológicos como as células, os tecidos, os órgãos e os organismos seria ditada por um tipo particular de campo mórfico: os chamados “campos morfogenéticos”. Se as proteínas correspondem ao material de construção, os “campos morfogenéticos” desempenham um papel semelhante ao da planta do edifício.

Devemos ter claras, porém, as limitações dessa analogia. Porque a planta é um conjunto estático de informações, que só pode ser implementado pela força de trabalho dos operários envolvidos na construção. Os campos morfogenéticos, ao contrário, estão eles mesmos em permanente interação com os sistemas vivos e se transformam o tempo todo graças ao processo de ressonância mórfica.

Tanto quanto a diferenciação celular, a regeneração de organismos simples é um outro fenômeno que desafia a biologia reducionista e conspira a favor da hipótese dos campos morfogenéticos. Ela ocorre em espécies como a dos platelmintos, por exemplo. Se um animal desses for cortado em pedaços, cada parte se transforma num organismo completo.

Forma Original

Como mostra a ilustração da página ao lado, o sucesso da operação independe da forma como o pequeno verme é seccionado. O paradigma científico mecanicista, herdado do filósofo francês René Descartes (1596-1650), capota desastrosamente diante de um caso assim. Porque Descartes concebia os animais como autômatos e uma máquina perde a integridade e deixa de funcionar se algumas de suas peças forem retiradas. Um organismo como o platelminto, ao contrário, parece estar associado a uma matriz invisível, que lhe permite regenerar sua forma original mesmo que partes importantes sejam removidas.

A hipótese dos campos morfogenéticos é bem anterior a Sheldrake, tendo surgido nas cabeças de vários biólogos durante a década de 1920. O que Sheldrake fez foi generalizar essa ideia, elaborando o conceito mais amplo de campos mórficos, aplicável a todos os sistemas naturais e não apenas aos entes biológicos.

Propôs também a existência do processo de ressonância mórfica, como princípio capaz de explicar o surgimento e a transformação dos campos mórficos. Não é difícil perceber os impactos que tal processo teria na vida humana. “Experimentos em psicologia mostram que é mais fácil aprender o que outras pessoas já aprenderam”, informa Sheldrake.

Ele mesmo vem fazendo interessantes experimentos nessa área. Um deles mostrou que uma figura oculta numa ilustração em alto constraste torna-se mais fácil de perceber depois de ter sido percebida por várias pessoas. Isso foi verificado numa pesquisa realizada entre populações da Europa, das Américas e da África em 1983. Em duas ocasiões, os pesquisadores mostraram as ilustrações 1 e 2 a pessoas que não conheciam suas respectivas “soluções”. Entre uma enquete e outra, a figura 2 e sua “resposta” foram transmitidas pela TV. Verificou-se que o índice de acerto na segunda mostra subiu 76% para a ilustração 2, contra apenas 9% para a 1.

Aprendizado

Se for definitivamente comprovado que os conteúdos mentais se transmitem imperceptivelmente de pessoa a pessoa, essa propriedade terá aplicações óbvias no domínio da educação. “Métodos educacionais que realcem o processo de ressonância mórfica podem levar a uma notável aceleração do aprendizado”, conjectura Sheldrake. E essa possibilidade vem sendo testada na Ross School, uma escola experimental de Nova York dirigida pelo matemático e filósofo Ralph Abraham.

Outra conseqüência ocorreria no campo da psicologia. Teorias psicológicas como as de Carl Gustav Jung e Stanislav Grof, que enfatizam as dimensões coletivas ou transpessoais da psique, receberiam um notável reforço, em contraposição ao modelo reducionista de Sigmund Freud (leia o artigo “Nas fronteiras da consciência”, em Globo Ciência nº 32).

Sem excluir outros fatores, o processo de ressonância mórfica forneceria um novo e importante ingrediente para a compreensão de patologias coletivas, como o sadomasoquismo e os cultos da morbidez e da violência, que assumiram proporções epidêmicas no mundo contemporâneo, e poderia propiciar a criação de métodos mais efetivos de terapia.

“A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mal”, afirmou Sheldrake a Galileu. “Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina. Pois nossas ações podem influenciar os outros e serem repetidas”.

De todas as aplicações da ressonância mórfica, porém, as mais fantásticas insinuam-se no domínio da tecnologia. Computadores quânticos, cujo funcionamento comporta uma grande margem de indeterminação, seriam conectados por ressonância mórfica, produzindo sistemas em permanente transformação. “Isso poderia tornar-se uma das tecnologias dominantes do novo milênio”, entusiasma-se Sheldrake.

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As duas chaves do Dragão Amarelo

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É claro que temos de ir nos independizando cada vez mais da mente. A mente é um calabouço, um cárcere, onde todos nós estamos presos. Precisamos fugir desse cárcere, se é que realmente queremos saber que coisa é a liberdade; liberdade essa que não é do tempo, liberdade essa que não é da mente…

Antes de tudo, devemos considerar a mente como algo que não é do Ser. Infelizmente, as pessoas identificadas com a mente dizem “estou pensando”, e se sentem como sendo a mente.

Há escolas que se dedicam a fortalecer a mente. Dão cursos por correspondência, ensinam a desenvolver a força mental etc. Porém, tudo isso é absurdo! Fortificar os barrotes da prisão onde estamos metidos não é o indicado.

O que precisamos é destruir esses barrotes para conhecer a verdadeira liberdade que, como já disse, não é do tempo. Enquanto estivermos no cárcere do intelecto, não seremos capazes de experimentar a verdadeira liberdade.

A mente em si mesma é um cárcere doloroso. Ninguém jamais foi feliz com a mente. Até hoje não se conheceu o primeiro homem que foi feliz com a mente. A mente torna todas as criaturas infelizes.

Os momentos mais felizes que todos nós tivemos na vida ocorreram sempre na ausência da mente. Foi um instante, sim, mas que não o poderemos esquecer jamais na vida. Em tal segundo, soubemos o que é a felicidade, mas durou apenas um segundo.

A mente não sabe que coisa é a felicidade, ela é um cárcere.

Temos de aprender a dominar a mente, não a alheia, mas a nossa, se é que queremos ficar independentes dela. Faz-se indispensável aprender a olhar a mente como algo que devemos dominar, como algo que, digamos, precisamos amansar.

Recordemos o divino Mestre Jesus entrando em Jerusalém no Domingo de Ramos, montado em seu burrinho. Esse burrico é a mente que temos de submeter. Temos de montar no burrinho e não permitir que ele monte em nós.

Infelizmente, as pessoas são vítimas da mente, posto que não sabem montar no burrinho. A mente é um burrinho muito estúpido, que tem de ser dominado, se é que verdadeiramente queremos montar nele.

Durante a meditação devemos dialogar com a mente. Se alguma dúvida surge, temos de fazer a dissecação dessa dúvida.

Quando uma dúvida foi devidamente estudada, quando a dissecamos, não deixa em nossa memória rastro algum, desaparece. Mas quando uma dúvida persiste, quando pretendemos combatê-la incessantemente, forma-se o conflito. Toda dúvida é um obstáculo para a meditação.

Mas não será rejeitando as dúvidas que iremos eliminá-las. Ao contrário, é fazendo a sua dissecação para ver o que é que escondem de real.

Qualquer dúvida que persiste na mente converte-se numa trava para a meditação. Temos de analisá-la, esquadrinhá-la, reduzi-la a pó. Não será combatendo-a, mas sim abrindo-a com o bisturi da autocrítica, fazendo uma rigorosa e implacável dissecação, que iremos descobrir o que havia nela de importante, o que havia nela de real e o que havia de irreal.

Assim, as dúvidas, às vezes, servem para esclarecer conceitos. Quando alguém elimina uma dúvida mediante uma análise rigorosa, quando a disseca, descobre alguma verdade. De tal verdade vem algo mais profundo, mais sabedoria, mais experiência.

Elabora-se a sabedoria à base de experimentação direta, na própria experimentação, à base de meditação profunda. Há vezes em que precisamos, repito, dialogar com a mente, porque muitas vezes queremos que a mente fique quieta, fique em silêncio, e ela insiste em suas tolices, em seu palavrório inútil, em continuar a luta das antíteses.

É quando se faz necessário interrogar a mente: “Muito bem, mente, mas o que é que queres? Me responda!” Se a meditação for profunda, poderá surgir em nós alguma representação. Nessa figura, nessa representação, nessa imagem, está a resposta.

Temos então de dialogar com a mente e fazê-la ver a realidade das coisas, fazê-la ver que sua resposta está errada, fazê-la ver que suas preocupações são inúteis e que os motivos pelos quais se agita também são inúteis. Por fim, a mente fica quieta e em silêncio.

Mas se notamos que a iluminação ainda não surge, que ainda persiste em nós o estado caótico, a confusão incoerente do palavrório incessante com sua luta de opostos, temos de chamar de novo a atenção da mente, interrogando-a: o que queres, mente? O que estás procurando? Por que não me deixas em paz?

Há que falar claro e dialogar com a mente, como se ela fosse um sujeito estranho, já que ela não é o Ser. Temos de tratá-la como se fosse uma pessoa estranha. Temos de recriminá-la e de repreendê-la.

O Judô Psicológico

Os estudantes do zen avançado praticam o judô, mas o judô psicológico deles não foi compreendido pelos turistas que chegam ao Japão.

Ver, por exemplo, os monges praticando o judô, lutando uns com os outros, pareceria um exercício meramente físico, mas não é. Quando estão praticando judô, realmente quase não estão se dando conta do corpo físico. Na realidade, sua luta tem como objetivo dominar a própria mente.

No judô, o adversário que estão combatendo é a sua própria mente. De maneira que o judô psicológico tem por objetivo submeter a mente, tratá-la cientificamente, tecnicamente; o objetivo é submetê-la. Infelizmente, os ocidentais só veem a casca do judô.

Claro, como sempre, superficiais e néscios, tomaram o judô como luta de defesa pessoal e se esqueceram dos princípios do zen e do ch’an. Isso foi verdadeiramente lamentável. É algo bastante semelhante ao que aconteceu com o Tarô. Sabe-se que no Tarô está toda a sabedoria antiga e todas as leis cósmicas e da natureza.

Por exemplo, um indivíduo que fala contra a magia sexual está falando contra o Arcano 9 do Tarô. Portanto, está jogando um carma horrível contra si. Um indivíduo que fale a favor do dogma da evolução, está quebrando a lei do Arcano 10 do Tarô, e assim sucessivamente.

O Tarô é um padrão de medidas para todos, como já disse em meu livro O Mistério do Áureo Florescer. Nele, termino dizendo que os autores são livres para escrever o que quiserem, mas que não deveriam se esquecer do padrão de medidas, que é o Tarô, o livro de ouro, a fim de não violar as leis cósmicas e cair sob a Catância, que é o carma superior.

Depois dessa pequena digressão, quero dizer que o Tarô, tão sagrado, tão sapiente, converteu-se em jogo de pôquer e nesses outros jogos de cartas que servem para a diversão das pessoas, que se esqueceram de suas leis e de seus princípios. As piscinas sagradas dos antigos templos de Mistérios converteram-se hoje nos clubes de banhistas.

A tauromaquia, a ciência profunda, a ciência taurina dos antigos Mistérios de Netuno na Atlântida, perdeu seus princípios e converteu-se hoje no circo vulgar das touradas.

Portanto, não é de se estranhar que o judô – o zen e o ch’an –, que tem por objetivo precisamente submeter a própria mente através de seus movimentos e paradas, tenha degenerado, tenha perdido seus princípios, no mundo ocidental, e tenha se convertido em algo profano que só se usa hoje para a defesa pessoal.

As Duas Joias do Dragão Amarelo

Vejamos o aspecto psicológico do judô. No judô psicológico que a Revolução da Dialética ensina, é necessário dominar a mente, é preciso que a mente aprenda a obedecer, e exige-se uma forte recriminação para que ela obedeça. Isto Krishnamurti não ensinou, tampouco o zen ou o ch’an.

Isso que estou ensinando pertence à Segunda Joia do Dragão Amarelo, à Segunda Joia da Sabedoria. Dentro da primeira joia podemos incluir o zen, mas o zen não explica a segunda joia, ainda que possua os prolegômenos em seu judô psicológico.

A segunda joia implica disciplina da mente: dominando-a, açoitando-a, recriminando-a… A mente é um burrinho insuportável que tem de ser amansado. Portanto, durante a meditação temos de contar com muitos fatores se quisermos chegar à quietude e ao silêncio da mente.

Precisamos estudar a desordem, porque só assim conseguiremos estabelecer a ordem. Temos de saber o que há em nós de atento e o que há em nós de desatento.

Sempre que entramos em meditação, nossa mente se divide em duas partes, a parte que atende e a parte que não atende. Não é na parte atenta que temos de pôr atenção, mas sim precisamente no que há de desatento em nós.

Quando chegarmos a compreender profundamente o que há de desatento em nós e soubermos como proceder para que o desatento se converta em atento, teremos conseguido a quietude e o silêncio da mente.

Porém, temos de ser judiciosos na meditação, julgando a nós mesmos e sabendo o que há de desatento em nós. Precisamos nos tornar conscientes daquilo que existe de desatento em nós.

Quando digo que devemos dominar a mente, entendam que quem deve dominá-la é a Essência, a consciência. Despertando consciência, adquirimos mais poder sobre a mente e por fim nos tornamos conscientes do que há de inconsciente em nós.

Faz-se urgente e improrrogável dominar a mente. Devemos dialogar com ela, recriminá-la, açoitá-la com o látego da vontade e fazê-la obedecer. Essa didática pertence à Segunda Joia do Dragão Amarelo.

Meu real Ser, Samael Aun Weor, esteve reencarnado na antiga China e chamou-se Chou-Li. Fui iniciado na Ordem do Dragão Amarelo e tenho ordens de entregar as Sete Joias do Dragão Amarelo a quem despertar a consciência, vivendo a Revolução da Dialética e conseguindo a Revolução Integral.

Antes de tudo, não devemos nos identificar com a mente, se é que queremos tirar o melhor partido da Segunda Joia. Se continuamos nos sentido mente, se dizemos “estou raciocinando, estou pensando”, estamos afirmando um despropósito e não estamos de acordo com a doutrina do Dragão Amarelo porque o Ser não precisa pensar e não precisa raciocinar.

Quem raciocina é a mente. O Ser é o Ser e a razão de ser do Ser é o próprio Ser. Ele é o que é, o que sempre foi e o que sempre será. O Ser é a vida que palpita em cada sol. O que pensa não é o Ser. Quem raciocina não é o Ser.

Nós não temos encarnado todo o Ser, mas temos uma parte do Ser encarnada, que é a Essência, ou budhata, isso que há de alma em nós, o anímico, o material psíquico. É necessário que essa Essência vivente se imponha sobre a mente.

Aquilo que analisa em nós são os eus. Os eus nada mais são do que formas da mente, formas mentais que têm de ser desintegradas e reduzidas a poeira cósmica.

Estudemos, neste momento, algo muito especial. Poderia se dar o caso de que alguém dissolvesse os eus, os eliminasse. Poderia também se dar o caso de que esse alguém, além de dissolver os eus, fabricasse um corpo mental.

Obviamente, teria adquirido individualidade intelectual. Mas teria de se libertar até mesmo desse corpo mental, porque por mais perfeito que ele fosse, também raciocinaria, também pensaria, e a forma mais elevada de pensar é não pensar. Quando pensamos, não estamos na forma mais elevada de pensar.

O Ser não precisa pensar. Ele é o que sempre foi e o que sempre será. Assim, em síntese, temos de submeter a mente, interrogá-la… Não precisamos submeter as mentes alheias porque isso é magia negra.

Não precisamos dominar a mente de ninguém porque isso é bruxaria da pior espécie. O que precisamos é submeter a própria mente, dominá-la…

Durante a meditação, repito, surgem duas partes, a que está atenta e a que está desatenta.

Precisamos nos tornar conscientes do que há de desatento em nós. Ao nos fazermos conscientes, poderemos evidenciar que o desatento tem muitos fatores. Dúvida, há muitas dúvidas. São muitas as dúvidas que existem na mente humana. De onde vêm essas dúvidas?

As Essências Fracassadas

Vejamos, por exemplo, o ateísmo, o materialismo, o ceticismo… Se os desmembramos, vemos que existem muitas formas de ceticismo, muitas formas de ateísmo e muitas formas de materialismo. Há pessoas que se declaram materialistas e ateus e, no entanto, temem, por exemplo, as feitiçarias e as bruxarias.

Respeitam a natureza, sabem ver Deus na natureza, mas a seu modo. Quando se lhes fala de assuntos espirituais ou religiosos, declaram-se ateus e materialistas. Seu ateísmo não passa de uma forma incipiente.

Há outro tipo de materialismo e ateísmo, o do sujeito marxista-leninista. Ele é incrédulo e cético. No fundo, esse ateu materialista busca algo: ele quer simplesmente desaparecer, não existir, aniquilar-se integralmente, não quer nada com a Mônada Divina, ele a odeia. Obviamente, ao agir assim, se desintegrará como ele quer. Essa é a sua vontade.

Deixará de existir, descerá pelos mundos infernais até o centro de gravidade deste planeta. Esta é sua vontade, destruir a si mesmo. Perecerá, mas, no fundo, continuará. Sim, a Essência se libertará e voltará para novas evoluções. Passará por outras involuções, voltará uma e outra vez aos diferentes ciclos de manifestação, sempre caindo no mesmo ceticismo e materialismo.

Ao longo do tempo virá o resultado. Qual? No dia em que todas as portas se fecham definitivamente, quando os 3 mil ciclos se esgotarem, essa Essência será absorvida pela Mônada que, por sua vez, entrará no seio do Espírito Universal da Vida, mas sem o mestrado.

O que é que quer realmente essa Essência? O que é que procura com seu ateísmo? Qual é seu desejo? Seu desejo é rejeitar o mestrado. No fundo, é isso que ela quer e consegue. Não se valoriza e, por fim, termina como uma Chispa Divina, mas sem o mestrado.

São várias as formas de ceticismo. Há gente que se diz católica apostólica romana e, no entanto, em suas exposições são cruamente materialistas e ateias. Contudo, vão à missa nos domingos, se confessam e comungam… Esta é outra forma de ceticismo!

Se analisamos todas as formas havidas e por haver de ceticismo e materialismo, descobrimos que não há só um tipo de materialismo ou de ceticismo. A realidade é que são milhares as formas de ceticismo e materialismo.

Milhões, porque simplesmente são mentais, coisas da mente, isto é, o ceticismo e o materialismo são da mente e não do Ser. Quando alguém passa além da mente, torna-se consciente da verdade, que não é do tempo. Obviamente, já não pode ser materialista nem  ateísta. Aquele que alguma vez escutou o Verbo, está além do tempo e além da mente. O ateísmo é da mente e pertence à mente, que é como um leque.

As formas de materialismo e de ateísmo são tantas que se assemelham a um grande leque. Tudo o que existe de real está além da mente. O ateu e o materialista são ignorantes. Jamais escutaram o Verbo, nunca conheceram a Palavra Divina e jamais entraram na Corrente do Som.

O ateísmo e o materialismo são gerados na mente. Ambos são formas da mente, formas ilusórias que não têm realidade alguma. O que verdadeiramente é real não pertence à mente. O que certamente é real está além da mente. É importante tornar-se independente da mente para conhecer o real: não para conhecê-lo intelectualmente, mas para experimentá-lo real e verdadeiramente.

Ao pormos atenção no que está desatento, poderemos ver diferentes formas de ceticismo, de incredulidade, de dúvida etc. Descobrindo qualquer dúvida, de qualquer tipo, temos de desmembrá-la, de dissecá-la, para saber o que ela quer de verdade.

Uma vez que a tenhamos desmembrado totalmente, ela desaparece, não deixando na mente rastro algum, não deixando na memória nem o mais insignificante vestígio.

Quando observamos o que há de desatento em nós, vemos também a luta das antíteses na mente. Então, temos de desmembrar essas antíteses para ver o que têm de verdade. Também deverá ser feita a dissecação das recordações, dos desejos, das emoções e das preocupações que se ignoram, que não sabemos de onde vêm nem por que vêm.

Quando judiciosamente vemos que há necessidade de chamar a atenção da mente e chegamos ao ponto crítico em que já nos cansamos dela, porque não quer obedecer de forma alguma, não resta outro remédio que recriminá-la, falar-lhe duramente, enfrentá-la frente a frente, cara a cara, como a um sujeito estranho e inoportuno.

Temos de açoitá-la com o látego da vontade e recriminá-la com palavras duras até que obedeça. Há que se dialogar muitas vezes com a mente para que entenda. Se não entende, pois temos de chamá-la à ordem severamente.

Libertando-nos da Mente

É indispensável não se identificar com a mente. Há que açoitar a mente, subjugá-la. Se ela prossegue violenta, pois temos de voltar a açoitá-la. Assim, saímos da mente e chegamos à Verdade, Aquilo que certamente não é do tempo.

Quando conseguimos, atingimos Isso que não é do tempo e experimentamos um elemento que transforma radicalmente. Existe um certo elemento transformador que não é do tempo e que somente se pode experimentar quando saímos da mente. Temos de lutar intensamente até conseguir sair da mente para conquistar a Autorrealização Íntima do Ser.

Uma e outra vez precisamos nos tornar independentes da mente e entrar na Corrente do Som, o Mundo da Música, o mundo onde ressoa a palavra dos Elohim, onde a Verdade certamente reina.

Enquanto estivermos engarrafados na mente, o que poderemos saber da Verdade? O que os outros dizem, mas o que sabemos nós? O importante não é o que os outros dizem e sim o que nós experimentamos por nós mesmos.

Nosso problema é como sairmos da mente. Para isso, precisamos de uma ciência, de uma sabedoria que nos emancipe, e esta se acha na Gnose.

Quando julgamos que a mente está quieta, quando achamos que está em silêncio, e, no entanto, não vem nenhuma experiência divina, é porque não está quieta ou em silêncio. No fundo ela continua lutando, no fundo ela está conversando… Então, através da meditação, temos de encará-la, dialogar com ela, recriminá-la e interrogá-la para saber o que quer.

Devemos dizer: Mente, porque não ficas quieta? Por que não me deixas em paz? A mente dará alguma resposta e nós responderemos com outra explicação, tratando de convencê-la.

Se não quiser se convencer, não restará outro remédio que submetê-la por meio de recriminações e usando o látego da vontade.

Tese, Antítese, Síntese, Liberação

O domínio da mente vai além da meditação nos opostos. Assim que, por exemplo, nos assalta um pensamento de ódio, uma lembrança malvada, temos de tratar de compreendê-lo, tratar de ver sua antítese, o amor. Se há amor, para que esse ódio? Com que objetivo?

Surge, por exemplo, a lembrança de um ato luxurioso. Temos de passar pela mente o cálice sagrado e a santa lança, dizendo: “Por que hei de profanar o Sagrado com meus pensamentos doentios?”

Se surgir a imagem de uma pessoa alta, devemos vê-la baixinha e isso seria correto, posto que na síntese está a chave. Saber buscar sempre a síntese é benéfico, porque da tese se passa para a antítese, porém a verdade não se encontra na tese nem na antítese. Na tese e na antítese há discussão e isso é realmente o que se quer: afirmação, negação, discussão e solução.

Afirmação de um mau pensamento e negação do mesmo mediante a compreensão de seu oposto. Discussão: temos de discutir para ver o que há de real num e noutro até chegar à sabedoria e deixar a mente quieta e em silêncio. Assim é como se deve praticar.

Tudo isso faz parte das práticas conscientes da observação do que há de desatento. Se dissermos simplesmente: é a lembrança de uma pessoa alta e lhe antepormos uma pessoa baixinha e pronto, isso não estará certo. O correto seria dizer: o alto e o baixo não são senão dois aspectos de uma mesma coisa, o que importa não é o alto nem o baixo e sim o que há de verdade por trás de tudo isto. O alto e o baixo são dois fenômenos ilusórios da mente. Assim é como se chega à síntese e à solução.

O desatento em alguém é o que está formado pelo subconsciente, pelo incoerente, pela quantidade de recordações que surgem na mente, pelas memórias do passado que assaltam uma vez ou outra, pelos resíduos da memória etc. Não temos de rechaçar ou aceitar os elementos que constituem o subconsciente.

Simplesmente, temos de nos tornar conscientes do que há de desatento, ficando assim o desatento, atento. De forma espontânea e natural o desatento fica atento. Há que fazer da vida comum uma contínua meditação. Não somente é meditação aquela ação de aquietar a mente quando estamos em casa ou nos Lumisiais, mas também aquela que transcorre no viver diário. Assim, nossa vida se converte de fato numa constante meditação. Eis como nos chega realmente a verdade.

A mente em si é o Ego. É urgente a destruição do Ego para que a substância mental fique livre e com a qual se poderá fabricar o corpo mental. Porém, no final, sempre restará a mente. O importante é livrar-se da mente. Ficando livres dela, deveremos aprender a nos desenvolver no mundo do Espírito Puro sem ela. Há que saber viver nessa Corrente do Som, que está além da mente e que não é do tempo.

Na mente, o que há é ignorância. A sabedoria real não está na mente, está além da mente. A mente é ignorante e por isso cai e cai em tantos erros graves. Quão néscios são aqueles que fazem propagandas mentalistas, aqueles que prometem poderes mentais, que ensinam os outros a dominar a mente alheia etc.

A mente não fez feliz ninguém. A verdadeira felicidade está muito além da mente. Ninguém pode chegar a conhecer a felicidade até que se torne independente da mente.

Os sonhos são próprios da inconsciência. Quando alguém desperta a consciência, deixa os sonhos. Os sonhos nada mais são do que projeções da mente. Lembro-me de certo caso vivido por mim nos mundos superiores. Foi somente um instante de descuido, mas vi como me saiu da mente um sonho.

Já ia começar a sonhar, quando reagi de entre o sonho que me escapara por um segundo. Como me dei conta do processo, rapidamente me afastei daquela forma petrificada que escapara da minha própria mente. E se tivesse ficado adormecido? Teria ficado enredado naquela forma mental. Quando alguém está desperto, sabe naturalmente que de um momento de desatenção pode escapar um sonho e nele ficará enredado toda noite até o amanhecer.

O que importa é despertar a consciência para deixar de sonhar, para deixar de pensar. Este pensar, que é matéria cósmica, é a mente. Até o próprio astral não é mais do que cristalização da matéria mental e o nosso mundo físico também é mente condensada.

Assim, pois, a mente é matéria e bem grosseira, seja no estado físico, seja no estado chamado astral, ou manásico, como dizem os hindus. De qualquer forma, a mente é grosseira e material, tanto no astral quanto no físico.

A mente é matéria física ou metafísica, porém, matéria. Portanto, não pode nos fazer felizes. Para conhecer a autêntica felicidade, a verdadeira sabedoria, devemos sair da mente e viver no mundo do Ser. Isto é o importante! Não negamos o poder criador da mente. Claro que tudo que existe é mente condensada.

Porém, que ganhamos com isso? Por acaso a mente nos deu felicidade? Podemos fazer maravilhas com a mente, podemos criar muitas coisas na vida, os grandes inventos são mente condensada, mas esse tipo de criações não nos fez felizes.

O que precisamos é de independência, temos de sair desse calabouço de matéria, porquanto a mente é matéria. Temos de sair da matéria e viver em função do espírito como seres, como criaturas felizes, além da matéria. A matéria não fez ninguém feliz, porque a matéria é sempre grosseira, ainda que possa assumir formas bonitas.

Se estamos buscando a autêntica felicidade, não a encontraremos na matéria e sim no espírito. Precisamos nos libertar da mente. A verdadeira felicidade vem a nós quando saímos do calabouço da mente. Não negamos que a mente possa ser criadora de coisas, de inventos, de maravilhas e de prodígios, porém, por acaso, isso nos torna felizes? Quem de nós é feliz?

Se a mente não nos trouxe a felicidade, temos de sair da mente e buscá-la em outro lugar.

Obviamente, a encontraremos no mundo do espírito. Mas temos de saber como é que escaparemos da mente, como é que nos libertaremos da mente. Pois este é o objetivo de nossas práticas e estudos, que entregamos nos livros gnósticos e neste tratado da Revolução da Dialética.

Em nós há apenas uns 3% de consciência e uns 97% de subconsciência. O que temos de consciente deve dirigir-se ao que temos de inconsciente ou subconsciente a fim de recriminar a fazer ver que tem de tornar-se consciente. É necessário que a parte consciente recrimine a parte subconsciente.

Isso de que a parte consciente se dirija à parte subconsciente é um exercício psicológico muito importante que se pode praticar na aurora.

Assim, as partes inconscientes vão pouco a pouco se tornando conscientes.

(Samael Aun Weor, A Revolução da Dialética, cap. 16)

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O evangelho de Tomé

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O Evangelho de Tomé é um dos mais de 50 textos da Biblioteca de Nag Hammadi, encontrada numa caverna no Egito em 1947. Este Evangelho, escrito em copta, a língua do Alto Egito no início de nossa era, é uma tradução de um original grego, provavelmente escrito em meados do primeiro século.

Portanto, ele é um dos documentos mais antigos de tradição cristã, já que os quatro evangelhos incluídos na Bíblia foram escritos provavelmente entre os anos 80 e 120 de nossa era.

O Evangelho de Tomé é uma coleção de ditados de Jesus, que guarda certas semelhanças com o assim chamado Evangelho “Q”, que os eruditos bíblicos acreditam teria sido a fonte de parte dos ditados incluídos em Mateus e Lucas.

Os estudiosos acreditam que as versões dos ditados de Jesus encontradas em Tomé seriam, em geral, versões mais originais do que a dos evangelhos canônicos, que teriam sofrido modificações e editorações ao longo dos séculos.

Sua autoria é atribuída a Tomé, que é chamado logo no início do texto de “irmão gêmeo” de Jesus. Este parentesco deve ser entendido no seu sentido esotérico. Tomé seria um discípulo que havia alcançado um estado de realização interior que o tornava um gêmeo espiritual do Salvador.

Esse “gême”, para os gnósticos modernos, refere-se a um desdobramento do Cristo Interno, o chamado Tomé Interior, uma virtude de nosso Ser Divino que representa a MENTE INTERIOR, aquela que “só acredita vendo”, ou seja, que só acredita plenamente, totalmente, nas palavras pronunciadas pelo Cristo.

Essa Mente Interior, aspecto anímico de nossa mente que está conectada “para dentro”, em direção ao Sol Interior, “o que somente olha para o Sol”, quase à semelhança de Metraton, que está sempre virado para o mundo com o rosto voltado para o Absoluto…

O caráter esotérico do Evangelho é reiterado no primeiro versículo, em que é dito que quem descobrir o significado dos ensinamentos de Jesus ali contidos não provará a morte. Essa era a postura gnóstica daquele tempo e que continua válida em nossos dias.

Como os ensinamentos de Jesus eram velados em linguagem simbólica, para descobrir a sua interpretação o discípulo teria de alcançar um elevado estado de consciência, por meio do que a Gnose moderna chama de SENDA DA INICIAÇÃO, no qual recebia a Gnosis, ou seja, o conhecimento direto da Verdade, uma verdadeira revelação espiritual, que conferia um estado de unidade com o Todo e a experiência da verdadeira natureza do Ser, que é origem última de nossa Alma.

Como a alma é imortal, quem se identifica com a alma não experimenta a morte, ainda que inevitavelmente seu corpo físico, a vestimenta de carne da alma, venha a perecer.

O estudo meditativo dos ensinamentos internos de Jesus contidos no Evangelho de Tomé, usando as quatro chaves conhecidas para a interpretação da simbologia esotérica, pode ser altamente revelador para todo “cristão desejoso de conhecer os ensinamentos esotéricos do Mestre”.

 

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O Evangelho de Tomé

(126)(1)Estes são os ensinamentos (logia) ocultos expostos por Jesus, o vivo, que Judas Tomé, o gêmeo, escreveu.
(1) E ele disse: “Quem descobrir o significado interior destes ensinamentos não provará a morte.”
(2) Jesus disse: “Aquele que busca continue buscando até encontrar. Quando encontrar, ele se perturbará. Ao se perturbar, ficará maravilhado e reinará sobre o Todo”.
(3) Jesus disse: “Se aqueles que vos guiam disserem, ‘Olhem, o reino está no céu’, então, os pássaros do céu vos precederão, se vos disserem que está no mar, então, os peixes vos precederão. Pois bem, o reino está dentro de vós, e também está em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, então, sereis conhecidos e compreendereis que sois filhos do Pai vivo. Mas, se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis essa pobreza.”
(4) Jesus disse: “O homem idoso não hesitará em perguntar a uma criancinha de sete dias sobre o lugar da vida, e ele viverá. Pois muitos dos primeiros serão os últimos e se tornarão um só.”
(5) Jesus disse: “Reconheça o que está diante de teus olhos, e o que está oculto a ti será desvelado. Pois não há nada oculto que não venha ser manifestado.”
(6) Seus discípulos o interrogaram dizendo: “Queres que jejuemos? Como devemos orar? Devemos dar esmolas? Que dieta devemos observar?”
(127) Jesus disse: “Não mintais e não façais aquilo que detestais, pois todas as coisas são desveladas aos olhos do céu. Pois não há nada escondido que não se torne manifesto, e nada oculto que não seja desvelado.”
(7) Jesus disse: “Bem-aventurado o leão que se torna homem quando consumido pelo homem; maldito o homem que o leão consome, e o leão torna-se homem.”
(8) E ele disse: “O homem é como pescador sábio que lança sua rede ao mar e a retira cheia de peixinhos. O pescador sábio encontra entre eles um peixe grande e excelente. Joga todos os peixinhos de volta ao mar e escolhe o peixe grande sem dificuldade. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
(9) Jesus disse: “Eis que o semeador saiu, encheu sua mão e semeou. Algumas sementes caíram na estrada; os pássaros vieram e as recolheram. Algumas caíram sobre rochas, não criaram raízes no solo e não produziram espigas. Outras caíram em meio a um espinheiro, que sufocou as sementes e os vermes as comeram. E outras caíram em solo fértil e produziram bons frutos; renderam sessenta por uma e cento e vinte por uma.”
(10) Jesus disse: “Eu lancei fogo sobre o mundo, e eis que estou cuidando dele até que queime.”
(11) Jesus disse: “Este céu passará, e aquele acima dele passará. Os mortos não estão vivos e os vivos não morrerão. Nos dias em que consumistes o que estava morto, vós o tornastes vivo. Quando estiverdes morando na luz, o que fareis? No dia em que éreis um vos tornastes dois. Mas quando vos tornardes dois, o que fareis?”
(12) Os discípulos disseram a Jesus: “Sabemos que tu nos deixarás. Quem será nosso líder?”
Jesus disse-lhes: “Não importa onde estiverdes, devereis dirigir-vos a Tiago, o justo, para quem o céu e a terra foram feitos.”
(13) Jesus disse a seus discípulos: “Comparai-me com alguém e dizei-me com quem me assemelho.”
Simão Pedro disse-lhe: “Tu és semelhante a um anjo justo.”
Mateus lhe disse: “Tu te assemelhas a um filósofo sábio.”
Tomé lhe disse: “Mestre, minha boca é inteiramente incapaz de dizer com quem te assemelhas.”
Jesus disse: “Não sou teu Mestre. Porque bebeste na fonte borbulhante que fiz brotar, tornaste-te ébrio. (128) E, pegando-o, retirou-se e disse-lhe três coisas. Quando Tomé retornou a seus companheiros, eles lhe perguntaram: “O que te disse Jesus?”
Tomé respondeu: “Se eu vos disser uma só das coisas que ele me disse, apanhareis pedras e as atirareis em mim, e um fogo brotará das pedras e vos queimará.”
(14) Jesus disse-lhes: “Se jejuardes, gerareis pecado para vós; se orardes, sereis condenados; se derdes esmolas, fareis mal a vossos espíritos. Quando entrardes em qualquer país e caminhardes por qualquer lugar, se fordes recebidos, comei o que vos for oferecido e curai os enfermos entre eles. Pois o que entrar em vossa boca não vos maculará, mas o que sair de vossa boca – é isso que vos maculará.”
(15) Jesus disse: “Quando virdes aquele que não foi nascido de uma mulher, prostrai-vos com a face no chão e adorai-o: é ele o vosso Pai.”
(16) Jesus disse: “Talvez os homens pensem que vim lançar a paz sobre o mundo. Não sabem que é a discórdia que vim espalhar sobre a Terra: fogo, espada e disputa. Com efeito, havendo cinco numa casa, três estarão contra dois e dois contra três: o pai contra o filho e o filho contra o pai. E eles permanecerão solitários.”
(17) Jesus disse: “Eu vos darei o que os olhos não viram, o que os ouvidos não ouviram, o que as mão não tocaram e o que nunca ocorreu à mente do homem.”
(18) Os discípulos disseram a Jesus: “Dize-nos como será o nosso fim.”
Jesus disse: “Haveis, então, discernido o princípio, para que estejais procurando o fim? Pois onde estiver o princípio ali estará o fim. Feliz daquele que tomar seu lugar no princípio: ele conhecerá o fim e não provará a morte.”
(19) Jesus disse: “Feliz o que já era antes de surgir. Se vos tornardes meus discípulos e ouvirdes minhas palavras, estas pedras estarão a vosso serviço. Com efeito, há cinco árvores para vós no Paraíso que permanecem inalteradas inverno e verão, e cujas folhas não caem. Aquele que as conhecer não provará a morte.”
(20) Os discípulos disseram a Jesus: “Dize-nos a que se assemelha o reino do céu.”
Ele lhes disse: “Ele se assemelha a uma semente de mostarda, a menor de todas as sementes. Mas, quando cai em terra cultivada, produz uma grande planta e torna-se um refúgio para as aves do céu.”
(129) (21) Maria disse a Jesus: “A quem se assemelham teus discípulos?”
Ele disse: “Eles se parecem com crianças que se instalaram num campo que não lhes pertence. Quando os donos do campo vierem, dirão: ‘Entregai nosso campo.’ Elas se despirão diante deles para que eles possam receber o campo de volta e para entregá-lo a eles. Por isso digo: se o dono da casa souber que virá um ladrão, velará antes que ele chegue e não deixará que ele penetre na casa de seu domínio para levar seus bens. Vós, portanto, permanecei atentos contra o mundo. Armai-vos com todo poder para que os ladrões não consigam encontrar um caminho para chegar a vós, pois a dificuldade que temeis certamente ocorrerá. Que possa haver entre vós um homem prudente. Quando a safra estiver madura, ele virá rapidamente com sua foice em mãos para colhe-la. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”
(22) Jesus viu crianças sendo amamentadas. Ele disse a seus discípulos: “Esses pequeninos que mamam são como aqueles que entram no Reino.” Eles lhe disseram: Nós também, como crianças, entraremos no Reino?” Jesus lhes disse: “Quando fizerdes do dois um e quando fizerdes o interior como o exterior, o exterior como o interior, o acima como o embaixo e quando fizerdes do macho e da fêmea uma só coisa, de forma que o macho não seja mais macho nem a fêmea seja mais fêmea, e quando formardes olhos em lugar de um olho, uma mão em lugar de uma mão, um pé em lugar de um pé e uma imagem em lugar de uma imagem, então, entrareis (no Reino).
(23) Jesus disse: Escolherei dentre vós, um entre mil e dois entre dez mil, e eles permanecerão como um só.”
(24) Seus discípulos disseram-lhe: “Mostra-nos o lugar onde estás, pois precisamos procurá-lo.”
Ele disse-lhes: “Aquele que tem ouvidos, ouça! Há luz no interior do homem de luz e ele ilumina o mundo inteiro. Se ele não brilha, ele é escuridão.”
(25) Jesus disse: “Ama teu irmão como à tua alma, protege-o como a pupila de teus olhos.”
(26) Jesus disse: “Tu vês o cisco no olho de teu irmão, mas não vês a trave em teu próprio olho. Quando retirares a trave de teu olho, então verás claramente e poderás retirar o cisco do olho de teu irmão.”
(27) (Jesus disse:) “Se não jejuardes com relação ao mundo, não encontrareis o Reino. Se não observardes o sábado como um sábado, não vereis o Pai.”
(130) (28) Jesus disse: “Assumi meu lugar no mundo e revelei-me a eles na carne. Encontrei todos embriagados. Não encontrei nenhum sedento, e minha alma ficou aflita pelos filhos dos homens, porque estão cegos em seus corações e não têm visão. Pois vazios vieram ao mundo e vazios procuram deixar o mundo. Mas no momento eles estão embriagados. Quando superarem a embriaguez, então mudarão sua maneira de pensar.”
(29) Jesus disse: “Seria uma maravilha se a carne tivesse surgido por causa do espírito. Mas seria a maior das maravilhas se o espírito tivesse surgido por causa do corpo. Estou realmente surpreso pela forma como essa grande riqueza fez morada nessa pobreza.”
(30) Jesus disse: “Onde há três deuses, eles são deuses. Onde há dois ou um, estou com ele.”
(31) Jesus disse: “Nenhum profeta é aceito em sua cidade; nenhum médico cura aqueles que o conhecem”.
(32) Jesus disse: “Uma cidade construída e fortificada sobre uma montanha elevada não pode cair nem pode ser escondida”.
(33) Jesus disse: “Proclamai sobre os telhados aquilo que ouvirdes com vosso próprio ouvido. Pois ninguém acende uma lâmpada e coloca-a debaixo de um cesto, tampouco coloca-a num lugar escondido, mas num candelabro, para que todos que venham a entrar e sair vejam sua luz.”
(34) Jesus disse: “Se um cego guia outro cego, ambos cairão numa vala.”
(35) Jesus disse: “Não é possível que alguém entre na casa de um homem forte e tome-a à força, a menos que lhe ate as mãos; então será capaz de saquear sua casa.”
(36) Jesus disse: “Não vos preocupeis de manhã até a noite e de noite até a manhã com o que vestireis”.
(37) Seus discípulos disseram: “Quando tu te revelarás a nós e quando te veremos?”
Jesus disse: “Quando vos despirdes sem vos envergonhardes e tomardes vossas vestes e, colocando-as sobre vossos pés, pisardes sobre elas como criancinhas, então (vereis) o filho daquele que vive e não tereis medo.”
(38) Jesus disse: “Muitas vezes haveis desejado ouvir essas palavras que vos digo, e não tendes outro de quem ouvi-las. Pois virão dias em que me procurareis e não me encontrareis.”
(39) Jesus disse: “Os fariseus e os escribas tomaram as chaves da gnosis. (131) Eles não entraram nem deixaram entrar aqueles que queriam entrar. Vós, no entanto, sede sábios como as serpentes e mansos como as pombas.”
(40) Jesus disse: “Uma parreira foi plantada fora do Pai, porém, não sendo saudável, ela será arrancada pela raiz e destruída.”
(41) Jesus disse: “Quem tiver algo em sua mão receberá mais, e quem não tiver nada perderá até mesmo o pouco que tem.”
(42) Jesus disse: “Tornai-vos passantes.”
(43) Seus discípulos disseram-lhe: “Quem és tu para dizer-nos tais coisas?”
[Jesus disse-lhes:] “Não percebeis quem sou eu pelo que vos digo, mas vos tornastes como os judeus! Com efeito, eles amam a árvore e odeiam seus frutos ou amam os frutos, mas odeiam a árvore.”
(44) Jesus disse: “Quem blasfemar contra o Pai será perdoado e quem blasfemar contra o Filho será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado nem na terra nem no céu.”
(45) Jesus disse: “Não se colhe uvas dos espinheiros nem figos dos cardos, pois eles não dão frutos. O homem bom retira o bem do seu tesouro; o malvado retira o mal de seu tesouro malévolo, que está em seu coração, e diz maldade. Pois da abundância do coração ele retira coisas más.”
(46) Jesus disse: “Dentre os que nasceram da mulher, desde Adão até João, o Batista, não há ninguém superior a João, para que não abaixe os olhos [diante dele]. Mas eu digo, aquele dentre vós que se tornar uma criança conhecerá o Reino e se tornará superior a João.”
(47) Jesus disse: “É impossível para um homem montar dois cavalos ou retesar dois arcos. E é impossível que um servo sirva a dois senhores, pois ele honra um e ofende o outro. Ninguém bebe vinho velho e logo em seguida deseja beber vinho novo. E não se coloca vinho novo em odres velhos, para que não arrebentem; nem se coloca vinho velho em odres novos, para que não o estraguem. E não se cose pano velho em veste nova, porque ela está arriscada a rasgar.”
(48) Jesus disse: “Se os dois fizerem as pazes nesta casa, eles dirão a montanha: ‘Move-te!’ e ela se moverá.”
(132) (49) Jesus disse: “Bem aventurados os solitários e os eleitos, pois encontrareis o Reino. Pois, viestes dele e para ele retornareis.”
(50) Jesus disse: “Se vos perguntarem: ‘De onde vindes?’ respondei: ‘Viemos da luz, do lugar onde a luz nasceu dela mesma, estabeleceu-se e tornou-se manifesta por meio de suas imagens’. Se vos perguntarem: ‘Vós sois isto?’ digam: ‘Nós somos seus filhos e somos os eleitos do Pai vivo’. Se vos perguntarem: ‘Qual é o sinal de vosso Pai em vós?’, digam a eles: ‘É movimento e repouso'”.
(51) Seus discípulos disseram-lhe: “Quando ocorrerá o repouso dos mortos e quando virá o novo mundo?”
Ele disse-lhes: “Aquilo que esperais já chegou, mas não o reconheceis.”
(52) Seus discípulos disseram-lhe: “Vinte e quatro profetas falaram em Israel e todos falaram de ti.”
Ele disse-lhes: “Omitistes aquele que vive em vossa presença e falastes dos mortos.”
(53) Seus discípulos disseram-lhe: “A circuncisão é benéfica ou não?”
Ele disse-lhes: “Se ela fosse benéfica, os pais gerariam filhos já circuncisos de sua mãe. Mas a verdadeira circuncisão, a espiritual, tornou-se inteiramente proveitosa.”
(54) Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres, pois vosso é o Reino do céu.”
(55) Jesus disse: “Aquele que não odiar (2) seu pai e sua mãe não poderá se tornar meu discípulo. E quem não odiar seus irmãos e irmãs e tomar sua cruz, como eu, não será digno de mim.”
(56) Jesus disse: “Aquele que conseguiu compreender o mundo encontrou (somente) um cadáver, e quem encontrou um cadáver é superior ao mundo.”
(57) Jesus disse: “O Reino do Pai é semelhante ao homem que tem [boa] semente. Seu inimigo veio durante a noite e semeou joio por cima da boa semente. O homem não deixou que arrancassem o joio, dizendo: ‘temo que acabeis arrancando o joio e também o trigo junto com ele. No dia da colheita as ervas daninhas estarão bem visíveis e serão, então, arrancadas e queimadas”.
(58) Jesus disse: “Bem-aventurado o homem que sofreu e encontrou a vida”.
(59) Jesus disse: “Prestai atenção àquele que vive enquanto estais vivos, para que, ao morrerdes, não fiqueis procurando vê-lo sem conseguir”.
(133) (60) [Eles viram] um samaritano carregando um cordeiro a caminho da Judéia. Ele disse a seus discípulos: “Por que o homem está carregando o cordeiro?”
Eles disseram-lhe: “Para matá-lo e comê-lo”.
Ele disse-lhes: “Enquanto o cordeiro estiver vivo, ele não o comerá, mas somente depois que o tiver matado e que o cordeiro se tornar um cadáver”.
Eles disseram-lhe: “Ele não poderia fazer de outro modo”.
Ele disse-lhes: “Vós, também, buscai um lugar para vós no repouso, a fim de que não vos torneis um cadáver e sejais devorados”.
(61) Jesus disse: “Dois repousarão sobre um leito: um morrerá, o outro viver.”.
Salomé disse: “Quem és tu homem, que … te acomodaste em meu divã e comeste à minha mesa?”
Jesus disse-lhe: “Eu sou aquele que existe a partir do indivisível. Recebi algumas das coisas de meu pai”.
[ … ] “Eu sou seu discípulo”.
[ … ] “Por isso digo que, se for destruído, ele estará pleno de luz, mas, se ele estiver dividido, estará pleno de trevas”.
(62) Jesus disse: “Eu digo meus mistérios aos [que são dignos de meus] mistérios. Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”.
(63) Jesus disse: “Havia um rico que tinha muito dinheiro. Ele disse: ‘Empregarei meu dinheiro para semear, colher, plantar e encher meu celeiro com o fruto da colheita, para que não me venha a faltar nada’. Essas eram suas intenções, mas naquela mesma noite ele morreu. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça”.
(64) Jesus disse: “Um homem tinha convidados. E quando a ceia estava pronta, mandou seu servo chamar os convidados. O servo foi ao primeiro e disse-lhe: ‘Meu mestre te convida’. O outro respondeu: ‘Tenho dinheiro aplicado com alguns comerciantes. Eles virão me procurar esta noite para que eu lhes dê minhas instruções. Apresento minhas desculpas por não ir à ceia. O servo foi até outro e disse: ‘Meu senhor está te convidando’. Este disse-lhe: ‘Acabo de comprar uma casa e precisam de mim hoje. Não terei tempo’. O servo foi a outro e disse-lhe: ‘Meu senhor está te convidando’. Este disse-lhe: ‘Um amigo vai se casar e coube-me preparar o banquete. Não poderei ir à ceia, peço ser desculpado. O servo foi a outro ainda e disse-lhe: ‘Meu senhor está te convidando’. Este disse-lhe: ‘Acabo de comprar uma fazenda e estou saindo para buscar o rendimento. Não poderei ir, por isso me desculpo’. O servo retornou e disse a seu senhor: ‘Os que convidaste para a ceia mandam pedir desculpas’. (134) O senhor disse ao servo: ‘Vai lá fora pelos caminhos e traze os que encontrares para que possam ceiar. Os homens de negócios e mercadores não entrarão no recinto de meu Pai'”.
(65) Ele disse: “Um homem de bem tinha uma vinha. Ele a alugou a camponeses para que cuidassem dela e pagassem-lhe com uma parte da produção. Ele enviou seu servo para que os arrendatários entregassem-lhe o fruto da vinha. Eles pegaram seu servo e o espancaram, deixando-o à beira da morte. O servo voltou e contou a seu senhor o ocorrido. O senhor disse: ‘Talvez não o tenham reconhecido’. Ele enviou outro servo. Os camponeses também o espancaram. Então o proprietário enviou seu filho e disse: ‘Talvez eles tenham respeito por meu filho’. Como os camponeses sabiam que aquele era o herdeiro da vinha, pegaram-no e mataram-no. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.
(66) Jesus disse: “Mostrai-me a pedra que os construtores rejeitaram; ela é a pedra angular.”
(67) Jesus disse: “Se alguém que conhece o todo ainda sente uma deficiência pessoal, ele é completamente deficiente”.
(68) Jesus disse: “Bem-aventurados os que são odiados e perseguidos. Mas os que vos perseguirem não encontrarão lugar”.
(69) Jesus disse: “Bem-aventurados aqueles que foram perseguidos em seu interior. São eles que realmente conheceram o pai. Bem-aventurados os famintos, porque se encherá o ventre de quem tem desejo”.
(70) Jesus disse: “Aquilo que tendes vos salvará se o manifestardes. Aquilo que não tendes em vosso interior vos matará se não o tiverdes dentro de vós”.
(71) Jesus disse: “Destruirei esta casa e ninguém será capaz de reconstruí-la […]”
(72) [Um homem disse-lhe]: “Dize a meus irmãos para que partilhem os bens de meu pai comigo”.
Ele lhe disse: “Ó, homem, quem me institui partilhador?”
Voltando-se para seus discípulos, disse-lhes: “Eu não sou um partilhador, sou?”
(73) Jesus disse: “A colheita é grande mas os operários são poucos. Portanto, implorai ao senhor para que envie operários para a colheita”.
(74) Ele disse: “Ó senhor, há muitas pessoas ao redor do bebedouro, mas não há nada na cisterna.”
(75) Jesus disse: “Muitos estão aguardando à porta, mas são os solitários que entrarão na câmara nupcial”.
(135) (76) O Reino do pai é semelhante ao comerciante que tinha uma consignação de mercadorias e nelas descobriu uma pérola. Esse comerciante era astuto. Ele vendeu as mercadorias e adquiriu a pérola maravilhosa para si. Vós também deveis buscar esse tesouro indestrutível e duradouro, que nenhuma traça pode devorar nem o verme destruir”.
(77) Jesus disse: “Eu sou a luz que está sobre todos eles. Eu sou o todo. De mim surgiu o todo e de mim o todo se estendeu. Rachai um pedaço de madeira, e eu estou lá. Levantai a pedra e me encontrareis lá”.
(78) Jesus disse: “Por que viestes ao deserto? Para ver um caniço agitado pelo vento? E para ver um homem vestido com roupas finas como vosso rei e vossos homens importantes? Esses usam roupas finas, mas são incapazes de discernir a verdade.”
(79) Uma mulher na multidão disse-lhe: “Bem-aventurado o ventre que te portou e os seios que te nutrira.”.
Ele disse-lhe: “Bem-aventurados os que ouviram a palavra do Pai e que realmente a guardaram. Pois virão dias em que direis: “Bem-aventurado o ventre que não concebeu, e os seios que não amamentaram”.
(80) Jesus disse: “Aquele que reconheceu o mundo encontrou o corpo, mas aquele que encontrou o corpo é superior ao mundo”.
(81) Quem enriqueceu, torne-se rei, mas quem tem poder que possa renunciar a ele.”
(82) Jesus disse: “Aquele que está perto de mim está perto do fogo, e aquele que está longe de mim está longe do Reino”.
(83) Jesus disse: “As imagens manifestam-se ao homem, mas a luz que está nelas permanece oculta na imagem da luz do Pai. Ele tornar-se-á manifesto, mas sua imagem permanecerá velada por sua luz”.
(84) Jesus disse: “Quando vedes vossa semelhança, vós vos rejubilais. Mas, quando virdes vossas imagens que surgiram antes de vós, e que não morrem nem se manifestam, quanto tereis de suportar!”
(85) Jesus disse: “Adão surgiu de um grande poder e de uma grande riqueza, mas ele não se tornou digno de vós. Pois, se tivesse sido digno, não teria experimentado a morte”.
(86) Jesus disse: “[As raposas têm suas tocas] e as aves têm seus ninhos, mas o filho do homem não tem nenhum lugar para pousar sua cabeça e descansar.”
(87) Jesus disse: “Miserável do corpo que depende de um corpo e da alma que depende desses dois”.
(88) Jesus disse: “Os anjos e os profetas virão a vós e darão aquelas coisas que já tendes. E dai vós também a eles as coisas que tendes e dizei a vós mesmos: ‘Quando virão tomar o que é deles?'”
(89) Jesus disse: “Por que lavais o exterior da taça? Não compreendeis que aquele que fez o interior é o mesmo que fez o exterior?”
(90) Jesus disse: “Vinde a mim, pois meu jugo é fácil e meu domínio é suave, e encontrareis repouso para vós”.
(91) Eles disseram-lhe: “Dize-nos quem tu és, para que possamos crer em ti.”
Ele disse-lhes: “Vós decifrastes a face to céu e da terra, mas não reconhecestes aquele que está diante de vós e não soubestes perceber este momento”.
(92) Jesus disse: “Buscai e encontrareis. No entanto, aquilo que me perguntastes anteriormente e que não vos respondi então, agora desejo vos dizer mas vós não me perguntais sobre aquilo”.
(93) [Jesus disse]: “Não deis aos cães o que é sagrado, para que eles não o joguem no lixo. Não atireis pérolas aos porcos, para que eles …”
(94) Jesus [disse]: “Quem busca, encontrará, e [quem bate] terá permissão para entrar”.
(95) [Jesus disse]: “Se tendes dinheiro, não o empresteis a juro, mas dai-o àquele de quem não o recebereis de volta”.
(96) Jesus disse: “O Reino do Pai é como [uma certa] mulher. Ela tomou um pouco de fermento, [escondeu-o] na massa, e fez com ela grandes pães. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”
(97) Jesus disse: “O Reino do Pai é como uma certa mulher que estava carregando um cântaro cheio de farinha. Enquanto estava caminhando pela estrada, ainda distante de casa, a alça do cântaro partiu-se e a farinha foi caindo pelo caminho atrás dela. Ela não se deu conta, pois não tinha percebido o acidente. Quando chegou em casa, colocou o cântaro no chão e percebeu que ele estava vazio”.
(98) Jesus disse: “O Reino do Pai é como um certo homem que queria matar um homem poderoso. Em sua própria casa ele desembainhou a espada e enfiou-a na parede para saber se sua mão poderia realizar a tarefa. Então ele matou o homem poderoso”.
(99) Os discípulos disseram-lhe: “Teus irmãos e tua mãe estão aguardando lá fora.”
Ele disse-lhes: “Estes que estão aqui que fazem a vontade de meu Pai são meus irmãos e minha mãe. São eles que entrarão no Reino de meu Pai”.
(100) Eles mostraram uma moeda de ouro a Jesus e disseram-lhe: “Os homens de César exigem-nos tributos”.
Ele disse-lhes: “Dai a César o que é de César, dai a Deus o que é de Deus, e dai a mim o que é meu”.
(101) [Jesus disse]: “Quem não odeia (3) seu [pai] e sua mãe como eu não pode se tornar meu [discípulo]. E quem não ama seu [pai e] sua mãe como eu não pode se tornar meu [discípulo]. Porque minha mãe [ … ], mas [minha] verdadeira [mãe] deu-me a vida”.
(102) Jesus disse: “Ai dos fariseus, porque eles são como um cachorro dormindo na manjedoura dos bois, pois eles não comem nem permitem que os bois comam.”
(103) Jesus disse: “Feliz do homem que sabe por onde os ladrões vão entrar, porque dessa forma [ele] pode se levantar, passar em revista seu domínio e armar-se antes deles invadirem”.
(104) Eles disseram a Jesus: “Vem, oremos e jejuemos hoje”.
Jesus disse: “Qual foi o pecado que cometi ou em que fui vencido? Porém, quando o noivo deixar a câmara nupcial, então que eles jejuem e orem”.
(105) Jesus disse: “Quem conhece o pai e a mãe será chamado filho de prostituta.”
(106) Jesus disse: “Quando fizerdes de dois, um, vos tornareis filhos do homem, e quando disserdes: ‘Montanha, move-te!’, ela se moverá”.
(107) Jesus disse: “O Reino é como um pastor que tinha cem ovelhas. Uma delas, a maior de todas, extraviou-se. Ele deixou as noventa e nove e foi procurá-la, até encontrá-la. Depois de ter passado por todo esse incômodo, ele disse à ovelha: ‘Eu me interesso por ti mais do que pelas noventa e nove'”.
(108) Jesus disse: “Quem beber de minha boca tornar-se-á como eu. Eu mesmo me tornarei ele, e as coisas que estão ocultas ser-lhe-ão reveladas”.
(109) Jesus disse: “O Reino é como o homem que tinha um tesouro [escondido] em seu campo sem saber. Após sua morte, deixou o campo para seu [filho]. O filho não sabia [a respeito do tesouro]. Ele herdou o campo e o vendeu. O comprador ao arar o campo encontrou o tesouro. Começou então a emprestar dinheiro a juros a quem queria”.
(110) Jesus disse: “Quem encontrou o mundo e tornou-se rico, que renuncie ao mundo”.
(111) Jesus disse: “Os céus e a terra se dobrarão diante de vós. E aquele que vive do Vivo não conhecerá a morte. Jesus não disse: ‘Quem se encontra é superior ao mundo?'”
(112) Jesus disse: “Ai da carne que depende da alma; ai da alma que depende da carne”.
(113) Seus discípulos disseram-lhe: “Quando virá o Reino?”
[Jesus disse]: “Ele não virá porque é esperado. Não é uma questão de dizer: ‘eis que ele está aqui’ ou ‘eis que está ali’. Na verdade, o Reino do Pai está espalhado pela terra e os homens não o veem.”
(114) Simão Pedro disse-lhes: “Que Maria saia de nosso meio, pois as mulheres não são dignas da vida”.
Jesus disse: “Eu mesmo vou guiá-la para torná-la macho, para que ela também possa tornar-se um espírito vivo semelhante a vós, machos.

Porque toda mulher que se tornar macho entrará no Reino do Céu”.

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Matrimônio, divórcio e tantrismo

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É lamentável o relaxamento dos bons costumes nos países que se prezam como civilizados. A fórmula civil ou religiosa do matrimônio se converteu numa permissão para fornicar por uns quantos dias depois dos quais já vem o divórcio. Casam-se hoje e divorciam-se amanhã. Isso é tudo! Hoje, em vez de se dizer: “Vamos dormir juntos?”, se diz: “Vamos casar?” Assim se tapa um pouco a coisa, se dissimula, se legaliza.

Praticamente, o matrimônio moderno converteu-se em um novo tipo de prostituição. Conhecemos o caso de mulheres que se casaram dez ou quinze vezes. Muitas dessas damas são artistas do cinema ou senhoras da alta sociedade. Ninguém fala nada dos seus dez ou quinze maridos. Estando a prostituição legalizada, todo mundo cala a boca.

Realmente, as pessoas confundem a paixão com o amor. A paixão é um veneno que engana a mente e o coração. O homem apaixonado crê firmemente que está enamorado. A mulher apaixonada poderia até jurar que está enamorada.

Os apaixonados sonham com o amor, louvam o amor, porém jamais despertaram o mundo do amor. Eles não sabem o que é o amor. Somente sonham com ele e creem estar enamorados. Este é o seu erro. Quando a paixão foi plenamente satisfeita, fica a crua realidade, então vem o divórcio. Ainda que pareça exagerado afirmar, de um milhão de casais que se julgam enamorados, tão somente pode haver um realmente enamorado. Isso é assim! É raro achar na vida um casal realmente enamorado. Existem milhões de casais apaixonados, porém enamorados é muito difícil de encontrar.

É urgente se dissolver o Eu para se fabricar a Alma. Somente a alma sabe amar de verdade. A alma se robustece e se fortifica com o fogo do Espírito Santo. É bom saber que o fogo do Espírito Santo é amor. É bom saber que o fogo do Espírito Santo é a Kundalini, do qual falam os hindus. Só este fogo flamígero sexual pode abrir as sete igrejas da alma. Só este fogo eletrônico pode encher a alma de poderes ígneos. Quem não entender isto poderá perder sua alma. A alma que renuncia ao sexo e ao amor morre inevitavelmente.
O homem mostra sua virilidade fazendo obras de amor e não falando do amor que é incapaz de fazer.

O beijo da Mãe Kundalini é para o homem viril e para mulher verdadeiramente enamorada de seu marido. O beijo da Mãe Kundalini é morte. O beijo da Mãe Kundalini é vida. Os apaixonados não sabem dessas coisas. A única coisa em que pensam é em satisfazer seus desejos e depois se divorciar. Não lhes ocorre outra coisa. Esta é a única coisa que sabem fazer. Pobre gente! São dignos de piedade…

Cozinha, recozinha e torna a cozinhar teu barro e tua água para que quando teu barro voltar ao barro e tua água se evaporar, fique tua Ânfora de Salvação; isto é, tua alma resplandecente e cintilante nas mãos de teu Deus interno.

Quem vê pecado no amor e quem odeia o sexo é um infrassexual degenerado que quer castrar o sol, porém por desgraça ele próprio será o castrado. Quem odeia o amor e o sexo não comerá a comida do sol, seus testículos secarão e estará morto antes de morrer.

Aqueles que se julgam enamorados devem fazer a dissecação do eu. Devem se autoexplorar com o fim de descobrir se é paixão ou amor o que têm em seu coração. “Se teu amor é uno e com esse amor incluis todos os amores, teus testículos comerão a comida do sol.” Aquele que quiser entrar no reino do esoterismo terá de se vestir com o traje da regeneração, este é o traje de bodas.

À mesa dos convidados onde se sentam os anjos, não se pode chegar sem o vestido de bodas. Esse traje não o conseguem ter os que derramam o vinho sagrado. Aqueles poucos que verdadeiramente estão enamorados sabem que não se pode derramar o vinho.

Infelizmente são bem raros os enamorados; quase não existem. Judas nunca falta nos matrimônios. O triângulo fatal, o adultério, ocasiona milhares de divórcios. Parece incrível que até o próprio Grande Arcano seja agora usado pelos tenebrosos para adulterar e satisfazer paixões. Os adúlteros e os fornicários profanam até o mais santo. Os passionais nada respeitam.

A felicidade no matrimônio só é possível com a morte de Judas. Este Judas é o eu, o mim mesmo, o Ego reencarnante. Temos de ir de Pedro a João. Primeiro devemos percorrer o caminho de Pedro e trabalhar com a Pedra Filosofal (o sexo). Depois, temos de chegar ao caminho de João ( o Verbo).

Estes dois caminhos estão separados pelo espantoso abismo onde só se ouve o pranto e o ranger de dentes. Precisamos estender uma ponte para unir os dois caminhos, se é que queremos verdadeiramente ir de Pedro a João. Essa ponte se chama morte. Ali deve morrer Judas, o eu, o mim mesmo, o Ego.

Lembra-te que o beijo da Mãe Kundalini é morte e ressurreição. Um dia despertarás e logo terás a alegria de morrer em ti mesmo. Judas deve morrer na ponte, se é que queres chegar ao caminho de João (o Verbo). É necessário que sejas morto para que fiques livre e convertas teu barro em uma ânfora de salvação (alma), na qual possa entornar o Grande Senhor Escondido aquela comida e aquela bebida, a única comida e a única bebida solar que pode saciar a fome e a sede de justiça de todo aquele que consegue escapar vitorioso do horrendo vale da morte.

Pedro, assim chamado Cephas, pedra, representa todo o trabalho com o sexo. João significa o Verbo, a encarnação da palavra através de graus sucessivos e de sucessivas Iniciações Cósmicas. Pedro morre crucificado como o Cristo e com a cabeça para baixo, para a pedra, indicando o trabalho com a Pedra Filosofal (o sexo). João (o Verbo) encosta sua cabeça no coração do Cristo Jesus e este como que diz: Dai-me acolhida de amor em vosso lar e vos tornarei eterno em meu Sagrado Coração.

Cada um deve construir a ponte da morte em si mesmo. O caminho de Pedro deve se unir ao de João mediante a morte de Judas. Só chegando a João encarnamos o Verbo, realizamos a palavra e nos cristificamos. Mas nem todos compreendem o caminho de Pedro e não andam porque ainda não sabem que as pedras têm coração. E assim tampouco compreendem o caminho de João. Ninguém pode chegar ao caminho de João sem ter percorrido o caminho de Pedro (o sexo). João (o Verbo) está nos esperando.

Recordemos aquela cena do mar Tiberíades, depois de comerem o pescado. Pedro olha para João e pergunta ao Mestre: E sobre João? O Mestre responde: Sim, quero que ele fique até que eu venha e quanto a ti?

Realmente, o Verbo aguarda no funde de nossa arca o instante de ser realizado. O matrimônio perfeito é o caminho de Pedro. Precisamos construir a ponte da morte para chegar ao caminho de João. Judas é o eu que prejudica a felicidade dos matrimônios. Judas fornica e casa por paixão animal crendo-se apaixonado. Precisamos enforcar Judas na ponte da morte. Somente assim conseguiremos chegar a João. A regeneração torna-se impossível sem a morte de Judas (o eu).

O sexo não é puro cérebro. Até as pedras têm coração. Se quisermos tornar o sexo puro cérebro, violaremos a lei e adulteraremos. O resultado será o fracasso total, o abismo e a Segunda Morte. Judas nos trai de instante a instante e, se ele não morre de instante a instante, não chegaremos ao caminho de João. Quando as pessoas se resolverem a morrer de instante a instante, reinará a felicidade nos lares e se acabará a fornicação e o adultério.

Os divorciados são o resultado da paixão. Morta a paixão, não haverá mais matrimônios equivocados ou divórcios. Há também aqueles que casam por puro interesse econômico ou por conveniências sociais. Assim é como Judas vende a Cristo por 30 moedas de prata. O resultado é o divórcio.

Hoje em dia, o dinheiro casa com o dinheiro: tanto tens, tanto vales. O dinheiro fala por ti, dizem os imbecis. Esses insultadores, esses blasfemos contra o Espírito Santo, julgam-se gente prática e vivem constantemente se casando e se divorciando, se é que tiverem a sorte de que o cônjuge ressentido não os mate à bala. Realmente, essas pessoas ignoram totalmente isso que se chama amor, porém falam do amor e até juram amor eterno.

Agora, estão na moda as revistas com anúncios amorosos. São um verdadeiro gracejo tais anúncios: Mulher branca, tanto de altura, tanto de capital, olhos de tal cor, tal peso, tal religião, etc., deseja casar com cavalheiro que tenha tantos anos, tanto de capital, tal cor, tal altura, etc. Cavalheiro de tal culto, tal idade, tal cor, etc., deseja contrair matrimônio com mulher que meça tal altura, que tenha tal cor, tal capital etc.

Tudo isso é realmente engraçado e horrível. Tudo isso é prostituição com o visto oficial das autoridades e da sociedade. O resultado de tudo isso é dor, matrimônios absurdos, prostituição e divórcio.

Foram perdidos os bons costumes e a unidade dos lares veio ao solo. Agora, por estes tempos, as mulheres casadas andam sós e metidas em clubes, bares, cinemas etc. Os sábados são dias especiais para os homens casados. Nesse dia, como no fim de semana, dão-se ao luxo de acabar com o seu dinheiro nos bares e de adulterar miseravelmente.

Não lhes importa uma vírgula a sorte de seus filhos e esposas. Entregaram-se a um relaxamento dos bons costumes e o resultado não pode ser outro senão o fracasso dos matrimônios.

O que sobre bases falsas se constrói, torna tudo falso. Isso de se casar por paixão, de se casar por interesse econômico, por conveniências sociais, etc., tem de levar inevitavelmente ao fracasso. Para que haja amor, precisa-se de uma plena comunhão mística dos dois seres nos sete níveis da mente. Não existindo esta plena comunhão nos sete níveis da mente, o resultado é o divórcio.

O amor é como uma árvore solitária iluminada pelo sol, o amor é como uma criança recém-nascida, o amor é como uma rosa inefável banhada pela luz do plenilúnio, o amor e a paixão são incompatíveis, o amor e paixão são duas substâncias que não se combinam, o amor é absolutamente inocente… Onde há amor não pode haver ciúmes, ódio, nem ressentimentos, porque o amor é incompatível com todas essas baixas paixões.

O amor começa com um cintilar de simpatia, se substancia com a força do carinho e se sintetiza em adoração. Um matrimônio perfeito é a união de dois seres: um que ama mais e outro que ama melhor. Antes de se casar, é preciso autoexplorar o eu de forma bem sincera e bem profunda para nos autodescobrir totalmente.

Devemos usar o bisturi da autocrítica para extrair a paixão que temos dentro e pô-la sobre o tapete das cruas realidades. É melhor saber renunciar a tempo de que fracassar lamentavelmente. É urgente descobrir se realmente existe em nós a plenitude do amor. Unicamente sobre a base do amor conseguiremos realizar um bom matrimônio.

Para que haja amor, deve existir entre os dois seres afinidade de sentimento, afinidade de emoções, de ação, de religião, de ideias etc. Onde não houver esta comunhão mística, o amor é impossível.

Nisto de matrimônio, os legisladores podem estabelecer todas as leis que quiserem que nada conseguirão melhorar. A felicidade no matrimônio só é possível se enforcando Judas, o eu. Quem quiser ser feliz no casamento deve ser sincero consigo mesmo e não se casar por paixão, por interesse ou por conveniência social.

Os matrimônios modernos profanam o ato sexual. Os matrimônios modernos fracassaram devido ao abuso sexual. Os casais modernos não querem compreender a divina majestade do sexo. É preciso saber que o sexo é santíssimo. Na sagrada Índia dos Vedas, o sexo é praticado para se conseguir a união com o espírito vital e entrar no Nirvana. A nenhum sábio do oriente lhe ocorreria usar o sexo para satisfazer paixões carnais.

O iogue tântrico usa a mulher para sua autorrealização íntima. O melhor que o budismo e o hinduísmo têm é o tantrismo. Podemos assegurar que o tantrismo é a essência da ioga. Existem três tipos de tantrismo: o branco, negro e o cinza. Realmente, o único que serve é o tantrismo branco. Nele não existe o orgasmo nem a ejaculação do sêmen. Nele se desperta a Kundalini, isto é, o fogo do Espírito Santo.

Dito fogo fortifica a alma, a robustece e a enche de ígneos poderes terrivelmente divinos. A ioga sexual diz que há que se converter veneno em medicina. Por veneno entendem eles o uso da mulher e das bebidas espirituais. Em termos alquimistas diríamos que temos de transformar o chumbo em ouro. Realmente, de nada serve a ioga sem o tantrismo, de nada serva a ioga sem sua escola sexual.

Os brâmanes consideram a união sexual equivalente a um sacrifício divino e os órgãos femininos como o fogo em que se oferecem em sacrifício. A mulher brâmane diz em um dos textos sagrados: Se é teu desejo usar-me para o sacrifício, que se te conceda qualquer benefício que por minha mediação invoques.

No tantrismo budista, alcança-se o Nirvana mediante a mulher e o sexo. Os iogues alcançam o êxtase com o ato sexual sem derramamento de sêmen. Este é o coitus reservatus ou seja sexual sem se chegar à ejaculação do sêmen. Os iogues tântricos passam por uma longa e difícil preparação antes de entrar no terreno da ioga sexual. Em toda essa preparação entra a concentração, a meditação, bandas, mudras, pratyara, pranayama etc.

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Um texto assinala que o iogue tem de dormir com a mulher por três meses à sua direita e três meses à sua esquerda sem ter contato sexual com ela. Somente depois disso é que vem a união sexual sem ejaculação. Este ato é denominado de Maithuna.

Com Maithuna se desperta e se desenvolve a Kundalini totalmente. Antes do ato sexual tântrico se dança alegremente. Iogue e yoguine executam a dança de Shiva e Shakti antes da Maithuna. Shiva é o Espírito Santo e Shakti sua esposa, o eterno feminino. O casal de iogues depois da dança sagrada sentam-se para meditar como os Iniciados maias, costas contra costas, fazendo o contato das duas espinhas dorsais para conseguir um perfeito domínio mental e emocional e da respiração.

A posição em que se sentam é no estilo oriental, com as pernas cruzadas, assim como se representa Buda, e no chão. Apenas depois disso é que vem a prática com o Maithuna. Entre os iogues, tudo isso é realizado sob a direção de um guru. Este faz passes magnéticos de grande poder no centro magnético do cóccix do iogue e da yoguine, a fim de ajudar no despertar da Kundalini. Em um texto de ioga, aconselha-se aos praticantes suspenderem a respiração quando em perigo de cair no orgasmo.

O livro diz: Se o discípulo suspende a respiração, não derramará seu sêmen, ainda que o abrace a mais jovem e atraente das mulheres. No oriente, existem várias posições mágicas para se realizar o ato sexual chamado Maithuna. As mulheres iogues têm o poder de contrair os músculos vaginais maravilhosamente a fim de evitar o orgasmo e a perda do licor seminal. Assim se desperta a cobra.

Os textos tântricos alertam que ainda quando o sêmen esteja a ponto de ser ejaculado, o iogue deve retê-lo custe o que custar, isto é, não deve derramar o sêmen.

Durante este ato sexual, o iogue entra em êxtase. Com este tipo de êxtase se alcança o Nirvana. Isto é cavalgar o tigre. Assim é como os iogues consideram este ato sexual chamado Maithuna. As posições sexuais da Maithuna são muitas e se escolhe a que se quiser. Todas essas posições estão ilustradas no Kama Sutra, o livro da ioga sexual.

Algumas vezes, o iogue sentado no chão com as pernas cruzadas no estilo oriental realiza a Maithuna. A yoguine senta-se sobre suas pernas absorvendo o falo e cruzando as pernas por trás do iogue, de forma tal que o iogue fica envolvido por suas pernas. Outras vezes, usa-se o abraço invertido no qual, por razões bem sagradas e simbólicas, a yoguine desempenha a parte ativa. O iogue representa o espírito aparentemente imóvel enquanto a yoguine representa a natureza que está em movimento.

No momento supremo do ato sexual em que o orgasmo se aproxima, a yoguine recorre às mais terríveis e violentas contrações sexuais a fim de evitar o orgasmo e o derrame. Este instante é aproveitado pelos iogues para a concentração mais espantosa e para a meditação mais terrível. Então, chegam à iluminação, ao êxtase, ao samadhi.

No Ocidente do mundo, todo casal pode praticar a Maithuna sem usar essas difíceis posições do oriente. Basta orar ao Espírito Santo pedindo ajuda antes da prática e depois realizar o ato ao estilo ocidental, retirando-se ambos antes do orgasmo. Não se deve ejacular o sêmen nunca na vida.

Os tolos cientistas da magia negra creem que esta prática é danosa e que pode causar congestão da próstata, da uretra e das vesículas seminais. Este conceito dos tolos cientista é uma solene falsidade. Nós , gnósticos, praticamos este ato sexual durante toda a vida e jamais sofremos da próstata, da uretra nem das vesículas seminais. Não há duvida de que os casados chegarão à suprema felicidade com a Maithuna.

Assim se conserva a alegria da lua de mel durante toda a vida. Com este ato há felicidade verdadeira. O casal sente cada vez mais vontade de se acariciar e de realizar o ato sexual sem chegar jamais ao cansaço nem ao aborrecimento. Com este ato sexual, se acabarão os divórcios do mundo. Com este ato, entramos no Nirvana. Também se pode orar e meditar costas contra costas ao estilo oriental antes do ato, rogando ao Espírito Santo, suplicando para que nos conceda a dita de receber o fogo.

O Tantra Branco visa divinizar o homem e humanizar Deus

É falso afirmar que isto prejudique e traga prostatite. Todos aqueles que praticam o Maithuna gozam de esplêndida saúde. No princípio, o Maithuna é sacrifício. Depois de algum tempo, o Maithuna é plena satisfação sexual e suprema felicidade.

Todas as teorias que os tolos cientistas expõem para combater o Maithuna são absolutamente falsas e quem se deixar enganar pelas razões sem razão desses tenebrosos se converterá em um habitante do abismo inevitavelmente.

Estamos iniciando a Nova Era de Aquário e a humanidade se dividirá em dois grupos. Os que aceitam o tantrismo branco e os que se definem pelo negro, isto é, os que aceitam derramar seu sêmen e os que não aceitam. Os que seguirão ejaculando e os que não seguirão ejaculando.

Tântricos brancos e tântricos negros; isso é tudo. Falando em linguagem ocultista, diremos: magos brancos e magos negros. Estes são os dois grupos da Nova Era de Aquário.

Friedrich Nietzsche em sua obra intitulada Assim Falava Zaratustra diz: Voluptuosidade para todos os que desprezam o corpo, vestes de cilício, em seu aguilhão e em seu patíbulo, e a maldizem como mundo todos os que creem em ultramundos; porque ela ri e zomba de todos os hereges.

Voluptuosidade para a canalha é o fogo lento que queima, para a madeira carcomida e todos os trapos empestiados, é forno preparado para os despojos.

Voluptuosidade, para os corações livres é uma coisa inocente e livre, o jardim da felicidade na terra, a transbordante gratidão de todo futuro presente. Voluptuosidade, só para os melancólicos, um doce veneno, porém para os que têm vontade de leão é o mais cordial e o reverentemente conservado vinho dos vinhos.

Voluptuosidade, a maior felicidade simbólica de uma felicidade maior e de uma grande esperança. Porque a muitos está prometido o matrimônio e mais que o matrimônio; e muitas coisas que são mais estranhas por si mesmas do que o homem para a mulher, e que compreenderam plenamente quão desconhecidos são um para o outro, o homem e a mulher.

Realmente, o amor é um fenômeno cósmico terrivelmente divino. Quando o homem oficia na ara do supremo sacrifício sexual, pode naquele instante dirigir toda a sua voluptuosidade a todos os centros magnéticos para fazê-los vibrar, cintilar e resplandecer. Nesses instantes de suprema voluptuosidade sexual somos como deuses terrivelmente divinos.

As sagradas escrituras dizem: Pedi e se vos dará, batei e se vos abrirá. Realmente, o momento supremo do gozo sexual é o preciso instante para se pedir ao Terceiro Logos (o Espírito Santo) todos aqueles poderes pretendidos. O tremendo poder das forças de Shiva, o Terceiro Logos, converter-nos em deuses.

Muito se fala sobre meditação e êxtase. Realmente, a melhor hora para a meditação e o êxtase é a hora da voluptuosidade sexual. As forças sexuais produzem o êxtase. Devemos transformar a voluptuosidade em êxtase através da meditação. Durante o ato sexual e depois do ato, mas quando a voluptuosidade ainda está vibrando, passamos pelo sacrifícium intelectus. Realmente, só a emoção criadora pode levar-nos ao êxtase.

Só quem é capaz de chorar orando ao Terceiro Logos antes do ato, no ato e depois do ato pode entrar no Nirvana. Só quem é capaz de se embriagar com a voluptuosidade sem derramar o sêmen pode converter-se em um deus terrivelmente divino. Aqueles que aprendem a gozar da voluptuosidade sabiamente, sem derramar o sêmen, convertem-se em seres absolutamente felizes.

O matrimônio perfeito é a base do Sendeiro do Cristo social. Infelizmente, na vida moderna, o matrimônio converteu-se em uma frivolidade afastada da sabedoria. A isto se devem os fracassos, a isto se devem os divórcios. É necessário estudar a gnose. É urgente voltar às celebrações místicas dos mistérios do amor.

É urgente aprender a gozar das delícias do amor. É urgente compreender que com a voluptuosidade nasce o anjo dentro de nós mesmos. Só os anjos podem entrar no reino!

O tantrismo branco possui a ciência para se acabar com os divórcios e se conservar a lua de mel durante toda a vida. O lar é a base de uma sociedade cristã.

O tantrismo branco, com o seu famoso Maithuna, é a chave da divina felicidade sexual.

(Samael Aun Weor, Matrimônio, Divórcio e Tantrismo)

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